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sexta-feira, 4 de abril de 2025

Dormir pouco aumenta risco de Alzheimer, diz estudo; veja o tempo ideal


Estudo apontou relação entre poucas horas de sono e o surgimento de biomarcadores associados ao Alzheimer

 

Um estudo feito pelo centro de pesquisa Pasqual Maragall Foundation, o Barcelonaβeta Brain Research Center (BBRC), em parceria com pesquisadores da Universidade de Bristol, revelou que poucas horas de sono e um descanso de má qualidade estão associados a uma chance maior de pessoas saudáveis desenvolverem Alzheimer. Ou seja, mesmo sem qualquer comprometimento cognitivo o risco aumenta.

 

A equipe usou dados da maior coorte até o momento, o Estudo de Coorte Longitudinal de Prevenção da Demência de Alzheimer (EPAD LCS). Com isso, os pesquisadores conseguiram validar a hipótese de que a privação do sono está associada a biomarcadores do líquido cefalorraquidiano (LCR). Isso, por sua vez, prevê um aumento nas chances futuras de desenvolver a doença em pessoas que não apresentam sintomas de demência.

 

O estudo

A equipe analisou dados de 1.168 adultos com mais de 50 anos. Análises transversais revelaram que a má qualidade do sono está significativamente associada ao aumento da proteína t-tau no líquido cefalorraquidiano. Entre outros achados, foi demonstrado que uma curta duração do sono, inferior a sete horas por noite, tem relação com valores mais elevados de p-tau e t-tau, biomarcadores fundamentais para medir o risco de Alzheimer na fase pré-clínica da doença.

 

“Nossos resultados fortalecem ainda mais a hipótese de que a interrupção do sono pode representar um fator de risco para a doença de Alzheimer. Por esse motivo, pesquisas futuras são necessárias para testar a eficácia de práticas preventivas. Elas, por sua vez, são projetadas para melhorar o sono nos estágios pré-sintomáticos da doença, a fim de reduzir a patologia da doença de Alzheimer”, afirmou Laura Stankeviciute, pesquisadora de pré-doutorado no BBRC e uma das principais autoras do estudo.

 

As anormalidades do sono são comuns na doença de Alzheimer. A qualidade do sono pode diminuir no início do estágio pré-clínico da doença, mesmo quando não há outros sintomas. Compreender como e quando a privação do sono contribui para a progressão da doença de Alzheimer é importante para a concepção e implementação de futuras terapias. Isso mostra a relevância do estudo.

 

“Os dados epidemiológicos e experimentais disponíveis até o momento já sugeriam que as anormalidades do sono contribuem para o risco da doença de Alzheimer. No entanto, estudos anteriores tinham limitações devido à falta de biomarcadores da doença. Isso porque tinham um desenho não transversal, ou devido ao pequeno tamanho da amostra de participantes”, diz Stankeviciute que completa dizendo que este é o primeiro estudo a incluir todos esses fatores.

 

Importância do sono

De acordo com o neurologista do Hospital Israelita Albert Einstein, o sono sempre foi restaurador para o cérebro humano. “Quanto menos dormimos, mais danos cerebrais poderão acontecer”, afirma. Ele destaca que o risco é ainda maior para os mais jovens, pois um sono não reparador impede a maturação cerebral, que acontece geralmente até os 25 anos de idade. As consequências só surgem na fase avançada da vida.

 

Fonte: https://www.saudeemdia.com.br/noticias/dormir-7-horas-por-dia-aumenta-risco-de-alzheimer-mostra-estudo.phtml - Foto: Shutterstock

quinta-feira, 30 de junho de 2022

Sete horas de sono são ideais - mais ou menos atrapalha a cognição


Tome cuidado, porque existem muitos mitos sobre o sono.

 

Quanto tempo dormir

 

Sete horas é a quantidade ideal de sono para pessoas da meia-idade para cima, com muito ou muito pouco sono associado a um desempenho cognitivo e saúde mental mais fracos.

 

O sono desempenha um papel importante na ativação da função cognitiva e na manutenção de uma boa saúde psicológica. E também ajuda a manter o cérebro saudável, removendo os resíduos.

 

Vários estudos têm mostrado quantas horas de sono precisamos por noite, mas já se sabia também que as crianças e adolescentes têm necessidades de sono diferentes.

 

Por isso, Yuzhu Li e seus colegas das universidades de Cambridge (Reino Unido) e Fudan (China) queriam saber sobre a necessidade de sono dos adultos mais velhos.

 

À medida que envelhecemos, muitas vezes vemos alterações em nossos padrões de sono, incluindo dificuldade em adormecer e permanecer dormindo, e uma diminuição da quantidade e da qualidade do sono. Acredita-se que esses distúrbios do sono possam contribuir para o declínio cognitivo e distúrbios psiquiátricos na população idosa.

