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quinta-feira, 25 de fevereiro de 2021

Quais as chances de uma pessoa jovem sofrer um infarto?


Entenda como hábitos e estilo de vida interferem diretamente na saúde do coração


"Infartou aos 20 e poucos anos? Mas ele ainda não tem idade para isso!". Jovem, sem sintomas e aparentemente saudável. Ficou para trás o tempo em que episódios de ataque do coração eram considerados um problema apenas de quem já havia passado da meia-idade. O fato é que está cada vez mais frequente nos depararmos com casos de vítimas de um infarto do miocárdio na faixa dos 20, 30 ou 40 anos. E isso está muito relacionado hoje ao estilo de vida que levamos.


Nem precisamos chegar à questão das mudanças trazidas com a chegada do coronavírus e suas consequências, mas a fatores que já influenciavam a saúde antes mesmo da pandemia. Ansiedade, excesso de atribuições e responsabilidades são motivos suficientes para elevar a incidência do estresse em adultos jovens e favorecer a ocorrência de infartos precoces.


Somado a isso podemos mencionar a multiplicação de hábitos não saudáveis, como má alimentação e uma dieta desregulada, sedentarismo, automedicação sem limites, poucas horas de sono, tabagismo, excesso de álcool e o consumo de drogas ilícitas, pontos que colocam em risco o coração e a vida de pessoas nessa faixa etária.


Também há os conhecidos fatores apontados como os grandes responsáveis pelo aumento das estatísticas, como a obesidade, diabetes, hipertensão, níveis altos de colesterol e histórico familiar.


Como desconfiar da possibilidade de um ataque cardíaco?

Primeiro, vamos entender por que o infarto ocorre. Para manter seu funcionamento, o músculo cardíaco necessita de uma demanda constante de sangue. O infarto acontece justamente quando há um bloqueio ou a redução nessa circulação de sangue no coração. Isso devido ao acúmulo de placas de gordura nas artérias coronárias, responsáveis por irrigar o órgão - o que chamamos de doença arterial coronária (DAC).

O problema surge especialmente diante da presença dos fatores já mencionados acima, porém, o grau de obstrução e os sintomas podem variar de acordo com cada caso. De maneira geral, obstruções de mais de 70% nas coronárias têm como principal indício a angina (desconforto, dor e sensação de aperto no peito), mas é possível sentir também falta de ar, fadiga, náusea, dor no ombro, braço ou mandíbula e, em mulheres, dores torácicas atípicas.

A situação se agrava, no entanto, porque poucas pessoas percebem ou têm esses sinais: estimativas apontam que apenas cerca de 2% dos brasileiros sabem que estão infartando.

Um ponto preocupante é que a DAC pode se desenvolver de forma progressiva e silenciosa, sem apresentar qualquer indício, aumentando as chances de um ataque fulminante em indivíduos de qualquer idade. Isso acontece quando já há um bloqueio total da artéria coronária pela formação de coágulo sobre a placa de gordura. Neste momento, ocorre então o início do infarto agudo do miocárdio e o processo de necrose da musculatura do coração.


Os perigos da vida atual

Quando falamos de estilo de vida, um dos principais vilões é o estresse. Estimativas apontam que aproximadamente 15% dos casos de infarto estão ligados a crises de estresse, capazes de desencadear picos de pressão e o colapso do músculo cardíaco.

Além disso, de modo geral, o jovem está cada vez mais sedentário: hoje há uma maior dependência do carro para locomoção, empregos e atividades de lazer que exigem menos atividade física e mais tempo gasto em frente às telas e no mundo digital. A consequência direta é a obesidade.

Para se ter ideia da gravidade, a obesidade afeta 20% dos brasileiros (dados do Ministério da Saúde de 2018). Na última década, o índice quase dobrou nas faixas entre 18 e 44 anos.

E, em 30 anos, praticamente triplicou nas crianças em idade escolar, provocando também o aumento do diagnóstico de colesterol elevado. Como as crianças obesas são mais propensas a serem adultos obesos, prevenir ou tratar o problema na infância pode reduzir os riscos de doenças cardíacas, diabetes e outras questões relacionadas no futuro.

