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terça-feira, 10 de agosto de 2010

Artigos sobre exercícios físicos


Falta de exercícios físicos é causa de aumento do risco cardíaco na depressão.

Pacientes cardíacos que sofrem de depressão são menos propensos a se exercitarem, aumentando ainda mais o seu risco de problemas como o infarto e a insuficiência cardíaca, segundo estudo publicado no The Journal of the American Medical Association. Avaliando mais de mil pacientes com doença cardíaca, acompanhados por uma média de oito anos, os pesquisadores notaram que, entre aqueles que apresentavam sintomas depressivos, 10% tiveram um evento cardíaco, contra apenas 6,7% daqueles que não sofriam de depressão. Uma análise mais aprofundada mostrou que essa relação era mediada por fatores de comportamento – os pacientes depressivos eram mais propensos a fumar, eram menos fisicamente ativos e menos propensos a tomar os remédios como haviam sido prescritos. Entre esses pacientes, a inatividade sozinha foi associada a 44% maior risco.

Exercícios físicos podem amenizar a raiva, sugere pesquisa.

Se você sabe que vai ter um dia ruim, a primeira coisa que deve fazer ao acordar é colocar roupa de ginástica e sair para caminhar ou correr. Esse é o conselho de pesquisadores da Universidade da Geórgia, nos Estados Unidos, que, avaliando 16 jovens que se irritavam facilmente, descobriram que exercícios prévios podem amenizar o humor nervoso e irritadiço. Segundo os especialistas, apesar de os resultados precisarem de confirmação em estudos maiores, parece que “os exercícios agem como uma droga, protegendo contra a indução da raiva, quase como tomar aspirina para prevenir infarto”.
No estudo, antes e após 30 minutos de ciclismo em intensidade moderada, os participantes assistiram a apresentações de imagens que evocam raiva - incluindo do movimento Ku Klux Klan, de Hitler e de crianças desnutridas -, misturadas a imagens que induzem medo, simpatia ou imagens neutras. Em uma escala de raiva crescente de 20pontos, os participantes, quando se exercitavam, apresentavam crescimento insignificante de 6,3 pontos para sete após ver as imagens provocadoras; e, na ausência de exercícios, essa taxa passava de oito para 10 pontos.
De acordo com os autores, a raiva e o comportamento agressivo estão associados a baixos níveis de serotonina. E diversos estudos têm demonstrado que a prática de atividades físicas pode aumentar os níveis desse hormônio calmante no cérebro. Além disso, segundo o fisiologista Michael R. Bracko, “uma aula em grupo de exercícios ou de musculação pode manter a mente distraída”, atenuando as emoções de raiva. Entretanto, mais estudos sobre o assunto são necessários.

Exercícios físicos podem diminuir comportamento agressivo de crianças.

Se seu filho é gordinho e tem o hábito de bater portas, brigar na escola e expressar a raiva de maneira agressiva, ele pode melhorar com a prática de exercícios físicos, segundo estudo publicado na revista especializada Pediatric Exercise Science. Embora não haja evidências de que crianças com sobrepeso sejam mais agressivas, pesquisas indicam que são mais propensas a serem intimidadas e a intimidar as outras (bullying). Avaliando 208 crianças com idades entre sete e 11 anos que estavam acima do peso e eram sedentárias, especialistas descobriram que aquelas que passaram a fazer exercícios após a aula apresentaram menor pontuação na escala de raiva, além de melhora no condicionamento físico. Os autores destacam que exercícios podem melhorar o humor e a função cognitiva, fazendo as crianças terem mais auto-controle. Além disso, a redução do tempo em frente à TV pode cumprir um papel.

Exercícios físicos podem proteger contra declínio cognitivo na velhice.

