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domingo, 18 de julho de 2021

Termômetro olímpico


A 6 dias das Olimpíadas, confira as principais chances de medalha do Brasil nas Olimpíadas de Tóquio

 

As Olimpíadas estão chegando e o Termômetro Olímpico, atualizado semanalmente no ge, traz as principais chances de pódio do Brasil. Quem são os favoritos, candidatos e quem pode surpreender nos Jogos de Tóquio.

 

Alison Dos Santos, dos 400m com barreiras, deu um belo salto na última semana, já que ele quebrou duas vezes o recorde sul-americano, foi ao pódio em duas etapas da Liga Diamante e se consolidou como terceiro do ranking mundial.

 

Algumas estrelas do esporte nacional ficaram, neste momento, fora da lista do Termômetro Olímpico. É claro que não podem ser descartados para Tóquio mas, neste momento, não entram no Termômetro, restrito a 40 nomes.

 

FAVORITOS AO OURO

 

01 Gabriel Medina

Surfe

Estava em 1°, manteve a posição

Vice-campeão mundial em 2019 e campeão em 2018, Medina é o líder do ranking mundial de 2021 com uma campanha espetacular. Em seis etapas, venceu duas e foi vice-campeão em outras três, incluindo a última, na Califórnia./ No momento, está envolvido em um imbróglio com o COB sobre uma credencial para sua esposa, Yasmin Brunet.

 

02 Pâmela Rosa

Skate

Estava em 2°, manteve a posição

Pâmela Rosa foi campeã mundial em 2019, é líder do ranking mundial e foi, no mês passado, ouro no Dew Tour, torneio realizado nos Estados Unidos. No início de junho, ficou na quarta posição no Campeonato Mundial, disputado em Roma, na Itália.

 

03 Vôlei masculino

Estava em 8°, ganhou 5 posições

A seleção brasileira é atual campeã da Copa do Mundo (2019) e vice do Campeonato Mundial (2018)./ Recentemente foi campeã da Liga das Nações, vencendo a Polônia na final por 3 a 1, mostrando que o time é favorito ao título em Tóquio. O técnico Renan Dal Zotto ficou 37 dias no hospital para se recuperar da Covid-19 e não viajou com o time para a Liga das Nações, na Itália./

 

04 Beatriz Ferreira

Boxe

Estava em 3°, perdeu 1 posição

Atual campeã mundial de boxe na categoria até 60kg,Beatriz conquistou duas medalhas de ouro em torneios no início de 2021, na Alemanha e na Bulgária. Neste último, derrotou a atual medalhista de bronze olímpica na decisão. No fim do ano passado, já tinha vencido um torneio nos Balcãs. Atualmente, está treinando no Rio de Janeiro.

 

05 Isaquias Queiroz

Canoagem

Estava em 4°, perdeu 1 posição

Campeão mundial do C1 1000m em 2019 e medalha de bronze no C2 1000m ao lado de Erlon Souza, Isaquias foi, em maio, prata na prova do C1 1000m na etapa da Copa do Mundo da Hungria, ficando atrás de um alemão. Em dupla com Jacky Godmann foi bronze no C2 1000m. Essa será a dupla brasileira em Tóquio, já que Erlon está com uma lesão crônica no quadril.

 

Não é todo favorito que vence

A projeção de resultados dos atletas brasileiros é feita com base em vários critérios, expostos aqui no Termômetro, mas obviamente não é garantia nenhuma de uma medalha.

 

Para a Olimpíada de 2016, o GloboEsporte.com fez uma previsão grande de quem iria ao pódio em cada uma das 306 provas disputadas, entre todas as modalidades. O site cravou 129 ouros, ou seja, 41% dos campeões. Dos que a gente tinha colocado como medalhistas de ouro, 101 (33%) sequer foram ao pódio.

Aí você pode dizer. Ah, mas a projeção do GloboEsporte.com foi muito ruim, o pessoal não entende nada. Não é bem assim. A Revista Sports Illustrated, que faz o preview mais conhecido e tradicional do mundo, acertou apenas 132 campeões, ou seja, 43%.

Será que nós, jornalistas, somos tão ruins de palpite? Na verdade não. A questão é que o esporte olímpico é decidido nos detalhes. Um erro em uma largada, um vacilo em um lance, um tropeço, qualquer coisinha tira um favorito da disputa pela medalha.

 

06 Martine Grael/Kahena Kunze

Vela

Estava em 5°, perdeu 1 posição

Atuais campeãs olímpicas e medalha de prata no Campeonato Mundial de 2019, Martine e Kahena venceram, em abril, um importante torneio na Espanha, que contou com as melhores duplas do mundo. No início do mês, disputaram um outro torneio em Cascais, Portugal, mas não entraram em ação na última regata, por conta de um resfriado de Kahena.

 

FAVORITOS PARA A MEDALHA

07 Ítalo Ferreira

Surfe

Estava em 6°, perdeu 1 posição

Campeão mundial de surfe em 2019 e também medalha de ouro no ISA Games, competição disputada no Japão e que simulou um torneio olímpico, Ítalo é o segundo do ranking de 2021. Nas seis primeiras etapas do Circuito de 2021 conseguiu um título e dois terceiros lugares.

