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segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

Site do Sisu 2012 já está no ar para consulta de 108 mil vagas em faculdades


O site do Sisu (Sistema de Seleção Unificada) de 2012 já pode ser acessado. O endereço é http://sisu.mec.gov.br/. Nesse primeiro momento, os estudantes poderão consultar os cursos e as vagas disponíveis, além do cronograma completo. As inscrições serão realizadas entre os dias 7 e 12 de janeiro. A seleção será feita com base nas notas do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) 2011.

O Sisu vai oferecer 108.552 vagas em 95 instituições públicas de ensino superior para o primeiro semestre de 2012. Serão 3.327 cursos. Em comparação ao total de vagas disponibilizadas pelo Sisu no primeiro semestre de 2011, a oferta cresceu 30%.

São 42 universidades federais, 13 instituições estaduais e 39 institutos federais de educação profissional, além da Escola Nacional de Ciências Estatísticas, administrada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE). As oportunidades se concentram principalmente no Nordeste e Sudeste, que oferecem respectivamente 34,66% e 33,09% das vagas. Menos de 5% das vagas estão no Norte; 12,88%, no Centro-Oeste e 14,5%, no Sul.

Minas Gerais e Rio de Janeiro são os estados com o maior número de instituições participantes: 15 em cada. Nenhuma instituição do Distrito Federal aderiu a esta edição do Sisu.

No sistema, o candidato deve escolher duas opções de curso, indicando a sua prioridade.

Diariamente, o sistema divulgará a nota de corte preliminar de cada curso com base na nota do Enem dos candidatos que pleiteiam as vagas. Durante esse período, o participante pode alterar essas opções se achar que tem mais chances de ser aprovado em outro curso ou instituição.

O resultado da primeira chamada será divulgado no dia 15 de janeiro. Os estudantes aprovados deverão comparecer às instituições de ensino entre os dias 19 e 20 para fazer a matrícula.

O participante que foi selecionado para a sua primeira opção de curso é retirado automaticamente do sistema e perde a vaga se não fizer a matrícula. Aqueles que forem selecionados para a segunda opção ou não atingirem a nota mínima em nenhum dos cursos escolhidos podem participar das chamadas subsequentes.

A segunda chamada está prevista para 26 de janeiro, com matrículas entre os dias 30 e 31. Caso ainda haja vagas disponíveis, o sistema gera uma lista de espera que será disponibilizadas para as instituições de ensino preencherem as vagas remanescentes. O candidato interessado em participar dessa lista deverá pedir a inclusão entre 26 de janeiro e 1° de fevereiro.

Veja a oferta de vagas no Sisu 2012 por estado

Estado Vagas

Acre 240 vagas
Alagoas 5.805 vagas
Amazonas 2.722 vagas
Amapá 160 vagas
Bahia 5.298 vagas
Ceará 6.158 vagas
Espírito Santo 850 vagas
Goiás 1.561 vagas
Maranhão 3.238 vagas
Minas Gerais 11.873 vagas
Mato Grosso do Sul 6.815 vagas
Mato Grosso 5.609 vagas
Pará 995 vagas
Paraíba 3.699 vagas
Pernambuco 4.564 vagas
Piauí 7.049 vagas
Paraná 4.399 vagas
Rio de Janeiro 14.137 vagas
Rio Grande do Norte 1.687 vagas
Rondônia 16 vagas
Roraima 419 vagas
Rio Grande do Sul 1.070 vagas
Santa Catarina 650 vagas
Sergipe 145 vagas
São Paulo 9.064 vagas
Tocantins 701 vagas

*Com informações da Agência Brasil

Fonte: http://noticias.uol.com.br/educacao/2011/12/26/site-do-sisu-ja-esta-no-ar-para-consulta-de-vagas-e-cronograma.jhtm

segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

Sistema de Cotas nas Universidades: A inclusão que exclui

“Uma criança afrodescendente observava o homem dos balões na quermesse.
Evidentemente, o homem era um bom vendedor, pois deixou um balão vermelho soltar-se e elevar-se nos ares, atraindo, desse modo, uma multidão de jovens compradores em perspectiva.
Então ele soltou um balão azul, depois um amarelo e, finalmente, um branco.
Todos foram subindo cada vez mais até desaparecerem.
A criança ficou bastante tempo olhando o balão preto, aí perguntou:
- Moço, se o senhor soltasse o balão preto, ele subiria tanto quanto os outros?
O vendedor de balões deu ao garotinho um sorriso compreensivo.
Partiu o cordão que prendia o balão preto e, enquanto ele se elevava nos ares, disse:
- Não é a cor, filho. É o que está dentro dele que o faz subir.”