Os exercícios físicos podem ajudar os idosos a prevenir o declínio cognitivo e problemas de memória aumentando o fluxo sangüíneo no cérebro, segundo pesquisadores da Universidade da Carolina do Norte, nos EUA. Em estudo com 12 pessoas saudáveis com idades entre 60 e 80 anos, eles observaram que a prática regular de exercícios está associada ao aumento no número total de vasos no cérebro e com um aumento do fluxo sangüíneo nas três principais artérias cerebrais. E isso traria benefícios para as áreas que controlam funções como a consciência, a memória, a resposta emocional e a linguagem. Avaliando imagens de ressonância magnética, os especialistas descobriram que aqueles que, por dez anos ou mais, haviam se exercitado cerca de três horas por semana em atividades aeróbicas tinham maior número de pequenos vasos (150, contra 100 dos sedentários) e maior fluxo sangüíneo no cérebro.

Exercícios aeróbicos inibem o apetite, diz estudo.

Exercícios aeróbicos, como a caminhada e a corrida, são mais eficazes em inibir o apetite do que as atividades anaeróbicas, como a musculação, segundo estudo publicado nesta sexta-feira na revista da Sociedade Americana de Fisiologia. Segundo os autores, passar 60 minutos na esteira afeta a liberação de dois hormônios reguladores do apetite, enquanto 90 minutos de musculação são associados à liberação de apenas um deles. Avaliando 11 homens jovens que realizaram diferentes rotinas de exercícios ao longo de vários dias, os pesquisadores descobriram que sessões na esteira provocavam queda na grelina (hormônio estimulador do apetite) e não alteravam significativamente os níveis do peptídeo YY (inibidor do apetite). Com base em questionários sobre fome após as atividades, os autores notaram também que ambos os tipos de exercícios inibiam o apetite, mas os aeróbicos tinham ação mais duradoura.

Atividades físicas podem prevenir futuras dores no corpo, diz estudo.

Um estudo da Universidade Norueguesa de Ciência e Tecnologia indica que a prática de atividades físicas pode proteger, por mais de uma década, contra dores e desconfortos músculo-esqueléticos. Os pesquisadores avaliaram dados de mais de 39 mil pessoas que responderam, entre os anos de 1984 e 1986, a questões sobre atividades físicas; e, onze anos depois, a questões sobre queixas osteomusculares crônicas (dores que duraram mais de três meses no ano anterior à pesquisa). E notaram que as pessoas que se exercitavam no início do estudo eram 9% menos propensas a ter as queixas osteomusculares crônicas, comparadas com os sedentários. Aqueles que se exercitavam três ou mais vezes por semana tinham 28% menos chances de ter dores crônicas generalizadas. Mais estudos são necessários para ver se as queixas são causa ou conseqüência da inatividade.

Fonte: Revista Boa Saúde

sábado, 10 de julho de 2010

ARTIGOS SOBRE SAÚDE



Tomar sol é importante para um envelhecimento saudável, sugere estudo.

Um estudo apresentado esta semana no encontro Biologia Experimental 2010, da Sociedade Americana de Nutrição, sugere uma associação entre maiores níveis de vitamina D - nutriente produzido pelo organismo quando tomamos sol - e uma melhor função física, incluindo melhor saúde óssea e muscular, entre os idosos. Acompanhando, por quatro anos, mais de 2,7 mil idosos, especialistas notaram que aqueles com maiores níveis sanguíneos de 25-hidroxivitamina D no início apresentavam melhores resultados em testes que incluíam velocidade de caminhada, capacidade de se levantar de uma cadeira e equilíbrio.
De acordo com os autores, os resultados não permitem concluir que a suplementação do nutriente ou uma alimentação rica em vitamina D - com laticínios fortificados e peixes oleosos - poderiam fortalecer os músculos e melhorar a qualidade de vida dos idosos, até porque é possível conseguir níveis suficientes do nutriente com a exposição adequada ao sol.
“As recomendações alimentares atuais são baseadas nos efeitos primários da vitamina D sobre a saúde óssea. É possível que maiores quantidades de vitamina D sejam necessárias para a preservação da força muscular e da função física, assim como outras condições de saúde”, destacou a pesquisadora Denise Houston, da Universidade Wake Forest. “Entretanto, estudos clínicos são necessários para determinar se aumentar as concentrações de 25-hidroxivitamina D através da dieta ou suplementos tem um efeito sobre esses resultados não-tradicionais”, acrescentou.

