quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Tire o fone de ouvido para se exercitar com mais segurança


Música é uma verdadeira distração, não? E pode ser até demais, se usada na hora errada. Segundo um novo estudo, correr ou andar de bicicleta ouvindo música pode ser tão perigoso quanto dirigir utilizando aplicativos.

Os iPhones, iPods e outros aparelhos enquanto nos exercitamos podem vir com riscos semelhantes aos da direção distraída: nos EUA, ano passado – pela primeira vez em quatro anos – as mortes de pedestres aumentaram. E quem os peritos culpam? Os eletrônicos.

Como resultado disso, alguns legisladores estaduais estão tentando acabar com o “exercício multitarefa” no país. Em Nova York, por exemplo, um projeto de lei pendente tornaria ilegal para caminhantes e corredores usar qualquer tipo de aparelho eletrônico durante a travessia de uma rua. Medidas em Oregon e Virgínia, se aprovadas, multariam ciclistas em 140 reais por conduzir uma bicicleta sob a influência da tecnologia.

Talvez essas propostas não se tornem leis aplicáveis, pois, ao contrário da condução distraída, nesse caso a pessoa geralmente só coloca a si mesmo em risco. Porém, os especialistas fazem questão de avisar: se distrair durante um treino pode ser muito perigoso para sua saúde.

Vá para qualquer parque ou outro lugar em que as pessoas podem se exercitar e você poderá contar no dedo as pessoas que não estão usando fones de ouvido. Muitas pessoas consideram a música tão essencial quanto água ou roupa adequada ao se exercitar ao ar livre.

Segundo Diana Deutsch, psicóloga que estuda a percepção do som, a música não é só perigosa porque distrai as pessoas de sua capacidade de ouvir outros ruídos, como um carro ou um (veja que perigo!) “possível agressor” se aproximando. Outro problema da música é que ela “inunda” o cérebro e assume o controle de seus processos de pensamento.

“Você se concentra nas letras, ou a música evoca certas memórias e o deixa em um estado de devaneio”, diz Diana. Alguns cientistas especulam que a música pode até ter o poder de diminuir a sua visão. “O ritmo pode interferir na taxa em que seu cérebro percebe as imagens que estão passando por você, o que poderia te enganar”, completa a psicóloga.

Em suma, a música leva para longe sua atenção no que você está fazendo, e aumenta seu risco de passar por uma situação perigosa, como um ônibus que se aproxima, um estranho mal-intencionado, ou um poste.
A sua playlist também pode interferir na qualidade do seu treino. Muitas pessoas se exercitam ouvindo música porque não querem pensar em quão desconfortáveis se sentem. Assim, ela ajuda a distraí-los.

Mas se distrair rompe a ligação entre o corpo e a mente, e você não fica em sintonia com os sinais sutis de seu corpo, como quando ele está pronto para acelerar e quando ele precisa ir mais devagar.

A música também estimula o sistema nervoso simpático, responsável pela resposta de “luta ou fuga” das pessoas. Então, o pique que você tem quando ouve uma batida forte como da música “Born This Way”, de Lady Gaga, é muito real.

Quando cronometrada direito, essa música poderia lhe dar o impulso que você precisa para subir uma colina ou cruzar uma linha de chegada. Mas iniciar uma corrida com ela poderia deixar-lhe cansado muito rápido e fazê-lo fracassar mais rápido. Por outro lado, músicas muito suaves podem impedir que você se esforçasse e alcançasse o próximo nível de um treino.

Silenciar o seu cérebro a reações do seu corpo também pode aumentar seu risco de lesão. Suponha que você torça um tornozelo ou joelho. Você não será capaz de sentir a dor de uma lesão menor se estiver ligado em uma música. Em vez de parar, você pode correr, pedalar ou patinar em cima dessa lesão até que a dor se torne tão grave que se intrometa em sua música. Nesse momento, ela pode ser mais grave do que se você tivesse parado imediatamente.

