As artes marciais são um excelente esporte para assistir e
uma boa maneira de entrar em forma, mas assumem um valor maior quando são
usadas para autodefesa. Nesta lista, vamos dar uma olhada nas melhores artes
marciais para quem estiver interessado em se proteger de atacantes.
10. Kickboxing
Existem vários estilos de kickboxing. O mais famoso chama-se
Muay Thai, que significa algo como “arte dos oito membros”. O kickboxing para
autodefesa possui um ritmo rápido que busca confundir o oponente e procurar
todas as aberturas possíveis. Se o atacante tem uma faca e você está no alcance
dela, é isso que ele vai usar. Quem está se defendendo possui mais armas: mãos,
pés, joelhos, cotovelos e cabeça.
Por exemplo, se o oponente não tiver uma arma de fogo, você
pode caminhar em sua direção e chutar seu queixo com toda força. Com a técnica
de kickboxing, o praticamente deve ser capaz de executar o chute com rapidez e
sem risco de “movimentos desengonçados”.
Se o chute for executado corretamente, o atacante
provavelmente vai quebrar a mandíbula ou os dentes, ou fazer com que ele morda
a língua, entre outras possibilidades. Você também pode dar um passo para o
lado, agarrar o braço em que ele segura a arma, e golpear o seu nariz com a
testa. Esse golpe não vai te machucar tanto quanto você pode pensar, mas o
nariz do oponente será esmagado.
9. Caratê
A maior parte dos socos e facadas dos atacantes são feitos
retos em direção à vítima, não em
arco. O movimento de caratê sugerido aqui se concentra em
desviar os ataques. O que se pode fazer é dar um passo e ficar de lado, criando
uma linha lateral em direção ao braço do atacante, e em seguida acertar seu
punho ou a mão que segura a faca, para rapidamente atacar sua barriga.
Um avanço e uma joelhada no quadríceps vai doer bastante.
Atingir o rosto e a cabeça é importante, mas o atacante vai esperar isso, então
deve-se bloquear o golpe da mão direita do atacante com a mão esquerda (ou
vice-versa) e atacar com a outra mão o ponto macio logo abaixo do esterno,
girando a cintura. O alvo é o plexo solar, e vai incapacitar o atacante tão
efetivamente quanto um golpe na virilha.
Ou, se o atacante avançar, é possível acertar um chute
frontal com a “bola do pé” com toda a força no estômago ou plexo solar, não na
virilha. Se o estômago ou o plexo solar forem atingidos, o atacante vai dar um
passo para trás, em agonia, pelo deslocamento do centro de gravidade. Se a
virilha for atingida, como o atacante está inclinado para a frente, ele vai acabar
voando para cima de quem está se defendendo.
8. Aikido
O Aikido é uma arte interessante reconhecida rapidamente
pelos seus movimentos. Ela tem alguns golpes, mas é baseada principalmente no
fato que quando um atacante golpeia, ele deixa alguma parte do seu corpo
vulnerável. Quem não ataca permanece defensivamente invulnerável. O praticante
de Aikido não faz nada para impedir o ataque, mas usa o momento do atacante
contra ele.
Steven Seagal é o praticante de Aikido mais famoso no
ocidente, e pode ser um ator horrível, mas é um faixa preta 7° Dan em Aikido. O movimento
chave que ele usa é absolutamente essencial a qualquer arsenal de autodefesa: o
“kote gaeshi”. O atacante dá um passo à frente e lança um soco direto. Quem
defende dá um passo ao lado, agarra o punho do atacante, e gira junto com o
soco.
Se o movimento for executado corretamente, o atacante perde
o equilíbrio por causa da inércia, ao mesmo tempo em que o defensor rodopia, e
torce o punho do atacante para fora. É pouco provável que o oponente vai girar
como nos filmes do Seagal, mas provavelmente seu punho vai quebrar, deixando-o
fora de combate.
A maior parte dos críticos dizem que é quase impossível para
um faixa-preta normal agarrar o punho de alguém e girar com velocidade
suficiente para executar este movimento, mas isto não é verdade; este é um
movimento fácil de aprender e aperfeiçoar. O Aikido usa bastante os bloqueios
de articulação, que não precisam de muita velocidade para serem executados
quando comparados ao kote gaeshi, e são muito efetivos para imobilizar e
incapacitar o atacante.
7. Wing Chun
Wing Chun Kung Fu é a arte que Yip Man ensinou a Bruce Lee,
e que Lee achou ser muito lenta e formal para autodefesa. Pode ser verdade no
caso de Bruce Lee lutando contra especialistas em artes marciais, como Wong
Jack Man: o primeiro derrotou o segundo em 3 minutos, quando a maioria dos
outros lutadores no mundo precisaria de mais tempo e se machucaria mais.
Como Lee alcançou a façanha? Usando seu próprio estilo de
luta, desenvolvido a partir da percepção dos pontos fracos do Wing Chun. Mas o
golpe que ele usou para derrotar Wong — um soco que não usa movimentos da
cintura, mas é bem rápido, com sequências rápidas de direita e esquerda ao
peito do oponente, em direção ao esterno ou o plexo solar — é próprio do Wing
Chun.