 

08 Rayssa Leal

Skate

Estava em 7°, perdeu 1 posição

Aos 13 anos, é uma das favoritas ao pódio nas Olimpíadas. No início do mês, conquistou o bronze no Campeonato Mundial, disputado em Roma, na Itália. Em maio, havia sido prata em um torneio nos EUA, o Dew Tour. Vice-líder do ranking, foi prata no Campeonato Mundial de 2019.

 

09 Bruno Fratus

Natação

Estava em 9°, manteve a posição

Vice-campeão mundial dos 50m livre em 2017 e 2019 e finalista nas duas últimas Olimpíadas, o nadador mora há muitos anos nos Estados Unidos./ Nas últimas semanas conquistou dois ouros e uma prata no Circuito Mare Nostrum de natação, disputado na Europa e o título do Sete Coli, torneio na Itália.

 

10 Ana Marcela Cunha

Maratona aquática

Estava em 10°, manteve a posição

Quinta colocada na prova dos 10km das águas abertas no Mundial de 2019, Ana Marcela conquistou, no início de março, o título na etapa de Doha do Circuito, que contou com a participação de algumas das melhores do planeta./ Participou do Troféu Brasil, em piscina, e fez os melhores tempos de sua vida nos 400m e 1500m livre. Não vai para as Olimpíadas nesta prova, mas o feito mostra que está em um momento muito bom/ Na semana que passou, foi prata em um campeonato na Espanha, em que chegou atrás apenas da atual campeã olímpica, a holandesa Sharon van Rouwendaal.

 

11 Ágatha/Duda

Vôlei de Praia

Estava em 11°, manteve a posição

Dupla quarta colocada no Circuito Mundial e medalha de prata no Finals, segundo torneio mais importante de 2019, é a dupla mais regular do mundo em 2021/ Foi ao pódio em quatro das seis etapas disputadas, com um título, uma prata e dois bronzes, se consolidando como o melhor time da temporada até o momento.

 

Meta do COB

O Comitê Olímpico do Brasil (COB) não fala oficialmente em meta de medalhas para os Jogos de Tóquio 2020, mas está claro que um objetivo factível para o Brasil é superar as 19 medalhas conquistadas na Rio 2016, que é o recorde histórico do país. Mas se o objetivo é superar o número de medalhas quer dizer que nosso esporte melhorou? Não é bem assim.

Para Tóquio 2020, foram incluídos skate, surfe e karatê, modalidades que não estavam no programa olímpico do Rio. E, deste trio, é possível que venham pelo menos cinco pódios para o Brasil, que é uma das maiores potências nas ondas e nas rodinhas, e briga por pelo menos duas medalhas no tatame.

Ou seja, apesar dos atletas estarem tendo menos apoio financeiro do que no último ciclo, o número de medalhas pode aumentar. Não tanto pela evolução do esporte nacional, mas mais pela mudança, benéfica para o Brasil, no programa de provas.

 

12 Futebol masculino

Futebol

A seleção masculina de futebol foi convocada recentemente para as Olimpíadas. Mesmo sem contar com as estrelas acima de 24 anos, nem com alguns nomes importantes do sub-24, a equipe é uma das melhores que estarão nos Jogos Olímpicos./ O time foi ao pódio nas últimas três Olimpíadas (ouro em 2016, prata em 2012 e bronze em 2008).

 

13 Fernando Reis

Levantamento de peso

Estava em 13°, manteve a posição

Atual tricampeão dos Jogos Pan-Americanos e bronze no Mundial de 2018, Fernando Reis é um dos principais candidatos ao pódio na categoria pesado, acima de 109kg. No ranking mundial que definiu os classificados, aparece atrás somente de um georgiano (Campeão mundial e favorito ao ouro) e de um iraniano. Rivais como o da Armênia e de Belarus não estão inscrito por conta de punição de doping para seus países.

 

14 - Alison Santos

Atletismo

Estava em 20°, ganhou 6 posições

Sétimo colocado nos 400m com barreiras do Campeonato Mundial de 2019 e campeão dos Jogos Pan-Americanos em 2019, Alison quebrou cinco vezes o recorde sul-americano somente em 2021, a última vez no domingo, na Suécia, com o tempo de 47s34./ A marca o coloca na terceira posição do ranking mundial de 2021.

 

15 Tatiana Weston-Webb

Surfe

Estava em 14°, perdeu 1 posição

Quinta colocada no ranking mundial entre as classificadas para as Olimpíadas de Tóquio em 2019, a surfista começou a temporada 2021 com ótimos resultados. Após seis etapas, é quarta colocada no ranking de 2021, com direito a um título na etapa de Margareth River, na Austrália. No mês passado, foi terceira na etapa da Califórnia, disputada em ondas artificiais.

