quinta-feira, 24 de junho de 2010

Artigos sobre saúde


Prática de atividades físicas pode melhorar desempenho sexual, diz estudo.

Homens que querem melhorar seu desempenho sexual devem começar a fazer atividades físicas regularmente, segundo especialistas da Universidade de Duke, nos Estados Unidos. Em estudo com 178 homens saudáveis com média de idade de 62 anos, os pesquisadores observaram que aqueles que se exercitavam tinham significativamente maiores pontuações em um questionário de função sexual, comparados aos sedentários.

Apresentados este mês no encontro anual da Associação Americana de Urologia, os resultados indicam que os moderadamente ativos - que fazem, por exemplo, caminhadas de 30 minutos quatro vezes por semana - seriam 65% menos propensos a ter disfunção sexual do que aqueles que não fazem atividades físicas. Os sedentários apresentaram média de 43 pontos em uma escala que avaliava a função sexual - incluindo fatores como capacidade de ereção, de alcançar um orgasmo, frequência e qualidade de ereção, função sexual geral e problemas sexuais -, enquanto os moderadamente ativos tiveram 72 pontos e os muito ativos fizeram 70 pontos.

Os autores acreditam que os exercícios, além de ter um efeito benéfico na autoestima, podem aumentar o fluxo sanguíneo no pênis, facilitando a ereção. “Se os homens não forem se exercitar para sua saúde cardiovascular, pode ser que façam por sua função sexual”, disse a pesquisadora Erin McNamara, acrescentando que mais estudos são necessários para confirmação.


Exercícios amenizam efeitos do estresse no envelhecimento celular, diz estudo.

Fazer exercícios curtos e vigorosos - aquele tipo de atividade física que faz você suar e acelera seus batimentos cardíacos - pode ajudar a amenizar os efeitos do estresse no envelhecimento celular, segundo estudo recente da Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos. De acordo com os autores, essas atividades físicas podem reduzir o encurtamento dos telômeros - material genético que formam as extremidades dos cromossomos -, um dos sinais chave do envelhecimento celular.

Avaliando 63 mulheres idosas saudáveis - muitas das quais cuidavam do marido com demência -, os pesquisadores observaram que as sedentárias que reportavam altos níveis de estresse tinham telômeros menores, enquanto as participantes fisicamente ativas muito estressadas não tinham telômeros menores. Ou seja, os exercícios breves e vigorosos - pelo menos 40 minutos em um período de três dias - pareciam proteger as mulheres das marcas do envelhecimento celular.

Baseados nesses resultados, os especialistas concluíram que apenas 13 minutos diários de atividades físicas mais fortes podem ser importantes para manter telômeros mais longos. “As pessoas sabem que o estresse é ruim para o coração, faz você parecer mais cansado e abatido, e nos deixa vulneráveis a infecções”, disse o pesquisador Eli Puterman. “E há tantas evidências acumuladas que ligam o estresse e a saúde, então, mostrar que há algo que podemos fazer quando estamos estressados que pode atrasar ou amenizar o impacto é emocionante”, acrescentou o pesquisador, recomendando 75 minutos de atividades vigorosas ou 150 minutos de moderada por semana.


Exercícios físicos podem amenizar a raiva, sugere pesquisa.

Se você sabe que vai ter um dia ruim, a primeira coisa que deve fazer ao acordar é colocar roupa de ginástica e sair para caminhar ou correr. Esse é o conselho de pesquisadores da Universidade da Geórgia, nos Estados Unidos, que, avaliando 16 jovens que se irritavam facilmente, descobriram que exercícios prévios podem amenizar o humor nervoso e irritadiço. Segundo os especialistas, apesar de os resultados precisarem de confirmação em estudos maiores, parece que “os exercícios agem como uma droga, protegendo contra a indução da raiva, quase como tomar aspirina para prevenir infarto”.