Ou seja, o importante é não ouvir música o tempo todo: faça uma pausa. E nós sabemos que se exercitar sem música não vai ser fácil, mas quando você estiver pronto para suar em silêncio, confira essas dicas para aproveitar ainda mais seu treino, mantendo-se entretido de forma mais segura:

Controle sua respiração

Se você está correndo, de bicicleta ou a pé, tente combinar suas inspirações e expirações com o que seus pés estão fazendo. Por exemplo, durante uma corrida, inale mais de quatro passos (direita, esquerda, direita, esquerda) e expire pelo mesmo período. Contar irá manter sua mente ocupada, mas não distraída. Ao mesmo tempo, você vai respirar mais lenta, longa e profundamente, e esse oxigênio vai bombear em sua corrente sanguínea, alimentando seus músculos e aumentando sua resistência.

Tarefa de velocidade

Conheça a versão adulta de “vamos ver quem chega primeiro no poste”. A ideia é que você, periodicamente, aumente sua velocidade a partir de um marco – uma árvore ou uma placa – a outro. Tente oito “minicorridas” em um treino de 45 minutos. O trabalho duro da corrida não vai parecer tão difícil, porque o final de cada pique estará sempre à vista.

Analise o seu corpo

Comece com o pé direito, observe o que ele está fazendo. Virando para dentro? Ou para fora? Agora se concentre em seu pé esquerdo. O objetivo é que seu corpo seja o mais simétrico possível. Você deve usar os dois lados de forma igual. Examine também panturrilhas, joelhos, quadris, ombros, braços, pescoço e cabeça. Observe como seu corpo se porta e se sente. Se você encontrar qualquer tensão, imagine os músculos tensos relaxando.

Jogos mentais

Mantenha uma lista mental das diferentes placas pelas quais você passa, ou conte quantos animais você vê. Se não conseguir se distrair, e precisar muito de grandes sucessos musicais, cante para si mesmo. Assim, quando você precisar parar e atravessar a rua, terá muito mais controle sobre a música que está tocando em sua cabeça do que se estivesse usando um iPod ou qualquer outro aparelho.[MSN]

Fonte: http://hypescience.com/tire-o-fone-de-ouvido-para-se-exercitar-com-mais-seguranca/ - Por Natasha Romanzoti

Exercícios físicos deixam as crianças mais inteligentes?


Estudos anteriores mostraram que filhotes de rato, quando faziam exercícios físicos com regularidade, apresentavam um maior crescimento de certas áreas do cérebro, os tornando, basicamente, mais ativos do que os cérebros de filhotes sedentários. Cientistas testaram crianças, para descobrir se esse mesmo efeito pode ser observado em humanos.

Eles “recrutaram” crianças com idades entre 9 e 10 anos e pediram para que elas corressem – comparando seus tempos, eles as classificaram em “atleta”, “em forma” e “sedentária”. Apenas as crianças nas categorias “atleta” e “sedentária” foram usadas no estudo. Os dois grupos completaram uma série de exercícios cognitivos e tiveram seus cérebros examinados através de ressonância magnética, para que os cientistas pudessem medir o volume das áreas do órgão.

Como esperado, as crianças “atletas” se saíram melhor nos testes cognitivos, mas os cientistas conseguiram descobrir porque isso acontece. Uma área do cérebro, chamada gânglio basal, era maior nas crianças que faziam mais exercícios – essa parte do órgão é responsável pela atenção e pela habilidade de controlar as atitudes de uma pessoa.

As crianças tinham peso similar, base socioeconômica similar, o que permite dizer que o único fator que poderia interferir nessa variação do tamanho da gânglia basal era devida ao exercício mais freqüente que as “atletas” faziam.

Outro estudo similar feito na Universidade de Illinois mostrou que as crianças que fazem mais exercícios tinham um hipocampo maior.

Em conjunto, o hipocampo e o gânglio basal são responsáveis pelos nossos pensamentos mais complexos. Então é possível afirmar que, se você quer que seu filho melhore as notas na escola, seria bom fazer com que ele praticasse algum tipo de esporte. Como o índice de obesidade infantil está subindo, é importante mostrar aos pais que manter seu filho em forma não é apenas uma questão estética – é importante para a saúde física e mental da criança. [NY Times]

Fonte: http://hypescience.com/exercicios-fisicos-deixam-as-criancas-mais-inteligentes/ - Por Luciana Galastri

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Que tipo de padrão alimentar é o seu? Conheça o mais saudável e os com maior risco de morte


Um estudo que durou dez anos descobriu dois padrões alimentares específicos que aumentam o risco de morte em adultos mais velhos.