Dormir bem pode ser o segredo do envelhecimento saudável, sugere pesquisa.

Um estudo que incluiu mais de 15 mil chineses com mais de 65 anos indicou que aqueles que, regularmente, aproveitam boas noites de sono têm mais chances de viver mais e melhor. Publicados na edição de maio da revista Sleep, os resultados mostraram, ainda, que fatores como ser homem, viver em áreas rurais, ser mais velho e ter maior status socioeconômico e melhores condições de saúde estariam associados a uma maior qualidade de sono.
Apesar de os pesquisadores não estarem sugerindo uma relação de causa e efeito entre sono e envelhecimento saudável, os resultados sugerem que boas noites de sono podem beneficiar os idosos. “A idade e as condições de saúde são os dois fatores mais importantes associados com o relato de qualidade e duração do sono”, destacam os autores. “A maioria dos idosos saudáveis podem experimentar qualidade de sono satisfatória. E os problemas de sono nas idades mais avançadas provavelmente resultam de uma variedade de fatores fisiológicos e psicossociais, em vez do envelhecimento em si”.

Parar de fumar pode reduzir os níveis de estresse, diz estudo.

Muitos fumantes acendem um cigarro para se acalmar quando estão ansiosos ou estressados. Entretanto, um novo estudo britânico indica que parar de fumar pode ser muito mais eficaz para amenizar o estresse crônico, assegurando aos fumantes que eles não precisam do cigarro para controlar o estresse, e que, na verdade, o tabagismo pode, em alguns casos, contribuir para o estresse crônico. “Os fumantes, frequentemente, veem os cigarros como um mecanismo de controle do estresse, e os ex-fumantes, algumas vezes, voltam a fumar acreditando que isso irá ajudá-los a lidar com um evento estressante da vida”, destacou o pesquisador Peter Hajek, em artigo publicado na revista Addiction.
Avaliando 469 fumantes que tentavam parar de fumar após serem internados com doença cardíaca, os pesquisadores da Escola de Medicina de Londres descobriram que a crença geral não procede e que parar de fumar pode ser benéfico também nesse sentido. Aqueles que ficaram um ano sem o cigarro tiveram uma redução de 20% nos níveis de estresse percebidos, enquanto os que permaneceram fumando não apresentaram mudanças significativas.
Os autores acreditam que as pessoas mais vulneráveis ao estresse são mais propensas a fumar, e o vício pode, em longo prazo, aumentar o estresse, mesmo que as pessoas sintam que fumar oferece alivio temporário. “Quando fumantes dependentes não podem fumar, com o prolongamento do período sem cigarro, eles tendem a se sentirem mais nervosos, irritáveis e inconformados”, explicaram os autores. “Um cigarro ameniza esse estado estressante temporariamente, e isso deve ser a principal razão de os fumantes pensarem que o cigarro alivia o estresse”, concluíram.

Suco de maçã é benéfico para pessoas com Alzheimer, aponta estudo.

