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sábado, 25 de outubro de 2025

Entenda o perigo do consumo excessivo de açúcar


A ingestão acima do ideal impacta diretamente o funcionamento do corpo e o equilíbrio metabólico

 

O Halloween não é uma tradição brasileira, mas a comemoração caiu no gosto do público — inclusive entre os adultos. Escritórios promovem festas temáticas, academias entram no clima e, em casa, é difícil resistir aos doces que sobram das brincadeiras das crianças. Chocolates, balas e sobremesas carregadas de caldas e recheios passam a circular com mais frequência, e o que parece uma diversão inofensiva pode, na verdade, trazer riscos à saúde.

 

Uma revisão publicada na revista britânica The BMJ, chamada "Dietary sugar consumption and health: umbrella review", mostrou que o consumo excessivo de açúcar está associado a 45 efeitos negativos no organismo, entre eles obesidade, diabetes, hipertensão, doenças cardiovasculares, depressão e envelhecimento precoce.

 

Embora o açúcar tenha um papel cultural e emocional importante, presente em comemorações, recompensas e até no afeto, a ciência vem reforçando que o consumo acima do ideal impacta diretamente o funcionamento do corpo e o equilíbrio metabólico.

 

Riscos do açúcar para os sistemas do organismo

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a recomendação é limitar o consumo de "açúcares livres" a menos de 25 gramas por dia, o equivalente a seis colheres de chá. No entanto, boa parte da população ultrapassa facilmente essa quantidade já no café da manhã.

 

O médico Danilo Almeida, pós-graduado em Nutrologia pela Associação Brasileira de Nutrologia (ABRAN) e em Metabolômica pela Academia Brasileira de Medicina Funcional Integrativa, explica que o açúcar em excesso interfere em praticamente todos os sistemas do organismo.

 

"O corpo humano não foi projetado para lidar com o volume de açúcar presente na alimentação moderna. Esse consumo contínuo causa picos de glicose e insulina, aumenta a inflamação, desregula hormônios e acelera o envelhecimento celular", afirma.

 

Impacto do açúcar no metabolismo

O açúcar é uma fonte rápida de energia, mas, quando ingerido em excesso, o que o corpo não usa é transformado em gordura e armazenado, especialmente na região abdominal. Isso contribui para a resistência à insulina, quadro em que o organismo perde a capacidade de usar a glicose de forma eficiente. "Esse é o primeiro passo para o desenvolvimento de diabetes tipo 2, hipertensão e dislipidemia", explica o médico.

 

Além do impacto metabólico, o açúcar também afeta o cérebro. Seu consumo em excesso estimula a liberação de dopamina, neurotransmissor associado à sensação de prazer, o que explica o comportamento compulsivo. "O açúcar ativa os mesmos circuitos cerebrais de recompensa que algumas drogas. Por isso, quanto mais a pessoa consome, mais sente necessidade de consumir de novo", destaca Danilo Almeida.

 

Fontes escondidas de açúcar

O açúcar não está apenas em sobremesas e refrigerantes. Ele aparece, muitas vezes disfarçado, em alimentos considerados "salgados" ou "saudáveis". Pães de forma, molhos prontos, iogurtes, cereais matinais e até produtos light e zero podem conter grandes quantidades de açúcares adicionados. "O consumidor precisa ler o rótulo. Ingredientes como xarope de glicose, maltodextrina, dextrose e frutose são diferentes nomes para o mesmo açúcar", alerta o médico.

 

Segundo ele, mesmo os sucos de fruta industrializados e as bebidas à base de plantas podem conter grandes quantidades de açúcares livres, já que a estrutura da fruta é rompida e a fibra, responsável por retardar a absorção da glicose, é perdida.

