quarta-feira, 20 de julho de 2011

A fisiologia de um beijo


Símbolo de vínculo, afeto e aceitação, o encontro entre bocas apaixonadas é levado a sério pela ciência. Descubra o que ele representa para o corpo e por que eleva tanto o bem-estar

Um só minuto de beijo e, no entanto, quantos segundos de espanto! A frase é de Vinicius de Moraes, mas a sensação descrita é compartilhada pela maioria das pessoas. Será possível explicar racionalmente o que um gesto tão instintivo provoca dentro do organismo? Em mês de namorados e santo casamenteiro, vale a pena ouvir o que os especialistas têm a dizer.

"O beijo é um ato que faz o indivíduo se lembrar inconscientemente da amamentação, um período de entrega total. Por isso, traz conforto e confiança", avalia o ginecologista e sexólogo carioca Amaury Mendes Júnior. Para a psiquiatra Carmita Abdo, da Universidade de São Paulo, ele faz parte de uma espécie de iniciação no mundo. "A boca é o principal órgão da comunicação e aprendemos desde cedo a demonstrar afeto por meio do beijo", diz.

Nos últimos anos, a ciência se debruçou sobre o legítimo boca a boca e busca enxergá-lo inclusive como um mecanismo de perpetuação da linhagem. O homem prefere beijos molhados, por exemplo, porque tentaria lançar mais testosterona, o hormônio do apetite sexual, no corpo da mulher, despertando seu desejo. Corre uma hipótese de que o macho poderia até mesmo inferir a quantidade de estrogênio na saliva da fêmea, indício de fertilidade e boa prole.

Também se investiga como o beijo interfere no cérebro e proporciona bem-estar. Um estudo da neurocientista Wendy Hill, do Lafayette College, nos Estados Unidos, constata que o encontro bucal aumenta a produção de ocitocina, o mesmo hormônio que instiga vínculos entre o bebê e a mãe. "O beijo aplaca o estresse e faz liberar endorfinas, substâncias por trás da sensação de tranquilidade", diz Carmita.

Para Mendes Júnior, as carícias entre os lábios são ainda um indicativo de uma vida sexual saudável. "Quando um casal não se beija, a relação já não tem o mesmo afeto", afirma. Por outro lado, parceiros que investem em beijos mais calientes têm maiores chances de garantir ou resgatar a qualidade do bem-bom. "Esse ato é marcado por uma sensação erótica, já que as mucosas da boca são muito enervadas e vascularizadas, só perdendo para os genitais", explica. Dá para entender, portanto, por que a troca de saliva estreita os laços e aumenta a autoestima entre o casal. E você há de convir que não existe melhor presente para quem quer ser eternamente namorado.

Fonte: Revista Saúde - por Pedro Belo design Nicole Partos Ilustração Yan Sorg

terça-feira, 19 de julho de 2011

Professor José Costa debate a importância do esporte para juventude

“O esporte é educação, o esporte é o caminho para tirar a juventude da violência”, frisou

Em entrevista ao programa Jornal da Manhã desta terça, 19, o professor José Costa debateu temas relacionados aos valores educacionais e morais impostos pela sociedade. O professor falou sobre o comportamento dos jovens na atualidade, drogas, a importância do esporte, a educação nos dias atuais e as “transformações” do mundo globalizado. José Costa é professor de Educação Física nas redes pública e particular e possui um blog no portal da FM Itabaiana.

As mudanças do mundo atual e o comportamento da juventude nas últimas décadas do século XX foram lembrados pelo professor que fez uma observação. “Não muito tempo atrás, quando nós íamos pra uma festa, a gente via 90% ou a maioria curtindo o show e algumas pessoas bebendo. Hoje, é o inverso, a maioria bebendo e alguns vão realmente para curtir o show. E, infelizmente, o álcool leva a outros fatores, o álcool leva ao sexo promíscuo e leva a droga”, ressalvou.

José Costa avalia que o desenvolvimento urbano, especificamente, o crescimento de Itabaiana, fez com que muitos campos de futebol desaparecessem e isso implica na desmotivação dos jovens pela prática de atividade física, até porque o esporte é uma opção de lazer saudável. “O poder público também tem que fazer a sua parte. Que a juventude não fique só ligada em festa porque a festa leva também a droga. E se o jovem estiver ocupando seu espaço, seu tempo, uma hora, duas horas de relógio com a prática esportiva ele não está pensando em coisas ruins. Em drogas ou nas más companhias”, pondera.

