sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Envelhecer bem


Novo caminho para envelhecer bem

Descoberta de uma enzima que afeta a produção de placas no cérebro pode indicar um caminho para tratar o mal de Alzheimer, que afeta milhões de pessoas no mundo.

A doença de Alzheimer é uma das principais ameaças a uma velhice saudável. Ela provoca a perda de memória e da capacidade de cognição e afeta principalmente pessoas a partir dos 60 anos de idade.

Há mais de um século o mal de Alzheimer desafia a ciência. Sua primeira descrição foi feita em 1906 pelo alemão Alois Alzheimer (1864-1915), a partir do grave quadro de demência que encontrou na paciente Auguste Deter, em 1901, e acompanhou até sua morte, aos 56 anos, em 1906.

Hoje, estima-se que mais de 20 milhões de pessoas sejam vitimadas pelo mal, que afeta sobretudo indivíduos com mais de 60 anos - um universo cada vez maior de pessoas, num mundo em que a expectativa de é vida crescente. A Organização Mundial de Saúde (OMS) prevê aumento de 66% na ocorrência de Alzheimer e outras formas demência até 2030, em comparação aos números de 2005.

Pesquisadores descobriram proteína ligada à produção do beta-amiloide no cérebro, elemento-chave para o mal de Alzheimer.
Pesquisas incansáveis buscam entender a doença, que ataca a capacidade cognitiva e causa a degeneração progressiva da memória. Agora, uma pesquisa publicada pela Nature nesta semana aponta um caminho promissor para se chegar a uma saída.

Pesquisadores norte-americanos descobriram uma nova proteína que está diretamente ligada à produção nociva do beta-amiloide no cérebro, um elemento-chave para o mal de Alzheimer.

O acúmulo do beta-amiloide, um segmento de proteína, é considerado um dos principais fatores associados à doença, compondo as placas senis que se formam no cérebro das vítimas da doença.

Um dos líderes da pesquisa, Paul Greengard, do Laboratório de Neurociência Molecular e Celular na Universidade Rockefeller, em Nova York, conta que já foram feitas muitas tentativas para reduzir a sua formação no passado. Mas a tarefa não é simples:

"Geralmente se procura conter sua produção a partir da inibição da gama-secretase, que é a enzima responsável pela produção do beta-amiloide", explica ele à CH On-line. "Porém, essas tentativas tiveram pouco sucesso, em parte porque a inibição de gama-secretase pode levar a efeitos colaterais graves, incluindo sangramento gastrointestinal e câncer de pele."

Inibição parcial

Explica-se: o beta-amiloide é um segmento proteico formado a partir da quebra (ou clivagem) de uma proteína transmembrana conhecida como APP. A quebra é feita por uma enzima - gama-secretase. Inibir esta enzima, assim, poderia impedir a produção indesejável do segmento proteico. Porém, a mesma enzima é indispensável para o desenvolvimento e equilíbrio do organismo, explica Greengard.

"A gama-secretase converte muitas proteínas precursoras em moléculas ativas que têm papel fundamental para manter o nosso sistema imunológico, o trato digestivo e para inibir o desenvolvimento do câncer", diz o neurocientista, um dos vencedores do Nobel de Medicina ou Fisiologia em 2000.

Índices do beta-amiloide e desenvolvimento de placas ligadas ao Alzheimer diminuíram no cérebro de camundongos
E se fosse possível inibir a gama-secretase de forma seletiva, mirando apenas na formação do beta-amiloide? Foi mais ou menos esse efeito que os pesquisadores conseguiram obter a partir da nova enzima que descobriram, a GSAP - sigla em inglês para 'proteína ativadora de gama-secretase'.

A inibição da GSAP foi testada em camundongos, que tiveram o gene para a enzima silenciado. Passados seis meses, os pesquisadores verificaram que os índices do beta-amiloide no cérebro dos animais haviam diminuído significativamente (em torno de 40%), assim como o desenvolvimento das placas ligadas ao Alzheimer.

"Como a GSAP se mostrou muito seletiva em relação à formação do beta-amiloide sem influenciar outras funções da gama-secretase, ela oferece, potencialmente, uma abordagem muito mais segura para tratar a doença", considera Greengard. "Ainda há muito a fazer antes de testar seu efeito em humanos, mas estamos otimistas em função de seu mecanismo seletivo."