 

16 Mayra Aguiar

Judô

Estava em 15°, perdeu 1 posição

Medalha de bronze no Mundial de judô de 2019, Mayra Aguiar passou por uma cirurgia em setembro de 2020 e ficou sem competir até o mês passado. Participou do Campeonato Mundial, na Hungria, e perdeu na segunda luta. Fechou o ranking olímpico na sexta posição e será cabeça-de-chave em Tóquio.

 

17 Arthur Zanetti

Ginástica Artística

Estava em 16°, perdeu 1 posição

Atual vice-campeão olímpico das argolas e quinto colocado no Campeonato Mundial de 2019, Zanetti voltou a competir no último fim de semana. Conquistou a prata na Copa do Mundo de Doha, no Catar, com uma nota que lhe daria o ouro no Campeonato Mundial de 2019. Apresentação empolga para Tóquio, mas a argola é uma aparelho muito equilibrado, com pelo menos seis atletas na briga direta pelo pódio.

 

18 Arthur Nory

Ginástica Artística

Estava em 12°, perdeu 6 posições

Campeão mundial da barra fixa em 2019, voltou a competir depois de um ano e meio, quando participou do Pan-Americano de ginástica, no Rio de Janeiro, no início do mês. Foi muito bem nas eliminatórias, com a nota de 14,400 (o título mundial veio com 14,900), mas caiu três vezes na decisão, quando tentou elevar o nível de dificuldade. Na Copa do Mundo, no último fim de semana, ficou com a medalha de prata, de novo com 14,400. A medalha em Tóquio deve sair na casa de 14,800.

 

19 Maria Suelen

Judô

Estava em 17°, perdeu 2 posições

Quinta colocada nos Campeonatos Mundiais de 2018 e 2019, Maria Suelen conquistou, mês passado, o bronze no Campeonato Mundial, disputado na Hungria, derrotando a cubana Idalys Ortiz, na qual tinha um histórico de 16 derrotas em 16 lutas/ Chegará em Tóquio como uma das favoritas ao pódio e suas principais adversárias são do Japão, Cuba e França.

 

BRIGAM POR MEDALHA

20 Milena Titoneli

Taekwondo

Estava em 19°, perdeu 1 posição

Bronze no Campeonato Mundial de 2019 e atual campeã dos Jogos Pan-Americanos, a atleta foi, junto com parte da seleção e da comissão técnica, está na Sérvia para uma série de treinos com alguns dos melhores atletas do mundo. Em etapa do Circuito Mundial, conquistou o bronze em torneio na Bulgária, e, recentemente, foi novamente campeã continental.

 

21 Nathalie Moellhausen

Esgrima

Estava em 18°, perdeu 3 posições

Atual campeã mundial da categoria espada, participou de sua primeira competição internacional em março, ficando em nono lugar em uma etapa da Copa do Mundo. Conseguiu duas vitórias importantes, em duelos bem equilibrados, mas foi eliminada também em confronto decidido nos detalhes. Está em quarto lugar no ranking mundial.

 

22 Letícia Bufoni

Skate

Estava em 21°, perdeu 1 posição

Ficou machucada a maior parte de 2019, mas coleciona medalhas e títulos importantes entre 2015 e 2018. No Dew Tour, sua primeira grande competição após o início da pandemia, ficou na quarta posição, mostrando que segue entre as melhores do planeta. No inicio do mês, ficou em quinto lugar no Campeonato Mundial, disputado em Roma, na Itália.

 

23 Pedro Barros

Skate

Estava em 22°, perdeu 1 posição

Campeão mundial de 2018 na categoria park e finalista do torneio em 2019, Pedro Barros ganhou, no início do ano, o STU de Florianópolis. Na última semana, voltou a um torneio importante, o Dew Tour, mas acabou fora da final. Na última rodada da semifinal, fez um protesto contra o julgamento dos árbitros e não tentou a vaga na decisão.

 

24 Darlan Romani

Arremesso de peso

Estava em 23°, perdeu 1 posição

Quarto colocado no Campeonato Mundial no arremesso do peso de 2019, Darlan pegou Covid-19 no mês passado, passou por uma pequena lesão, mas competiu três vezes desde então. Conseguiu a marca de 21,46m, ainda inferior ao que tinha feito em 2019 (22,61m), mas é sua melhor marca desde o início da pandemia.

 

25 Revezamento 4x100m masculino

Atletismo

Estava em 24°, perdeu 1 posição

Quarto colocado no Campeonato Mundial em 2019, quando bateu o recorde sul-americano da prova, e campeão do Mundial de revezamentos, o time está entre os candidatos ao pódio em Tóquio./ Nos últimos meses, Paulo André e Felipe Bardi conseguiram boas marcas na prova individual dos 100m rasos, o que mostra que o revezamento pode estar ainda mais forte em 2021. Mês passado, o time chegou em segundo lugar no Mundial de Revezamentos, mas acabou desclassificado porque um dos corredores pisou na linha./

 

