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domingo, 12 de agosto de 2012

Olimpíadas do Rio 2016: O Brasil está preparado para ter melhores resultados?

O Brasil ficou em 22º lugar nas Olimpíadas de Londres 2012 com um total de 17 medalhas, duas a mais que na China em 2008, mas com a mesma quantidade de medalhas de ouro, que foram três: vôlei feminino, ginástica e judô; 5 medalhas de prata: vôlei masculino, futebol masculino, boxe, volêi de praia e natação; e 9 medalhas de bronze: três no judô, duas no boxe, uma na vela, uma na natação, uma no volêi de praia, uma no pentatlo moderno. Um resultado que deixa certa desconfiança com o desempenho do Brasil para as Olimpíadas Rio 2016. Os resultados positivos do Brasil que ocorreram em Londres são pequenos pelo tamanho do país, foram mais por mérito isolado de alguns atletas ou de uma confederação esportiva do que por investimentos maciços do governo no esporte.

     O Brasil ficou atrás de países pequenos e que não tem tradição esportiva em Olimpíadas como: Irã, Coréia do Norte, Jamaica, Países baixos. Para 2016 podemos melhorar, mas não dá mais para transformar o país em celeiro de atletas para todas as modalidades esportivas, pois um país precisa de no mínimo 10 anos para preparar seus atletas de base e que eles consigam ter alto rendimento no esporte. E isto não aconteceu no Brasil. Em 2002, quando o Brasil ganhou o direito de sediar os Jogos Pan-americanos do Rio e já sonhava em sediar as Olimpíadas tivesse preparado um projeto olímpico de formação de atletas, poderíamos ter a meta de ficar entre os 10 países no ranking dos Jogos em 2016, como aconteceu com os que já sediaram as edições passadas. Mas como não fez, então fica a dúvida do resultado brasileiro em 2016, principalmente nos esportes individuais que distribuem mais medalhas.

     O governo federal em parceria com o COB, Ministério do Esporte, governos estaduais e municipais, confederações, federações deveria ter investido na base e massificando o esporte nas escolas e clubes para o surgimento de novos atletas, construído quadras esportivas nas escolas públicas, atualmente mais da metade das escolas não possuem piscinas, pistas de atletismo, ginásios esportivos e centros de treinamento para os esportes individuais. Também deveria ter criado uma parceria com as prefeituras de todo o país para a realização dos Jogos Estudantis municipais, motivando a prática esportiva e alimentando o sonho dos atletas escolares de chegar um dia a seleção brasileira do esporte que pratica. O Brasil não tem planejamento integrado, e se tiver no futuro, não dará tempo para Rio 2016, será para resultados a longo prazo.

     O Brasil melhorou do que tempos atrás, mas não o suficiente para sermos uma potência olímpica, falta muito, principalmente na valorização do esporte na escola, instalações esportivas adequadas, atualização dos técnicos, renovação nas equipes e patrocínio aos atletas individualmente. O Brasil tem recursos humanos suficiente para se transformar num país olímpico, mas falta oferecer oportunidades as crianças e jovens para a prática esportiva.

     Daqui a 4 anos as Olimpíadas serão realizadas no Rio e que o resultado do Brasil seja muito melhor do que o 22º de Londres, pois os brasileiros esperam que o governo ofereça melhores condições de treinamento e apoio aos nossos atletas para que os mesmos consigam um número maior de medalhas e coloque o país entre as maiores potências esportivas do mundo. É um sonho, mas se depender da garra do atleta brasileiro, este sonho será concretizado.

Por José Costa
Professor de Educação Física
CREF 000245-G/SE

sábado, 11 de agosto de 2012

Brasil repete roteiro, vence os EUA e é bicampeão olímpico de vôlei feminino

O Brasil contrariou todos os prognósticos, bateu com propriedade o time mais temido e é bicampeão olímpico de vôlei feminino. Em um jogo emocionante e que retratou bem a campanha da equipe em Londres, a seleção de Jaqueline, Sheilla e Dani Lins fez 3 sets a 1 (11-25, 25-17, 25-20 e 25-17) nos Estados Unidos e entrou para a história como o primeiro time do país a conseguir dois títulos seguidos nos Jogos.