Remédio contra câncer

Os pesquisadores chegaram à nova enzima ao estudar os efeitos de um medicamento usado contra determinados tipos de câncer, o imatinib (conhecido como Gleevec, seu nome comercial). Em 2003, eles descobriram que o fármaco reduzia significativamente a produção do beta-amiloide, mas o mecanismo para tal era desconhecido.

"Agora, demonstramos que a GSAP é a proteína sobre a qual o medicamento influi para reduzir o beta-amiloide e a formação de placas. Assim, a enzima oferece um alvo terapêutico novo e imediato para o tratamento do mal de Alzheimer", ressalta.

"Estamos confiantes de que este novo caminho pode levar a tratamentos bem-sucedidos para essa doença intratável e importante"
Há, porém, uma barreira imposta pelo próprio organismo a se superar: o medicamento não consegue ultrapassar a barreira hematoencefálica, a fronteira que 'filtra' as substâncias químicas presentes no sangue antes de chegarem ao sistema nervoso central.

Segundo Greengard, a equipe está procurando desenvolver derivados relacionados à droga que possam entrar no cérebro e reduzir a formação do beta-amiloide com eficácia. Outra opção, aponta, será silenciar o gene da GSAP para prevenir a produção de placas do beta-amiloide no cérebro.

Antes disso, porém, é preciso conhecer melhor os papeis desta enzima, sobre a qual pouco se sabe. "Temos que avaliar a fundo suas funções fisiológicas antes de adotar uma solução como esta", diz Greengard. "Ainda há um longo caminho para que as nossas descobertas se traduzam em práticas clínicas. Porém, estamos confiantes de que este novo caminho pode levar a tratamentos bem-sucedidos para essa doença intratável e importante", destaca.

Júlia Dias Carneiro
Ciência Hoje On-line

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Eleições: frases para reflexão


“A corrupção é como uma bola de neve: uma vez posta a rolar, fatalmente cresce.” Charles Caleb Colton

“Roubou, mas fez........fome. Contra a corrupção use esta arma: o voto.” Organização Transparência Internacional

"O que mais preocupa não é nem o grito dos violentos, dos corruptos, dos desonestos, dos sem-caráter, dos sem-ética. O que mais preocupa é o silêncio dos bons." Luther King

“Onde se acham em ação forças morais, é nosso dever fortalecê-las.” Stefan Zweig

“Todas as virtudes estão compreendidas na justiça: se és justo, és um homem de bem.” Teognis de Megara

"O melhor livro de moral é a nossa consciência. Temos que consultá-lo muito frequentemente." Blaise Pascal

“A coisa que mais odeio é a hipocrisia. É a mentira da mentira.” Tim Maia

“Nada pode ser politicamente certo se for moralmente errado.” Daniel O’Connel

“A cidadania não é atitude passiva, mas ação permanente, em favor da comunidade.” Tancredo Neves.

“O papel da Igreja, nas eleições, é ensinar o povo a pensar.” Dom Jayme Chemello

“O único progresso verdadeiro é o progresso moral.” José Saramago.

“Há duas liberdades: a falsa, em que o homem é livre para fazer o quiser; e a verdadeira, em que é livre para fazer o que deve.” Autor desconhecido

“Três coisas precisam os homens: prudência no ânimo, silêncio na língua e vergonha na cara.” Sócrates

“Perdoando demais a quem falhou, faz-se injustiça a quem não falha.” Baldassare Castiglione

“De todas as doenças do espírito humano, a fúria de dominar é a mais terrível.” Voltaire

“Devia existir uma lei que obrigasse político e família de político a só estudar em escola pública e só se tratar em hospital público. Eu não dava um ano pra estar tudo uma maravilha.” Taxista Anônimo.

"Todos aqueles, cuja alma é sufocada pela soberba e a arrogância, sempre estão fazendo se identificar também pela ingratidão, um dos mais baixos sentimentos que assolam a humanidade' Ivan Teorilang.