Os pesquisadores monitoraram os hábitos alimentares de 2.582 adultos com idades entre 70 a 79 anos. Eles diminuíram as dietas a seis padrões: Alimentos Saudáveis; Produtos Gordurosos; Doces e Sobremesas; Carnes, Frituras e Álcool; Cereais Matinais e Grãos Refinados.

Num geral, comparado a pessoas que comem alimentos saudáveis, homens e mulheres nos seus 70 anos que comem alimentos com alto teor de gordura ou muitos doces e sobremesas têm um risco de morte 40% maior.

Mesmo após o ajuste para fatores de risco como sexo, idade, raça, educação, atividade física, tabagismo e consumo calórico total, os padrões alimentares “Produtos Gordurosos” e “Doces e Sobremesas” ainda mostraram um maior risco de mortalidade do que o padrão de alimentos saudáveis.

O nome do grupo normalmente tem a ver com a quantidade de calorias ingerida de apenas um grupo de alimentos. O grupo “Doces e Sobremesas” tira 25,8% de sua energia total de doces. O “Grãos Refinados” tira 24,6% de sua energia total de grãos refinados. O grupo de “Cereais Matinais” tira 19,3% de sua energia total de cereais, e o grupo “Produtos gordurosos” tira 17,1% de sua energia total de alimentos lácteos com alto teor de gordura.

Os seis padrões de consumo alimentar são:

“Alimentos Saudáveis”: maior consumo de produtos lácteos com baixo teor de gordura, frutas, grãos integrais, peixe, aves e legumes. Menor consumo de carnes, frituras, doces, bebidas energéticas e gordura.

“Produtos Gordurosos”: maior consumo de sorvete, queijo, e 2% de leite e iogurte. Menor consumo de aves, produtos lácteos com baixo teor de gordura, arroz e macarrão.

“Doces e Sobremesas”: maior ingestão de donuts, bolos, biscoitos, pudim, chocolate, doces. Baixo consumo de frutas, peixes, outros frutos do mar e vegetais verdes escuros.

“Carne, Frituras e Álcool”: maior consumo de cerveja, licor, frango frito, maionese, molhos/salada, bebidas de alta densidade energética, nozes, salgadinhos, arroz, massa e gordura. Baixa ingestão de produtos lácteos com baixo teor de gordura, fibra de cereais matinais, farelo e outros cereais matinais.

“Cereais Matinais”: maior ingestão de fibra, farelo e outros cereais. Baixa ingestão de nozes, grãos refinados, vegetais amarelos escuros, e vegetais verdes escuros.

“Grãos Refinados”: maior consumo de cereais refinados (como panquecas, waffles, pães, bolos, e aveia) e carne processada (como bacon, salsicha, presunto). Baixo consumo de bebidas alcoólicas, cereais matinais e grãos integrais.[WebMD]

Fonte: http://hypescience.com/que-tipo-de-padrao-alimentar-e-o-seu-conheca-o-mais-saudavel-e-os-com-maior-risco-de-morte/ - Por Natasha Romanzoti

O manual dos ossos de aço


Aproveitamos o lançamento de uma campanha nacional de combate à osteoporose para ensinar a construir um esqueleto duro na queda

Resguardar o arcabouço do corpo humano e quebrar as estatísticas de osteoporose que assustam o país: eis a bandeira levantada pela Campanha Firme e Forte, iniciativa recém criada por três sociedades médicas — a Brasileira de Densitometria Clínica, a Brasileira para o Estudo do Metabolismo Ósseo e Mineral e a Brasileira de Osteoporose —, com o apoio do Ministério da Saúde, que pretende alertar e ajudar a população a prevenir a doença que fragiliza a ossatura.

