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quarta-feira, 13 de julho de 2011
Orientação vocacional ajuda na hora de escolher uma profissão
Reflexão e autoconhecimento são essenciais para seguir uma carreira
A proximidade das inscrições dos vestibulares aumenta a ansiedade e preocupação de muitos jovens com a tomada de uma importante decisão que é a escolha de uma profissão.
E essa escolha não é fácil. O número de profissões cresce a cada ano, e o grau de complexidade e informações sobre elas também. Para termos uma idéia, no site do Guia do Estudante encontramos 220 profissões descritas, já o Catálogo Brasileiro de Ocupações (CBO) lista 2.422 diferentes tipos de profissões.
O aumento de cursos e profissões acompanha os avanços tecnológicos que surgem a cada minuto, as novas descobertas da ciência e as constantes mudanças do mercado de trabalho. Hoje o mercado exige um profissional cada vez mais preparado e decidido, e apenas o diploma não garante mais um bom emprego, o jovem precisa planejar sua carreira desde muito cedo.
Da mesma maneira, o jovem de hoje, que já nasceu conectado ao mundo tecnológico, busca também um ambiente profissional que seja semelhante ao que ele vivencia no dia a dia: veloz, dinâmico, global e com multi-atividades.
Porém com tantos estímulos disponíveis, perder o foco não é incomum. A ânsia pela rapidez pode levar também a decisões precipitadas, sem reflexão e análise mais detalhada das opções.
Mas como fazer uma boa escolha? O que considerar no momento de escolher?
Para realizarmos qualquer escolha, antes precisamos saber o que estamos buscando, o que nos agrada, do que somos capazes, e isso exige conhecer mais a nós mesmos. Só então, é possível selecionar as opções que mais tem haver conosco e buscar conhecer mais sobre essas opções. Mas só conhecer não basta precisamos também comparar, refletir, fazer previsões futuras, até mesmo usar a criatividade para identificar novas possibilidades.
Na escolha profissional a nossa experiência de vida também é importante. Segundo Silvio Bock (2002) a percepção que cada indivíduo tem das profissões é construída ao longo de toda a vida, com experiências diretas ou indiretas, por meio da influência da família, dos professores, dos meios de comunicação, da sociedade em geral, ou seja, essa percepção ocorre em um contexto sociocultural, que é interiorizado de forma particular por cada sujeito.
Com tantos nuances e aspectos envolvidos, não é a toa que a proximidade da conclusão do Ensino Médio desperte nos jovens um turbilhão de sentimentos, muitas vezes ambíguos, como satisfação, ansiedade, angústias, incertezas frente ao futuro e às consequentes rupturas com a instituição, com amigos etc. Um dos objetivos da Orientação Vocacional é ajudar o jovem a enfrentar essas angústias.
O trabalho de Orientação Vocacional não tem o papel de "adivinhar" a vocação de cada um, mas possibilitar ao adolescente conhecer mais sobre si, refletir sobre seus interesses, motivações, dificuldades e potencialidades, explorar as opções, elaborar as perdas e angústias que cada escolha suscita, de maneira a exercitar sua capacidade criativa e poder encontrar melhores posturas frente a situações de escolha.
Nesse processo insere-se também, a análise crítica do mercado de trabalho e das instituições educacionais que se encontram em constantes mudanças.
Referência Bibliográfica: BOCK, Silvio Duarte Orientação Profissional: a abordagem sócio-histórica. 2. ed. Cortez Editora, 2002.
Autora:Mayra Rodrigues Higuthi - Psicóloga (CRP: 06/77152) - Psicóloga clínica especialista na Abordagem Junguiana.
Fonte: Revista Minha Vida
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