A realização semestral de uma avaliação médica e física
antes de começar uma rotina de exercícios é medida de segurança para alunos e
lei para as academias em vários estados do país. Ainda assim, muita gente pula
essa etapa, que não só protege a saúde como faz a ginástica render mais. Na
prática, um atestado com a assinatura de um profissional de qualquer
especialidade libera você para começar a malhar. "Mas, para descobrir
problemas que podem limitar a atividade e verificar se o estilo de vida da
aluna combina a aula que ela pretende fazer, o ideal é consultar um
cardiologista ou médico do esporte e fazer testes completos", fala Giovani
Cunha, especialista em fisiologia do exercício do Rio Grande do Sul. Conheça as
fases de uma avaliação ideal e veja por que vale a pena passar por elas.
Teste ergométrico
O objetivo é avaliar o consumo máximo de oxigênio e monitorar como o corpo se comporta em diferentes graus de esforço correndo na esteira ou pedalando por um determinado período. Daí, o professor pode indicar seu potencial de treinamento. O resultado ajuda a identificar patologias cardíacas que podem até levar a infarto em atividade de alta intensidade. Pode ser feita na academia, mas poucas contam com recursos para oferecer uma avaliação precisa, então, o melhor é ir a um laboratório especializado. Nessa fase, também pode ser realizado um eletrocardiograma, que avalia o ritmo e possíveis anomalias no coração.
Composição corporal
Beliscar as dobras de gordura na barriga, cintura e braços com o adipômetro (aquela espécie de pinça grande) serve para medir a porcentagem de gordura e músculos que compõem o peso como aparece na balança. A mesma avaliação pode ser feita com métodos mais modernos, como ultrassom, mas que apenas poucas academias oferecem. Com base nos resultados, o profissional consegue avaliar a força muscular do aluno e planejar o treinamento de olho no objetivo individual - diminuir gordura ou aumentar massa muscular, por exemplo.
Postura
Checar o alinhamento das costas e a existência de desvios posturais é importante na hora de prescrever o tipo, o volume e a intensidade do exercício a fim de evitar dores e lesões, além de trabalhar para corrigir a postura.
Flexibilidade
"É essencial para avaliar a capacidade de alongamento e se há algum músculo com encurtamento", fala o ortopedista Moisés Cohen, chefe do Departamento de Ortopedia e Traumatologia da Unifesp. Sabendo disso, é possível prescrever o tipo de exercício e carga ideal para melhorar o alongamento ou evitar esforço exagerado, que levaria a lesão em músculos, tendões e cartilagem.
Fonte: http://boaforma.abril.com.br/fitness/todos-os-treinos/liberada-treinar-703539.shtml
- Por Marcia di Domenico | Fotos iStockphoto