A implantação de jogos municipais é um dos pontos defendidos e sugeridos pelo professor, o qual lembra a mobilização esportiva dos Jogos da Primavera promovida pelo Governo do Estado, em gestões anteriores. “A história dos Jogos da Primavera ela é linda, é espetacular. Nós que vivemos uma época de ouro dos Jogos da Primavera sentimos muita saudade. Inclusive eu escrevi um artigo um tempo desses pra o Cinform: “Saudades dos Jogos da Primavera”, que eu citava o que era e o que é hoje”, disse.

Fonte: FM Itabaiana, da redação por Franklin Andrade.

Quer emagrecer? Ame seu corpo


A obesidade é um problema mundial, e cada vez mais pessoas procuram programas de emagrecimento em busca do corpo ideal. As propagandas idealizando o corpo magro como o belo trazem diminuição da auto-estima naquelas pessoas que não se enquadram nesse padrão.

Pesquisadores europeus analisaram a relação da auto-imagem corporal e do sucesso dos programas de emagrecimento, e descobriram que a visão que se tem do próprio corpo pode interferir positiva ou negativamente nos resultados.

O estudo consistiu na análise de dois grupos de mulheres em processo de emagrecimento. O primeiro recebeu informações técnicas sobre saúde em geral, boa nutrição, gerenciamento do estresse e importância de cuidar de si mesma. As mulheres do segundo grupo, além dessas informações, participaram de sessões semanais de grupo de acompanhamento psicológico.

Os resultados mostraram que as mulheres que receberam apoio emocional controlaram melhor a alimentação, melhoram a visão que tinham sobre seu corpo e perderam mais peso.

Fonte: Blog da Saúde

segunda-feira, 18 de julho de 2011

Nutrientes importantes para a saúde óssea


Fatores de risco para doenças ósseas incluem história familiar de fraturas ósseas, idade avançada, etnia branca, baixa estatura, baixo peso, baixa ingestão de cálcio, alta ingestão de sódio, alta ingestão de proteína animal, sedentarismo, tabagismo, alcoolismo, uso de medicamentos corticosteróides, uso de heparina ou metotrexato. Por isto, a adoção de um estilo saudável o quanto antes é primordial. Além da prática moderada de atividade física, do abandono do tabagismo e da redução do consumo alcoólico, a ingestão de nutrientes envolvidos na saúde óssea é altamente desejável.

Boro - Está relacionado à melhoria do conteúdo mineral ósseo, dando força ao tecido. Frutas secas, amêndoas, folhosos verde escuros e suco de uva são fontes do nutriente.

Cálcio – o consumo adequado é fundamental mas não é só. Devem ser evitados alimentos que estimulam a excreção do mineral, como proteínas animais, sódio, gorduras em quantidade excessiva e cafeína.

Cobre - O cobre atua como co-fator de enzimas envolvidas na síntese de constituintes da matriz óssea. Fontes principais: ostras, cacau, nozes, feijão, farinha de soja, mariscos.

Fibras – Diminuem a inflamação do tecido intestinal, fortalecem o sistema imune e melhoram a disponibilidade do cálcio, por servirem de substrato para bactérias probióticas intestinais, as quais acidificam o pH intestinal. Capriche no consumo de frutas, verduras e cereais integrais.

Lisina – este aminoácido pode aumentar a absorção do cálcio, por isto o cálcio quelado à lisina é a fórmula de preferência.

Magnésio – a deficiência está relacionada à má formação óssea. O magnésio também é fundamental para a memória. Aumente o consumo das fontes principais: vegetais folhosos verde-escuros e cereais integrais.

Manganês – Fornece estrutura para a calcificação óssea. As fontes mais ricas em manganês são os grãos integrais, leguminosas e nozes.

Ômega-3 – Promove a incorporação do ácido eicosapentanóico (EPA) nos fosfolipídios de membranas, diminuindo a inflamação tecidual. Fontes incluem peixes de água salgada e fria e linhaça.

Potássio – O consumo adequado diminui a excreção de cálcio na urina. Frutas e verduras são ricas em potássio.

Silício – Atua na formação da matriz óssea, criando ligações de colágeno e proteoglicandos durante o crescimento ósseo. Aveia, milho, arroz, cevada e cavalinha fornecem silício.

Vitamina C – Promove a síntese de colágeno. Nos casos de osteoporose é recomendada suplementação de até 1g ao dia. Frutas cítricas são ricas na vitamina.

Vitamina D - sem ela, apenas 10 a 15% do cálcio dietético é absorvido, aumentando o risco de fraturas.

