Entenda como o uso de máscaras é eficiente no combate ao novo coronavírus e qual é o jeito certo de usá-las
Por conta da evolução da pandemia do novo
coronavírus, a determinação do uso obrigatório de máscara em ambientes
públicos, estabelecimentos em geral e meios de transporte trouxe uma nova
perspectiva para o que antes poderia ser visto como exagero por parte de alguns
indivíduos.
A recomendação dos órgãos públicos de saúde passou a
ser uma medida fundamental no combate à COVID-19, mobilizando toda a população
a adotar o acessório como meio de proteção contra o vírus. Como incentivo,
campanhas de níveis nacionais foram lançadas, a exemplo da "Todos Pela
Saúde", promovendo hashtags como #usarmascarasalva.
Na verdade, as máscaras são indicadas apenas para
certos grupos de pessoas e não fazem parte da lista de métodos protetivos
divulgada pelo Ministério da Saúde e pela Organização Mundial da Saúde (OMS).
No lugar disso, as recomendações são:
Embora tenham se tornado itens essenciais neste
período, as máscaras ainda são alvo de dúvidas sobre sua efetividade na
prevenção ao coronavírus. Os modelos caseiros, utilizados e indicados para a
grande parte da população, não fornecem a mesma proteção que as máscaras
cirúrgicas. Porém, ainda podem reduzir consideravelmente o risco de
contaminação, o que acontece por uma série de fatores. Entenda:
Uso de máscara contra coronavírus
O consenso é que as máscaras cirúrgicas são efetivas
na prevenção de uma série de infecções respiratórias, como a COVID-19. No
entanto, como explica a infectologista Raquel Muarrek, órgãos internacionais de
saúde afirmam que o uso do equipamento é prioritário aos trabalhadores que
sofrem alta exposição ao vírus, como médicos e outros profissionais da área.
Essa indicação se estende também aos pacientes que
apresentam quadros sintomáticos que possam ser de COVID-19, com a presença de
tosse e febre, por exemplo. Com o tempo, o avanço da pandemia passou a pedir
por maiores medidas de prevenção, mas o medo da escassez de equipamentos de
proteção individual (EPIs) para quem estava mais exposto também precisou ser
ponderado.
Foi, então, dada pela Organização Mundial da Saúde
(OMS) a recomendação emergencial do uso de máscaras caseiras de tecido. Apesar
de não terem a mesma efetividade que os modelos industriais, essas versões
conseguem reduzir o risco de contaminação se comparado à não utilização das
mesmas, como mostrado em uma revisão sistemática das pesquisas médicas sobre o
assunto.
Um segundo ponto é que, de acordo com um estudo
publicado no Journal of General Medicine, ainda que parte do vírus atravesse o
tecido, o uso de máscara pode reduzir o tamanho da carga viral que entra em
contato com o organismo da pessoa. De acordo com a análise, isso pode ter
efeito na gravidade da doença, fazendo com que ela se apresente de forma mais
branda.
Além disso, ao usar máscaras, também há a diminuição
da disseminação do coronavírus por aqueles indivíduos que não apresentam
sintomas, os chamados assintomáticos. "A presença do vírus está em
superfícies, como objetos, roupas e mãos", explica a infectologista Raquel
Muarrek. Desse modo, ao utilizar o equipamento, a pessoa contaminada resguarda
a saúde dos outros, bloqueando a transmissão ativa do patógeno.
Portanto, é importante seguir as instruções de
higiene dadas pelo Ministério da Saúde, que ainda são melhor medida preventiva
contra o novo coronavírus. Assim, todos estarão devidamente protegidos e
pensando no benefício de quem mais precisa.
É importante que a utilização das máscaras deve ser
sempre acompanhada dos demais cuidados de higiene e distanciamento social.
Assim, todos estarão devidamente protegidos e cuidado também de quem está ao
redor. As principais recomendações de prevenção à COVID-19 do Ministério da
Saúde são:
Higienizar frequentemente as mãos com água e sabão
ou álcool em gel
Evitar aglomerações
Manter os ambientes ventilados
Não compartilhar objetos de uso pessoal
Qual a forma certa de usar máscaras
Para que as máscaras não tenham o efeito oposto ao
desejado e acabem aumentando riscos de contaminação, é preciso seguir algumas
instruções para o uso correto do equipamento. O Hospital Albert Einstein,
referência no atendimento aos pacientes com COVID-19 em São Paulo, compartilhou
algumas dicas de uso:
Antes de colocar a máscara, higienize adequadamente
as mãos
Coloque a máscara sobre o nariz e a boca, tomando
cuidado para não deixar espaços entre a pele e a máscara
Mesmo com a máscara, cubra o rosto ao tossir ou espirrar
Mantenha as mãos higienizados e evite tocar na
máscara
Troque a máscara quando ela estiver úmida
Nunca reutilize uma máscara descartável
Sempre remova a máscara pelas cordinhas e nunca
toque na parte da frente
Fonte: https://www.minhavida.com.br/saude/materias/36075-mascara-ajuda-na-prevencao-da-covid-19-quais-cuidados-ter
- Escrito por Clovis Filho
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