26 Rebeca Andrade

Ginástica Artística

Estava em 25°, perdeu 1 posição

Rebeca Andrade se classificou, há vinte dias, para as Olimpíadas de Tóquio, ao vencer o Campeonato Pan-Americano, disputado no Rio de Janeiro. A pontuação obtida, se fosse feita no Mundial de 2019, por exemplo, lhe renderia o bronze no individual geral. Separadamente, suas notas foram 14,800 no salto, 14,400 nas barras assimétricas, 13,800 na trave e 13,700 no solo, todas as pontuações (mesmo com errinhos) capazes de colocá-la na briga por finais em Tóquio. / Na semana passada, conseguiu a nota de 14,500 nas barras assimétricas em uma etapa da Copa do Mundo, mas fez apenas 13,100 na trave, em uma prova que ela errou um pouco, mas também foi injustiçada pelos árbitros./ Rebeca Andrade é um dos grandes nomes da ginástica brasileira atual, mas tem sofrido com muitas lesões nos últimos anos. Contusões que atrapalharam seu desempenho nas Olimpíadas de 2016 e no Mundial de 2018, além de ter a tirado dos Mundiais de 2017 e 2019./ Ainda há uma grande dúvida se ela vai conseguir fazer os dois saltos nas Olimpíadas. Se sim, ela briga forte por uma medalha nesse aparelho.

 

27 Kelvin Hoefler

Skate

Estava em 26°, perdeu 1 posição

Quarto colocado no Campeonato Mundial de skate street de 2019, repetiu a posição na mesma competição, realizada em Roma, na Itália, na última semana. Segue entre os melhores do mundo, mas tem ficado fora do pódio nos detalhes.

 

PODEM SURPREENDER

28 Rafael Silva

Judô

Estava em 27°, perdeu 1 posição

Medalha de bronze nas duas últimas Olimpíadas entre os pesos pesados, e quinto colocado no Campeonato Mundial de 2019, Baby ficou em quinto lugar no Mundial, disputado há 15 dias, na Hungria. O resultado o garante como cabeça de chave nas Olimpíadas de Tóquio. Nos últimos meses, foi prata em dois Grand Slam.

 

29 Vôlei feminino

Estava em 29°, manteve a posição

A seleção foi vice-campeã da Liga das Nações de 2019, e ficou em quarto lugar na Copa do Mundo/ Na última semana, a equipe foi vice-campeã da Liga das Nações, caindo diante dos Estados Unidos na decisão por 3 a 1. No torneio, Sérvia e Itália não estavam com suas titulares, enquanto a China jogou com um time misto.

 

30 Alison/Álvaro

Vôlei de Praia

Estava em 30°, manteve a posição

A dupla, que ficou em terceiro lugar no Circuito Mundial de 2019, teve um começo de ano com altos e baixos no Circuito Mundial. Nas sete etapas já disputadas, o auge foi a medalha de bronze em uma das competições da "Bolha de Cancún". Na Rússia, eles venceram o time da casa, campeões mundiais, mas caíram nas quartas de final para a dupla do Catar.

 

31 Luiz Francisco

Skate

Estava em 31°, manteve a posição

Atual vice-campeão mundial da categoria park em 2019, passou por uma cirurgia no ombro durante a pandemia. Segundo ele mesmo, foi para parar de sofrer com as dores no local. No STU, em janeiro de 2021, ficou em sétimo lugar após sentir uma outra lesão. Participou do Dew Tour no fim de semana e garantiu a vaga nas Olimpíadas, mesmo não chegando na decisão, após fazer um protesto contra o julgamento dos árbitros.

 

32 Flávia Saraiva

Ginástica Artística

Estava em 32°, manteve a posição

Quarta colocada no solo, sexta na trave e sétima no individual geral no Campeonato Mundial de 2019, Flavia é uma das candidatas ao pódio nas Olimpíadas nas três categorias/ Participaria, há dez dias, do Campeonato Pan-Americano, no Rio de Janeiro, mas uma lesão, sem tanta gravidade, a tirou do torneio. Foi para a Copa do Mundo de Doha no último fim de semana, mas só competiu na trave, em que terminou apenas em sexto lugar.

 

33 Pedro Quintas

Skate

Estava em 33°, manteve a posição

Terceiro colocado no Mundial de park de 2019 e sexto no ranking mundial, garantiu a vaga nas Olimpíadas. No Dew Tour, competição disputada no último fim de semana, não chegou na final. Participou de um protesto contra o julgamento dos árbitros e abriu mão da última tentativa de ir à decisão.

 

34 Robert Scheidt

Vela

Maior medalhista olímpico da história do Brasil, o velejador não chegará aos Jogos de Tóquio como favorito ao pódio, mas com certeza está na lista dos candidatos/ Na última semana foi vice-campeão de um torneio em Portugal que reuniu os principais atletas do mundo, o que mostra que está em uma crescente na reta final da preparação.

 

35 Hebert Conceição

Boxe

Estava em 25°, perdeu 10 posições

Medalha de bronze no Campeonato Mundial de 2019 e prata nos Jogos Pan-Americanos, venceu no início de dezembro de 2020 o Campeonato Brasileiro na categoria até 75kg e foi eleito o melhor atleta de toda competição. Na Europa, porém, não conseguiu bons resultados, vencendo apenas uma luta nas duas competições que fez.