O consumo diário de suco de maçã pode ser benéfico para pessoas com doença de Alzheimer, segundo pesquisa da Universidade de Massachusetts, nos Estados Unidos. De acordo com os pesquisadores, embora a bebida não tenha efeitos em relação à função cognitiva dos pacientes, ela está associada a uma melhora em seu humor - que geralmente declina com a progressão da doença degenerativa -, amenizando sintomas como ansiedade, agitação e delírio.
Avaliando 21 pacientes com a doença em estágios moderados ou graves, os pesquisadores observaram que o consumo diário de aproximadamente 250 ml de suco de maçã estava associado a uma melhoria de 27% nos sintomas comportamentais e psicóticos desses pacientes. Os resultados, entretanto, não indicaram diferenças nas escalas de atividade da doença e da capacidade de realizar as atividades da vida diária.
“O modesto, mas estatisticamente significativo, impacto do suco de maçã sobre os sintomas psicológicos e comportamentais da demência no estudo alimenta o corpo de evidências que apoia a utilidade das abordagens nutricionais, incluindo sucos de frutas e vegetais, em atrasar o início e a progressão da doença de Alzheimer, mesmo frente aos conhecidos fatores de risco genéticos”, destacam os autores. Baseados nos resultados, os especialistas consideram o suco de maçã um suplemento útil que “pode, inclusive, reduzir a carga do cuidador”.

Homens solteiros têm menos conhecimento e tratamento da hipertensão, diz estudo.

Homens jovens e solteiros sabem menos sobre hipertensão e, possivelmente, por causa disso, recebem menos tratamento quando têm pressão alta, segundo pesquisa da Universidade McMaster, no Canadá.
Avaliando dados de 150 mil pessoas em 17 países, incluindo o Brasil, os especialistas confirmaram que as taxas de conhecimento do problema eram maiores em países desenvolvidos: 57% em áreas urbanas e 54% nas áreas rurais desses países, comparadas a 56% e 45%, respectivamente, nos países pobres. As taxas de tratamento também eram maiores nos países mais ricos, com 46% nas cidades e 48% no campo; e com os países em desenvolvimento apresentando 38% e 23% de seus pacientes tratados. e, de forma geral, homens jovens e solteiros representavam o grupo com menos conhecimento e menos tratamento.
“A hipertensão é um bem reconhecido e importante determinante de doença cardiovascular mundialmente. No entanto, em alguns grupos, o conhecimento e o tratamento são piores”, destacou a pesquisadora Clara Chow. Baseados nos resultados, a especialista e os outros pesquisadores destacam a necessidade de mais investigações para o desenvolvimento de políticas públicas de combate à hipertensão especialmente direcionadas para grupos específicos.

Cigarro pode causar envelhecimento da pele do corpo inteiro.

Fumar causa danos à pele do corpo inteiro, segundo sugere pesquisa da Universidade de Michigan, nos Estados Unidos. Outros estudos haviam se concentrado na pele do rosto, que pode sofrer danos também pela exposição ao sol. Nesse novo trabalho, os pesquisadores observaram a pele que recobre a parte interna dos braços de 82 pessoas entre 22 e 91 anos de idade, entre fumantes e não-fumantes. Foram medidos na pesquisa a quantidade de cigarros consumidos por dia e o total de anos de fumo de cada um. E os cientistas constataram que a quantidade de fumo está intimamente ligada ao envelhecimento da pele de todo o corpo. Em pessoas de 65 anos, por exemplo, havia diferença na pele de dois pontos entre fumantes e não fumantes na escala de nove pontos desenvolvida para o estudo.

Comerciais de TV podem aumentar apetite de crianças.

Propagandas de televisão sobre comida aumentam o apetite de crianças obesas ou com sobrepeso em mais de 100%, segundo pesquisa da Universidade de Liverpool, no Reino Unido. Um grupo de 60 crianças entre nove e onze anos de idade, com vários pesos, participou do estudo, assistindo uma série de propagandas sobre comida e sobre brinquedos seguidas de desenho animado. E os pesquisadores observaram que, após os comerciais de comida, as crianças obesas tinham consumo de comida 134% maior, aquelas com sobrepeso tinham um aumento de 101%, e as crianças com peso normal apresentavam aumento de 84%. Além disso, o peso foi associado ao tipo de comida, pois os obesos tinham preferência por alimentos mais gordurosos, como o chocolate.