Basta ver alguns números para entender a magnitude do problema e do projeto. Uma em cada três mulheres sofre de osteoporose, enquanto um em cada cinco homens desenvolve o mal. No Brasil, todo ano ocorrem algo em torno de 2,4 milhões de fraturas motivadas por essa condição. Pior: estima-se que 75% dos diagnósticos são feitos só depois de um osso quebrado.

As projeções tampouco são animadoras, visto que levantamentos recentes revelam que nove em cada dez brasileiras — e as menopausadas formam o grupo de maior risco — não ingerem a recomendação diária de cálcio, mineral crucial ao tecido ósseo. É um indício de que o leite e seus derivados, os principais depósitos do nutriente, andam escassos à mesa — e olha que tem muita gente excluindo os laticínios por razões sem um fundamento científico.

Além disso, os níveis de vitamina D, aliada do esqueleto obtida com a exposição ao sol, estão cinco vezes mais baixos que o preconizado. É preciso mudar esse panorama, e isso também depende das atitudes de cada um. "Nossa campanha quer mostrar que a prevenção começa mais cedo, quando o indivíduo ainda é jovem", diz o ginecologista Bruno Muzzi, presidente da Sociedade Brasileira de Densitometria Clínica. A ideia de prevenção, aliás, perpassa a vida inteira, já que, mesmo com o distúrbio detectado, seus danos podem ser minimizados com atividade física, dieta e, se necessário, remédios.

"A osteoporose continua menos conhecida que doenças como a pressão alta e o câncer. Temos de alterar esse cenário em que se descobre o problema depois de fraturar um osso", avalia Suely Roitman, presidente da Federação Nacional de Associações de Pacientes e de Combate à Osteoporose. Só com informação, mudanças no estilo de vida, bem como diagnóstico e tratamento precoces, dá para enfrentar a epidemia, que, segundo os gráficos médicos, têm tudo para crescer se as pessoas permanecerem paradas.

Afinal, o que leva os ossos a fraquejarem? "O avançar dos anos, a hereditariedade, o sedentarismo, o consumo inadequado de alguns nutrientes e a menopausa precoce, no caso das mulheres, estão entre os principais fatores de risco", enumera o ortopedista Sérgio Ragi, do Centro de Diagnóstico e Pesquisa da Osteoporose do Espírito Santo. Repare que não dá para anular todos os ingredientes dessa receita — ninguém é capaz de congelar o tempo ou mudar os genes —, mas ajustar as contas com a alimentação e se exercitar representam muito mais do que um bom começo. Tais hábitos, somados aos banhos de sol e ao corte no álcool e no cigarro, ajudam a brecar a perda de massa óssea que é natural do envelhecimento.

"O tecido do esqueleto é formado pra valer até a terceira década de vida e fica estável até os 45 anos. A partir daí, há uma redução de 0,5% da sua massa por ano", explica o reumatologista Cristiano Zerbini, do Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo. A osteoporose, porém, acelera esse fenômeno, chegando ao ponto de esburacar o osso, que, sem causar alarde, fica sujeito a rachaduras e quebras num simples tombo. "O perigo é o fato de a doença ser tão silenciosa. Por vezes a fratura é a sua primeira manifestação", avisa a reumatologista Evelin Goldenberg, do Hospital Israelita Albert Einstein, na capital paulista. O ideal, portanto, é agir e defender fêmur, bacia e companhia antes que eles se mostrem fracos demais.

Quem descobre que o esqueleto já está ficando frágil — ou até refém da osteoporose — deve evitar a cilada de pensar que o caminho não tem volta. Felizmente, existem estratégias farmacológicas que, somadas aos hábitos listados nas páginas anteriores, promovem uma saudável reforma na ossatura, ou melhor, colaboram para que ela volte a ficar resistente e dura na queda. Antes de tudo, é importante rastrear se não há outra doença patrocinando o enfraquecimento ósseo. "Males como artrite reumatoide, tumores e disfunções da tireoide podem estar associados à osteoporose", lembra Evelin Goldenberg.

O diagnóstico do problema ou da fase que o antecede, a osteopenia, se vale de um exame, a densitometria óssea — ela também é requisitada durante o tratamento. Dosagens hormonais e de vitamina D também podem ser solicitadas para investigar fatores por trás da doença. Essa sondagem ajuda a formular o melhor plano de obras para proteger o esqueleto. Lembre-se: a ideia de prevenir persiste mesmo com a osteoporose instalada, já que é possível paralisar ou atenuar a destruição da massa óssea.