Zinco - Aumenta a atividade da vitamina D. Fontes incluem carnes, aves, frutos do mar, semente de abóbora, lentilhas.

Fonte: Revista O Berro - por andreiat

domingo, 17 de julho de 2011

Estudos mostram como funciona a memória e indicam como aprender melhor e não esquecer jamais


Uma questão de prática

Um estudo do Hospital Beth Israel de Boston, feito pelos doutores Edwin Robertson e Daniel Cohen, esclarece por que é tão difícil aprendermos diversas matérias diferentes ao mesmo tempo.

Usando 120 voluntários, que precisaram aprender dois tipos de atividade em sequência, uma com exercícios com os dedos da mão e a outra uma lista de palavras para decorar, os cientistas perceberam que aprender uma atividade atrás da outra prejudicava o aprendizado da primeira. A conclusão é que, ao aprender algo diferente, sem tempo de reter o primeiro assunto, podemos nos decepcionar.

Na segunda metade do estudo, os pesquisadores utilizaram um recurso que pode “desligar” algumas partes do cérebro, a eletroestimulação magnética transcraniana (TMS), que cria um campo magnético no cérebro tão forte que impede a conexão normal entre os neurônios de uma mesma região, interrompendo seu funcionamento. Os pesquisadores utilizaram a TMS nas áreas acessórias ao aprendizado motor, se o exercício com a mão era o primeiro executado, e na área de aprendizado verbal, se a primeira tarefa era decorar a lista de palavras.

Os cientistas descobriram que fazer o estímulo elétrico com TMS, depois de aprendida a tarefa, não interferia no aprendizado desta, além de impedir a competição e interferência entre os dois exercícios, melhorando a performance de ambas atividades ao ponto de o resultado ser igual ao aprendizado de uma só tarefa.

O TMS não e o único jeito de impedir a interferência de um aprendizado sobre o outro. O sono é a forma natural de desligar as áreas acessórias aos diversos aprendizados, por isso cochilar um pouco nos intervalos de treinamentos parece ser benéfico e melhorar a aquisição de conhecimento.
Outro estudo feito por Edwin Morris, da Universidade de Edimburgo, e associados da Universidade de Tóquio e publicado na revista Science, explica que é mais fácil para o cérebro aprender mais sobre assuntos que já conhecemos. Para aprendermos um conceito novo existe um envolvimento mais amplo do córtex cerebral, mas adicionar conhecimento é muito mais simples. Os cientistas descobriram um grupo de genes ativados somente para adicionar memória ao que já foi aprendido.

Esses genes não funcionam tão bem quando o assunto é novo, e os pesquisadores argumentam que o conhecimento dos indivíduos especialistas é construído desta maneira. O volume de conhecimento vai sendo adicionado em blocos, e quanto mais sabemos sobre um assunto mais fácil fica aprender algo novo sobre ele.

Em outra pesquisa, cientistas do Instituto Max Planck, da Alemanha, e da Escola Superior de Física e Química Industriais, de Paris, puderam confirmar, usando o cérebro da drosófila, a mosca da fruta, que existem neurônios especializados apenas em ler memórias gravadas.

Já conhecemos muito dos circuitos cerebrais da drosófila, que possui apenas 100 mil neurônios. O cérebro humano possui 100 bilhões de células empacotadas em um quilo e meio, mas tem mecanismos operacionais iguais. Os cientistas descobriram que, ao bloquear um grupo específico de células, as MB-V2, as moscas não conseguiam lembrar-se de um cheiro.

No estudo, os neurocientistas aplicavam um choque elétrico nas moscas, após liberarem um determinado cheiro. Os pesquisadores conseguiam desligar os neurônios MB-V2 e, ao fazer isso, as moscas não fugiam do cheiro associado ao choque. Mas ainda podiam aprender que o cheiro estava associado a um evento ruim, pois quando os cientistas religavam a célula MB-V2 as moscas fugiam do cheiro. Isso os fez concluir que a MB-V2 não era importante para o aprendizado, mas fundamental para lembrar-se do que foi aprendido.

Esses estudos, publicados em um intervalo de duas semanas, são avanços na busca da cura para a doença de Alzheimer, e para a reabilitação em acidentes vasculares cerebrais. Ao mesmo tempo, nos impulsionam a outro nível, no qual poderemos manipular nossa capacidade de aprender e de lembrar as lições.

Fonte: Revista Carta Capital/saúde – por Rogério Tuma