 

36 Ana Patrícia/ Rebecca

Vôlei de Praia

Estava em 28°, perdeu 8 posições

Dupla que terminou em terceiro lugar no Circuito Mundial de 2019, se manteve bem em 2020 nas etapas do Circuito Nacional. Conquistou quatro etapas da competição brasileira, a último há dez dias, derrotando Bárbara/Carol na decisão./ No Circuito Mundial, a dupla ainda não conseguiu grandes resultados esse ano, e, inclusive, não disputou as últimas etapas por conta de um entorse no tornozelo de Rebecca.

 

37 Erica Sena

Atletismo

Estava em 36°, perdeu 1 posição

Quarta colocada no Campeonato Mundial de 2019 na marcha atlética, Erica foi vice-campeã de uma prova na República Tcheca em outubro de 2020 e, no início de dezembro, ficou com o título no Troféu Brasil. Há dois meses, quebrou o recorde brasileiro da marcha de 35km (prova não olímpica), depois foi treinar nos EUA./ No início do mês, foi bronze em uma competição em La Coruña, na Espanha.

 

38 Ana Sátila

Canoagem slalom

Estava em 37°, perdeu 1 posição

Finalista no Campeonato Mundial de canoagem slalom tanto no K1 como no C1, disputará as duas provas nas Olimpíadas de Tóquio. Em 2020, conquistou a medalha de ouro nas duas etapas da Copa do Mundo que disputou. Neste ano, porém, disputou duas etapas da Copa do Mundo e não conseguiu um lugar entre as oito melhores da competição.

 

39 Futebol feminino

Estava em 39°, manteve a posição

A seleção feminina de futebol foi nona colocada na Copa do Mundo de 2019, quando foi eliminada pela França, as donas da casa, na prorrogação. Atualmente, o time é comandado por Pia Sundhage, uma das maiores técnicas da história. Há três semanas, a equipe derrotou a Rússia por 3 a 0 e, em seguida, empatou 0x0 com o Canadá. Atualmente, as favoritas ao título olímpico são EUA, Grã Bretanha, Holanda e Suécia, com o Brasil sendo uma espécie de quinta força mundial atual, que chega com chances de medalha.

 

40 Marlon Zanotelli

Hipismo

Estava em 40°, manteve a posição

Atual campeão dos Jogos Pan-Americanos no individual e por equipes, Marlon Zanotelli tem conquistado bons resultados nos últimos meses. Há dez dias, foi segundo colocado de uma prova 5 estrelas na Holanda, que reuniu alguns dos melhores atletas do mundo.

 

Pode anotar: vai ter surpresa!

Maicon Andrade e o gostinho da medalha de bronze conquistada no taekwondo (Foto: Agência Reuters)Maicon Andrade e o gostinho da medalha de bronze conquistada no taekwondo (Foto: Agência Reuters)

Em todas as edições de Jogos Olímpicos, o Brasil conquista uma ou duas medalhas que poucos esperavam. Então você pode ter certeza que, mesmo com a gente analisando 40 atletas e equipes brasileiras, alguém que não está na lista vai ao pódio. Aliás, essa é a nossa torcida

 

Estudos demonstram que a cada quatro chances de medalha, o país conquista uma. Então, se a delegação quer superar as 19 medalhas conquistadas nos Jogos do Rio, precisa chegar com quase 80 possibilidades de pódio.

 

Na Olimpíada do Rio, nosso Termômetro Olímpico tinha 60 nomes, mas não contava com Maicon Siqueira, no taekwondo. Ele já vinha se destacando em algumas competições, mas não colocamos naquela lista inicial. Na nossa projeção, foi a surpresa da seleção nos Jogos do Rio.

 

Acho que, para não cometermos injustiças, cabe aqui colocar alguns nomes que não analisamos por completo, mas que devem ser lembrados na briga por medalhas: Almir Cunha (Salto triplo), Gabriel Constantino (110m com barreiras), Caio Bonfim (marcha atlética), Nubia Soares (salto triplo), Thiago Braz (salto com vara), Fernanda Borges e Andressa Morais (lançamento do disco), revezamento 4x100m feminino, Wanderson Oliveira, Keno Marley e Jucielen Romeu (boxe), Henrique Avancini (ciclismo), Guilherme Toldo (esgrima), a seleção de futebol masculino, Francisco Barreto e Caio Souza (ginástica), a equipe de hipismo saltos, Daniel Cargnin, Maria Portela, Ketleyn Quadros e Larissa Pimenta (judô), Fernando Scheffer (200m livre) e os revezamentos 4x200m e 4x100m livre e 4x100m medley (natação), Lais Nunes e Aline Silva(wrestling), Silvana Lima (surfe), Isadora Pacheco, Dora Varella e Yndiara Asp (skate), Ícaro Miguel e Edival Pontes (taekwondo), Hugo Calderano (tênis de mesa), Marcelo Melo e Bruno Soares (tênis), Marcus D´Almeida (tiro com arco), Felipe Wu (tiro esportivo), Jorge Zarif (Classe Finn), Fernanda e Ana Luiza (classe 470), e Samuel e Gabriela (Classe Nacra 17)