 

Sono na medida certa

 

Os pesquisadores examinaram dados de quase 500.000 adultos com idades entre 38 e 73 anos. Os participantes foram questionados sobre seus padrões de sono, saúde mental e bem-estar, e participaram de uma série de testes cognitivos. Imagens do cérebro e dados genéticos estavam disponíveis para quase 40.000 dos participantes do estudo.

 

A equipe descobriu que uma duração do sono insuficiente ou excessiva está associada a um pior desempenho cognitivo, impactando velocidade de processamento, atenção visual, memória e habilidades de resolução de problemas.

 

Sete horas de sono por noite foi a quantidade ideal de sono para o desempenho cognitivo e para uma boa saúde mental, com as pessoas experimentando mais sintomas de ansiedade e depressão e pior bem-estar geral se relatassem dormir por mais ou menos tempo.

 

Os pesquisadores afirmam que uma possível razão para a associação entre sono insuficiente e declínio cognitivo pode ser devido à interrupção do sono de ondas lentas, mais conhecido como "sono profundo". A interrupção desse tipo de sono demonstrou ter uma ligação estreita com a consolidação da memória, bem como com o acúmulo de amiloide - uma proteína chave que, quando se dobra incorretamente, pode causar "emaranhados" no cérebro, característicos de algumas formas de demência. Além disso, a falta de sono pode prejudicar a capacidade do cérebro de se livrar das toxinas acumuladas pelo funcionamento normal.

 

A equipe também encontrou uma ligação entre a quantidade de sono e as diferenças na estrutura das regiões do cérebro envolvidas no processamento cognitivo e na memória, novamente com maiores mudanças associadas a mais ou menos de sete horas de sono.

 

Checagem com artigo científico:

 

Artigo: The brain structure and genetic mechanisms underlying the nonlinear association between sleep duration, cognition and mental health

Autores: Yuzhu Li, Barbara J. Sahakian, Jujiao Kang, Christelle Langley, Wei Zhang, Chao Xie, Shitong Xiang, Jintai Yu, Wei Cheng, Jianfeng Feng

Publicação: Nature Aging

DOI: 10.1038/s43587-022-00210-2

 

Fonte: https://www.diariodasaude.com.br/news.php?article=sete-horas-sono-ideais-mais-ou-menos-atrapalha-cognicao&id=15324 - Redação do Diário da Saúde - Imagem: Pornpak Khunatorn


Nós o amamos porque ele nos amou primeiro.

1 João 4:19


segunda-feira, 20 de setembro de 2021

Como o número de horas que dorme afeta a saúde do seu cérebro


Estudo indica que a quantidade de horas de sono pode impactar significativamente nas funções cognitivas de idosos

 

Em adultos com mais de 70 anos, o número de horas dormidas pode influenciar a saúde e operacionalidade do cérebro, segundo uma pesquisa publicada na revista JAMA Neurology e citada pela CNN.

 

Os investigadores, explicam que o sono interrompido é um elemento comum que afeta pessoas de idade mais avançada e está diretamente ligado a alterações na função cognitiva, como no que se refere à capacidade mental de aprender, pensar, raciocinar, resolver problemas, tomar decisões, recordar e prestar atenção.

 

De acordo com o estudo, explica a CNN, mudanças no sono associadas à faixa etária foram igualmente relacionadas com sinais prematuros de demência e de doença de Alzheimer, depressão e patologias cardíacas. Como tal, os investigadores analisaram potenciais ligações entre a duração do sono, fatores demográficos e de estilo de vida, função cognitiva subjetiva e objetiva e níveis de beta amiloide, aquele que é um marcador da doença de Alzheimer.

 

Os voluntários que reportaram experienciar constantemente um período de sono breve, entre seis horas ou menos, apresentavam índices superiores de beta amiloide, o que "aumenta bastante" o risco de demência, disse por e-mail à CNN Joe Winer, o principal autor do trabalho, investigador de pós-doutorado na Universidade de Stanford, nos Estados Unidos. Comparativamente a voluntários que relataram dormir entre sete a oito horas de sono por noite.

 

Adicionalmente, os idosos com défice de sono também registaram um desempenho moderado a notoriamente pior em testes utilizados nessa faixa etária para avaliar habilidades cognitivas.

 

Por outro lado, dormir muito, de nove a mais horas, também foi associado a funções executivas mais fracas, apesar desses indivíduos não apresentarem níveis superiores de beta amiloide.

 

"A principal lição é que é importante manter um sono saudável no final da vida", explicou Winer.

 

"Além disso, tanto as pessoas que dormem muito pouco quanto as que dormem demais tiveram maior índice de massa corporal e mais sintomas depressivos".

 

Ou seja, de acordo com o investigador descobertas indicam que poucas ou demasiadas horas de repouso podem propiciar o desenvolvimento de processos de doenças subjacentes.

 

Fonte: https://www.noticiasaominuto.com.br/lifestyle/1838860/como-o-numero-de-horas-que-dorme-afeta-a-saude-do-seu-cerebro - Notícias ao Minuto Brasil - © Shutterstock