“Considero a honestidade e a integridade valores muito importantes e que devem ser mantidos e promovidos. Lembro que, para o meu pai, que completou apenas a quinta série, um aperto de mão era tão importante quanto um contrato assinado”. Irmã Annella, freira da Ordem Beneditina.

"O esquecimento é o adubo que nutre a impunidade”. Wesley E. Hayas.

“Eu espero que eu sempre possua firmeza e virtude suficientes para manter o que eu considero o mais invejável de todos os títulos, o caráter de um homem honesto”. George Washington.

"Quando dava pão aos pobres era chamado de Santo, quando perguntei por que os pobres não tinham pão, fui chamado de comunista" (Dom Helder Câmara)

“O ilícito não adquire legitimidade graças ao simples decurso de tempo.” Miguel Reale

“A omissão de quem pode e não auxilia o povo, é comparável a um crime que se pratica contra a comunidade inteira. Tenho visto muitos espíritos dos que foram homens públicos na terra em lastimável situação na vida Espiritual.” Chico Xavier

“A corrupção tem efeitos destrutivos. Abala as instituições, corrói a ética, desvirtua a justiça, impede o desenvolvimento econômico/social sustentável e enfraquece a vigência da lei.” Carlos Steger

“O que se promete sem cumprir é recebido como afronta pelo superior, injustiça pelo igual e tirania pelo inferior; que a língua não ofereça o que não se sabe se pode ser cumprido.” Diego de Saavedra Fajardo.

“Voto não tem preço, tem consequência, não venda sua consciência.” Autor desconhecido

“Uma sociedade só é democrática quando ninguém for tão rico que possa comprar alguém e ninguém seja tão pobre que tenha de se vender a alguém.” Jacques Rousseau

“O maior inimigo de um governo é um povo culto.” Jô Soares

“No dia em que o povo acordar os governantes não conseguirão dormir.” Autor desconhecido

“Um povo consciente é o maior medo de um governo mal intencionado.” Autor desconhecido

“Você tem a responsabilidade e uma missão importante, colocar na urna não só o voto pessoal, mas a consciência de que ele tem consequências para a sua vida e o futuro da cidade.” Autor desconhecido

"O verdadeiro cristão não vota em político corrupto e ladrão." José Costa

“Um povo que elege corruptos não é vítima, é cúmplice.” Autor desconhecido

‎"Nada mais cretino e mais cretinizante do que a paixão política. É a única paixão sem grandeza, a única que é capaz de imbecilizar o homem." Nelson Rodrigues

"A maioria dos políticos e partidos é farinha do mesmo saco, eles não não têm compromisso com a população." José Costa

“Dê uma cara nova para o futuro do seu município. Vote limpo.” TSE

Por Professor José Costa

Como o cérebro mede o Tempo?


O cérebro humano mede o tempo por meio da observação dos movimentos.

Se alguém colocar você dentro de uma sala branca vazia, sem nenhuma mobília, sem portas ou janelas, sem relógio... você começará a perder a noção do tempo.

Por alguns dias, sua mente detectará a passagem do tempo sentindo as reações internas do seu corpo, incluindo os batimentos cardíacos, ciclos de sono, fome, sede e pressão sanguínea.

Isso acontece porque nossa noção de passagem do tempo deriva do movimento dos objetos, pessoas, sinais naturais e da repetição de eventos cíclicos, como o nascer e o pôr do sol.

Compreendido este ponto, há outra coisa que você tem que considerar:

Nosso cérebro é extremamente otimizado.

Ele evita fazer duas vezes o mesmo trabalho.

Um adulto médio tem entre 40 e 60 mil pensamentos por dia.

Qualquer um de nós ficaria louco se o cérebro tivesse que processar conscientemente tal quantidade.

Por isso, a maior parte destes pensamentos é automatizada e não aparece no índice de eventos do dia e portanto, quando você vive uma experiência pela primeira vez, ele dedica muitos recursos para compreender o que está acontecendo.

É quando você se sente mais vivo.

Conforme a mesma experiência vai se repetindo, ele vai simplesmente colocando suas reações no modo automático e 'apagando' as experiências duplicadas.

