Itabaiana foi o maior celeiro de atletas do basquete sergipano, eram 300 alunos praticantes por ano. Esta história começa em 1976 quando o professor Romilto Mendonça iniciou o basquete com os alunos do Colégio Estadual “Murilo Braga”, e continuada com o professor José Antônio em 1978. Em 1980, comecei a dar aulas de basquete no CEMB e em 1981 ganhamos o primeiro título em nossa carreira, na categoria A feminino dos jogos da primavera. Foi o início de um projeto maior com a juventude itabaianense, que através do esporte conseguimos educar milhares de crianças e adolescentes afastando-os do álcool, droga, más amizades e da violência incentivando-os a estudar para ter um futuro melhor.
Em 1984, tivemos a idéia de criar a Associação Itabaianense de Basquetebol com os alunos e ex-alunos que praticavam o esporte, tendo como objetivos estimular a prática do basquete, organizar e realizar competições no município. Ao longo destes anos, realizamos Campeonatos de basquete em várias categorias, Festivais de Arremessos, Exposições de fotografias do basquete nas escolas, Gincanas Esportivas, Caça ao Tesouro, Concursos de Pesquisas sobre basquete, Calourada, Forró dos basqueteiros e Festa de Confraternização de fim de ano.
Em 1987, fundamos o Jornal do Basquete para divulgar as notícias do nosso basquete e de todo o mundo. O Jornal tinha quatro páginas e além de falar do basquete tinha curiosidades, passatempo, mensagens. Foi impresso até 1989.
Nestes trinta anos do basquete no Murilo Braga participamos dos Jogos Infantis, Jogos da Primavera, Campeonato escolar, Jogos das Escolas Públicas, Jogos Estudantis, Seletiva dos Jebs e Campeonatos Sergipanos em todas as categorias e ambos os sexos, onde conseguimos ganhar 63 troféus, 23 medalhas de ouro, 24 de prata e 16 de bronze, mais do que troféus e medalhas ganhamos o respeito e agradecimento dos alunos, pais e da comunidade por ter contribuído na formação integral de milhares de alunos com responsabilidade, dedicação, entusiasmo e abnegação.
Vários alunos nossos defenderam o Estado em competições nacionais pelas seleções estaduais.
Desde 1976, realizávamos o Campeonato Serrano de basquete com os alunos, ex-alunos e até com equipes convidadas de Aracaju, foram 27 campeonatos e milhares de atletas participantes, quando em 2003 realizamos o último, porque desde 1996 com a implantação da LDB nº 9396, os alunos deixaram de escolher o esporte como prática na aula de educação física; as turmas foram sendo formadas pelas mesmas da sala de aula, no mesmo turno e mistas; as aulas foram reduzidas de três para duas dando ênfase a teoria; os professores passaram dar mais aulas de educação física e menos de treinamento esportivo, com isto o número de atletas foi reduzido drasticamente em todos os esportes; o resultado todos nós conhecemos, as escolas publicas que eram fortes no esporte estudantil como o Atheneu, Castelo Branco, Tobias Barreto, Costa e Silva, Murilo Braga e tantas outras, hoje são meras coadjuvantes das escolas particulares em qualquer competição, salvo poucas exceções.
Os nossos campeonatos sempre tiveram o apoio da imprensa sergipana através de vários jornalistas, verdadeiros incentivadores do esporte, que homenageamos com a medalha “Amigo do Basquete”, a qual criamos alguns anos atrás como reconhecimento a estes profissionais, entre eles: Geraldão, Jurandir Santos, Paulo Roberto, Barroso, George, Rosalvo Nogueira, Wellington Elias, Carlos Magalhães, Roberto Silva, Rivando Góis, Roberto Carioca, Genário Santos, Ronaldo Lima, Alexandre Santos, Gilmar Carvalho, Eugênio Santana através do Jornal da Cidade, Cinform, Diário de Aracaju, Semanário Sportivo, Jornal de Sergipe, Jornal da Manhã, Gazeta de Sergipe e Correio de Sergipe; da Radio Capital do Agreste, Princesa da Serra, Itabaiana FM e Educadora; da TV Sergipe e TV Atalaia. O patrocínio do comércio de Itabaiana foi importante para desenvolvermos todos os projetos ligados ao basquete.
Nestes trinta anos ensinaram basquete no Murilo Braga os professores: José Costa, Benjamim Alves, José Antonio, Romilton Mendonça que iniciavam e treinavam as equipes para disputar os diversos campeonatos e os professores Aelson Góis, Leila Camerina e Maria Aparecida que davam a iniciação do esporte. Foi um trabalho árduo, mas gratificante porque conseguimos educar três gerações de estudantes ensinando-os valores como: respeito, disciplina, honestidade, responsabilidade, amizade, justiça, solidariedade e cidadania através do esporte.