E como em 2008, a conquista veio em cima dos Estados Unidos depois de muitas críticas à performance da equipe, que viveu uma crise intensa já durante os Jogos Olímpicos e reagiu. O feito coloca José Roberto Guimarães, técnico da equipe, em um patamar único na história do esporte brasileiro. Campeão com o masculino em 1992 e com o feminino há quatro anos, ele é o primeiro tri olímpico do Brasil, contando treinadores e atletas.

A segunda medalha de ouro também consagra a geração de Jaqueline, Fabiana, Thaisa, Paula Pequeno, Fabi e Sheilla, que foram campeãs em 2008 e adicionam outro pódio às suas carreiras, uma semana depois de a equipe quase eliminada na primeira fase.

A superação da crise começou nos últimos jogos da fase de grupos, passou por uma vitória eletrizante sobre a antiga carrasca e acabou diante da equipe mais forte do mundo. Amplas favoritas, as norte-americanas mostraram durante todo o jogo que não tinham o status de graça, mas encontraram o Brasil mais paciente e técnico dos últimos tempos, que conseguiu, com muito custo, a sonhada medalha.

O começo, no entanto, deu a entender que a derrota era inevitável. Os Estados Unidos começaram impossíveis e o Brasil muito mal, em uma analogia involuntária ao que aconteceu ao longo do torneio. Logo de cara, Akinradewo, a melhor bloqueadora do torneio, amorteceu quatro ataques do Brasil na rede antes de seu time fazer 5 a 1. Zé Roberto tentou consertar e pediu calma, mas a equipe parava na muralha norte-americana e quando tinha chances errava.

Sheilla diz que Brasil 'calou a boca de muita gente', e Zé Roberto pede reconhecimento
Sheilla, sobrecarregada, já tinha falhado em oito bolas antes das rivais chegarem ao 15º ponto. O Brasil, como um todo, colocou no chão só cinco das 34 chances que teve na parcial e errou nove vezes. Um apagão que deu para os Estados Unidos o set com a maior diferença de pontos da história das finais olímpicas: 25 a 11.

A volta para a quadra foi bem mais firme. Dani Lins distribuiu mais o jogo e viu Jaqueline crescer muito. A ponteira, que se notabiliza por ser melhor na defesa que no ataque, marcou pontos em sequência, tirou o Brasil do buraco e ajudou o time a criar uma vantagem de cinco pontos. Mais à vontade, Sheilla também cresceu, voltou a virar bolas e foi importante na conquista do set, fechado em 25 a 17.

A reação rápida deu moral ao Brasil, que igualou de vez a partida. Com Dani Lins e Jaqueline de novo como destaque, a seleção começou na frente a terceira parcial e chegou a impor cinco pontos de vantagem. Com o saque verde-amarelo quebrando o passe, as americanas ficaram sob pressão. O sistema de bloqueio e defesa funcionava e o time de Zé Roberto abusou da categoria nos momentos difíceis, contou com erros cruciais das rivais e venceu por 25 a 20.

No quarto set, foi a vez de Sheilla brilhar. A oposta mostrou enorme categoria em ao menos duas bolas difíceis e manteve a vantagem de dois pontos conquistada logo no início da parcial. Quando fez 14 a 9, o Brasil começou a ouvir da arquibancada o grito de “O campeão voltou”, que embalou a equipe nos momentos de reação em Londres.

Nada que fizesse a seleção se desconcentrar. Em todo o jogo, o Brasil teve o mérito de cortar qualquer tentativa de reação dos EUA, e no quarto set não foi diferente. Dani Lins fez até ponto de largadinha e viu as americanas muito abaladas com a situação adversa. A seleção, paciente na defesa, abriu 22 a 14. Nos pontos finais, muita atitude na recepção, um aproveitamento acima do normal no ataque e muita emoção, em quadra e nas arquibancadas.