Essa empreitada demanda, muitas vezes, a suplementação de cálcio e vitamina D, que costuma ser receitada mesmo antes de a enfermidade aparecer. Com a idade, as cápsulas ganham importância porque fica mais difícil atingir as doses do mineral de forma natural. Agora, se o mal começa a roer o suporte do corpo, os médicos também partem para os remédios. "Num primeiro momento, lançamos mão de drogas que bloqueiam a reabsorção óssea e, se o problema evolui, há as que estimulam a formação de osso", diz Marcelo Pinheiro. Um novo medicamento deve chegar ao Brasil nos próximos meses e há materiais promissores que poderão ser incorporados ao canteiro terapêutico contra a encrenca. No entanto, ninguém precisa esperar eles chegarem para se mexer. Seu esqueleto depende de um bom mestre de obras: que seja você.

Medidas fortificantes
O que fazer para reduzir o risco de osteoporose

> A atividade física
"Os exercícios de impacto, como trote e corrida, e a musculação disparam descargas elétricas que ativam as células formadoras de osso", explica o reumatologista Marcelo Pinheiro, da Universidade Federal de São Paulo. Além deles, vale a pena investir em modalidades que trabalhem o equilíbrio, a postura e a flexibilidade. Na presença de osteoporose, evite exercícios que envolvam a torção da cintura, abdominais, cargas pesadas e treinos extravagantes.

> A dieta ideal
"Os adultos devem ingerir mil miligramas de cálcio por dia, o que equivale a quatro porções de leite e derivados. Já os idosos precisam de cinco", calcula a nutricionista Lígia Martini, da Universidade de São Paulo. Deve-se maneirar no chocolate e no café, assim como no sal, porque eles elevam a eliminação de cálcio. E o mesmo se aplica ao fósforo, abundante em produtos industrializados, porque compete com ele. Por fim, vale investir no ômega-3, gordura dos peixes que estimula a fábrica de osso.

> Menos álcool e sem cigarro
Abusar das bebidas é prejudicial por diversos motivos. "O álcool pode danificar a absorção de cálcio no intestino e tem um efeito tóxico sobre as células construtoras de osso", pontua Marcelo Pinheiro. "Já o tabagismo acelera, entre outras coisas, o processo de morte programada dessas células", diz.

> Os banhos de sol
Quinze minutos diários, com braços e pernas expostos sem protetor solar, é o tempo indicado para receber a cota de vitamina D — 10 microgramas —, substância essencial à absorção de cálcio. Ela aparece em doses menores nos laticínios e nos peixes. Hoje há leites e iogurtes enriquecidos com cálcio e vitamina D, boa opção para cumprir as metas.

> Cuidado com remédios
O uso crônico ou indiscriminado de certos medicamentos, como corticoides, hormônios artificiais e anticonvulsionantes, aumenta o risco de danos irreversíveis ao esqueleto. Tanto médico quanto paciente devem ficar atentos.

Por dentro do esqueleto
Como ele se comporta e pode sofrer com os anos

> Tecido ativo
Há células que formam osso e outras que o reabsorvem. As primeiras produzem as vigas onde se deposita o cimento de cálcio.

> Poupança óssea
Por volta dos 20 anos há o pico de massa óssea, que se consolida até os 30. Ela fica estável até os 45 e, a partir de então, passa a diminuir.

> A osteopenia
Ela precede a osteoporose. O esqueleto de algumas pessoas sofre um desequilíbrio que leva à perda de osso.

> A osteoporose
Agora a redução da massa óssea se intensifica e, se um tratamento demorar para ser convocado, os ossos se enfraquecem a ponto de se esburacar.

> No canteiro de obras
Drogas e suplementos que combatem o quebra-quebra

> Cápsulas de cálcio
Nem sempre é fácil cumprir a recomendação diária do mineral — mil miligramas para adultos e 1 200 para idosos —, e o envelhecimento atrapalha sua absorção. Assim, por vezes se opta pelas cápsulas, que podem ser conciliadas com os alimentos — o cálcio deles, diga-se, é mais bem aproveitado.

