Agradar ao parceiro é o que todo mundo quer, mas
isso não significa que você deve passar por cima da sua autoestima e dos seus
planos
Bem lá no fundo, o que (quase) todo mundo quer mesmo
é viver um amor. Uma história de parceria, um romance, gostar e ser gostado.
Isso porque mesmo a autossuficiência e o prazer de estar sozinho não suprem
todas as necessidades amorosas.
E no vai e vem da vida, sempre acaba aparecendo
alguém legal que dá vontade de manter por perto e viver um relacionamento. Mas
na ânsia de atingir o objetivo, e na tentativa de equilibrar as expectativas
que cada um cria do outro, às vezes pode-se permitir certas mudanças ou
atitudes que vão além do indicado.
Quem é que pensa em individualidade quando está
apaixonado? O impulso inicial é ser a pessoa dos sonhos da outra para se
aproveitar mais os momentos juntos e agarrar de vez partido. Mas tudo deve ter
limites. Para que sua vida não saia do caminho, para que sua personalidade se
mantenha intacta, para que suas outras relações familiares e amigáveis
continuem de forma saudável, é preciso firmeza para manter sua vida no rumo
certo.
Será que você está exagerando nas concessões?
Confira algumas atitudes comuns que muitas vezes são confundidas com atos de
amor, mas que na verdade podem ser apenas demonstrações de falta de amor
próprio:
1. Abandonar seus amigos e familiares
É comum que quem esteja apaixonado ou namorando
queira priorizar os momentos a dois e agradar o outro estando à disposição.
Esse é um grave erro que muita gente comete. O círculo social é tão importante
para nossa saúde emocional quanto o amoroso e o familiar. Uma coisa não precisa
excluir a outra e muitas vezes perdemos pessoas importantes das nossas vidas
por perceber isso tarde demais.
2. Viver a vida da pessoa
Nunca anule a sua vida pessoal, seus sonhos e planos
para acompanhar a vida do seu amor. Cumplicidade e apoio mútuo são fundamentais
para qualquer relacionamento. Mas viver apenas a vida do outro e perder sua
identidade é muito perigoso para sua autoestima, além de provavelmente
decepcionar quem se apaixonou pela pessoa você era antes.
3. Permitir desrespeito
Todos são passíveis de cometer erros quando com
raiva, ciúme ou outros sentimentos que mesmo sendo repreensíveis também são
humanos. Faz parte de um relacionamento saber equilibrar os acertos e deslizes
dos outros – não é possível encontrar alguém sem imperfeições. Alguns erros e
certos atos que consideramos desrespeito são inevitáveis. Mas tudo tem limites
e você deverá saber os seus em relação ao seu parceiro. Deixar pra lá atitudes
que te incomodam ou te ofendem não ajuda a manter a relação, pelo contrário,
apenas contribui para a formação de uma bola de neve que pode te esmagar ou até
mesmo legitimar o comportamento inadequado. Respeite e imponha seus limites.
4. Deixar de cumprir seus compromissos
Depois que começa um envolvimento, principalmente no
início, a pessoa apaixonada pode ter uma tendência de faltar ou adiar seus compromissos
para passar mais tempo com o outro, acompanhá-lo em outras ocasiões ou porque
ele pede sua companhia. Por mais que dê vontade de ficar grudado ou de agradar
ao outro, anular os outros aspectos da sua vida é completamente
desaconselhável. Não saia do seu caminho, nada garante que esse investimento
terá bons resultados e você poderá se decepcionar consigo mesma se algo sair
errado.
5. Mudar seu corpo ou sua aparência
A não ser que a mudança já fosse importante para
você, nunca mude seu estilo, seu cabelo ou seu corpo apenas pelo desejo de
outra pessoa. Você deve ser a soberana do seu corpo, não dando a ninguém o
direito de mudá-lo. Uma pessoa deve se aproximar de você pelo que você já é e
não pelo que ela imagina que poderá ser.
6. Fazer planos importantes para o futuro que
dependam do outro
Por mais que tenha a certeza de que um
relacionamento será para sempre, você jamais terá a garantia de que isso se
realize. A criação de planos e expectativas que envolvam outras pessoas devem
levar duas coisas principais em consideração: Em primeiro lugar, se o outro
sabe desses planos e realmente se mostrou interessado e disponível. Ou também
se aceitou apenas para não criar problemas.
Em segundo lugar que, mesmo planos duradouros e bem
programados podem não ter o resultado esperado e será preciso conviver com as
consequências. Parceria é o que todos esperam de um relacionamento e que deve
ser buscado a dois. Mas para isso é preciso ter uma relação firme e estável, um
tempo mínimo de convivência para realmente saber o que se pode esperar do
outro.
7. Aceitar comportamento que você acha inadequado
Cada um tem seu jeito e também não é possível
pretender mudar o comportamento de uma pessoa. Mas às vezes podemos nos
decepcionar com pessoas que conhecemos ainda superficialmente. Se você não
concorda com as atitudes do seu companheiro é necessário deixar claro a
divergência de opiniões entre vocês e não incentivar ou ignorar tais problemas.
8. Deixar de fazer seus programas
Perder festas, viagens com os amigos, celebrações da
família, eventos importantes de trabalho, aniversários… Pode até acontecer no
afã do início de um relacionamento. As pessoas sabem e compreendem, mas até
certo ponto. Essa prática contínua não é saudável para suas relações com os
amigos, para você mesma nem para o seu relacionamento amoroso. Provavelmente
você irá se arrepender depois de ter perdidos tantos momentos importantes e as
consequências em seus laços amigáveis podem ser irrecuperáveis.
9. Largar sua carreira
Em relacionamentos longos ou casamentos, muitos
casais decidem juntos que apenas um será o provedor da casa, normalmente para
que a mulher cuide das crianças e da vida privada da família. Sim, muitas
pessoas estabelecem essa relação em acordo mútuo e em algumas ocasiões da vida
isso pode até ser necessário, como os primeiros meses de vida de um bebê.
Mesmo que essa situação te pareça confortável, pense
bem em como você acha que vai se sentir sem atividades e sendo dependente
financeiramente de outra pessoa. De preferência, mantenha-se em movimento
profissional, mesmo que seja por um período menor. Sua autoestima e sentimento
de pertencimento à sociedade são muito dependentes dessa atividade.
10. Fazer uma tatuagem
Tem pessoas que se empolgam na demonstração de afeto
e chegam ao ponto de fazer uma tatuagem com o nome do amado ou algo do tipo.
Exemplos não faltam de que essa declaração de amor não é uma boa ideia. Existem
infinitas formas de marcar o coração de uma pessoa e elas não precisam envolver
marcas eternas no seu corpo. Retirar uma tatuagem costuma ser mais caro e mais
doloroso do que fazê-la.