Fonte: http://olimpiadas.uol.com.br/noticias/redacao/2012/08/11/brasil-repete-roteiro-vence-os-eua-e-e-bicampeao-olimpico-de-volei-feminino.htm - Gustavo Franceschini

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Brasil olímpico: um sonho distante


Com o término do Pan-americano de Guadalajara, fica uma preocupação com o futuro do esporte olímpico brasileiro para Londres 2012 e, principalmente, para as olimpíadas do Rio 2016: será se estamos preparando adequadamente nossos futuros atletas para estes eventos?

O COB afirmou que o resultado do Pan 2011 foi bom, mas se for comparado com o Pan do Rio 2007, piorou. De 54 medalhas de ouro ganhas no Rio, caiu o rendimento para 48 este ano. Mais uma vez o Brasil ficou em 3º lugar, atrás de Cuba, pequena e pobre ilha da América central. Mas rica e grande quando o assunto é investimento no esporte, pois quando Cuba edifica uma escola, também constroe um complexo desportivo próximo, para oferecer iniciação esportiva aos alunos. No Brasil, mais da metade das escolas públicas não tem um espaço esportivo para as aulas de educação, que são obrigatórias na grade curricular.

Em 02 de outubro de 2009, um dia histórico para o esporte brasileiro, o Brasil ganhou o direito de sediar as Olimpíadas, assim transformava em realidade o sonho dos brasileiros de realizar o maior evento esportivo do mundo no país. Entretanto, parece que o Brasil não está fazendo o dever de casa. Investir na base, massificar o esporte para o surgimento de novos atletas e patrocinar os atletas atuais. É essencial para que estes representem o país com condições de igualdade aos demais paises.

O Brasil tem que melhorar os programas esportivos já existentes como: o 2º Tempo, que incentiva a prática esportiva pelas crianças, mas que de tantas irregularidades acabou derrubando o Ministro do Esporte; os jogos universitários promovidos pela CBDU que não tem brilho, pois não consegue revelar atletas, a não ser os que já são destaques nos clubes; ampliar o patrocínio a todos os atletas olímpicos, porque de vez em quando escutamos, assistimos ou lemos depoimentos de atletas que estão sem clube para jogar ou não tem patrocínio para treinar; as Olimpíadas Escolares-Jeb’s de 12 a 14 anos e de 15 a 17 anos, promovidos pelo COB, que revela atletas para as seleções de base do Brasil tem que ser melhor estruturada, principalmente referente ao transporte, pois os atletas tem que enfrentar 2, 3 ou mais dias viajando de ônibus para disputar a competição, e acaba não rendendo fisicamente pelo cansaço da viagem. Há dez anos o transporte era aéreo.

O governo federal, em parceria com os governos estaduais e municipais tem que investir em escolinhas esportivas e construir quadras, ginásio esportivos, piscinas, pistas de atletismo e centros de treinamentos para os demais esportes em todo o país. Só assim o Brasil poderá ultrapassar a melhor colocação em Olimpíadas que foi o 16º lugar em Atenas. Caso contrário passará vexame, mesmo com os atletas e equipes já pré-classificados por ser realizada no Brasil.

Maior exemplo de competência esportiva foi a China que preparou milhões de crianças e jovens chineses nos diversos esportes, mesmo antes da confirmação da sede das Olimpíadas de 2008 para Pequim. O resultado já conhecemos: pela primeira vez os Estados Unidos foram superados no número de medalhas de ouro, a China ganhou 51 contra 36 dos americanos. Que o Brasil tente seguir o exemplo dos chineses, quem sabe se não desponta como uma potência olímpica.

Se o governo não melhorar, ampliar, refazer os projetos e programas esportivos já existentes para o desenvolvimento do esporte, o ouro sairá do nosso país nos pescoços dos estrangeiros. Mas tenho a certeza que o Brasil ganhará uma medalha de ouro nas Olimpíadas Rio 2016: a do país campeão em gastos astronômicos e superfaturamento de todos os Jogos Olímpicos.

José Costa
Professor de Educação Física
CREF 000245-G/SE