 

O consumo excessivo de açúcar afeta o organismo de diversas formas, inclusive impactando o equilíbrio hormonal, a imunidade e a saúde mental

 

Consequências silenciosas

A ingestão excessiva de açúcar também pode influenciar o equilíbrio hormonal, a imunidade e a saúde mental. "O excesso de glicose circulante aumenta o estresse oxidativo e a inflamação sistêmica. Com o tempo, isso prejudica a função das mitocôndrias (as 'usinas de energia' das células) e reduz a capacidade de regeneração do organismo", explica Danilo Almeida.

 

A longo prazo, esse desequilíbrio contribui para fadiga constante, dificuldade de concentração, aumento da gordura visceral e maior risco de doenças crônicas. Em homens, pode até reduzir os níveis de testosterona; em mulheres, agrava desequilíbrios hormonais ligados à síndrome dos ovários policísticos (SOP).

 

Como reduzir o consumo sem abrir mão do sabor

Para equilibrar o paladar, o médico recomenda substituir os açúcares simples por fontes naturais e alimentos integrais, ricos em fibras e nutrientes. "As fibras desaceleram a absorção da glicose e evitam os picos de insulina. Além disso, o consumo de gorduras boas e proteínas em todas as refeições ajuda a controlar o apetite e reduzir a vontade de comer doce", orienta.

 

Boas estratégias incluem:

 

Trocar refrigerantes e sucos industrializados por água com limão ou frutas frescas;

Priorizar frutas inteiras em vez de sucos;

Cozinhar e adoçar em casa, usando menos açúcar;

Ler os rótulos e identificar os nomes escondidos do açúcar;

Evitar sobremesas após todas as refeições, reservando-as para ocasiões especiais.

Adoçar menos é um hábito treinável

 

O paladar é adaptável e, com o tempo, o organismo aprende a apreciar sabores menos intensos. "Depois de algumas semanas reduzindo o açúcar, o cérebro reconfigura a percepção do doce. Aquilo que antes parecia 'sem graça' passa a ter sabor suficiente", explica o médico.

 

Ele lembra ainda que a qualidade do sono e o manejo do estresse influenciam o desejo por doces. "Pessoas cansadas e ansiosas tendem a buscar açúcar como compensação emocional. Por isso, cuidar da mente também é uma forma de cuidar do metabolismo", afirma. 

 

Para Danilo Almeida, não há problema em comer um doce de vez em quando. "O perigo está na rotina, no açúcar que aparece todos os dias, em pequenas doses, sem que a gente perceba", finaliza.

 

https://www.terra.com.br/vida-e-estilo/saude/entenda-o-perigo-do-consumo-excessivo-de-acucar,1ae7b23f5d3d4275e74e32ac7b6bfe7dqco6xpch.html?utm_source=clipboard - Por Paula de Paula - Foto: Fascinadora | Shutterstock / Portal EdiCase

sábado, 12 de julho de 2025

Consumo excessivo de álcool pode causar lesões cerebrais e perda cognitiva


Um novo estudo da Universidade de São Paulo (USP) revelou que o consumo de oito ou mais doses de bebida alcoólica por semana pode estar associado a lesões cerebrais relacionadas a problemas de memória e raciocínio. A pesquisa analisou o cérebro de 1.781 pessoas com média de idade de 75 anos ao falecer e identificou que o hábito de beber excessivamente estava ligado a maior risco de desenvolver uma condição chamada hialinose arteriolar, que afeta os pequenos vasos sanguíneos do cérebro.

 

Essa condição torna os vasos mais espessos e rígidos, dificultando o fluxo sanguíneo e provocando danos cerebrais com o tempo. Os pesquisadores também encontraram uma maior presença de "emaranhados de tau", estruturas associadas ao Alzheimer, entre os indivíduos que foram consumidores pesados ou ex-consumidores. Compre vitaminas e suplementos

 

Comparado aos que nunca beberam, os bebedores pesados tiveram 133% mais chance de apresentar lesões vasculares cerebrais. Já os ex-bebedores apresentaram 89% mais risco, enquanto os bebedores moderados, 60%. Além disso, ex-bebedores também tiveram menor proporção de massa cerebral em relação ao corpo e pior desempenho cognitivo. Outro dado alarmante é que os consumidores pesados morreram, em média, 13 anos mais cedo do que os abstêmios.

