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sexta-feira, 26 de fevereiro de 2021

Quarentena para portadores de covid-19 deve permanecer em 14 dias

 


Tempo da quarentena

 

Resultados de uma pesquisa conduzida no Instituto de Medicina Tropical da Universidade de São Paulo sugerem que pode ser arriscado reduzir de 14 para dez dias o tempo de quarentena indicado para casos leves e moderados de covid-19, como recomendou em outubro o Centro de Controle de Doenças (CDC, na sigla em inglês) dos Estados Unidos.

 

Os pesquisadores trabalharam com 29 amostras de secreção nasofaríngea de pacientes com diagnóstico confirmado por teste de RT-PCR. O material foi coletado no décimo dia após o início dos sintomas e, em laboratório, inoculado em culturas de células.

 

Em 25% dos casos, o vírus presente nas amostras se mostrou capaz de infectar as células e de se replicar in vitro.

 

Em teoria, portanto, pessoas que tivessem contato com gotículas de saliva expelidas por 25% desses pacientes no período em que o material foi coletado ainda poderiam ser contaminadas.

 

"Recomenda-se que os infectados com sintomas leves permaneçam totalmente isolados em casa, sem contato com ninguém, durante todo o período de quarentena. E há uma grande pressão para reduzir o tempo de isolamento - tanto por fatores econômicos como psicológicos. Mas, se o objetivo da quarentena é mitigar o risco de transmissão do vírus, 25% [de pacientes com vírus viável] é uma proporção muito alta," avalia a professora Camila Romano.

 

A quarentena de 14 dias foi estabelecida ainda no início da pandemia com base no tempo médio que leva, após o início dos sintomas, para o SARS-CoV-2 deixar de ser detectado no teste de RT-PCR. Em geral, esses primeiros estudos foram feitos com indivíduos com doença moderada ou grave, que precisaram ser hospitalizados.

 

"No Brasil, a regra ainda é a quarentena de 14 dias, embora alguns municípios estejam cogitando reduzir para dez dias. Em países como a Suíça, infectados com sintomas leves são liberados do isolamento após sete dias apenas," conta Camila. "À medida que mais estudos vêm sendo feitos em populações diferentes e com metodologias mais sensíveis, percebemos que ainda é muito cedo para 'bater o martelo' sobre o tempo ideal de quarentena. Estamos vendo países sendo atingidos por novas ondas da doença e cada vez menos o isolamento de 14 dias é seguido. É importante levar em conta os dados mais recentes ao repensar políticas de isolamento", defende a pesquisadora.

 

Fonte: https://www.diariodasaude.com.br/news.php?article=quarentena-portadores-covid-19-deve-permanecer-14-dias&id=14577&nl=nlds - Com informações da Agência Fapesp

domingo, 18 de abril de 2010

Por que permanecer na igreja católica?

Frei Timothy Radcliffe foi professor de Sagrada Escritura na Universidade de Oxford, na Inglaterra. Foi Mestre da Ordem (superior geral) dos Pregadores (dominicanos) de 1992 a 2001. É conhecido no mundo inteiro por suas análises corajosas sobre a sociedade contemporânea e a situação da Igreja, numa linguagem com um tom sempre moderno e livre.

No momento de uma crise na Igreja (fim de excomunhões dos tradicionalistas, o caso do bispo Williamson, o caso das excomunhões em Recife, a declaração do papa sobre os preservativos, etc), o jornal francês La Croix tem dado cada dia, a palavra a uma personalidade, para que exprima as razões de sua esperança. Abaixo, o testemunho de frei Timothy.


É um momento embaraçoso para quem é católico. No Vaticano, erros de comunicação, falta de comunicação interna, de consultas recíprocas e algumas declarações com palavras mal escolhidas provocaram violentas reações na imprensa e vigorosas intervenções de dirigentes internacionais. Tais fatos suscitaram aflição e escândalo em muitos católicos, mesmo em alguns bispos, e prejudicaram a reputação da Igreja. Algumas pessoas se perguntam como podem elas continuar a pertencer à Igreja.

Nós permanecemos porque somos discípulos de Jesus. Crer em Jesus não é adotar uma espiritualidade privada ou um código moral. É aceitar pertencer à sua comunidade, aqueles que ele chamou a segui-lo, a caminhar juntos. Segundo um velho adágio latino, Unus christianus, nullus christianus: um cristão isolado não é um cristão.

Mas, porque eu devo continuar sendo membro desta Igreja? Por que não posso eu me unir a uma outra comunidade cristã onde as posições oficiais ou o modo de agir sejam menos embaraçosos? Aqui tocamos no próprio cerne de uma compreensão católica da Igreja.

Desde o princípio, Jesus chamou para sua comunidade os santos e os pecadores, os sábios e os ignorantes. Ele disse: “Eu não vim chamar os justos, mas os pecadores” (Matheus 9,13). E ele continua a fazê-lo, senão não haveria lugar para alguém como eu. Uma comunidade admirável, com pessoas maravilhosas e virtuosas, que jamais errassem, não seria um sinal do Reino de Deus.