Pesquisas apontam ainda para o crescimento no número de pessoas diabéticas. De acordo com a International Diabetes Federation, em 2030, haverá mais de 500 milhões de diabéticos no mundo. O consumo de comidas processadas, com elevado teor calórico e excesso de açúcares, é o principal responsável pela doença nos mais jovens, aumentando assim o risco de morte precoce por infarto.

O número de brasileiros com hipertensão arterial também é crescente e preocupante. De acordo com o Ministério da Saúde, uma em cada quatro pessoas afirma ter o diagnóstico. Entre crianças e adolescentes já são mais de 3,5 milhões de hipertensos. A pressão alta é uma condição grave na infância e muitas vezes passa despercebida porque não causa sintomas.


Cigarro e outras drogas

Outro ponto de alerta é o tabagismo. Entre 2016 e 2017, a taxa de fumantes na faixa de 18 e 24 anos cresceu de 7,4% para 8,5% (Ministério da Saúde). O vício, quando adquirido na juventude, amplia o período de exposição do organismo ao cigarro, elevando ainda mais as chances do surgimento de doenças cardiovasculares precoces, como o infarto.

Pesquisas indicam que o fumo aumenta a frequência cardíaca, estimula a contração das artérias e pode criar irregularidades nas batidas do coração, o que faz com que o órgão trabalhe mais. O cigarro ainda eleva as chances do acúmulo de placas de gordura nas artérias, afeta os níveis de colesterol e fibrinogênio, o que amplia as chances de um coágulo de sangue e, consequentemente, de um ataque cardíaco.

Por fim, não podemos deixar de mencionar as drogas ilícitas, principalmente cocaína e suas variações sintéticas, que têm papel relevante no aumento das ocorrências de infarto em jovens, mesmo sem fatores de risco associados.


Hereditariedade

Ataques cardíacos podem acontecer com qualquer pessoa, mas o risco é especialmente alto quando envolve a questão genética. Estima-se, por exemplo, que filhos de pais hipertensos ou que já tiveram acidente vascular cerebral (AVC) têm 50% mais chance de sofrer um infarto precoce.

A hereditariedade também pode interferir no colesterol. Em alguns casos, o colesterol elevado está relacionado à chamada hipercolesterolemia familiar. Cerca de 1% a 2% das crianças têm esta condição, e devem ter seus níveis de colesterol monitorados antes mesmo dos cinco anos.

Estudos revelam que o acúmulo de placas de gordura nas artérias do organismo, principalmente nas coronárias, começa na infância e progride até a idade adulta. Com o tempo e a falta de cuidados, pode chegar a doença arterial coronária.

Por isso, além dos fatores que podemos interferir, é fundamental considerar também o histórico familiar nos casos de infarto em jovens. A investigação e o acompanhamento, quando há registros de casos de pais e parentes próximos, são extremamente importantes. Sem conhecimento prévio, muitas vezes o comprometimento cardiovascular só se revela na hora do próprio infarto. Desta forma, quanto mais rápido for identificada a probabilidade da doença, melhor.


Jovens têm menos chances de resistir a infartos?

Você já deve ter ouvido por aí que o infarto em jovens é mais grave e fatal do que em pessoas com mais idade. O que muitos afirmam é que com o tempo o coração se prepara melhor para futuros problemas. Toda essa história tem opiniões diversas e não é tão simples.

Mas a questão gira em torno do que chamamos de circulação colateral, ou seja, uma rede de vasos sanguíneos que se desenvolve ao redor do músculo cardíaco com o passar dos anos ou por aqueles que já enfrentaram um infarto ao longo da vida. Uma espécie de proteção natural, uma via alternativa caso uma artéria seja obstruída, garantindo que o sangue chegue ao músculo cardíaco.

Assim, mesmo que jovens tenham mais força física para suportar um ataque cardíaco, o problema entre os mais velhos seria menos intenso e mais lento por conta desta compensação.