 

Embora o estudo não tenha acompanhado os participantes em vida, nem medido o tempo de exposição ao álcool, seus autores reforçam que os resultados trazem um alerta importante para a saúde pública. Eles destacam a necessidade de ampliar campanhas de conscientização sobre os danos neurológicos causados pelo consumo exagerado de álcool.

 

Fonte: Neurology.  DOI: 10.1212/WNL.0000000000213555.

 

Fonte: https://www.boasaude.com.br/noticias/21016/consumo-excessivo-de-alcool-pode-causar-lesoes-cerebrais-e-perda-cognitiva.html?utm_source=terra_capa_vida-e-estilo&utm_medium=referral#google_vignette

terça-feira, 6 de fevereiro de 2024

Consumo excessivo de álcool no Carnaval pode prejudicar o coração


Cardiologista explica como essa bebida pode aumentar o risco de infarto, miocardiopatia е AVC

 

Durante o período do Carnaval, é comum observar um aumento significativo no consumo de álcool, muitas vezes associado às festividades e celebrações. Embora a diversão seja uma parte integral dessa temporada, é importante estar ciente dos potenciais impactos negativos que o excesso de álcool pode ter sobre a saúde, especialmente em relação ao coração.

 

Segundo o cardiologista Dr. Roberto Yano, o consumo excessivo de bebidas alcoólicas é um fator importante para problemas cardiovasculares. “O álcool em excesso pode ocasionar uma série de problemas cardiovasculares. Pode elevar a pressão arterial, aumentar os triglicérides, contribuir para o ganho de peso, facilitar o acúmulo de gordura nas artérias е aumentar, assim, o risco de problemas cardíacos como infarto, miocardiopatia е AVC (Acidente Vascular Cerebral)”, ressalta.

 

Prejuízos do consumo excessivo

O consumo desregrado de álcool pode ser um fator de risco para doenças cardíacas tanto no curto quanto no longo prazo, confirma o Dr. Roberto Yano. “O consumo excessivo e frequente de bebidas alcoólicas pode aumentar a pressão arterial, desencadear arritmias е contribuir para a formação de placas nas artérias, elevando o risco de doenças cardíacas. Além disso, o consumo crônico está associado a condições como a miocardiopatia alcoólica ao longo dos anos”, explica.

 

Danos para quem bebe pouco

Até quem costuma consumir bebida alcoólica em menor frequência pode ser afetado. “Se engana quem pensa ‘um dia não faz mal’; na verdade, em períodos como o Carnaval, em que há um grande consumo de álcool em um pequeno espaço de tempo, também é possível sofrer efeitos, mesmo sendo ocasional. Isso porque o aumento súbito de álcool no sangue pode ocasionar o que chamamos ‘holiday hеart syndromе’, ou síndrome do coração pós-feriado”, esclarece o profissional.

Nessa síndrome, o coração intoxicado pelo álcool gera arritmias cardíacas (dentre a mais comum, a fibrilação atrial), que são potencialmente graves, pois podem instabilizar o coração, sendo em alguns casos necessário realizar até um procedimento médico para reverter o ritmo.

 

Pessoas com problemas cardíacos

Os riscos relacionados ao consumo excessivo de bebidas alcoólicas no Carnaval são ainda maiores quando se trata de pessoas que já apresentaram problemas anteriores, afirma o Dr. Roberto Yano.

“Para pessoas com condições cardíacas prévias, o consumo excessivo de bebidas alcoólicas é ainda mais perigoso, podendo agravar arritmias prévias, elevar ainda mais a pressão arterial е aumentar assim o risco de eventos cardíacos. Mesmo assim, os cuidados devem ser os mesmos, seja para quem tem a predisposição ou mesmo para aqueles que sejam previamente sadios”, ressalta.