O governo criou um sistema de cotas nas universidades públicas para beneficiar os alunos afrodescendentes e os que estudam em escolas públicas com a afirmação de que haverá uma diminuição das desigualdades entre cidadãos e grupos sociais, como se eles fossem menos competentes, capazes ou inteligentes em relação aos brancos e aos que estudam em escolas particulares para passar no vestibular.

Algumas décadas atrás estudei em escola pública e o nível de ensino era bom, mas com o passar dos anos piorou, vieram os filhos e optei em colocá-los para estudar na escola particular para terem uma melhor qualidade de ensino. O fato de ter estudado em escola particular não quer dizer que meu filho seja de família rica, porque na maioria das vezes, quem tem filhos estudando na escola particular está se sacrificando financeiramente para oferecer melhores condições de ensino a eles e aumentando as chances de aprovação no vestibular, mas com o sistema de cotas, estão perdendo 50% de chances de ingressarem nas universidades públicas.

O sistema de cotas já foi muito discutido no país, uns a favor e outros contra, mas agora que saíram os resultados dos vestibulares é que veremos na prática as suas deficiências. Milhares de alunos estão comemorando a aprovação no vestibular, mas também é verdade que outros milhares estão frustrados, decepcionados e revoltados, principalmente, os que estudaram em escola particular e não conseguiram a vaga por causa do sistema de cotas e viram alunos do grupo B e C (afrodescendentes e alunos das escolas públicas), com menos pontos ingressarem nos seus lugares. Por exemplo, no curso de medicina da UFS, apenas um aluno do grupo B e C ficaria classificado para o grupo A (escolas particulares) se não existissem as cotas, provavelmente dezenas de alunos do grupo A tiveram mais pontos que os alunos aprovados nos grupos B e C e ficaram de fora. Provavelmente, isto ocorreu em quase todos os cursos oferecidos pela UFS e em todas as universidades públicas brasileira.

Algumas perguntas precisam de reflexões e respostas: É justo que os alunos do grupo A que obtiveram mais pontos que os alunos do grupo B e C fiquem de fora da universidade por causa das cotas? O ensino nas universidades será nivelado pelos alunos aprovados no grupo A ou pelos alunos dos grupos B e C? É justo que depois de 12 anos de estudo, o aluno seja discriminado por ter estudado em escola particular e perca a chance de 50% em ingressar na universidade pública por causa de um sistema de cotas? Os afrodescendentes que são juízes, promotores, engenheiros, professores, médicos precisaram de cotas para ingressar nas universidades e serem bem sucedidos na vida ou foi por estudo, capacidade e competência? O sistema de cotas não está sendo uma discriminação racial e social para todos?

O governo também deveria criar um sistema de cotas para o ingresso de políticos no congresso nacional, nas assembleias legislativas e nas câmaras de vereadores determinando vagas obrigatórias aos índios, sem terra, trabalhadores assalariados, mulheres, afrodescendentes e cidadãos que estudaram em escolas públicas, porque a maioria dos políticos eleitos vem da elite que domina o Brasil há centenas de anos como: fazendeiros, empresários, usineiros, banqueiros.

O que o governo precisa fazer é melhorar o ensino nas escolas públicas e aumentar o poder aquisitivo do cidadão para diminuir as desigualdades sociais e não criar sistemas de cotas, porque desta maneira o mérito acadêmico está ficando em segundo plano, em que alguns alunos bem pontuados perdem as vagas para outros menos pontuados. Seria o mesmo que você chegar em 3º lugar numa corrida e perder a medalha de bronze para o 4º colocado.

Para o cidadão ser alguém na sociedade, ele precisa ser capaz, competente, inteligente e não privilegiado por um sistema de cotas, por que é injusto incluir alguns, excluindo outros. O sistema de cotas precisa ser revisto para que a injustiça não prevaleça no mérito do conhecimento, por que alguém está sendo discriminado por ele; quem será?

Por Professor José Costa