 

CRÉDITOS

Design: Michel Lima

Desenvolvimento: Patrick Gomes - Rodolfo Mói

 

Fonte: https://interativos.globoesporte.globo.com/olimpiadas/termometro/termometro-olimpico - Por Guilherme Costa

quinta-feira, 8 de julho de 2021

Jogos Olímpicos de Tóquio serão sem espectadores por pandemia


"Não haverá espectadores" nas instalações dos Jogos Olímpicos de Tóquio (23 de julho a 8 de agosto), devido ao aumento do números de casos de coronavírus na capital japonesa - anunciou a ministra dos Jogos Olímpicos, Tamayo Marukawa, nesta quinta-feira.

 

"Chegamos a um acordo sobre que não haverá espectadores nas instalações em Tóquio", afirmou Marukawa, ao fim de uma reunião com todas as partes envolvidas nos Jogos, incluindo o Comitê Olímpico Internacional (COI).

 

A maior parte das instalações dos Jogos se encontra na capital japonesa, mas algumas provas serão em outros departamentos. Neles, também serão tomadas "medidas concretas", em coordenação com os organizadores, acrescentou Marukawa.

 

Estado de emergência por covid-19 ficará em vigor em Tóquio durante Jogos

Desde o início da pandemia, os Jogos de Tóquio são motivo de debate e um difícil quebra-cabeça para os organizadores.

 

"Acredito que podemos organizar os Jogos com total segurança, graças a estas medidas", disse mais cedo o premiê Yoshihide Suga.

 

Fonte: https://www.gazetaesportiva.com/olimpiadas/jogos-olimpicos-de-toquio-serao-sem-espectadores-por-pandemia/ - AFP - São Paulo,SP

terça-feira, 24 de março de 2020

Olimpíadas e Paralimpíadas de Tóquio são oficialmente adiadas para 2021


Em nota divulgada nesta terça-feira, após conferência entre Thomas Bach e Shinzo Abe, Primeiro-Ministro do Japão, evento foi oficialmente adiado para acontecer, no mais tardar, no verão de 2021

As Olimpíadas e Paralimpíadas de Tóquio 2020 foram oficialmente adiadas pelo Comitê Olímpico Internacional (COI) nesta terça-feira por causa da pandemia de coronavírus. A decisão foi tomada após uma teleconferência entre Thomas Bach, presidente do COI, e Shinzo Abe, Primeiro-Ministro do Japão, para resguardar a segurança de atletas, técnicos e de todos que participariam diretamente ou indiretamente das competições. A nota oficial não informa uma nova data para as competições, mas diz que deverão ocorrer até o verão de 2021.

- Nas atuais circunstâncias, e com base nas informações fornecidas hoje pela OMS, o Presidente do COI e o Primeiro-Ministro do Japão concluíram que os Jogos da XXXII Olimpíada de Tóquio devem ser remarcados para uma data posterior a 2020, mas o mais tardar no verão de 2021, para proteger a saúde dos atletas, todos os envolvidos nos Jogos Olímpicos e na comunidade internacional - diz o comunicado do Comitê Olímpico Internacional divulgada nesta terça-feira.

O orçamento de todos os Jogos terá de ser revisto. O contrato com algumas das sedes esportivas também passará por uma renegociação. Há ainda a preocupação sobre como ficará a questão dos ingressos e devolução de dinheiro para quem não quiser mais ir aos Jogos. O evento, ainda que possa ser adiado para 2021, permanecerá com o mesmo nome: Tóquio 2020.

A pandemia de coronavírus já registrou mais de 390 mil casos e mais de 17 mil mortes por complicações da Covid-19 em todo o mundo. Um levantamento da universidade norte-americana Johns Hopkins apontou que até o último domingo, mais de 318 mil pessoas foram infectadas pelo novo coronavírus. A maior parte das mortes mundiais está concentrada na Itália, são mais de 5,4 mil até o momento. O país registrou no último sábado um aumento de quase 800 mortes em apenas um dia. A Itália tem mais de 59,1 mil infectados pelo vírus, atrás apenas da China, que desde o início do surto, em dezembro de 2019, acumulou mais de 81 mil casos de Covid-19.

Em sua 32ª edição, a previsão era de que 11 mil atletas, de pelo menos 204 países, disputassem os Jogos, distribuídos por 33 esportes. Se não bastasse esse contingente de pessoas, o COI e o Comitê Organizador do Japão tinha por estimativa que as provas recebessem até cinco milhões de espectadores de todo o mundo, nos 43 locais de disputas.

No total, 178 atletas brasileiros já estavam classificados para as Olimpíadas de Tóquio. A previsão do Comitê Olímpico do Brasil (COB) era a de que o número de representantes do país ficasse entre 250 e 300 competidores.

