Farmacêutico explica como essa combinação pode ser perigosa para a saúde
Segundo dados deste ano da Organização Mundial da
Saúde (OMS), o consumo médio anual de álcool é de 6,4 litros por pessoa. O
Brasil apresenta um número acima da média internacional, com consumo de 8
litros por pessoa a cada ano. Ainda segundo estimativas, a época de fim de ano
e as comemorações podem elevar essa média de consumo. O alerta do farmacêutico
homeopata Jamar Tejada é referente à interação das bebidas alcoólicas com
variados tipos de medicamentos.
“Álcool e medicamentos são metabolizados,
biotransformados no fígado, e utilizam as mesmas enzimas nessa metabolização.
Por isso, além de sobrecarregar e debilitar o órgão, o efeito da medicação é
reduzido ou até anulado. O mesmo ainda acontece com a eliminação pela urina, em
bebidas como a cerveja, por exemplo, que têm efeito diurético e podem acelerar
a excreção de substâncias que deveriam permanecer mais tempo no organismo para
surtir o efeito desejado”, fala o farmacêutico.
Perigos de misturar remédio e álcool
Jamar Tejada alerta que a ingestão de álcool em excesso,
combinada com alguns medicamentos, pode colocar a saúde em risco. “As
intervenções negativas variam entre as medicações, mas, em geral, aumentam os
efeitos colaterais que podem causar sonolência, tonturas, náuseas, vômitos, dor
de cabeça, redução da coordenação motora, aumento do risco de danos hepáticos,
da pressão arterial e do ritmo cardíaco, além de diminuírem a adesão ao
tratamento prescrito, o que pode resultar na diminuição da eficácia do
medicamento”, explica o especialista.
E se engana quem pensa que só as medicações
controladas ou as consideradas “mais fortes” passam pelas intervenções. “Até os
remédios mais comumente ingeridos também têm seu efeito à prova quando são
consumidos com bebida alcoólica”, fala Jamar Tejada.
Medicamentos para não ingerir com álcool
A seguir, o farmacêutico homeopata Jamar Tejada lista
quais medicamentos podem ser perigosos ao misturar com álcool. Veja
1. Paracetamol
Podem aumentar o risco de hepatite medicamentosa e
causar grave inflamação no fígado.
2. Dipirona
Podem potencializar o efeito da bebida alcoólica.
3. Ácido acetilsalicílico
Eleva o risco de sangramentos no estômago, já que a
mistura irrita a mucosa estomacal.
4. Antibióticos
Pode causar dor de cabeça, náusea, palpitação,
hipotensão, dificuldade respiratória e até morte.
5. Anti-inflamatórios
Aumentam risco de úlcera gástrica e sangramentos.
6. Antidepressivos
Pode aumentar a sedação e ter a eficácia da medicação
diminuída.
7. Calmantes (ansiolíticos)
Aumenta o efeito sedativo, o risco de coma e pode
causar insuficiência respiratória.
8. Inibidores de apetite
Podem levar à tontura, vertigem, fraqueza, síncope e
confusão mental.
9. Insulina
Pode gerar hipoglicemia e inibir o metabolismo do
etanol no organismo.
10. Anticonvulsivantes
Causa risco de intoxicação e diminuição da eficácia
contra as crises de epilepsia.
Recomendações médicas
No contexto das festividades de fim de ano, em que o
consumo de bebidas alcoólicas tende a aumentar, surge uma preocupação vital
relacionada à saúde e ao uso de remédios. “Ler atentamente a bula e seguir as
orientações médicas e farmacêuticas antes de misturar bebida alcoólica é o que
vai garantir a eficácia e a segurança do medicamento e da saúde, de modo
geral”, finaliza Jamar Tejada.
Fonte: https://saude.ig.com.br/parceiros/edicase/2023-12-08/10-remedios-que-nao-podem-ser-misturados-com-alcool.html
- Por Mayra Barreto Cinel - Por EdiCase - Imagem: Pixel-Shot | Shutterstock
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