Se você entendeu estes dois pontos, já vai compreender porque parece que o tempo acelera, quando ficamos mais velhos e porque os Natais chegam cada vez mais rapidamente.

Quando começamos a dirigir automóveis, tudo parece muito complicado, nossa atenção parece ser requisitada ao máximo.

Então, um dia dirigimos trocando de marcha, olhando os semáforos, lendo os sinais ou até falando ao celular ao mesmo tempo.

Como acontece?

Simples: o cérebro já sabe o que está escrito nas placas (você não lê com os olhos, mas com a imagem anterior, na mente); O cérebro já sabe qual marcha trocar (ele simplesmente pega suas experiências passadas e usa, no lugar de repetir realmente a experiência).

Em outras palavras, você não vivenciou aquela experiência, pelo menos para a mente. Aqueles críticos segundos de troca de marcha, leitura de placa...
São apagados de sua noção de passagem do tempo...

Quando você começa a repetir algo exatamente igual, a mente apaga a experiência repetida.

Conforme envelhecemos, as coisas começam a se repetir - as mesmas ruas, pessoas, problemas, desafios, programas de televisão, reclamações... enfim... as experiências novas (aquelas que fazem a mente parar e pensar de verdade, fazendo com que seu dia pareça ter sido longo e cheio de novidades), vão diminuindo.

Até que tanta coisa se repete que fica difícil dizer o que tivemos de novidade na semana, no ano ou, para algumas pessoas, na década.

Em outras palavras, o que faz o tempo parecer que acelera é a...

ROTINA

Não me entenda mal.

A rotina é essencial para a vida e otimiza muita coisa, mas a maioria das pessoas ama tanto a rotina que, ao longo da vida, seu diário acaba sendo um livro de um só capítulo, repetido todos os anos.

Felizmente há um antídoto para a aceleração do tempo: M & M (Mude e Marque).

Mude, fazendo algo diferente e marque, fazendo um ritual, uma festa ou registros com fotos..

Mude de paisagem, tire férias com a família (sugiro que você tire férias sempre e, preferencialmente, para um lugar quente, um ano, e frio no seguinte) e marque com fotos, cartões postais e cartas.

Tenha filhos (eles destroem a rotina) e sempre faça festas de aniversário para eles, e para você (marcando o evento e diferenciando o dia).

Use e abuse dos rituais para tornar momentos especiais diferentes de momentos usuais.

Faça festas de noivado, casamento, 15 anos, bodas disso ou daquilo, bota-foras, participe do aniversário de formatura de sua turma, visite parentes distantes, entre na universidade com 60 anos, troque a cor do cabelo, deixe a barba, tire a barba, compre enfeites diferentes no Natal, vá a shows, cozinhe uma receita nova, tirada de um livro novo.

Escolha roupas diferentes, não pinte a casa da mesma cor, faça diferente.

Beije diferente sua paixão e viva com ela momentos diferentes.

Vá a mercados diferentes, leia livros diferentes, busque experiências diferentes.

Seja diferente.

Se você tiver dinheiro, especialmente se já estiver aposentado, vá com seu marido, esposa ou amigos para outras cidades ou países, veja outras culturas, visite museus estranhos, deguste pratos esquisitos..... em outras palavras.. V-I-V-A. !!!

Porque se você viver intensamente as diferenças, o tempo vai parecer mais longo.

E se tiver a sorte de estar casado(a) com alguém disposto(a) a viver e buscar coisas diferentes, seu livro será muito mais longo, muito mais interessante e muito mais v-i-v-o... do que a maioria dos livros da vida que existem por aí.

Cerque-se de amigos.

Amigos com gostos diferentes, vindos de lugares diferentes, com religiões diferentes e que gostam de comidas diferentes.

Enfim, acho que você já entendeu o recado, não é?

Boa sorte em suas experiências para expandir seu tempo, com qualidade, emoção, rituais e vida..

ESCREVA em tAmaNhos diFeRenTes e em CorES di f E rEn tEs!

CRIE, RECORTE, PINTE, RASGUE, MOLHE, DOBRE, PICOTE, INVENTE, REINVENTE.... VIVA!!!!!!!!

