Na estação, a temperatura e a umidade tendem a cair, o que proporciona o cenário perfeito para a proliferação de doenças respiratórias
O outono chegou e, com ele, alguns problemas de saúde
se tornam mais frequentes. Isso porque, com a queda das temperaturas e o clima
seco, a imunidade pode ficar mais frágil. Com isso, o organismo fica mais
vulnerável para algumas doenças, principalmente, alergias e síndromes
respiratórias, como gripes e resfriados.
O infectologista e diretor médico da Hilab, Dr.
Bernardo de Almeida, explica que o outono é um período de transição entre as
doenças mais prevalentes do verão e as do inverno. “Desta forma, vemos ainda
casos de arboviroses na fase final de sua onda sazonal e o início das doenças
respiratórias virais. Porém, há uma série de fatores a serem considerados”,
pontua.
O perfil epidemiológico do Brasil mudou
O especialista lembra que o Brasil é um país
continental, com regiões situadas em latitudes diferentes, que criam padrões
climáticos distintos. “Não podemos negligenciar também as mudanças climáticas
que fazem com que os patógenos se proliferem em ambientes onde não eram
endêmicos anteriormente. Por exemplo, o Rio Grande do Sul está vivenciando um
aumento nos casos de dengue sem precedentes”, destaca.
Outro aspecto que impacta é a introdução do SARS-CoV-2
ao rol dos vírus respiratórios em 2020, acrescenta o médico. Segundo ele, as
iniciativas adotadas para controlar a pandemia de Covid-19 acabou alterando
significativamente a epidemiologia de outras várias doenças infectocontagiosas.
“A redução das interações sociais – mais intensa entre
2020 e 2021 – também causou uma redução nos casos de influenza e vírus
sincicial respiratório. Por consequência, quando ocorreu a volta à normalidade,
entre 2021 e 2022, esses vírus encontraram um contexto maior de
susceptibilidade, provocando ondas epidemiológicas fora de época, como o surto
de influenza H3N2, cepa Darwin, que ocorreu em pleno verão”, justifica
Bernardo.
Ele esclarece ainda que esse padrão ocorreu com os
demais vírus respiratórios que causam resfriado, como o rinovírus. As
arboviroses também sofreram alterações no seu padrão, com ondas atípicas quanto
ao início, fim e intensidade.
Doenças respiratórias
As doenças respiratórias se tornam mais comuns no
outono por conta da queda na temperatura média, com as chegadas das primeiras
frentes frias do ano, associada à queda da umidade relativa do ar e redução do
índice pluviométrico, explica o infectologista.
“Há outras doenças típicas, não infecciosas, mas que
geram impacto devido à queda da umidade relativa que são agressivas às mucosas
e aumentam a incidência de alergias e intensificam os sintomas das infecções
respiratórias em geral. Há aumento na incidência de sinusite, por exemplo”,
acrescenta.
Prevenção
As arboviroses são mitigadas principalmente no
enfrentamento ao vetor, o Aedes Aegypti Portanto, a maneira de evitar a
contaminação é evitar que a água parada sirva de local para reprodução do
mosquito. “A redução das chuvas naturalmente são catalisadores positivos na
redução do índice de infestação do Aedes”, tranquiliza o médico — lembrando
que, com o fim do verão, é comum que as chuvas diminuam.
O infectologista aponta as principais formas de
prevenção:
Higienização das mãos;
Etiqueta da tosse (tecido ou braço à frente da boa
durante tosse ou espirro);
Uso de máscaras por sintomáticos respiratórios;
Manter o ambiente bem ventilado.
“Idealmente, deve ser realizado teste para afastar a
possibilidade de COVID-19 e influenza, que possuem maior impacto”, destaca.
Fonte: https://www.saudeemdia.com.br/noticias/doencas-respiratorias-sao-frequentes-no-outono-saiba-porque.phtml
- By Milena Vogado - Foto: Shutterstock
Ouve, Senhor, e tem misericórdia de mim; Senhor,
ajuda-me.” Você transformou meu lamento em dança; você removeu meu saco e me
vestiu de alegria. (Salmos 30: 10-11)