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terça-feira, 24 de maio de 2022

Problemas bucais e respiratórios que afetam o sono



Ranger os dentes e respirar mal podem atrapalhar o repouso e comprometer a saúde

 

O sono é um dos momentos mais importantes do nosso dia. É quando conseguimos repor as energias, revigorar o corpo e regular as emoções. De acordo com o Ministério da Saúde, é durante esse intervalo que o corpo fortalece o sistema imunológico, libera a secreção de hormônios e consolida a memória, entre outras funções importantíssimas.

 

Por isso, dormir bem é fundamental para preservar a saúde. O problema é que nem sempre conseguimos descansar com qualidade, graças a problemas diversos, entre eles, distúrbios do sono, problemas respiratórios e até bucais. Quer saber como cada um deles afeta a saúde? Leia mais na matéria abaixo:

 

Apneia obstrutiva do sono

A apneia do sono é um distúrbio que leva a obstruções repetitivas da garganta, causando paradas respiratórias que podem ocorrer diversas vezes ao longo da noite. Elas ocorrem devido ao relaxamento dos músculos da garganta, fazendo com que língua e mandíbula se desloquem e interrompam a passagem do ar. Roncos altos e falta de ar são alguns sinais da condição, bem como boca seca e cefaleia matinal.

 

A cada apneia, o organismo "desperta", já que o nível de oxigênio no sangue cai e o cérebro entra em estado de alerta, forçando a retomada da respiração e a abertura da garganta. Com isso, o estado de sono profundo é interrompido, atrapalhando o descanso reparador do organismo e até desencadeando problemas mais graves, como aumento da pressão arterial e demais doenças cardiovasculares.

 

Normalmente, quem sofre com esse distúrbio não sabe que tem um problema, muito embora se sinta esgotado e sem energia com alguma frequência. Portanto, ao notar ronco alto, engasgos e falta de ar durante o sono, além de sonolência excessiva ao longo do dia, é fundamental buscar a ajuda de um especialista em distúrbios do sono, que acompanhará seu histórico médico e pedirá alguns exames, como a polissonografia noturna, para diagnosticá-lo corretamente.

 

O tratamento da condição envolve, em termos gerais, prevenir a obstrução das vias respiratórias. Em casos mais leves, o paciente pode utilizar aparelhos intraorais que aumentam a passagem de ar pela garganta e realizar exercícios de fonoaudiologia para fortalecimento da musculatura dessa região. Outras recomendações são: controlar o peso, dormir de lado e evitar o consumo de álcool e sedativos.

 

Ronco

Embora o ronco excessivo seja um sinal alerta para a apneia obstrutiva do sono, nem todos aqueles que roncam sofrem, de fato, com o distúrbio de que falamos anteriormente. O ronco ocorre quando o fluxo de ar inalado causa uma vibração nos tecidos que compõem a garganta, causando o barulho incômodo. Apesar dessa vibração, a respiração não é necessariamente interrompida, como ocorre com a apneia.

 

Ainda assim, roncos contínuos podem atrapalhar o sono - seu e de quem dorme ao lado - e causar boca seca pela manhã ou até mesmo irritações na garganta. Para evitá-los, recomenda-se não ingerir álcool e sedativos à noite, além de evitar dormir de barriga para cima, posição que facilita a obstrução das vias respiratórias. Tente, sempre que possível, dormir de lado com um travesseiro e manter o peso sob controle para diminuir os roncos à noite.

 

Bruxismo

Ao acordar, você sente os músculos mandíbula doloridos ou a cabeça latejando? Despertar dessa forma não é nada agradável. Esses são alguns sinais de bruxismo, uma condição que é caracterizada pelo ranger ou apertar forte de dentes em alguns momentos do dia, especialmente à noite, durante o sono. Além das dores, o bruxismo pode levar ao desgaste e amolecimento dos dentes, além de danificar o osso circunvizinho e o tecido gengival. A articulação da mandíbula também pode ser prejudicada.

 

O grande problema do bruxismo é que, na maioria das vezes, ele não é percebido conscientemente, mesmo com todos os incômodos associados. Somente após uma consulta de rotina no dentista, que irá notar o desgaste dos dentes e também do esmalte, é quando pode surgir o diagnóstico e a explicação para tantas dores ao acordar.

 

Embora o bruxismo não tenha uma causa específica, é possível que ele seja agravado por algumas condições físicas e também psicológicas, tais como estresse, ansiedade e tensão elevados, má oclusão e problemas neurológicos. Com a ajuda do dentista, é possível descobrir o que está causando o distúrbio e encontrar a melhor forma de tratá-lo, combinando diferentes intervenções.

 

Uma delas é a utilização de dispositivos orais, que se encaixam entre os dentes superiores e inferiores, evitando o atrito entre eles. Como a tensão cotidiana é considerada uma das principais causas de bruxismo, também é muito importante encontrar formas de aliviar o estresse, como meditação, exercícios físicos, terapia ou passeios relaxantes ao ar livre.

 

Dor de dente

A dor de dente é incapacitante e também capaz de acabar com o sono de qualquer pessoa. Ela pode ser causada por sensibilidade, lesões cariosas, retração da gengiva, ligamento periodontal, bruxismo e briquismo (ranger dos dentes em vigília). Seja qual for a sua causa, uma coisa é certa: dor de dente não é normal e deve ser investigada junto ao seu dentista, o quanto antes, mesmo que ela desapareça temporariamente.

 

No caso de sensibilidade dentária, ela é causada pela exposição da dentina (parte que recobre o nervo), devido à diminuição do esmalte protetor do dente ou retração da gengiva. Ela pode ser sentida após a ingestão de alimentos e bebidas quentes ou frios, doces, ácidos ou ao respirar o ar frio.

 

Fonte: https://www.minhavida.com.br/materias/materia-18843 - Escrito por Redação Minha Vida - Foto: Shutterstock


Agora, pois, permanecem a fé, a esperança e o amor, estes três; mas o maior destes é o amor.

1 Coríntios 13:13