O sono é um dos momentos mais importantes do nosso
dia. É quando conseguimos repor as energias, revigorar o corpo e regular as
emoções. De acordo com o Ministério da Saúde, é durante esse intervalo que o
corpo fortalece o sistema imunológico, libera a secreção de hormônios e
consolida a memória, entre outras funções importantíssimas.
Por isso, dormir bem é fundamental para preservar a
saúde. O problema é que nem sempre conseguimos descansar com qualidade, graças
a problemas diversos, entre eles, distúrbios do sono, problemas respiratórios e
até bucais. Quer saber como cada um deles afeta a saúde? Leia mais na matéria
abaixo:
Apneia obstrutiva do sono
A apneia do sono é um distúrbio que leva a obstruções
repetitivas da garganta, causando paradas respiratórias que podem ocorrer
diversas vezes ao longo da noite. Elas ocorrem devido ao relaxamento dos
músculos da garganta, fazendo com que língua e mandíbula se desloquem e
interrompam a passagem do ar. Roncos altos e falta de ar são alguns sinais da
condição, bem como boca seca e cefaleia matinal.
A cada apneia, o organismo "desperta", já
que o nível de oxigênio no sangue cai e o cérebro entra em estado de alerta,
forçando a retomada da respiração e a abertura da garganta. Com isso, o estado
de sono profundo é interrompido, atrapalhando o descanso reparador do organismo
e até desencadeando problemas mais graves, como aumento da pressão arterial e
demais doenças cardiovasculares.
Normalmente, quem sofre com esse distúrbio não sabe
que tem um problema, muito embora se sinta esgotado e sem energia com alguma
frequência. Portanto, ao notar ronco alto, engasgos e falta de ar durante o
sono, além de sonolência excessiva ao longo do dia, é fundamental buscar a
ajuda de um especialista em distúrbios do sono, que acompanhará seu histórico
médico e pedirá alguns exames, como a polissonografia noturna, para diagnosticá-lo
corretamente.
O tratamento da condição envolve, em termos gerais,
prevenir a obstrução das vias respiratórias. Em casos mais leves, o paciente
pode utilizar aparelhos intraorais que aumentam a passagem de ar pela garganta
e realizar exercícios de fonoaudiologia para fortalecimento da musculatura
dessa região. Outras recomendações são: controlar o peso, dormir de lado e
evitar o consumo de álcool e sedativos.
Ronco
Embora o ronco excessivo seja um sinal alerta para a
apneia obstrutiva do sono, nem todos aqueles que roncam sofrem, de fato, com o
distúrbio de que falamos anteriormente. O ronco ocorre quando o fluxo de ar
inalado causa uma vibração nos tecidos que compõem a garganta, causando o
barulho incômodo. Apesar dessa vibração, a respiração não é necessariamente
interrompida, como ocorre com a apneia.
Ainda assim, roncos contínuos podem atrapalhar o sono
- seu e de quem dorme ao lado - e causar boca seca pela manhã ou até mesmo
irritações na garganta. Para evitá-los, recomenda-se não ingerir álcool e
sedativos à noite, além de evitar dormir de barriga para cima, posição que
facilita a obstrução das vias respiratórias. Tente, sempre que possível, dormir
de lado com um travesseiro e manter o peso sob controle para diminuir os roncos
à noite.
Bruxismo
Ao acordar, você sente os músculos mandíbula doloridos
ou a cabeça latejando? Despertar dessa forma não é nada agradável. Esses são
alguns sinais de bruxismo, uma condição que é caracterizada pelo ranger ou
apertar forte de dentes em alguns momentos do dia, especialmente à noite,
durante o sono. Além das dores, o bruxismo pode levar ao desgaste e
amolecimento dos dentes, além de danificar o osso circunvizinho e o tecido
gengival. A articulação da mandíbula também pode ser prejudicada.
O grande problema do bruxismo é que, na maioria das
vezes, ele não é percebido conscientemente, mesmo com todos os incômodos
associados. Somente após uma consulta de rotina no dentista, que irá notar o
desgaste dos dentes e também do esmalte, é quando pode surgir o diagnóstico e a
explicação para tantas dores ao acordar.
Embora o bruxismo não tenha uma causa específica, é
possível que ele seja agravado por algumas condições físicas e também
psicológicas, tais como estresse, ansiedade e tensão elevados, má oclusão e
problemas neurológicos. Com a ajuda do dentista, é possível descobrir o que
está causando o distúrbio e encontrar a melhor forma de tratá-lo, combinando
diferentes intervenções.
Uma delas é a utilização de dispositivos orais, que se
encaixam entre os dentes superiores e inferiores, evitando o atrito entre eles.
Como a tensão cotidiana é considerada uma das principais causas de bruxismo,
também é muito importante encontrar formas de aliviar o estresse, como
meditação, exercícios físicos, terapia ou passeios relaxantes ao ar livre.
Dor de dente
A dor de dente é incapacitante e também capaz de
acabar com o sono de qualquer pessoa. Ela pode ser causada por sensibilidade,
lesões cariosas, retração da gengiva, ligamento periodontal, bruxismo e
briquismo (ranger dos dentes em vigília). Seja qual for a sua causa, uma coisa
é certa: dor de dente não é normal e deve ser investigada junto ao seu
dentista, o quanto antes, mesmo que ela desapareça temporariamente.
No caso de sensibilidade dentária, ela é causada pela
exposição da dentina (parte que recobre o nervo), devido à diminuição do
esmalte protetor do dente ou retração da gengiva. Ela pode ser sentida após a
ingestão de alimentos e bebidas quentes ou frios, doces, ácidos ou ao respirar
o ar frio.
Fonte: https://www.minhavida.com.br/materias/materia-18843
- Escrito por Redação Minha Vida - Foto: Shutterstock
Agora, pois, permanecem a fé, a esperança e o amor,
estes três; mas o maior destes é o amor.
1 Coríntios 13:13