Baixa autoestima e falta de confiança são
sentimentos que podem atrapalhar muito a vida das pessoas.
Indivíduos que se sentem frequentemente inúteis
também podem se sentir pouco amados, pouco queridos e incompetentes.
Além disso, baixa autoestima já foi diretamente
ligada a agressão, distúrbios de humor como ansiedade e depressão, distúrbios
de alimentação, comportamento criminoso e baixa qualidade de vida.
Por fim, de acordo com pesquisas realizadas por
Morris Rosenberg e Timothy J. Owens, pessoas com baixa autoestima tendem a ser
hipersensíveis ao mundo ao redor delas, o que pode engatilhar uma depressão
profunda a partir de eventos únicos que não desencadeariam a mesma resposta em
outros indivíduos.
Como descobrir se você possui baixa autoestima?
Será que você possui baixa autoestima? Abaixo,
confira uma lista de “sintomas” e veja se você se identifica com eles:
Ser incapaz de confiar em sua própria opinião,
sempre pensando que a opinião dos outros é melhor;
Nunca dar sua opinião ou se sentir confiante o
suficiente para compartilhar suas ideias;
Ter medo de aceitar desafios por pensar que não é
capaz de superá-los;
Pensar que irá falhar ou ser um fracasso caso não
complete algum objetivo, mesmo que irrealista;
Ser muito duro consigo mesmo, mas brando com os
outros, mesmo em situações similares à sua;
Ter ansiedade ou ataques de pânico, ou sentir-se
emocionalmente desgastado;
Ir a extremos (seja esforçar-se absurdamente e fazer
muito mais do que o necessário quanto nunca se esforçar e sempre fazer menos do
que o necessário);
Se jogar no trabalho para evitar a tensão e o medo
que vêm com situações mais sociais, como relacionamentos e amizades.
Como melhorar sua autoestima
Os resultados dos estudos sobre autoestima indicam
que esse sentimento é muito importante e pode prever o sucesso de uma pessoa na
educação e no trabalho, seu estilo de vida e sua saúde em geral.
Talvez você precise de ajuda profissional e, se este
for o caso, deve buscar o apoio de psicólogos ou psiquiatras.
No entanto, também pode aproveitar algumas dicas
científicas para tentar desenvolver mais confiança e níveis maiores de
autovalorização. Por exemplo:
Vista-bem e passe perfume
Estudos indicam a forma como você se veste, bem como
o seu cheiro, podem fazer a diferença na sua autoestima.
Uma pesquisa de 2015, por exemplo, analisou quais
cores estariam ligadas à confiança e concluiu que o preto era a mais votada no
que diz respeito à atratividade, Inteligência e confiança.
Já uma pesquisa de 2014 com 128 homens divididos em
três grupos (um vestido com terno, um vestido de forma casual e um vestido com
um conjunto de moletom) pediu que eles participassem de uma negociação simulada
na qual pediam um aumento de salário.
Os resultados indicaram que os homens de terno
pontuaram mais alto em termos de dominância, performance e confiança, o que os
levou a melhores habilidades de negociação na cena simulada.
Por fim, um estudo de 2009 da Universidade de
Liverpool (Reino Unido) concluiu que nosso cheiro pode ter um impacto na nossa
autoestima, além de afetar a forma como outras pessoas nos veem e nos tratam.
Em resumo: vista-se para o sucesso, e use perfume.
Escute música com muito baixo
Uma pesquisa de 2014 realizada pela Universidade
Northern (EUA) descobriu que o tipo de música que ouvimos pode afetar nossa
confiança em um nível subconsciente.
Por exemplo, canções com mais sons graves e bastante
baixo podem fazer você se sentir mais poderoso, dominante, determinado e
motivado.
Tire mais fotos, principalmente de si mesmo
Um estudo da Universidade da Califórnia em Irvine
(EUA) descobriu que tirar fotos de si mesmo ou se olhar no espelho pode
aumentar a autoestima.
Um grupo de 41 estudantes tirou três tipos de fotos
todos os dias: uma selfie, uma foto de algo que tornou seu dia feliz e uma foto
de algo que eles pensavam que faria outra pessoa feliz.
Todas tiveram efeitos positivos na autoestima dos
participantes, mas as selfies foram as mais associadas com maiores níveis de
autoestima.
Converse com si mesmo em terceira pessoa
Um estudo de 2014 publicado na revista científica
European Journal of Social Psychology descobriu que conversar consigo mesmo de
maneira positiva ajuda na autoestima.
No experimento, metade das pessoas conversaram
consigo mesmas em primeira pessoa, e metade em terceira pessoa (usando frases
como “você consegue!”).
As pessoas que falaram consigo mesmas em terceira
pessoa relataram os maiores níveis de motivação e confiança.
Os pesquisadores creem que isso ocorre porque o uso
de “você” lembra as pessoas de uma situação na qual estão recebendo conselho,
elogios e encorajamento a partir de outros além de si mesmas. Às vezes, a forma
como você espera que os outros te vejam importa para seus níveis de confiança.
Preste atenção em si mesmo e faça afirmações
positivas
Vale observar que autoconsciência e afirmações
positivas em primeira pessoa também ajudam.
A confiança pode vir de ser honesto consigo mesmo, o
que é difícil de alcançar quando estamos nos sentindo inúteis ou falhando em
ver qualidades em nós mesmos.
Um estudo que analisou os cérebros de pessoas
praticando autoafirmações positivas descobriu que áreas de autoprocessamento e
avaliação são ativadas, como o córtex pré-frontal medial, o córtex posterior, o
estriado ventral e o córtex pré-frontal medial ventral.
Esses resultados destacam os processos neurais
positivos que acontecem quando falamos de maneira positiva com nós mesmos (como
“eu consigo”, “eu posso”, “eu sou” etc). [BigThink]
Fonte: https://hypescience.com/como-desenvolver-confianca-quando-voce-se-sente-inutil-de-acordo-com-a-ciencia/
- Por Natasha Romanzoti