O que vem se estudando, no entanto, é que a circulação colateral pode, sim, ser decisiva para o desfecho de um infarto, mas a idade não teria influência sobre esse fenômeno, uma vez que há indícios que ela não seja maior ou menor no jovem, mas sim determinada geneticamente.

O fato é que ainda não existe um consenso sobre o grau de mortalidade ter ou não a ver com a idade, no entanto, em relação às sequelas todos concordam: neste caso, a idade não é o principal fator determinante, mas sim a velocidade dos primeiros socorros.

Quanto mais rápido for iniciado o atendimento médico, menor será o tempo para o restabelecimento do fluxo de sangue, assim como os danos ao miocárdio e células do músculo cardíaco, com possibilidade de recuperação completa.


Idade de risco

Portanto, já não se pode determinar uma idade de risco para um ataque cardíaco. A ideia de que a prevenção deve ser iniciada aos 40 anos é coisa do passado. Os cuidados têm de começar antes do nascimento e se estender durante toda a vida. Isso porque, como vimos, o problema está diretamente ligado à exposição aos fatores de risco, além da questão genética.

Por isso, muito mais do que só entender os sintomas e buscar ajuda quando algum sinal aparecer, é muito importante dar a devida atenção ao coração e manter em dia o check-up cardiológico, mesmo na ausência de sintomas. Muitos fatores podem ser controlados com acompanhamento médico, mudanças de hábitos e estilo de vida, reduzindo as chances de infarto e outras doenças cardíacas ao longo da vida.


Fonte: https://www.minhavida.com.br/saude/materias/37340-quais-as-chances-de-uma-pessoa-jovem-sofrer-um-infarto - Escrito por Paulo Chaccur


quinta-feira, 30 de março de 2017

Hipotireoidismo: 10 sinais de que você pode ter a doença

O hipotireoidismo é uma condição caracterizada pelo mau funcionamento da tireoide, ou seja, quando a glândula produz hormônios suficientes para suprir as necessidades do organismo. O problema pode ser detectado através de exames de rotina e, claro, pelos seus sintomas mais comuns.

Diversos fatores podem desencadear um quadro de hipotireoidismo, como doenças autoimunes, radioterapia, deficiência de iodo, uso de determinados medicamentos e até mesmo cirurgia de tireoide.

Sinais de que você pode sofrer de hipotireoidismo

1. Se você sofre com intestino preso mesmo se alimentando bem, consumindo fibras e se mantendo hidratado, saiba que a constipação pode estar relacionada ao hipotireoidismo, já que hormônios produzidos pela tireoide também influenciam no sistema digestivo.
2. Cabelos sem vida, quebradiços e que ficaram mais finos também podem indicar hipotireoidismo. A condição pode até provocar queda dos fios e diferenças nos pelos da sobrancelha.

3. Seu cérebro também sofre com as consequências do hipotireoidismo. Alguns problemas relacionados pela condição é perda de memória, falta de foco e dificuldade em se concentrar em tarefas simples.

4. Ciclo menstrual desregulado, mais longo que o normal ou muito próximo um do outro também pode ser indício de hipotireoidismo, uma vez que a glândula está prejudicada e incapaz de produzir hormônios suficientes.

5. Aumento de peso repentino, sem mudanças na dieta ou na rotina de exercício é outro sinal de que pode estar sofrendo de hipotireoidismo.

6. Cansaço excessivo ao longo do dia e fadiga mesmo após dormir bem pode indicar problemas na glândula da tireoide.

7. Níveis baixos de hormônio da tireoide podem fazer você sentir mais frio do que os outros ao seu redor. Então, se percebe que a temperatura parece estar sempre baixa para você, procure um médico.

8. Fraqueza e dores nos músculos e articulações mesmo sem esforços ou alterações na rotina de exercícios também podem ser sinais de que sofre de um quadro de hipotireoidismo.