Com uma mão, o ataque é bloqueado, enquanto a outra ataca
direto o peito, seguido pelo outro punho, novamente avançando para o atacante
enquanto o golpeia. O avanço aumenta o poder dos golpes, e a única coisa a
praticar é a velocidade em que isto é feito. Não é incomum um atacante receber
15 golpes antes esboçar alguma reação. Estes golpes também tem a vantagem de
manter o cotovelo junto do corpo, impedindo que o atacante agarre um dos braços
que esteja golpeando.
Além disso, há a defesa da linha do centro versus os ataques
circulares, como um gancho ou chute lateral. A menor distância entre dois
pontos é uma linha reta, e, em vez de gastar energia extra girando e torcendo a
cintura, o praticante de Wing Chun bloqueia o ataque e ao mesmo tempo atinge um
chute direto na barriga do oponente. Se o oponente for golpeado rapidamente,
será desequilibrado logo no primeiro chute.
Os métodos de combate à curta distância favorecem uma pessoa
de pequena estatura, como uma mulher se defendendo de uma tentativa de estupro.
Quanto mais perto duas pessoas estiverem, mais fácil é para a menor delas
invadir o espaço do atacante e penetrar suas defesas.
6. Jiu-Jitsu
O estilo mais universal nesta lista, é um híbrido
verdadeiro, incorporando elementos de agarramentos, golpes fortes, dedos nos
olhos, estrangulamentos, mordidas, travamento de articulações, bem como o
controle do centro de gravidade do defensor versus o do atacante.
É possível arremessar seu atacante para longe se você baixar
o centro de gravidade abaixo do centro de gravidade do oponente,
desequilibrando-o sobre você, ou em torno de você. Isso é simples e efetivo e,
se o atacante vier com uma arma, você pode prender seu braço e aplicar um golpe
na clavícula, ao mesmo tempo que o empurra para trás e para baixo, prendendo o
punho que tem a arma, e quebrando-o.
Se o atacante usar um chute frontal ou lateral de qualquer
tipo, vai ter que ficar em pé sobre uma perna. Você pode desviar do chute e
prender sua perna, desferindo seu próprio chute no joelho de apoio,
arremessando o oponente para o lado com a perna que está elevada. Ele vai cair,
incapacitado.
Se ele avançar e agarrar sua camisa, não vá para trás, e sim
para frente: se abaixe, projete seu quadril contra o meio do corpo dele, agarre
um de seus ombros com uma mão e com a outra prenda suas costas, jogando-o sobre
seu ombro. Uma mulher de 45 kg
pode fazer isto facilmente contra um homem de 110 kg. E, quando ele
estiver no chão, você pode torcer o braço do atacante.
5. Jeet Kune Do
Bruce Lee idealizou “um estilo sem estilo”, o que parece ser
um contra-senso, até que você começa a entender o conceito de adaptação. Lee
enfatizava que “a pior coisa que você pode fazer é tentar antecipar o resultado
de uma luta. Você não deve estar pensando em nada além do ataque do oponente e
a sua defesa. Limpe a mente de outros pensamentos, ou eles vão te deixar mais
lento”.
Lee usava a posição do esgrima ocidental “en garde”. Nesta
posição, deve-se ficar saltitando na ponta dos pés para trocar a perna da frente
da direita para a esquerda, para se retirar ou avançar, e para chutar com
qualquer perna. O trabalho de pés é importante em uma luta real, já que vai
determinar a distância ao atacante.
Esse estilo de Lee também combina elementos do Wing Chun,
que incluem segurar mãos e prender pés a curta distância, e nenhum chute acima
do peito, já que chutar mais alto vai deixar a virilha e a perna de apoio
vulneráveis. Outro ponto são ataques e defesas simultâneos. Os elementos do
Jiu-Jitsu incorporados incluem arremessos e o desvio de golpes. A ênfase é na
velocidade da combinação de golpes; praticantes treinados podem acertar a
garganta do atacante até 10 vezes em um segundo.
4. Boxe ocidental
Todos já ouviram histórias de assaltantes escolhendo o velho
errado para roubar. O velho era provavelmente um boxeador. Eles golpeiam
rápido, com força e com muito mais precisão que qualquer outro lutador
treinado. A razão é que um boxeador treina em média 4 anos só para socar de
forma correta. Eles não têm permissão para chutar, então as mãos são tudo que
precisam.
Boxeadores também treinam todos os dias para aumentar a
resistência e durabilidade de seus músculos. Eles não ficam com uma aparência
de um bodybuilder, mas têm músculos tão duros e poderosos quanto um fisiculturista.
Em seu treinamento, também aprendem a se proteger: as mãos
ficam ao lado da cabeça, a postura encolhida de forma que o corpo esteja pronto
para uma explosão de força, e a frente do torso protegida pelos antebraços.
O alvo de quem usa boxe para autodefesa é o lado do queixo,
que ao ser golpeado torce a cabeça do atacante para o lado, e desliga seu
cérebro ao prensar o cordão espinhal no pescoço. A força e raiva não importam:
o oponente deve desmaiar na hora.