Em ano de Pan-americano no Brasil, o esporte pede socorro para não ser acabado nas escolas públicas, por causa da interpretação equivocada da LDB e por dirigentes incompetentes que passaram nos últimos anos a frente do desporto escolar. Precisamos reconhecer e corrigir os erros passados para assumirmos atitudes concretas a melhorarmos a prática esportiva. Professores, alunos, pais e a comunidade sergipana agradecem.
Por José Costa
Professor de Educação Física
CREF 000245-G/SE
domingo, 26 de abril de 2009
O esporte na escola pública
Tenho 30 anos de vivência no esporte escolar e sou de uma época que o esporte na escola particular era bom, mas o da escola pública era muito melhor. Nas décadas de 70, 80 e meados de 90, os grandes campeões dos Jogos da Primavera e em diversos esportes foram os colégios públicos como o Atheneu, Castelo Branco, Murilo Braga de Itabaiana, Costa e Silva, Tobias Barreto e tantos outros, com os atletas participando com entusiasmo e motivação e nas aberturas dos jogos na Avenida Barão de Maruim ou no Batistão, milhares de pessoas se aglomeravam para ver o desfile dos atletas e não era necessário levar banda da Bahia para ter público, como acontece nos dias de hoje.
De lá para cá, foram acabados os jogos Infantis, o campeonato escolar de esportes e os jogos da primavera, que foram substituídos pelos fadados jogos das escolas públicas; em 2004, os jogos da primavera foram reativados com outro regulamento, onde no esporte coletivo classifica-se apenas uma escola particular e três públicas para disputar as semifinais e finais; só desta maneira a escola pública tem condições de ganhar mais medalhas que a particular. Antigamente as escolas públicas e particulares se enfrentavam desde o início da competição, com as públicas obtendo os melhores resultados; para se ter um exemplo, neste ano pela disputa da seletiva dos JEB’s nos esportes coletivos, das 16 equipes campeãs classificadas para representar o Estado, treze foram escolas particulares e apenas três escolas públicas, isto graças ao trabalho abnegado de alguns professores; se o regulamento dos JEB’s de 20 anos atrás fosse o de hoje, o Estado seria representado por 80% de escolas públicas, ao contrário dos dias atuais.
Esta é a real situação do esporte na escola pública agravada com as mudanças que ocorreram nas aulas de educação física e de esportes com a nova LDB, a partir de 1996, onde as aulas foram reduzidas de três para duas e no mesmo turno de aula; as turmas tornaram-se mistas e com mais de quarenta alunos e o esporte se tornou privilégios de poucos, pela diminuição das turmas de esportes e aumento das turmas de educação física para os professores trabalharem. A nova tendência da educação física que enfatiza a teoria mais do que a prática esportiva está tirando a motivação e o prazer do aluno praticar algum esporte. Nas escolas públicas o material esportivo é escasso e em sua maioria não tem quadra esportiva, principalmente as do interior, para os alunos ter aulas de educação física e esporte; impondo aos professores a aula teórica na sala, por não ter o espaço físico necessário para as aulas práticas; é por isto que o Estado não tem um programa de conteúdos para as aulas de educação física; como vai exigir que um professor ensine basquete se na sua escola não tem as tabelas; aula de judô, se não tem tatame; natação, se não tem piscina; atletismo, se não tem pista, etc; enquanto isto, a maioria das escolas particulares tem ginásio de esportes ou quadra, piscina, material esportivo abundante e treinam suas equipes três vezes por semana ou mais. Nos dias de hoje, dá para a escola pública competir de igual com a particular?
Saudades dos tempos áureos do esporte nas escolas públicas, e que nos últimos anos foi desprezado e desmotivado pelos dirigentes escolares. Que a partir de 2007, o esporte através da educação física seja valorizado, os professores da rede pública tenham melhores condições de trabalho e que possam lentamente colocar o esporte em seu devido lugar, como era em tempos atrás.
Por José Costa
Professor de Educação Física
CREF 000245-G/SE
De lá para cá, foram acabados os jogos Infantis, o campeonato escolar de esportes e os jogos da primavera, que foram substituídos pelos fadados jogos das escolas públicas; em 2004, os jogos da primavera foram reativados com outro regulamento, onde no esporte coletivo classifica-se apenas uma escola particular e três públicas para disputar as semifinais e finais; só desta maneira a escola pública tem condições de ganhar mais medalhas que a particular. Antigamente as escolas públicas e particulares se enfrentavam desde o início da competição, com as públicas obtendo os melhores resultados; para se ter um exemplo, neste ano pela disputa da seletiva dos JEB’s nos esportes coletivos, das 16 equipes campeãs classificadas para representar o Estado, treze foram escolas particulares e apenas três escolas públicas, isto graças ao trabalho abnegado de alguns professores; se o regulamento dos JEB’s de 20 anos atrás fosse o de hoje, o Estado seria representado por 80% de escolas públicas, ao contrário dos dias atuais.