No estudo, antes e após 30 minutos de ciclismo em intensidade moderada, os participantes assistiram a apresentações de imagens que evocam raiva - incluindo do movimento Ku Klux Klan, de Hitler e de crianças desnutridas -, misturadas a imagens que induzem medo, simpatia ou imagens neutras. Em uma escala de raiva crescente de 20 pontos, os participantes, quando se exercitavam, apresentavam crescimento insignificante de 6,3 pontos para sete após ver as imagens provocadoras; e, na ausência de exercícios, essa taxa passava de oito para 10 pontos.

De acordo com os autores, a raiva e o comportamento agressivo estão associados a baixos níveis de serotonina. E diversos estudos têm demonstrado que a prática de atividades físicas pode aumentar os níveis desse hormônio calmante no cérebro. Além disso, segundo o fisiologista Michael R. Bracko, “uma aula em grupo de exercícios ou de musculação pode manter a mente distraída”, atenuando as emoções de raiva. Entretanto, mais estudos sobre o assunto são necessários.


Natação pode ser benéfica para os bebês, aponta estudo.

Crianças que fazem aulas de natação quando bebês têm vantagens em relação às outras em equilíbrio e força da mão aos cinco anos de idade, segundo pesquisa da Universidade Norueguesa de Ciência e Tecnologia. Comparando 19 bebês “nadadores”, com outros 19 que não praticavam natação, os especialistas notaram que aqueles que fizeram aulas de natação dos dois aos sete meses de vida tiveram melhores resultados, aos cinco anos, em testes que incluíam ficar nas pontas dos pés, em um pé só, pular corda, rolar uma bola e segurar um saco de feijão.

Os bebês nadadores tiveram aulas duas horas por semana, com os pais ajudando os bebês a fazerem cambalhotas sobre um tapete de flutuação, a mergulharem na água, a saltarem da beira da piscina e a se equilibrarem para tentar alcançar objetos flutuantes.

Publicados na edição de maio da revista especializada Child: Care Health and Development, os resultados mostraram que os bebês nadadores são melhores em equilíbrio e em segurar objetos. “É incrível que o treinamento específico de bebês novos tenha um efeito mais tarde”, destacou o pesquisador Hermundur Sigmundsson, líder do estudo. “O desenvolvimento é uma interação entre a maturação, o crescimento, a experiência e o aprendizado. Nosso estudo mostra que não devemos subestimar o aspecto do aprendizado”, concluiu.


Especialistas recomendam exercícios físicos para pacientes com câncer

Embora, por muito tempo, os médicos tenham recomendado repouso para as pessoas com câncer, esses pacientes podem - e devem - fazer atividades físicas antes, durante e após o tratamento, segundo as novas recomendações do American College of Sports Medicine. Com a realização de uma revisão de estudos sobre o assunto, os especialistas concluíram que a realização de atividades moderadas é segura e pode trazer benefícios para pacientes antes e após o tratamento de diversos tipos de câncer.

“Temos que deixar passar a ideia de que os exercícios são prejudiciais aos pacientes com câncer”, disse a pesquisadora Kathryn Schmitz, da Universidade da Pensilvânia, nos EUA, acrescentando que as atividades físicas “melhoram a forma aeróbica e a força, reduz a fadiga, melhora a qualidade de vida e a autoimagem”. Entretanto, os especialistas destacam que os pacientes não devem abusar, realizando atividades moderadas regularmente - em geral, 30 minutos por dia, cinco dias por semana, de atividades como caminhada.

Os especialistas destacam, ainda, que os exercícios devem ser adaptados a cada caso. Por exemplo, aqueles com câncer gastrointestinal ou outro tipo que pode se disseminar para os ossos devem evitar treinamentos com muito peso; e pessoas com o sistema imunológico comprometido devem evitar se exercitar em academias. Por isso, é importante consultar um médico antes de começar qualquer atividade, e ser acompanhado por um especialista.

Fonte: Revista Boa Saúde - por Leandro Perché

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