O ato de comer, quando associado a emoções
negativas, pode gerar problemas para o organismo como um todo. Entenda de que
forma esse fenômeno ocorre e se previna!
O ato de comer é prazeroso. É comprovado
cientificamente que, ao consumir um alimento que gostamos, liberamos
substâncias químicas positivas em nosso organismo. Entretanto, essa relação com
o prato também pode se tornar perigosa. Afinal, o fenômeno da comfort food
(comida de conforto, em inglês) tem se tornado cada vez mais popular.
Isto quer dizer que, ao buscar determinados alimentos,
o indivíduo pode agir conforme a emoção, não se atentando para os valores
nutricionais. Assim, devido a esse “poder” dos nutrientes de oferecer conforto,
alegria e prazer, os consumidores acabam recorrendo às substâncias quando algo
não vai bem – caso estejam estressadas, desmotivadas ou deprimidas, por
exemplo. “É nesse ponto que a relação com a comida afetiva pode deixar de ser
saudável”, explica a psicóloga Aline Melo.
Quando o comfort food pode ser prejudicial
Pão com hambúrguer e batata fritas em embalagens.
Nutrientes são ricos em gorduras e fazem parte da categoria comfort food
Além dessa associação entre alimentação e emoção ser
um fenômeno perigoso, a busca frequente pela sensação do comfort food pode levar
a uma compulsão alimentar. Isso ocorre quando a pessoa ingere altas quantidades
de comida em um pequeno intervalo de tempo. “Quanto mais o ‘comer emocional’
estiver presente na alimentação, maiores as chances de isso afetar
negativamente saúde física e mental da pessoa”, aponta Aline.
Outra condição, muitas vezes, associada ao termo é o
consumo de comidas gordurosas, como uma pizza ou lasanha. Afinal, é comum
relacionar as comfort foods à fast foods, responsáveis por uma satisfação
rápida e imediata. “Muitas pessoas justificam o fast food como um ‘presente’ em
meio a um dia desgastante, e essa atitude, quando se torna frequente, pode ser
prejudicial, uma vez que lanches rápidos são mais calóricos e possuem baixo
valor nutricional”, reforça a nutricionista Ana Paula Gonçalves.
Categorias do comfort food
Uma mulher se alimenta de batatas fritas. Ela as
segura, aparentemente sentada. Ao fundo, um piso de madeira com alguns feixes
de sol iluminando o chão. O nutriente é um comfort food
Existem diversos motivos para o indivíduo passar a
consumir alimentos por meio de elementos emocionais. Entendam quais são eles.
Nostalgia
Sabe aquela comida que só a mãe, o pai ou os avós
são capazes de fazer? O sentimento é responsável pela atitude por remeter a um
período vivenciado no passado.
Indulgência
Quando a pessoa busca por um alimento específico,
geralmente rico em gorduras, como uma forma de recompensar uma situação
negativa, por exemplo, problemas no trabalho, uma briga no casamento, etc.
Conveniência
Sabe aqueles alimentos que, em momentos
necessidades, tornam-se verdadeiras salvações? Em geral, por serem nutrientes
de origem industrial, as substâncias que podem ser consumidas de forma prática
e acessível são danosas. “A intenção aqui é obter a satisfação e o prazer de
forma rápida e simples, o que pode ser bastante prejudicial para a saúde em
médio e longo prazo”, comenta a nutricionista do Grupo São Cristóvão Saúde Ana
Paula Gonçalves.
Conforto físico
Alimentos que geram sensações boas devido à ação
química comprovada no cérebro. Podem ser alimentos ricos em açúcar e gordura,
entre outros.
Fonte: https://sportlife.com.br/perigos-do-comfort-food/
- Matheus Rodrigo - Foto por Pixabay