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quinta-feira, 21 de janeiro de 2016

Por que você faz dieta e não perde peso? 5 razões

Libby Weaver é uma especialista em saúde que estudou dietética e bioquímica na Universidade de Sydney, na Austrália.

No final dos anos 90, a sabedoria prevalecente quanto ao ganho e perda de peso era baseada somente em calorias. No entanto, logo quando Weaver começou a atender clientes, descobriu que somente se concentrar nas calorias nem sempre os ajudava a diminuir o número na balança.

Cada vez mais convencida de que havia poderosas razões por trás da perda de peso que iam muito além da ingestão de alimentos, Weaver se voltou para seus livros e descobriu fatores subjacentes que podem sabotar os esforços das pessoas.

No seu novo livro, “Accidentally Overweight: The 9 elements that will help solve your weight loss puzzle”, ela explica quais são esses fatores. Abaixo, você confere cinco deles.

1. Estresse
A ligação entre estresse e obesidade é cada vez mais confirmada na pesquisa científica. Para Weaver, é uma das principais razões pelas quais as pessoas não conseguem perder peso. Por exemplo, uma cliente sua que era corredora de maratona passou por tanto estresse que ganhou 5,5 kg. O que estava acontecendo?
“Quando estamos sob estresse constantemente produzimos adrenalina, que prepara nosso corpo para lutar ou fugir de um ataque”, diz Weaver. “O fornecimento de sangue é desviado de processos como digestão para os músculos, e faz com que o corpo use glicose, e não a gordura corporal como combustível”.
Quando o estresse é prolongado, o corpo começa a fazer outro hormônio chamado cortisol, que quebra músculos, o que por sua vez leva a um retardamento do metabolismo. Outros estudos descobriram que as pessoas com níveis elevados de cortisol tendem a ganhar peso na barriga.
Como combater o estresse, então? A especialista sugere gastar alguns minutos por dia fazendo uma pausa para relaxar e respirar corretamente. “A respiração diafragmática é melhor para reduzir os níveis de estresse, onde você respira lentamente. Tente fazer 20 destas uma vez por dia”, afirma.

2. Hormônios sexuais
Para muitas mulheres, na semana que antecede a menstruação, o ganho de peso não é novidade. Weaver conhece clientes que ganharam até 3 kg nessa fase, por conta da retenção de líquidos causada pelo aumento dos níveis de estrogênio. Níveis menores de progesterona tornam as coisas ainda piores. “Este hormônio é um agente antiansiedade e diurético que nos permite livrarmos do excesso de líquido”, diz Weaver. “Um estado de baixa progesterona pode levar a um desejo por açúcar, em um esforço para se acalmar, e também pode ter impacto na motivação para o exercício físico”.
Logo, se você tende a ter sintomas de retenção de líquidos, tais como inchaço na barriga, seios inchados ou ganho de peso, tente cortar o café e substitui-lo por chá de ervas durante quatro semanas para ver se os sintomas desaparecem. Acredita-se que substâncias chamadas metilxantinas em produtos à base de cafeína (mesmo depois de terem sido descafeinados) podem contribuir para os sintomas.

3. Níveis elevados de insulina
A insulina é o hormônio produzido no nosso pâncreas que ajuda o corpo a transformar os açúcares dos alimentos em combustível para as células do nosso corpo. Ele transporta a glicose primeiro para o fígado e, em seguida, para os músculos onde é armazenada como glicogênio para ser utilizada como energia. Se há algum excesso, este é armazenado como gordura.
Comer alimentos ricos em carboidratos refinados e açúcares pode levar a excesso de insulina. Adrenalina também causa picos de açúcar no sangue. “Se você não tiver comido por um tempo e estiver sentado em sua mesa e receber 16 e-mails sobre uma crise inesperada no trabalho ou em casa, a produção de adrenalina aumenta”, diz a especialista.
Como você não usa a glicose extra disponível, porque você não tem uma ameaça física para combater de imediato, mais insulina é feita e mais gordura é armazenada. Assim, se você passou meses comendo bem e se exercitando sem resultados, pode ser interessante checar seus níveis de glicose e de insulina no sangue.
Também é uma boa obter carboidratos de alimentos integrais, especialmente hortaliças e frutas, ao invés de pão branco, por exemplo, e certificar-se de que suas refeições contêm proteínas, como carnes magras, peixes, ovos, além de um pouco de gordura, como abacate, nozes, sementes, óleos de oliva e azeitonas. Esta combinação pode diminuir a liberação de glicose no sangue, necessitando de menos insulina.

4. Sistema nervoso
Nossos cérebros são preparados para a sobrevivência em tempos primitivos, e isso pode afetar a forma como nossos corpos queimam gordura. O sistema nervoso autônomo é a parte do seu cérebro da qual você não tem controle consciente. Ele regula a frequência cardíaca, a frequência respiratória, a temperatura e os sistemas imunológico e hormonal. Ele é dividido em duas partes: o simpático, responsável pela resposta de “luta ou fuga”, e o parassimpático, responsável pelo descanso e reparação.
Ambos estes sistemas devem trabalhar em equilíbrio – mas nem sempre isso acontece. “A maioria das pessoas vive em um estado de dominância do simpático, que significa que fica constantemente em estado de luta ou fuga, o que provoca uma sobrecarga de adrenalina que leva o corpo a usar a glicose e não gordura como combustível”.
Por outro lado, o parassimpático ajuda a restaurar a calma, equilíbrio e funções como digestão que sofrem durante períodos de estresse. Para ativá-lo, tente fazer uma prática restaurativa semanal, como Tai Chi, Yoga e Pilates. Se não puder, tente respirar profundamente e sistematicamente ao acordar e dormir.

5. Emoções
Muitas vezes, não comemos chocolate porque estamos com fome. É uma vontade ou sentimento subconsciente que vem para preencher um vazio ou substituir uma sensação ruim. Todos nós batalhamos com emoções negativas em uma base diária. Se por um acaso a comida é um escape frequente para você, como acontece com tantas pessoas, existem alguns passos que você pode tomar para evitar comer quando não está com fome ou sabotar uma dieta por causa de ansiedade.
Experimente, por exemplo, práticas de mindfulness (técnica de meditação também chamada de mente aberta) para ajudá-lo a reconhecer que os sentimentos em si não podem machucá-lo e irão eventualmente embora. [Telegraph]