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sábado, 21 de setembro de 2019

O que acontece com o seu corpo quando você se apaixona


A flecha do cupido não atinge exatamente o coração... A paixão mexe muito mais com o cérebro. Entenda.

Se o coração acelera, as mãos suam, a boca fica seca e você só tem olhos para aquela pessoa que se aproxima, o diagnóstico é certeiro: paixão!

Mas é preciso desromantizar um aspecto: apesar de associarmos paixão ao coração, ela acontece mesmo graças ao nosso cérebro, que secreta um turbilhão de hormônios responsáveis por essas sensações incríveis.

A ciência comprovou que o cérebro se altera quando estamos apaixonadas (suspiros!). Quer saber mais? Médicas explicam o que acontece dentro da gente.

Hormônios sem noção
Sabe aquela história de achar o outro simplesmente perfeito? “Os pesquisadores acreditam que isso acontece porque certos hormônios e substâncias acionam áreas cerebrais do prazer e desligam algumas do julgamento crítico”, afirma a médica fisiologista Cibele A Fabichak, autora do livro Sexo, Amor, Enforfinas e Bobagens.
Ela explica que quando as endorfinas, a dopamina, a noradrenalina, a oxitocina e outras substâncias são produzidas em grandes quantidades, acabamos associando a pessoa escolhida aos prazerosos sentimentos que elas provocam.
E sabe a impressão de estar viciada no outro? É culpa da dopamina. Em excesso, ela causa agitação e alteração na nossa capacidade de controle mental e outras funções cognitivas, como a atenção. “Não precisamos comer nem dormir, pois a sensação de prazer satisfaz isso. É exatamente o mesmo mecanismo do vício em drogas e jogo”, explica a dra. Liana Guerra Sanches, biomédica e coordenadora de pesquisa em neurociências do Instituto Israelita de Ensino e Pesquisa Albert Einstein.
Isso sem falar da testosterona e do estrogênio, que aguçam o desejo sexual.

Cérebro, ativar!
O sistema límbico, nossa central das emoções, é uma das áreas cerebrais ativadas. “Já o córtex frontal, responsável pelo julgamento crítico e a racionalidade, é uma das áreas com ação reduzida”, explica a dra. Cibele.

O coração quer sair pela boca, a gente esquenta e começa a suar
Tudo isso são respostas fisiológicas à cascata de hormônios. “Quando o cérebro enxerga ou pensa na pessoa, uma enxurrada de hormônios é liberada, como a adrenalina que causa a taquicardia. Ele passa a desejar aquilo pois sabe que irá trazer prazer”, conta a dra. Liana. Aí, o ritmo cardíaco acelera muito.
A pressão arterial aumenta, o organismo esquenta tanto que o corpo acaba suando para conseguir baixar a temperatura. As pupilas dilatam, a respiração fica ofegante, a boca resseca, o rosto fica corado.

Arrepios ao ser tocada
“Pesquisas recentes revelam a existência de um caminho no cérebro para o toque, o chamado ‘toque límbico’”, diz a dr. Cibele. A partir de um toque suave na pele, são ativadas células nervosas que geram impulsos elétricos, desviados do córtex cerebral e que vão diretamente para o sistema límbico, que produz os sentimentos de prazer em resposta ao carinho.

O cheiro da paixão
Já ouviu falar dos feromônios? São hormônios que produzem aromas não percebidos conscientimente – nos animais, são responsáveis pelo acasalamento. Nos humanos, não há evidências científicas, mas os pesquisadores acreditam que podem estar no suor.

Prazo de validade
Convenhamos, seria um caos manter essa loucura hormonal. “Com toda essa confusão de hormônios, uns aumentados, outros diminuídos, o cérebro precisa se reorganizar, pois viver desta maneira por muito tempo seria tão estressante que passaria a ser inviável. Assim, ele busca o equilíbrio das dosagens, fazendo com que, geralmente em alguns meses, os ‘sintomas’ da paixão diminuam”, afirma a dra. Liana.

Hormônio do amor
A oxitocina é liberada em abundância. “Ela é conhecida como hormônio do amor e da confiança, e ajuda na construção do vínculo”, explica a dra. Cibele. Bom, no fim do turbilhão de hormônios, se tudo der certo, é possível que estejamos estamos partindo para uma nova etapa ainda mais profunda: o amor.