Eles geralmente têm baixo valor nutricional e alto teor de açúcar, gordura e sódio, contribuindo para o risco de doenças
Os alimentos ultraprocessados são produtos
industrializados que passam por diversas etapas de processamento e contêm
ingredientes artificiais, como corantes, aromatizantes, conservantes e aditivos
químicos. Eles geralmente têm baixo valor nutricional e alto teor de açúcar,
gordura e sódio, o que pode impactar negativamente a saúde a longo prazo.
O consumo desses alimentos tem aumentado no dia a dia
principalmente pela praticidade, baixo custo, longa durabilidade e forte apelo
publicitário, que estimula sua presença nas rotinas modernas, onde muitas
pessoas dispõem de pouco tempo para preparar refeições caseiras.
Entre os ultraprocessados mais consumidos no Brasil
citados pela Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF/ Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística — IBGE) de 2017/2018, estão refrigerantes, sucos
artificiais, bebidas lácteas adoçadas, biscoitos recheados, bolachas doces e
salgadas, pães industrializados, bolos prontos, cereais matinais açucarados e
achocolatados. O macarrão instantâneo, as comidas congeladas e os produtos
cárneos ultraprocessados — como salsicha, mortadela, presunto, peito de peru,
nuggets e hambúrguer industrializado — também fazem parte dessa lista.
Perigos dos alimentos ultraprocessados à saúde
A nutricionista Mariana Oshiro Imamura, responsável
técnica da Clínica-Escola de Nutrição da Universidade Guarulhos (UNG), alerta
que optar por alimentos ultraprocessados pode trazer, ao longo do tempo, riscos
significativos à saúde.
"Esses produtos possuem excesso de açúcares,
gorduras saturadas e sódio. Ao mesmo tempo, apresentam baixo teor de fibras,
vitaminas e minerais. Além do perfil nutricional pobre, a presença de aditivos,
como corantes, aromatizantes e conservantes, intensifica os efeitos negativos
no organismo, favorecendo processos inflamatórios e alterações metabólicas que
podem levar ao desenvolvimento de doenças crônicas não transmissíveis
(DCNTs)", explica.
Riscos para a saúde do coração
A nutricionista acrescenta que as gorduras trans e
saturadas elevam o colesterol ruim (LDL) e reduzem o bom (HDL), contribuindo
para uma possível aterosclerose — formação de placas de gordura, colesterol,
cálcio e outras substâncias nas paredes das artérias — e o surgimento de
doenças cardiovasculares.
Além disso, o consumo excessivo de sódio aumenta a
retenção de líquidos, eleva a pressão arterial e sobrecarrega os rins e o
sistema cardiovascular, ampliando o risco de hipertensão, insuficiência
cardíaca e acidente vascular cerebral (AVC).
Procure ajuda profissional para reduzir o consumo
Para quem deseja reduzir a ingestão desses tipos de
alimentos, Mariana Oshiro Imamura indica buscar a ajuda de um profissional
especializado. "O nutricionista auxilia na leitura de rótulos, na
substituição inteligente desses produtos e na elaboração de um plano adequado
ao estilo de vida de cada pessoa. Essa estratégia é um passo essencial para
promover uma rotina mais saudável e prevenir doenças", completa.
https://www.terra.com.br/vida-e-estilo/saude/veja-os-perigos-dos-alimentos-ultraprocessados-para-a-saude,190481a898183706be818da2c96194dbrdr6fnd1.html?utm_source=clipboard
- Por Cristiane Pappi - Foto: Ground Picture | Shutterstock / Portal EdiCase
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