Fonte: Revista Boa Saúde - por Leandro Perché

quinta-feira, 24 de junho de 2010

Artigos sobre saúde


Prática de atividades físicas pode melhorar desempenho sexual, diz estudo.

Homens que querem melhorar seu desempenho sexual devem começar a fazer atividades físicas regularmente, segundo especialistas da Universidade de Duke, nos Estados Unidos. Em estudo com 178 homens saudáveis com média de idade de 62 anos, os pesquisadores observaram que aqueles que se exercitavam tinham significativamente maiores pontuações em um questionário de função sexual, comparados aos sedentários.

Apresentados este mês no encontro anual da Associação Americana de Urologia, os resultados indicam que os moderadamente ativos - que fazem, por exemplo, caminhadas de 30 minutos quatro vezes por semana - seriam 65% menos propensos a ter disfunção sexual do que aqueles que não fazem atividades físicas. Os sedentários apresentaram média de 43 pontos em uma escala que avaliava a função sexual - incluindo fatores como capacidade de ereção, de alcançar um orgasmo, frequência e qualidade de ereção, função sexual geral e problemas sexuais -, enquanto os moderadamente ativos tiveram 72 pontos e os muito ativos fizeram 70 pontos.

Os autores acreditam que os exercícios, além de ter um efeito benéfico na autoestima, podem aumentar o fluxo sanguíneo no pênis, facilitando a ereção. “Se os homens não forem se exercitar para sua saúde cardiovascular, pode ser que façam por sua função sexual”, disse a pesquisadora Erin McNamara, acrescentando que mais estudos são necessários para confirmação.


Exercícios amenizam efeitos do estresse no envelhecimento celular, diz estudo.

Fazer exercícios curtos e vigorosos - aquele tipo de atividade física que faz você suar e acelera seus batimentos cardíacos - pode ajudar a amenizar os efeitos do estresse no envelhecimento celular, segundo estudo recente da Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos. De acordo com os autores, essas atividades físicas podem reduzir o encurtamento dos telômeros - material genético que formam as extremidades dos cromossomos -, um dos sinais chave do envelhecimento celular.

Avaliando 63 mulheres idosas saudáveis - muitas das quais cuidavam do marido com demência -, os pesquisadores observaram que as sedentárias que reportavam altos níveis de estresse tinham telômeros menores, enquanto as participantes fisicamente ativas muito estressadas não tinham telômeros menores. Ou seja, os exercícios breves e vigorosos - pelo menos 40 minutos em um período de três dias - pareciam proteger as mulheres das marcas do envelhecimento celular.

Baseados nesses resultados, os especialistas concluíram que apenas 13 minutos diários de atividades físicas mais fortes podem ser importantes para manter telômeros mais longos. “As pessoas sabem que o estresse é ruim para o coração, faz você parecer mais cansado e abatido, e nos deixa vulneráveis a infecções”, disse o pesquisador Eli Puterman. “E há tantas evidências acumuladas que ligam o estresse e a saúde, então, mostrar que há algo que podemos fazer quando estamos estressados que pode atrasar ou amenizar o impacto é emocionante”, acrescentou o pesquisador, recomendando 75 minutos de atividades vigorosas ou 150 minutos de moderada por semana.


Exercícios físicos podem amenizar a raiva, sugere pesquisa.

Se você sabe que vai ter um dia ruim, a primeira coisa que deve fazer ao acordar é colocar roupa de ginástica e sair para caminhar ou correr. Esse é o conselho de pesquisadores da Universidade da Geórgia, nos Estados Unidos, que, avaliando 16 jovens que se irritavam facilmente, descobriram que exercícios prévios podem amenizar o humor nervoso e irritadiço. Segundo os especialistas, apesar de os resultados precisarem de confirmação em estudos maiores, parece que “os exercícios agem como uma droga, protegendo contra a indução da raiva, quase como tomar aspirina para prevenir infarto”.