Confira a nota oficial de adiamento:

"O presidente do Comitê Olímpico Internacional (COI), Thomas Bach, e o primeiro-ministro do Japão, Shinzo Abe, realizaram uma conferência por telefone nesta manhã para discutir o ambiente de constantes mudanças com relação ao Covid-19 e as Olimpíadas de Tóquio de 2020.

Estiveram juntos ainda Mori Yoshiro, presidente do Comitê Organizador de Tóquio 2020; o ministro olímpico, Hashimoto Seiko; o governador de Tóquio, Koike Yuriko; o presidente da Comissão de Coordenação do COI, John Coates; Diretor Geral do COI, Christophe De Kepper; e o diretor executivo dos Jogos Olímpicos do COI, Christophe Dubi.

Bach e Abe expressaram sua preocupação em comum com a pandemia mundial do Covid-19 e o que isso está fazendo na vida das pessoas e com o impacto significativo que está causando nos preparativos dos atletas em todo o mundo para os Jogos.

Em uma reunião muito amigável e construtiva, os dois líderes elogiaram o trabalho do Comitê Organizador de Tóquio 2020 e observaram o grande progresso que está sendo feito no Japão para lutar contra o Covid-19.

O presidente do Comitê Olímpico Internacional (COI), Thomas Bach, e o primeiro-ministro do Japão, Shinzo Abe, realizaram uma conferência por telefone nesta manhã para discutir o ambiente de constantes mudanças com relação ao Covid-19 e as Olimpíadas de Tóquio de 2020.

Estiveram juntos ainda Mori Yoshiro, presidente do Comitê Organizador de Tóquio 2020; o ministro olímpico, Hashimoto Seiko; o governador de Tóquio, Koike Yuriko; o presidente da Comissão de Coordenação do COI, John Coates; Diretor Geral do COI, Christophe De Kepper; e o diretor executivo dos Jogos Olímpicos do COI, Christophe Dubi.

Bach e Abe expressaram sua preocupação em comum com a pandemia mundial do Covid-19 e o que isso está fazendo na vida das pessoas e com o impacto significativo que está causando nos preparativos dos atletas em todo o mundo para os Jogos.

Em uma reunião muito amigável e construtiva, os dois líderes elogiaram o trabalho do Comitê Organizador de Tóquio 2020 e observaram o grande progresso que está sendo feito no Japão para lutar contra o Covid-19.

A propagação sem precedentes e imprevisível do surto viu a situação no resto do mundo se deteriorar. Ontem, o diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, disse que a pandemia do COVID-19 está "acelerando". Atualmente, existem mais de 375.000 casos registrados em todo o mundo e em quase todos os países, e seu número está aumentando a cada hora.

Nas atuais circunstâncias, e com base nas informações fornecidas hoje pela OMS, o Presidente do COI e o Primeiro-Ministro do Japão concluíram que as Olimpíadas de Tóquio devem ser remarcadas para uma data posterior a 2020, mas não depois do verão de 2021, para proteger a saúde dos atletas, todos os envolvidos nos Jogos Olímpicos e a comunidade internacional.

Os líderes concordaram que os Jogos Olímpicos de Tóquio poderiam ser um farol de esperança para o mundo durante esses tempos difíceis e que a chama olímpica poderia se tornar a luz no fim do túnel em que o mundo se encontra atualmente. Portanto, foi acordado que a chama olímpica permanecerá no Japão. Também foi acordado que os Jogos manterão o nome de Jogos Olímpicos e Paralímpicos Tóquio 2020".

Do lucro ao prejuízo
Antes do seu adiamento, os Jogos de Tóquio eram apontados como os mais lucrativos da história. Agora, a previsão é a de que haja um impacto negativo no Produto Interno Bruto (PIB) do país em 1,4%. Somente em contratos celebrados com patrocinadores, o Japão arrecadou a impressionante cifra de US$ 3,1 bilhões (R$ 15,5 bilhões), ao estabelecer parcerias com 65 empresas. Esse valor supera em três vezes o recorde anterior, que era dos Jogos de Londres 2012. O orçamento, agora, porém, terá de ser revisto. O contrato com algumas das sedes esportivas também passará por uma renegociação.

Com a venda de ingressos, a previsão era a de arrecadar US$ 800 milhões (R$ 4 bilhões). Para se ter uma ideia do sucesso da comercialização das entradas, os Jogos Rio 2016 chegaram ao total de R$ 1,2 bilhão.

As Olimpíadas japonesas já tinham consumido um total de US$ 18,2 bilhões (R$ 91 bilhões). Deste montante, US$ 5,6 bilhões (R$ 28 bilhões) foram usados pelo Comitê Organizador e US$ 12,6 bilhões (R$ 63 bilhões) aplicados nas obras de infraestrutura e construção das instalações esportivas.

Com a não realização dos Jogos na data prevista, o Japão começará a contabilizar os prejuízos. Em um primeiro momento, o principal deles se refere ao turismo, que foi apontado por especialistas Nomura Holdings, empresa de serviços financeiros e que patrocina as Olimpíadas de Tóquio.