> Gotas de vitamina D
Com os anos, o corpo perde parte da capacidade de sintetizar essa substância. Para driblar essa dificuldade e corrigir o déficit da vitamina, pode-se receitar o suplemento. A meta é alcançar 10 microgramas se a pessoa está com os ossos sãos ou 20 se tem a doença.

> Reposição hormonal
Com a menopausa e o corte no estrogênio, o esqueleto da mulher perde um leal protetor. Uma das funções do hormônio é trabalhar pela manutenção da massa óssea. Por isso, a reposição pode ser indicada, entre outros motivos, para resguardar a integridade dos ossos.

> Os medicamentos específicos
Diante da doença, os médicos costumam somar à suplementação os remédios que atuam diretamente no tecido ósseo. Eles se dividem em duas classes: os que bloqueiam as células que destroem o osso e os que instigam suas unidades formadoras. Há desde comprimidos diários até injeções anuais.

A densitometria óssea

É o exame que bate o martelo sobre o diagnóstico da osteoporose. "Ele costuma ser pedido às mulheres no período da menopausa e aos homens na casa dos 65 ou 70 anos", diz a reumatologista Vera Szjenfeld, da Universidade Federal de São Paulo. É claro que, na presença de sintomas ou fatores de risco, ele deve entrar em cena mais cedo. Por meio de raios x, o aparelho mede a densidade dos ossos, geralmente os da coluna e o fêmur. "Também recorremos a ele para acompanhar o tratamento", diz Vera.

Os homens e a osteoporose

Embora o mal dos ossos frágeis seja mais comum entre as mulheres, ele não poupa a ala masculina. "A perda de massa óssea é mais lenta entre os homens, mas pode ser acelerada por um déficit nos níveis de testosterona", explica Evelin Goldenberg. Aliás, não pense que os machos são muito mais resistentes aos efeitos da osteoporose. "Quando quebram o quadril, eles morrem mais que as mulheres", diz a médica.

Fonte: Revista Saúde - por Diogo Sponchiato • sesign Pilker • ilustrações Diego Sanches

terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Sucos saudáveis


SUCO ANTICELULITE
Indicação: o pepino hidrata, pois é rico em água. Também é desintoxicante e, com a ajuda da beterraba, que auxilia a circulação sangüínea, colabora para varrer as toxinas das células. O resultado é uma pele mais uniforme.
Já a maçã facilita a digestão e a cenoura contribui para o bom funcionamento do intestino.
Ingredientes: 1/2 pepino, 1 beterraba, 1/2 maçã, 4 cenouras
Modo de preparo: Passe todos os ingredientes na centrífuga. Enfeite com um palito de cenoura.

SUCO EMAGRECEDOR
Indicação: a maçã e a cenoura ajudam na digestão. A beterraba auxilia a circulação do sangue.
E as algas contribuem para inibir a fome, estimulando a saciedade.
Ingredientes: 1 punhado peq. de algas secas, 1 beterraba, 1/2 maçã, 4 cenouras
Modo de preparo: Centrifugue todos os alimentos, menos a alga, que deve ser batida com o suco no liquidificador.
Enfeite o copo com um pedaço de maçã.

SUCO ANTIACNE
Indicação: é antiinflamatório e desintoxicante, colaborando para limpar a pele. A lima é rica em antioxidante (vitamina C) e a couve facilita o funcionamento do intestino.
Ingredientes: 1 folha grande de couve, 3 maçãs verdes, 1 rodela de lima.
Modo de preparo: Na centrífuga, passe as maçãs e a couve. Enfeite o copo com a rodela de lima.

SUCO ANTIDEPRESSÃO
Indicação: a beterraba e o espinafre auxiliam a circulação do sangue, o que estimula as funções cerebrais e acalma os nervos.
O espinafre ainda estimula os movimentos peristálticos do intestino, regularizando-os. A maçã e a cenoura facilitam a digestão.
Ingredientes: 3 beterrabas, 1 punhado de espinafre, 4 cenouras, 1/2 maçã, 1 punhado de salsa
Modo de preparo: Passe todos os ingredientes na centrífuga, menos a salsa. Acrescente-a ao suco já pronto, misturando com uma colher. Enfeite com um ramo de salsa.