3. Jiu-Jitsu brasileiro
Esta arte híbrida mistura os golpes e movimentos do
Jiu-jitsu com ênfase sobre as juntas e o controle total do oponente, terminando
uma briga rapidamente. Quanto maior o atacante, mais facilmente ele pode ser
agarrado pelos pés e o seu centro de gravidade pode ser usado contra ele, sendo
forçado a se render (ou desmaiar).
Uma vez no chão, a primeira coisa que o jiu-jitsu brasileiro
ensina é bloquear um membro e quebrar o mesmo na articulação. Além disso,
envolve estrangulamentos e o uso das pernas para imobilizar o torso do oponente
enquanto ele é finalizado com punhos ou cotovelos no rosto.
2. Método de luta Keysi
Este é método de luta que se vê nos filmes de Batman feitos
por Chris Nolan, e foi desenvolvido por Justo Dieguez e Andy Norman, baseado na
experiência de Dieguez em brigas de rua na Espanha. Segundo as revistas em
quadrinhos, os métodos de luta de Batman requerem eficiência máxima, já que ele
é um gênio do combate ao crime e não desperdiça tempo ou energia ao neutralizar
criminosos. Atacar dez ou vinte bandidos é rotina para ele, e Dieguez e Norman
desenvolveram o estilo que permite se defender de um grupo deste tamanho.
Parece impossível, mas depois de 6 ou 7 anos de treino, o que não é um tempo
muito grande, qualquer um pode fazer todos os movimentos necessários, se
tornando uma máquina de autodefesa.
Nolan procurava um estilo de luta nunca visto antes no
cinema, algo que tivesse um ritmo rápido, a pequenas distâncias, e que fosse
sujo e brutal. O Método de Keysi praticamente não tem chutes, se dedicando ao
combate próximo usando todas as armas que o corpo pode fornecer nestas
situações: punhos, cabeça, pescoço, joelhos e especialmente os cotovelos.
Só há uma posição de luta para aprender, e quando ela é
vista uma vez, pode ser repetida facilmente: “o homem pensativo”, com as mãos
pressionadas contra a cabeça, e os cotovelos levantados para protegê-la, bem
como o pescoço e a parte de cima do peito. Parece com um homem segurando a
cabeça enquanto está pensativo. O objetivo é atacar com os cotovelos, e dar
marteladas com as mãos, que são muito mais poderosas e devastadoras que socos,
por que empregam o corpo todo para usar o músculo mais externo, da raiz do
mindinho ao pulso, em um golpe para baixo como um martelo contra o alvo.
Este também é um estilo híbrido, que usa elementosdo
Jiu-jitsu e do Aikido, luta no solo como no Jiu-jitsu brasileiro, usa golpes
próximos e defesa do centro do Wing Chun, e apresamento do Jeet Kune Do. O
Método Keysi ensina seus praticantes a se defender contra qualquer número de
atacantes com um ângulo de agressão de 360 graus, para observar todos os
objetos na vizinhança em busca de armas potenciais.
1. Krav Maga
Esta é a arte marcial nacional de Israel, desenvolvida por
Imi Lichtenfeld e dedicada a incapacitação sem limites, com o objetivo de sobreviver
na rua.
O Krav Maga incorpora o box ocidental, chutes e joelhadas do
karatê, golpes da luta greco-Romana, luta no solo do Jiu-jitsu brasileiro,
arremessos e agarramentos do Jiu-jitsu, e o mais importante: golpes explosivos
adaptados do Wing Chun. Ele é ao mesmo tempo defesa e ataque: em vez de
bloquear um ataque e então responder com outro, o praticante bloqueia e ataca
ao mesmo tempo. Por exemplo, com o braço esquerdo é feito o bloqueio e o
avanço, enquanto o defensor ataca com o punho direito na garganta do oponente.
O método também visa atacar partes vulneráveis do corpo:
olhos, garganta e virilha. Os agressores vão sofrer ruptura do testículo quase
que certamente. A ênfase é dada no desarme dos atacantes usando facas e armas
de fogo, para “virar” estas armas contra o atacante. Treina-se exclusivamente a
coordenação olho-mão, até que a defesa se torna uma segunda natureza e não
exige pensamento. Um bom professor de Krav Maga pode ensinar tudo que sabe a
qualquer um, independente da forma física, em um período curto, de 3 a 6 meses.
Bônus: armas não letais
O ranking das artes marciais acima não leva em conta o tempo
necessário para dominar cada uma. O Krav Maga é a número 1, por que pode ser
aprendida em um período de 3 a
6 meses.
Para quem quer se defender e não tem tempo de aprender uma
luta, uma boa opção são armas não letais. No Brasil, o porte de arma é proibido
para a maior parte dos cidadãos, mas boas alternativas são o aparelho de choque
e o spray de gás pimenta, que são fáceis de utilizar e é possível aprender
rapidamente como usá-las para neutralizar um atacante de forma efetiva. [
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