Sem os Jogos, o Japão deixa de arrecadar US$ 2,2 bilhões (R$ 11 bilhões) somente com receitas previstas para gastos estrangeiros. O governo japonês estimou que 600 mil turistas estariam no país durante a realização das Olimpíadas.

A perspectiva da Nomura Holdings é que não realização do evento faça com que o Produto Interno Bruto (PIB) do país sofra uma retração de até 1,4%. Os números são semelhantes a que técnicos do governo têm trabalhado extraoficialmente.

O cancelamento dos Jogos significaria um prejuízo de US$ 66 bilhões (R$ 330 bilhões), que equivalem a 1,4% do PIB japonês.

Para organizar os Jogos de Tóquio, os japoneses construíram oito instalações permanentes, dez temporárias, além de terem reformado outras 25, como o Estádio Olímpico e o Ginásio Nacional de Yoyog, que foram utilizados em 1964, na primeira vez em que as Olimpíadas foram realizadas no país.

COI não resistiu à pressão
No início da pandemia de coronavírus, o COI se recusou a cogitar a possibilidade de cancelamento ou adiamento das Olimpíadas de Tóquio. Ao mesmo tempo em que a epidemia se alastrou pelo mundo, o presidente da entidade máxima do desporto olímpico, o alemão Thomas Bach, se esquivou das perguntas feitas sobre o futuro das competições.

Mas no início de março, em todo o mundo se intensificaram os cancelamentos das competições esportivas, classificatórias ou não para as Olimpíadas de Tóquio. E esse fato levou o COI a emitir uma nota oficial em 3 de março e, no dia seguinte, Bach teve de fazer um pronunciamento e reafirmar a realização dos Jogos.

Com a classificação a Tóquio 2020 prejudicada, por causa das provas canceladas, o COI convocou uma reunião no dia 17 de março com as federações esportivas para discutir o futuro das Olimpíadas. Ao término do encontro, Bach informou que a decisão que os Jogos estavam mantidos.

Ante a crescente pandemia de coronavírus, a decisão desagradou à comunidade esportiva. E, no dia seguinte ao anúncio, pela primeira, vez, atletas e Comitês Olímpicos Nacionais começaram a pedir pelo cancelamento ou adiamento dos Jogos.

- Não é sobre como as coisas serão em quatro meses. É sobre como as coisas estão agora. O COI está querendo que a gente se mantenha arriscando nossa saúde, a saúde da nossa família e a saúde pública treinando todos os dias? Estão nos colocando em perigo agora, hoje, não em quatro meses - escreveu a atual campeã olímpica do salto com vara, a grega Katerina Stefanidi, em um perfil de rede social.

Em uma videoconferência com outros presidentes de Comitês Olímpicos Nacionais, o comitê espanhol pediu pelo adiamento das Olimpíadas. O presidente da entidade Alejandro Blanco lembrou que a Espanha é um dos países mais afetados pela pandemia de coronavírus e, por isso, teme que seus esportistas participem da competição em situação de desigualdade.

E até os membros do COI passaram a pedir pelo cancelamento dos Jogos. Integrante da Comissão de Atletas do COI, a canadense Hayley Wickenheiser, tetracampeã olímpica de hóquei no gelo, classificou como irresponsável a decisão de não adiar os Jogos, diante do avanço do coronavírus no mundo.

Na tentativa de conter o inconformismo dos atletas, ainda no dia 18 de março, o presidente do COI realizou uma reunião por videoconferência com 220 atletas classificados para Tóquio. Ao término da reunião, ele se mostrou satisfeito com o resultado.

- Todos perceberam que ainda temos mais quatro meses pela frente. Há muitas perguntas a serem respondidas sobre as restrições e dificuldades do sistema de classificação - disse, na ocasião, Bach.

A pressão por um adiamento cresceu a partir do dia 20 de março, quando dirigentes esportivos da Itália fizeram coro aos atletas se posicionando contra a realização dos Jogos em julho. No Brasil, o Comitê Paralímpico (CPB) foi a primeira instituição do país a pedir o adiamento. No dia 21 de março, foi a vez de o Comitê Olímpico do Brasil (COB) defender o adiamento e foi seguido por diversas confederações esportivas nacionais. Reforçaram os pedidos entidades dos Estados Unidos, o Comitê Olímpico da Colômbia, da Noruega, da Austrália e de diversos países. Mas foi o Canadá que fez a pressão mais forte, ameaçando não enviar atletas aos Jogos caso mantivesse a programação inicial.

O COI reagiu com uma mudança de tom. Antes não havia data-limite para definir sobre adiar ou não as Olimpíadas. No dia 22 de março, o COI estabeleceu um prazo de quatro semanas para tomar uma decisão.

Fonte: https://globoesporte.globo.com/rj/olimpiadas/noticia/olimpiadas-e-paralimpiadas-de-toquio-2020-sao-adiadas.ghtml  - Por GloboEsporte.com — Tóquio, Japão - Foto: Athit Perawongmetha/Reuters