SUCO ANTIENVELHECIMENTO
Indicação: a couve-de-bruxelas, a cebolinha e o brócolis são riquíssimos em antioxidantes, que combatem os radicais livres responsáveis pelo envelhecimento precoce. E também colaboram para recuperar as células, dando mais viço à pele. A cenoura e a beterraba, ricas em fibras, auxiliam o trato intestinal.
Ingredientes: 4 cenouras, 1/2 beterraba, 3 folhas de beterraba, 1 florete de brócolis, 3 couves-de-bruxelas, 2 cebolinhasm
Modo de preparo: Passe todos os alimentos na centrífuga. Enfeite com um palito de beterraba.

SUCO ANTIENXAQUECA
Indicação: o alho auxilia a digestão e colabora para eliminar toxinas. Rico em sódio, o aipo hidrata, ajuda a acalmar e diminui a dor porque colabora com a circulação sangüínea. Já a salsa auxilia a digestão.
Ingredientes: 4 cenouras, 1 dente de alho, 2 talos de aipo, 1 punhado de salsa
Modo de preparo: Centrifugue todos os ingredientes. Só a salsa deve ser acrescentada por último, sendo misturada com a colher. Enfeite com um ramo de salsa.

SUCO ANTIESTRESSE
Indicação: a pêra é rica em fibras e ajuda a hidratar. Enquanto o lêvedo de cerveja e a banana estimulam o bem-estar.
O morango é calmante.
Ingredientes: 2 copos de água, 10 morangos, 1/2 pêra rígida, 1 banana madura, 1 colher (sopa) de lêvedo de cerveja
Modo de preparo: No liqüidificador, bata as frutas com água. Por último, acrescente o lêvedo de cerveja, misturando com a colher. Enfeite com um morango.

SUCO ANTIFADIGA
Indicação: O salsão e a erva-doce estimulam o poder de transporte de oxigênio na corrente sangüínea, proporcionando uma onda instantânea e prolongada de energia. A cenoura, rica em fibra, auxilia a digestão e o funcionamento do intestino.
Ingredientes: 4 cenouras, 1 ramo de salsão, 2 ramos de erva-doce
Modo de preparo: Centrifugue a cenoura e, no liqüidificador, bata o suco com o salsão e a erva-doce. Enfeite com um ramo de erva-doce.

SUCO DIGESTIVO
Indicação: a maçã, a uva e o kiwi, ricos em fibras, favorecem a digestão e estimulam o funcionamento do intestino.
Ingredientes: 1 kiwi firme, 1 maçã verde, 1 cacho pequeno de uvas, 1 rodela de kiwi
Modo de preparo: Passe todas as frutas na centrífuga e enfeite o copo com a rodela de kiwi.

SUCO ANTIINSÔNIA
Indicação: a maçã e a salsa são sedativos naturais, calmantes e eficazes no controle da insônia.
Ingredientes: 3 folhas de couve, 4 cenouras, 1/2 maçã, 1 punhado de salsa
Modo de preparo: Centrifugue a couve, as cenouras e a maçã. No suco já preparado, acrescente a salsa, mexendo com a colher.

SUCO PARA A CÓLICA MENSTRUAL
Indicação: o louro ajuda a diminuir os sintomas da menstruação. O abacaxi e o gengibre são diuréticos, ajudam a diminuir a retenção de líquidos e estimulam o funcionamento do intestino, diminuindo as cólicas. E a maçã, rica em fibra, também colabora para o trato intestinal.
Ingredientes: 3 fatias de abacaxi, 1/2 maçã, 1 fatia fina de gengibre, 1 folha de louro
Modo de preparo: Passe todos os ingredientes na centrífuga e, por último, bata o suco no liqüidificador junto com o louro. Enfeite com um pedacinho de casca de abacaxi.