9. Até mesmo sua beleza sofre quando a glândula da tireoide não funciona bem. Se notou que sua pele anda mais ressecada do que o normal e percebe até mesmo irritações e coceiras, pode estar apresentando problema de hipotireoidismo.

10. O mau funcionamento da tireoide também é conhecido por trazer prejuízos emocionais. Tristeza excessiva ou mesmo depressão podem surgir em um quadro de hipotireoidismo. Realize exames clínicos para verificar se fatores físicos estão atrapalhando o seu humor e seu bem-estar.


Fonte: http://www.vix.com/pt/saude/543577/hipotireoidismo-10-sinais-de-que-voce-pode-ter-a-doenca - Escrito por Paulo Nobuo - ChesiireCat / champja / iStock

sábado, 24 de dezembro de 2016

6 alertas de que você pode sofrer um ataque cardíaco

Segundo a Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), 350 mil pessoas morrem por ano no país devido às principais doenças cardiovasculares: infarto, AVC e insuficiência cardíaca. Doenças cardíacas são a principal causa de morte nos Estados Unidos, matando uma média de 610.000 pessoas por ano – isso é, 1 em cada 4 mortes. Considerando todo o planeta, são 17,5 milhões de mortes por ano. Mas não tem que ser assim. 90% das doenças cardiovasculares podem ser prevenidas com uma boa dieta, exercícios regulares, evitando o tabaco e limitando o consumo de álcool. Entre os problemas do coração, um ataque cardíaco é especialmente perigoso porque ele pode atacar sem aviso prévio. 1 em 5 ataques cardíacos são silenciosos – o dano é feito sem a pessoa mesmo saber o que aconteceu.

O sintoma mais comum de um ataque cardíaco é dor no peito ou um desconforto que ocasionalmente se sente, como a azia, e se espalha para os ombros, costas, braços, pescoço ou mandíbula. Existem também alguns sinais de alerta que seu corpo lhe envia semanas ou mesmo meses antes de ter um ataque cardíaco. É importante notar que esses sinais podem não significar nada individualmente, mas se você tiver mais de um, então você deve consultar o seu médico imediatamente. Aqui estão os seis principais sinais de alerta.

6. Pressão no peito
Você nunca deve ignorar qualquer tipo de pressão ou dor no peito. É um sinal claro de que você tem uma questão cardíaca que precisa ser tratada. Dor no peito frequente é um forte indicador de que um ataque cardíaco pode chegar a qualquer momento. Se a dor se espalhar para os braços, costas, ombros e pescoço, vá para um pronto-socorro imediatamente.

5. Falta de ar
 Seu coração e pulmões trabalham em conjunto, então quando um não está fazendo seu trabalho corretamente, as chances do outro ter um problema também são grandes. Conforme as artérias em seu coração ficam mais estreitas, elas não serão capazes de bombear sangue suficiente para os pulmões, causando falta de ar.

4. Fadiga incomum
Você está se sentindo cansado o tempo todo? Você acorda sentindo-se exausto e tem dificuldade para fazer suas atividades diárias habituais? Exaustão é um sinal de um ataque cardíaco iminente. Isso significa que seu coração está trabalhando mais para bombear sangue.

3. Sintomas semelhantes a gripe
Por mais vagos e anedóticos que possam parecer, muitos sobreviventes de ataque cardíaco relatam ter sintomas gripais semanas antes do episódio. Se você tem sintomas de gripe que simplesmente não desaparecem, você pode estar em perigo.

2. Suores frios
Ter um suor frio aleatoriamente é um sintoma muito comum de um ataque cardíaco. Isso significa que seu coração não está levando sangue oxigenado e nutrientes o suficiente para o seu cérebro, fazendo com que você se sinta suado e tonto.

1. Mudanças de humor
Um efeito colateral da falta de ar são sentimentos de ansiedade que simplesmente não desaparecem. Você pode de repente ir de calmo e feliz para ansioso e em pânico, sem razão para isso. Se você não tem histórico de ansiedade e transtornos de pânico, então pode ser o seu corpo avisando sobre um ataque cardíaco iminente. [Earthables]