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segunda-feira, 20 de junho de 2011

Quando foi estabelecida a ordem das letras do alfabeto?


De modo análogo a outras informações herdadas, como o DNA, os alfabetos evoluem com o tempo. Por isso não existe um ponto único em que tenha surgido uma ordem as letras certas e a ordem delas hoje refletem uma longa história. Isso pode variar dependendo até mesmo da linguagem. Por exemplo, o Z estoniano vem entre o S e o T. Até 1837, os dicionários ingleses tratavam o I e o J como idênticos.

No entanto, a ordem básica é quase tão antiga quanto o próprio alfabeto. Assim como a evolução biológica, as evidências que temos são da variação dos dias de hoje e dos registros históricos. Dos alfabetos atuais derivados do fenício, de 3 mil anos atrás, a maioria tem uma ordem semelhante (A, B, C, D...). Esses incluem o cirílico, grego, hebreu, árabe e latino.

Os registros históricos mais antigos são tabuletas de argila do século 13 a.C. descobertas em Ugarit, na Síria. Apesar de escrita em uma versão antiga cuneiforme do alfabeto, a ordem A, B, C, D pode ser vista nas inscrições.

Fonte: Revista Conhecer

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Quem decidiu a ordem das letras do alfabeto?


Quem decidiu a ordem das letras do alfabeto?

Os fenícios, mas não se sabe muito bem por quê. Provavelmente, as letras foram colocadas em sequência aleatoriamente. O que se sabe é que o povo que habitou a região onde atualmente fica o Líbano, entre os anos 1400 e 1000 a.C., criou uma série de símbolos muito parecidos com os que usamos hoje, inspirados na escrita egípcia, cujas letras (ou ícones) representavam uma ideia. A grande inovação dos fenícios foi fazer cada símbolo equivaler a um som, relacionando o formato do símbolo a um objeto, um lugar ou um animal ao qual se expressavam usando determinado som (ou grunhido). Veja, por exemplo, como surgiu a letra A. A base para a criação dela foi o hieróglifo egípcio que representava "boi", cujo formato lembrava a cabeça do animal. Os fenícios criaram um ícone bem parecido para representar o som da primeira sílaba de aleph ("boi", em fenício). Portanto, sempre que aparecia esse som em uma palavra, o tal ícone era usado. Assim surgiu o alfabeto fenício, que serviu como base para a maioria dos alfabetos atuais, inclusive o nosso. Como? O fenício inspirou o grego, que por sua vez inspirou o etrusco, que, enfim, originou o romano (ou latino), que é esse que você está lendo. A ordem das letras não mudou, mas novos símbolos surgiram, mesmo depois da criação do alfabeto romano - que nasceu há cerca de 2 700 anos. A princípio, os romanos tinham 21 letras. O U cumpria a função de V, W e U mesmo, enquanto o I fazia a função de I e de J. E assim foi o nosso alfabeto até o século 16, quando o lógico francês Pierre Ramée criou as novas letras. Quem sabe no futuro criaremos novas letras para representar SS, RR, LH ou NH?! O alfabeto, assim como a língua, vive em constante evolução.

Fonte: Revista Superinteressante - por Artur Louback Lopes