SUCO DIURÉTICO
Indicação: a laranja funciona como diurético. A uva e a melancia são ricas em fibra, o que ajuda a eliminar as toxinas através das fezes e da urina.
Ingredientes: 1 laranja sem casca, 1 cacho médio de uvas verdes, 2 fatias de melancia, 1 raminho de hortelã
Modo de preparo: Na centrífuga, passe a laranja, as uvas e a melancia. Enfeite o copo com a hortelã.

SUCO PARA A BELEZA DA PELE
Indicação: o brócolis é um antioxidante, que combate os radicais livres responsáveis pelo envelhecimento precoce da pele. A cenoura e a beterraba, ambos ricos em fibra, facilitam o funcionamento intestinal, o que, indiretamente, deixa a pele mais bonita.
Ingredientes: 4 cenouras, 1 florete de brócolis, 1/2 beterraba
Modo de preparo: Na centrífuga, passe todos os alimentos. Enfeite com um florete de brócolis.

Consultoria: livros Sucos Para A Vida, de Cherie Calbom e Maureen Keane, editora Ática; e As Vitaminas do Futuro, de Wilson Camargo, editora Mauad.

Fonte: Email Carta O Berro

Se exercitar aos 20 ajuda a manter um peso saudável nos 30 e 40 anos


Segundo um novo estudo, para se chegar em boas condições na meia-idade, tem que ser ativo – correr, caminhar, andar de bicicleta, praticar esportes recreativos, e realizar mesmo trabalhos domésticos – nos seus 20 anos e permanecer assim nos 30 e 40 anos, especialmente as mulheres.

Segundo os cientistas, a chave para manter um peso saudável é ser ativo e permanecer ativo, e integrar a atividade à sua vida quotidiana de uma forma que você pode mantê-las.

Os pesquisadores acompanharam cerca de 3.500 pessoas entre as idades de 18 e 30 anos por vinte anos.

As mulheres que mantiveram um regime de exercício moderado a vigoroso durante todo o estudo ganharam cerca de 6,12 quilos a menos, em média, do que as menos ativas. A mesma tendência foi observada entre os homens, mas mais modesta: os ativos ganharam cerca de 2,72 quilos a menos do que os menos ativos.

O exercício regular ajudou a manter o peso independentemente do peso inicial da pessoa, ou da quantidade de calorias normalmente consumidas em um dia. Embora os resultados não sejam surpreendentes, a maioria das pesquisas sobre exercício e peso analisou o impacto da atividade física na perda de peso, e não na prevenção de ganho de peso.

Na verdade, há pouca evidência que mostra que as atuais recomendações federais americanas para a atividade física – pelo menos 30 minutos de exercício moderado, cinco dias por semana – são suficientes para impedir o ganho de peso, especialmente na transição de início da idade adulta para a meia-idade, quando muitas pessoas engordam.

Os pesquisadores avaliaram os níveis de atividade física dos participantes por meio de questionários que mediram a duração e a intensidade de 13 tipos diferentes de exercício, então os resultados do estudo não podem ser diretamente traduzidos em uma simples receita de perda de peso, mas confirmam que as pessoas que seguem as diretrizes federais verão os benefícios a longo prazo.

Também, ao contrário de muitos estudos nos quais as pessoas relatam seu próprio peso – uma abordagem notoriamente imprecisa – neste estudo, os pesquisadores pesaram os participantes e os entrevistaram pessoalmente sobre sua atividade física.

Relativamente poucas pessoas foram capazes de manter uma rotina de exercícios de moderada a forte na meia-idade, no entanto. Apenas cerca de 12% dos homens e 11% das mulheres no estudo foram altamente ativos durante todo o período de 20 anos. Além disso, as diferenças no ganho de peso entre os que fazem e não fazem exercícios regularmente tendem a se tornar ainda mais evidentes conforme os participantes envelhecem.

Segundo os pesquisadores, esse é um estudo fenomenal. Os dados adquiridos são tão rigorosos quanto podem ser. Baseado nessa confiabilidade, o melhor que as pessoas têm a fazer é se exercitar.[CNN]

Fonte: http://hypescience.com/se-exercitar-aos-20-ajuda-a-manter-um-peso-saudavel-nos-30-e-40-anos/ - Por Natasha Romanzoti