Esta é a real situação do esporte na escola pública agravada com as mudanças que ocorreram nas aulas de educação física e de esportes com a nova LDB, a partir de 1996, onde as aulas foram reduzidas de três para duas e no mesmo turno de aula; as turmas tornaram-se mistas e com mais de quarenta alunos e o esporte se tornou privilégios de poucos, pela diminuição das turmas de esportes e aumento das turmas de educação física para os professores trabalharem. A nova tendência da educação física que enfatiza a teoria mais do que a prática esportiva está tirando a motivação e o prazer do aluno praticar algum esporte. Nas escolas públicas o material esportivo é escasso e em sua maioria não tem quadra esportiva, principalmente as do interior, para os alunos ter aulas de educação física e esporte; impondo aos professores a aula teórica na sala, por não ter o espaço físico necessário para as aulas práticas; é por isto que o Estado não tem um programa de conteúdos para as aulas de educação física; como vai exigir que um professor ensine basquete se na sua escola não tem as tabelas; aula de judô, se não tem tatame; natação, se não tem piscina; atletismo, se não tem pista, etc; enquanto isto, a maioria das escolas particulares tem ginásio de esportes ou quadra, piscina, material esportivo abundante e treinam suas equipes três vezes por semana ou mais. Nos dias de hoje, dá para a escola pública competir de igual com a particular?
Saudades dos tempos áureos do esporte nas escolas públicas, e que nos últimos anos foi desprezado e desmotivado pelos dirigentes escolares. Que a partir de 2007, o esporte através da educação física seja valorizado, os professores da rede pública tenham melhores condições de trabalho e que possam lentamente colocar o esporte em seu devido lugar, como era em tempos atrás.
Por José Costa
Professor de Educação Física
CREF 000245-G/SE
Homenagem da SEED ao Professor José Costa
Zé Costa é homenageado pela SEED
O professor e técnico de basquetebol José Costa (Zé Costa) foi um dos três educadores homenageados pela Secretaria de Estado da Educação, durante a solenidade de abertura do IX Encontro Estadual de Educação Física, que acontece desde a última terça-feira, em Aracaju. A cerimônia, que marcou a inauguração do evento, contou com a presença do secretário José Lima e importantes personalidades ligadas à área de educação. A placa de homenagem foi entregue pelo professor Pedro Jorge, Diretor do Departamento de Educação Física da UFS, que, na oportunidade, ressaltou os relevantes serviços prestados pelo discente itabaianense, à área de educação física em nosso Estado. Empolgado, Costa agradeceu o ato de gratidão. “Sinto-me na obrigação de compartilhar esta homenagem com os meus colegas e milhares de alunos e ex-alunos dos colégios Estadual Murilo Braga, Salesiano, Graccho Cardoso e Dom Bosco”, enfatizou ele. Na placa de homenagem a inscrição encontrada é a seguinte: “Ao servidor JOSÉ COSTA os cumprimentos da Secretaria de Estado da Educação de Sergipe de profícuo trabalho, durante os quais mostrou inigualável senso de responsabilidade, determinação, respeito aos colegas e aos alunos.”
Jornal da Cidade - Publicada: 25/10/2008
O professor e técnico de basquetebol José Costa (Zé Costa) foi um dos três educadores homenageados pela Secretaria de Estado da Educação, durante a solenidade de abertura do IX Encontro Estadual de Educação Física, que acontece desde a última terça-feira, em Aracaju. A cerimônia, que marcou a inauguração do evento, contou com a presença do secretário José Lima e importantes personalidades ligadas à área de educação. A placa de homenagem foi entregue pelo professor Pedro Jorge, Diretor do Departamento de Educação Física da UFS, que, na oportunidade, ressaltou os relevantes serviços prestados pelo discente itabaianense, à área de educação física em nosso Estado. Empolgado, Costa agradeceu o ato de gratidão. “Sinto-me na obrigação de compartilhar esta homenagem com os meus colegas e milhares de alunos e ex-alunos dos colégios Estadual Murilo Braga, Salesiano, Graccho Cardoso e Dom Bosco”, enfatizou ele. Na placa de homenagem a inscrição encontrada é a seguinte: “Ao servidor JOSÉ COSTA os cumprimentos da Secretaria de Estado da Educação de Sergipe de profícuo trabalho, durante os quais mostrou inigualável senso de responsabilidade, determinação, respeito aos colegas e aos alunos.”
Jornal da Cidade - Publicada: 25/10/2008
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