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domingo, 20 de abril de 2025

Descubra os sintomas das doenças mais recorrentes durante o outono


Saiba como prevenir complicações respiratórias na troca de estação, principalmente em quem já possui doenças crônicas

 

A redução da umidade do ar durante as estações de outono e inverno, que geralmente fica abaixo dos 30%, aliada a condições de menor dispersão atmosférica de gases e de materiais particulados, pode levar a uma maior propagação de partículas virais e bactérias, irritando vias aéreas, predispondo a quadros infecciosos.

 

No Brasil, o padrão de sazonalidade varia entre as regiões, sendo mais marcado naquelas com estações climáticas mais bem definidas, como no Sul, Sudeste e Centro Oeste.

 

Os especialistas da Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (ASBAI) detalham as doenças mais recorrentes nessa época do ano, os tratamentos disponíveis e como prevenir as alergias mais frequentes durante o outono e inverno. Confira:

 

🤧 Doenças respiratórias alérgicas mais comuns

A rinite e a asma se destacam entre as complicações na troca de estação. A rinite alérgica é mais comum após os dois anos de idade e atinge cerca de 26% das crianças brasileiras. Em adolescentes, esse percentual vai a 30%, de acordo com dados do ISAAC (Estudo Internacional de Asma e Alergias na Infância), aplicados em vários estados brasileiros.

 

Os sintomas da rinite são caracterizados por coceira frequente no nariz e/ou nos olhos, espirros seguidos, principalmente pela manhã e à noite, coriza (nariz escorrendo) frequente e obstrução nasal, mesmo na ausência de resfriados.

 

 

A asma acomete cerca de 10% da população brasileira e é a causa de morte de aproximadamente duas mil pessoas por ano. É uma doença inflamatória crônica das vias respiratórias que pode ser causada ou intensificada por diversos fatores, como ácaros da poeira, mofo, polens, infecção respiratória por vírus, excesso de peso, rinite, refluxo gastroesofágico, medicamentos e predisposição genética. Da criança até o adulto jovem, as alergias são fatores importantes como causadores de crises de asma.

 

A gripe é o exemplo típico da maior transmissibilidade nos meses de outono e inverno. Por isso, as campanhas de vacinação se iniciam nessa época. Além do vírus influenza, todos os outros vírus de transmissão respiratórias incluem-se neste contexto, como os rinovírus, adenovírus, coronavírus, bocavírus, metapneumovirus e outros.

 

👨👩👧 Faixa etária mais suscetível

Entre os mais acometidos estão os as crianças e os idosos. Na criança, há uma imaturidade imunológica proporcional à faixa etária, enquanto no idoso, as respostas tendem a ser mais lentas e, muitas vezes, insuficientes.

 

Essa lógica tem se aplicado à maioria dos agentes infecciosos virais e bacterianos, com exceção do novo coronavírus, onde se observou um menor número de agravos em crianças saudáveis. A explicação advém do fato de que a criança apresenta uma boa resposta imunológica inata (que já está pronta desde o nascimento), importante na defesa ao coronavírus.

 

Quanto aos imunodeficientes (primários ou secundários a tratamentos), trata-se de um grupo extremamente vulnerável a complicações clínicas quando infectados, por falta de defesas imunológicas.

 

Como previnir

A forma mais eficaz de prevenção dessas doenças é estar com a carteira vacinal atualizada. Também é possível driblar as infecções ao evitar ambientes mal ventilados e com muitas pessoas.

 

Uma orientação importante é o controle de doenças crônicas, respiratórias ou não. Como exemplo, a asma e a rinite, que tendem a apresentar maior agravo nas épocas frias do ano, se não estiverem sob controle os vírus e bactérias certamente causarão um maior processo inflamatório, levando, muitas vezes, a quadros graves.

 

Outras doenças crônicas como a hipertensão arterial e o diabetes também devem estar controladas para evitar o agravamento dos processos infecciosos respiratórios.

 

Fonte: https://www.correiodopovo.com.br/bellamais/saudefeminina/descubra-os-sintomas-das-doen%C3%A7as-mais-recorrentes-durante-o-outono-1.1592647 - Foto: Freepik

sábado, 13 de agosto de 2016

Exercícios mais indicados para quem tem complicações respiratórias

Natação e até corrida são benéficos para quem sofre com asma e bronquite

A prática de exercícios físicos pode melhorar a qualidade de vida das pessoas que têm problemas respiratórios. Muitas vezes, quem sofre com doenças crônicas como bronquite, asma, rinite ou qualquer outro tipo de inflamação nas vias respiratórias, tem limitações fisiológicas e acaba se afastando das atividades físicas, o que é um erro.