Fonte: UOL

Risco cardíaco é 60% maior para quem trabalha em excesso


O problema não é a carga horária, e sim o estresse, o sedentarismo e os maus hábitos

Quem trabalha de três a quatro horas a mais do que as oito regulamentares aumenta em 60% as chances de desenvolver doenças coronárias, em relação aos que batem o cartão na hora certa.

Esses profissionais estariam mais suscetíveis a sofrer de obstrução das artérias coronárias, desencadeando angina (dor no peito devido ao entupimento) e até infarto.
Os dados são de uma pesquisa publicada no "European Heart Journal", que seguiu 6.000 britânicos de meia-idade por 11 anos.

Segundo Luiz Antonio Machado Cesar, presidente da Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo, o que está por trás do resultado não é o trabalho em si, mas os fatores de risco que cercam quem trabalha demais.

"Essas pessoas são mais estressadas e têm menos tempo para praticar atividades físicas, se alimentar melhor e dormir melhor."

O cardiologista Hélio Castello, do hospital Bandeirantes, comenta: "A pressão arterial de quem trabalha demais tende a ser mais elevada, já que a pressão é maior em situações de alerta".

PREVENÇÃO
Se não dá para reduzir as horas de trabalho, Roberto Kalil Filho, diretor do centro de cardiologia do Hospital Sírio-Libanês, recomenda uma dieta balanceada, uma hora diária de exercícios e exames periódicos.

"Há sempre um vácuo no dia em que as pessoas fazem coisas supérfluas e que poderia ser ocupado com exercícios", afirma. "O trabalho não mata ninguém. O que mata é não se cuidar."

Fonte: UOL - GUILHERME GENESTRETI

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Ter uma religião ajuda a reduzir a ansiedade e melhora a imunidade


Espiritualidade implica menor prevalência de depressão, abuso de drogas e suicídio, além de melhor qualidade de vida, maior capacidade de lidar com a doença, menor mortalidade e tempo de internação. Estudos comprovam benefícios de práticas como ioga e meditação à saúde.

A tradição diz que a fé move montanhas. E, além disso, ajuda a reduzir a ansiedade, segundo estudo publicado recentemente pela revista Psychological Science, dirigido por Michael Inzlicht, psicólogo da Universidade de Toronto, no Canadá.

O especialista aplicou um teste denominado Stroop, que utiliza eletrodos para controlar a cognição e avaliar respostas cerebrais a determinados estímulos num grupo de voluntários. E os resultados mostraram que quanto maior o nível de religiosidade, menor a atividade do córtex cingular anterior, vinculado ao controle inconsciente do perigo e dos problemas. O achado foi batizado de Marcador Neural de Convicções Religiosas.

O médico Mario Peres, pesquisador sênior do Instituto Israelita de Ensino e Pesquisa do Hospital Albert Einstein, afirma que existem muitos estudos epidemiológicos que evidenciam os benefícios da fé, da espiritualidade ou religiosidade para doenças mentais, menor prevalência de depressão, abuso de drogas e suicídio, melhor qualidade de vida, maior capacidade de lidar com a doença, menor mortalidade e tempo de internação, e ainda melhor função imunológica.

“Como os dados recentes para o Brasil indicam que 92,6% da população possui uma religião, falar sobre o sentido do sofrimento, no contexto de um tratamento médico, é um novo paradigma que, se não colabora para a cura do paciente, lhe garante melhora da qualidade de vida”, diz o especialista.

“A medicina integrativa é uma abordagem medica que visa a cura, abordando a pessoa em seu todo, corpo, mente e espírito, enfatizando as relações terapêuticas entre médico e paciente”, explica o médico Paulo de Tarso Lima, coordenador do Setor de medicina Integrativa e Complementar do Programa Integrado de Oncologia do Hospital Israelita Albert Einstein.

“Na prática, há um compromisso de comunicação entre o grupo de terapeutas envolvidos no tratamento, sem perder de vista a ideia de que a saúde do paciente não depende só desses profissionais”. “A meta comum deve ser estimular o autocuidado como valor para a vida, pois curar-se é também a capacidade de transcender a experiência do sofrimento”, conclui Lima.

Cristina Almeida - UOL Ciência e Saúde