Médica explica como a dieta anti-inflamatória pode favorecer a saúde e ajudar a prevenir doenças
Uma dieta anti-inflamatória é uma proposta alimentar
que visa reduzir a inflamação crônica. A nutróloga Dra. Marianna Magri explica
que, quando estamos com o corpo inflamado, ocorrem várias alterações no nosso
organismo indicando que algo não está bem. Isso acaba reduzindo nossa qualidade
de vida. Alguns indícios de que possa haver uma inflamação no corpo são
irregularidades no intestino, oscilação de energia, excesso de oleosidade na
pele, que causam espinhas e, até mesmo, olheiras.
“A dieta anti-inflamatória não é um regime específico,
mas um estilo de alimentação. Em sua essência, […] tem como foco um cardápio
rico em gorduras saudáveis (azeite, nozes, amêndoas, abacate, peixes),
alimentos ricos em nutrientes (frutas, verduras e legumes), carboidratos com carga
glicêmica baixa, como tubérculos, e alimentos que vêm da terra, como mandioca,
batata-doce, abóbora cabotiá, ervas frescas e especiarias”, destaca a Dra.
Marianna Magri.
Influência dos hábitos alimentares
Estudos da Harvard Health Publishing indicam que os
hábitos alimentares são capazes de reforçar a condição de inflamação no corpo.
Desta forma, se você deseja reduzir ou prevenir a inflamação, consista sua
dieta em alimentos ricos em nutrientes que contenham antioxidantes.
“Sua alimentação anti-inflamatória deve fornecer um
equilíbrio saudável de proteína, carboidrato, gordura, vitaminas, minerais e
fibras, priorizando alimentos com propriedades anti-inflamatórias”, indica a
Dra. Marianna Magri.
Além disso, há alguns alimentos que não devem fazer
parte do cardápio, como:
Bebidas açucaradas: refrigerantes e sucos de frutas
adoçados;
Carboidratos refinados: pão, massa branca;
Sobremesas: biscoitos, doces, bolo e sorvete;
Carnes processadas: peito de peru, mortadela,
salsichas etc.;
Salgadinhos processados e biscoitos recheados;
Gorduras trans: alimentos com ingredientes
parcialmente hidrogenados;
Álcool: cerveja, gin, vodca etc.
Alimentos que não podem faltar na dieta
anti-inflamatória
A seguir, confira alguns alimentos que você pode
adicionar à sua dieta anti-inflamatória e confira como eles beneficiam o
organismo.
1. Uvas roxas
As uvas contêm resveratrol, composto vegetal com
propriedades anti-inflamatória e antioxidante. Além disso, podem ajudar a
diminuir o risco de várias patologias, incluindo doenças cardíacas, diabetes
tipo 2 e obesidade.
2. Frutas vermelhas
As frutas vermelhas, sejam elas mirtilos, morangos,
framboesas ou amoras, contêm vários micronutrientes essenciais, como fibras e
antioxidantes, com ação no combate a inflamações. “Elas não apenas reduzem a
inflamação existente, mas também preparam as células para responder melhor a
qualquer inflamação futura”, esclarece a Dra. Marianna Magri.
3. Ômega 3
Salmão e outros peixes gordurosos são ricos em ácidos
graxos ômega 3 (W3) DHA e EPA. As propriedades anti-inflamatórias do W3 se
destacam por seu papel na prevenção e no tratamento de condições como doença
arterial coronariana, diabetes, doenças inflamatórias intestinais, Alzheimer,
transtorno bipolar, esquizofrenia e fibrose cística. O W3 também se mostra
benéfico para doenças autoimunes, como lúpus, artrite reumatoide, diabetes
mellitus tipo 1, colite ulcerativa, psoríase e esclerose múltipla.
4. Cúrcuma
A cúrcuma, ou açafrão-da-terra, é uma saborosa especiaria
amarelo-laranja. Dentre seus componentes, chamados curcuminoides, o mais
importante é a curcumina. Não é tóxica e tem uma variedade de propriedades
terapêuticas, incluindo anti-inflamatória, antioxidante , antimicrobiana,
hepatoprotetora, imunoestimulante, antisséptica e analgésica.
5. Folhas verdes
Espinafre, couve, acelga e rúcula são ricos em
antioxidantes, vitaminas e nutrientes, incluindo ácido fólico, fibra, vitaminas
A, C, E e K. Vale lembrar que o aumento do consumo de frutas e vegetais tem sido
amplamente recomendado como um componente-chave de uma dieta saudável para
reduzir o risco de doenças crônicas importantes.
6. Abacate
Os abacates são fontes de gorduras saudáveis
(monoinsaturadas), que ajudam a reduzir o colesterol e a inflamação nas articulações.
Eles também contêm vitaminas K, C, E, manganês, selênio e zinco.
7. Tomates
Os tomates são fonte de licopeno, o pigmento que dá
aos frutos vermelhos e rosados, como tomate, melancia e morango, sua cor
característica. Trata-se de um nutriente com propriedades antioxidantes
associado a benefícios para a saúde, que vão desde a saúde do coração até a
proteção contra queimaduras solares.
8. Azeite de oliva extravirgem
O azeite contém aproximadamente 36 compostos
fenólicos, e é essa fração fenólica responsável pelos benefícios anti-inflamatórios,
antioxidantes e antimicrobianos. Os principais efeitos anti-inflamatórios do
azeite são mediados pelos antioxidantes. O principal deles se trata do
oleocanthal, que demonstrou atuar de forma semelhante ao ibuprofeno, um
medicamento anti-inflamatório.
9. Chia
As sementes de chia são conhecidas como um
superalimento. Elas oferecem todos os nove aminoácidos essenciais e, portanto,
são uma proteína vegetal de alta qualidade. Mais de 80% do teor de carboidratos
das sementes está na forma de fibra.
“Esta fibra pode ser fermentada no intestino, promovendo
a formação de ácidos graxos e melhorando a saúde do cólon. Outra característica
importante da chia é seu alto teor de ômega 3. Na verdade, a chia é a fonte
vegetal mais conhecida de W-3, ainda melhor que a semente de linhaça”, finaliza
a Dra. Marianna Magri.
Fonte: https://saude.ig.com.br/parceiros/edicase/2024-04-08/9-alimentos-que-ajudam-a-desinflamar-o-corpo.html
- Por Gabriela Dallo - Médica Marianna Magri - Imagem: denis_vermenko |
Shutterstock
“Não há nada escondido que não venha a ser revelado
nem oculto que não venha a ser conhecido. O que vocês disseram no escuro será
ouvido à luz do dia; o que sussurraram nos ouvidos dentro de casa será
proclamado dos telhados.” (Evangelho de Lucas 12:2).