Segundo o fisiologista do esporte da Universidade Federal de São Paulo Raul Santo, quando o corpo de uma pessoa que tem doenças pulmonares crônicas se acostuma com a carga de exercício, ele passa a utilizar melhor o oxigênio, a respirar com mais facilidade devido ao fortalecimento dos músculos responsáveis pela respiração. Além disso, mexer o corpo ainda aumenta a circulação do sangue, fortalece o coração e diminui a pressão sanguínea.

Cuidados antecipados

Todas as pessoas que querem começar a fazer uma atividade física devem procurar um especialista para fazer uma avaliação médica. "Esse procedimento potencializa o treino, já que o tipo específico de exercício é escolhido para cada indivíduo, levando em conta todas as suas limitações", diz Raul Santo.

Para quem tem problemas respiratórios, é importante tomar algumas precauções com o objetivo de evitar desconfortos ou acidentes: não fazer exercícios sozinho em áreas isoladas como trilhas e parques florestais, não exercitar-se fora de casa quando o a temperatura está muito elevada ou quando o clima está muito seco e não aumentar a carga do exercício sem antes consultar o preparador físico.

Preparação para o treino

Saber escolher o esporte certo é essencial, mas fazer uma preparação especial para pessoas com doenças respiratórias antes de cada treino vai garantir um melhor desempenho durante o exercício. "Sem um aquecimento adequado e um alongamento bem feito, o corpo pode ter uma reação imediata de rejeição ao exercício, causando lesões e dificuldades. Essa preparação é ainda mais bem-vinda para pessoas com problemas respiratórios", diz Raul Santo. Esse é um cuidado que normalmente passa despercebido.

Há dois exercícios especiais para as pessoas com dificuldades respiratórias que podem ser feitos juntamente com o aquecimento específico para cada modalidade. Experimente relaxar o pescoço e os músculos dos ombros e depois inspirar pelo nariz e expirar pela boca. Outro modo de preparar os músculos da respiração para o exercício é deitar com as costas no chão, flexionar as pernas, colocar uma mão na barriga e outra em cima da caixa torácica e depois inspirar profundamente. Para o exercício fazer efeito, a barriga deve se levantar, mas o peitoral deve continuar parado. Esses exercícios devem ser executados em cinco a dez minutos.

Exercícios mais indicados

A natação é uma das alternativas mais indicadas por médicos para ajudar na recuperação ou para o tratamento de problemas pulmonares crônicos. "Os exercícios realizados na piscina ajudam a aumentar a entrada de ar nas vias respiratórias por causa da maior umidade relativa do ar. Além disso, a água funciona como um vasodilatador, que facilita a circulação sanguínea e o trabalho do coração", diz Raul Santo.

Outro benefício, segundo o especialista, é a atividade aeróbica exigida durante o treino de natação. Esse tipo de exercício aumenta a resistência do coração e do pulmão por trabalhar os músculos respiratórios como o diafragma e os músculos intercostais.

A caminhada ou corrida leve também são muito indicadas pelos médicos para quem sofre com problemas respiratórios. "É um exercício muito fácil de adaptar para cada situação, e é muito eficiente no controle da obesidade, colesterol, diabetes e da hipertensão", diz Raul Santo.

Além disso, caminhar ou correr são exercícios que beneficiam o condicionamento físico "Muitas das pessoas com complicações respiratórias que incluem uma caminhada no dia a dia, passam a ter mais facilidade em praticar esportes do que pessoas sadias que não tem o hábito de caminhar ou correr", completa o especialista.

Hora de parar

Durante o treino, sintomas como dores no peito, enjoo, fraqueza e queda brusca de pressão são sinais de que a pessoa deve parar imediatamente, de acordo com Raul Santo, que lembra que esses problemas na maioria das vezes ocorrem por falta de acompanhamento de um profissional. "As pessoas com problemas respiratórios só devem praticar aqueles exercícios indicados por seu pneumologista ou por seu treinador. Esses profissionais sabem qual é o limite fisiológico de cada um".