 

Protegendo o coração

Os riscos relacionados ao consumo excessivo de álcool ao sistema cardiovascular são amenizados com alguns cuidados, principalmente a partir da moderação no uso de bebidas. “A principal medida preventiva é, sem dúvidas, a moderação, evitar ingerir grandes doses de bebidas alcoólicas, principalmente em curtos períodos”, recomenda o médico

“No caso de pessoas com algum fator de risco, é fundamental realizar seus exames preventivos antes do Carnaval; optar por alternativas não alcoólicas e evitar grandes esforços que possam sobrecarregar o coração “, ressalta o Dr. Roberto Yano

 

Fonte: https://saude.ig.com.br/parceiros/edicase/2024-02-06/consumo-excessivo-de-alcool-no-carnaval-pode-prejudicar-o-coracao.html - Por Adriana Quintairos - Imagem: Vergani Fotografia | Shutterstock


Você, porém, homem de Deus, fuja de tudo isso e busque a justiça, a piedade, a fé, o amor, a perseverança e a mansidão.

1 Timóteo 6:11


sábado, 23 de janeiro de 2021

Estudos alertam para consumo excessivo de álcool por jovens na pandemia


Tendência ocorre em todas as idades, mas aumento do consumo entre jovens e adolescentes oferece ainda mais riscos e requer atenção dos pais

 

Consumo de bebidas alcóolicas aumentou entre jovens

Levantamentos realizados após o início da pandemia em diferentes países reforçam um alerta sobre a saúde mental e física de jovens e adolescentes. O consumo precoce e excessivo de álcool , que já preocupava profissionais de saúde, intensificou-se durante o período.

 

De acordo com a Organização Panamericana de Saúde (OPAS), 35% dos entrevistados adultos, com idades entre 30 e 39 anos, aumentaram a frequência de consumo alcoólico em grandes quantidades. Entre adolescentes, porém, o risco é ainda maior: no Canadá, o percentual de jovens que consumiam álcool dentro de casa passou de 20,6% para 30,1% no período atual, indicando uma mudança de hábitos nociva especialmente na fase de desenvolvimento.

 

De acordo com o psiquiatra e coordenador do Núcleo de Álcool e Drogas do Hospital Sírio-Libanês, Arthur Guerra, a realidade pode ser facilmente percebida no Brasil, onde quase 40% das crianças tem o primeiro contato com as bebidas desse tipo aos 13 anos, como aponta o Manual de Orientação sobre Bebidas Alcoólicas.

 

“Os jovens têm deixado de lado um comportamento chamado de beber pesado episódico (BPE), que é o consumo nocivo de grande quantidade de álcool em uma única ocasião. Mas isso não é motivo para comemorar já que a frequência tem crescido em uma idade tão precoce", destaca o profissional de saúde.

 

Embora ofereça riscos à saúde de pessoas em qualquer idade, o consumo de bebidas alcoólicas é ainda mais prejudicial durante a adolescência já que, além da interferência nociva ao desenvolvimento cerebral, a fase é mais suscetível à  dependência , conforme mostra a pesquisa realizada pela Secretaria Nacional Antidrogas (Senad), que aponta 22% dos jovens sob o risco de alcoolismo. 

 

O psiquiatra Arthur Guerra também destaca que os efeitos - mesmo os imediatos - do alcóol são prejudiciais à saúde mental , especialmente durante a pandemia. “Apesar de a maioria das pessoas atribuírem a sensação de relaxamento ao consumo de álcool, ele intensifica sentimentos como medo e ansiedade, além da depressão . Isso contribui de forma negativa para a saúde mental daqueles que estão cumprindo o distanciamento social, tornando tudo mais difícil”, finaliza.

 

Link deste artigo: https://saude.ig.com.br/2021-01-21/estudos-alertam-para-consumo-excessivo-de-alcool-por-jovens-na-pandemia.html