No estudo, antes e após 30 minutos de ciclismo em intensidade moderada, os participantes assistiram a apresentações de imagens que evocam raiva - incluindo do movimento Ku Klux Klan, de Hitler e de crianças desnutridas -, misturadas a imagens que induzem medo, simpatia ou imagens neutras. Em uma escala de raiva crescente de 20 pontos, os participantes, quando se exercitavam, apresentavam crescimento insignificante de 6,3 pontos para sete após ver as imagens provocadoras; e, na ausência de exercícios, essa taxa passava de oito para 10 pontos.

De acordo com os autores, a raiva e o comportamento agressivo estão associados a baixos níveis de serotonina. E diversos estudos têm demonstrado que a prática de atividades físicas pode aumentar os níveis desse hormônio calmante no cérebro. Além disso, segundo o fisiologista Michael R. Bracko, “uma aula em grupo de exercícios ou de musculação pode manter a mente distraída”, atenuando as emoções de raiva. Entretanto, mais estudos sobre o assunto são necessários.


Natação pode ser benéfica para os bebês, aponta estudo.

Crianças que fazem aulas de natação quando bebês têm vantagens em relação às outras em equilíbrio e força da mão aos cinco anos de idade, segundo pesquisa da Universidade Norueguesa de Ciência e Tecnologia. Comparando 19 bebês “nadadores”, com outros 19 que não praticavam natação, os especialistas notaram que aqueles que fizeram aulas de natação dos dois aos sete meses de vida tiveram melhores resultados, aos cinco anos, em testes que incluíam ficar nas pontas dos pés, em um pé só, pular corda, rolar uma bola e segurar um saco de feijão.

Os bebês nadadores tiveram aulas duas horas por semana, com os pais ajudando os bebês a fazerem cambalhotas sobre um tapete de flutuação, a mergulharem na água, a saltarem da beira da piscina e a se equilibrarem para tentar alcançar objetos flutuantes.

Publicados na edição de maio da revista especializada Child: Care Health and Development, os resultados mostraram que os bebês nadadores são melhores em equilíbrio e em segurar objetos. “É incrível que o treinamento específico de bebês novos tenha um efeito mais tarde”, destacou o pesquisador Hermundur Sigmundsson, líder do estudo. “O desenvolvimento é uma interação entre a maturação, o crescimento, a experiência e o aprendizado. Nosso estudo mostra que não devemos subestimar o aspecto do aprendizado”, concluiu.


Especialistas recomendam exercícios físicos para pacientes com câncer

Embora, por muito tempo, os médicos tenham recomendado repouso para as pessoas com câncer, esses pacientes podem - e devem - fazer atividades físicas antes, durante e após o tratamento, segundo as novas recomendações do American College of Sports Medicine. Com a realização de uma revisão de estudos sobre o assunto, os especialistas concluíram que a realização de atividades moderadas é segura e pode trazer benefícios para pacientes antes e após o tratamento de diversos tipos de câncer.

“Temos que deixar passar a ideia de que os exercícios são prejudiciais aos pacientes com câncer”, disse a pesquisadora Kathryn Schmitz, da Universidade da Pensilvânia, nos EUA, acrescentando que as atividades físicas “melhoram a forma aeróbica e a força, reduz a fadiga, melhora a qualidade de vida e a autoimagem”. Entretanto, os especialistas destacam que os pacientes não devem abusar, realizando atividades moderadas regularmente - em geral, 30 minutos por dia, cinco dias por semana, de atividades como caminhada.

Os especialistas destacam, ainda, que os exercícios devem ser adaptados a cada caso. Por exemplo, aqueles com câncer gastrointestinal ou outro tipo que pode se disseminar para os ossos devem evitar treinamentos com muito peso; e pessoas com o sistema imunológico comprometido devem evitar se exercitar em academias. Por isso, é importante consultar um médico antes de começar qualquer atividade, e ser acompanhado por um especialista.

Fonte: Revista Boa Saúde - por Leandro Perché