Uma vaga unidade espiritual não é suficiente

Eu não poderia nunca deixar a Igreja, pois creio que Jesus nos chama a vivermos juntos, como um só corpo. No evangelho segundo João, pouco tempo antes de sua morte, Jesus orou a seu Pai por seus discípulos a fim de que todos sejam um (João 17,21). Uma vaga unidade espiritual não é suficiente. Cremos na Encarnação, na Palavra de Deus que se fez carne. A Igreja Católica é um sinal visível, encarnado, da unidade à qual Jesus nos chama. Tenho uma imensa admiração por muitos cristãos que pertencem a outras Igrejas, seu exemplo me inspira, sua teologia me instrui. Mas, para mim, abandonar a Igreja Católica seria negar o apelo radical de Jesus de reunir os santos e os pecadores, os vivos e os mortos.

No coração de nossa vida cristã está a imensa vulnerabilidade da Última Ceia. Jesus coloca-se nas mãos de seus discípulos: Tomai, isto é o meu corpo, entregue por vós. Um dentre os discípulos o traiu, outro o negou, a maioria fugiu. Pertencer à Igreja é aceitar um pouquinho desta vulnerabilidade. Aceitamos estar implicados nos fiascos da Igreja, bem como em seu heroísmo, em sua tolice como em sua sabedoria, em seus pecados como em sua santidade. E a Igreja também me aceita com meus pecados e com minha estupidez. É por isso que ela é sinal e sacramento da unidade de todo gênero humano (Constituição Lumem Gentium, n. 1,1 Concílio Vaticano II).

Uma crise modesta comparada às sofridas por nossos antepassados

Entretanto, estamos bem num momento de crise na Igreja. Mas, as crises podem ser frutuosas. A Última Ceia foi a crise mais profunda que a Igreja conheceu: Jesus estava prestes a sofrer uma morte humilhante e a comunidade estava dispersa. A cada Eucaristia, nós nos recordamos de como Jesus fez daquela situação um momento da mais profunda intimidade, no dom de seu corpo e de seu sangue.

Após a Ressurreição, a Igreja estava dilacerada. Seriam os pagãos aceitos na Igreja e forçados a aceitar a Lei? A comunidade estava a ponto de desmoronar, mas ela sobreviveu para se abrir também a nós, os pagãos. Após o martírio de Pedro e Paulo, muitos acreditavam que Jesus estava para voltar em breve. Mas não foi o que aconteceu. Esta foi uma crise imaginável da esperança, mas ela levou a se redigir os evangelhos. Toda crise, se ela for vivida na fé, conduz a uma renovação e a uma vida nova.

A crise que padecemos neste momento é realmente modesta, se comparada àquelas sofridas por nossos antepassados. A crise modernista, há um século, foi bem mais severa. Porém, esta nossa pequena crise pode ser frutuosa se nós a vivermos na fé.

Por Timothy Radcliffe

Texto publicado no jornal francês La Croix, no dia 31 de março de 2009.
Tradução do original em língua francesa por André Tavares, OP.

domingo, 15 de novembro de 2009

Como permanecer jovem

Livre-se de todos os números não-essenciais. Isto inclui idade, peso e altura. Deixe os médicos se preocuparem com eles. É para isso que Você os paga.

Mantenha apenas os amigos alegres. Os ranzinzas, os que só reclamam da vida, só deprimem.

Continue aprendendo. Aprenda mais sobre o computador, ofícios, jardinagem, seja o que for, até radio-amadorismo. Nunca deixe o cérebro inativo. 'Uma mente inativa é a oficina do diabo. Trabalhe, estude! E o nome de família do diabo é ALZHEIMER.

Aprecie as coisas simples.

Ria sempre, alto e bom som! Ria até perder o fôlego.

Lágrimas fazem parte. Suporte, queixe-se e vá adiante. As únicas pessoas que estão conosco a vida inteira somos nós mesmos. Mostre estar VIVO enquanto estiver vivo.

Cerque-se daquilo que ama, seja família, animais de estimação, coleções, música, plantas, hobbies, seja o que for. Seu lar é seu refúgio.

Cuide da sua saúde: se estiver boa, preserve-a. Se estiver instável, melhore-a. Se estiver além do que Você possa fazer, peça ajuda.

Não 'viaje' às suas culpas. Faça uma viagem ao shopping, até o município mais próximo ou a um país no exterior, mas NÃO para onde você tiver enterrado as suas culpas.

Diga às pessoas a quem Você ama que Você as ama, a cada oportunidade.

E LEMBRE-SE SEMPRE:
A vida não é medida pela quantidade de vezes que respiramos, mas pelos momentos que nos tiram a respiração.

AUTOR: George Carlin