terça-feira, 18 de janeiro de 2011

O esporte que tem a sua cara


O esporte que tem a sua cara

Que todas as atividades físicas fazem bem ao corpo e à mente, ninguém duvida. Mas um deles, além desses benefícios, combina exatamente com o seu perfil

Os especialistas são unânimes em afirmar: abandonar a vida sedentária é fundamental para prevenir doenças, garantir mais disposição e bem-estar. Em geral, a prática de um esporte conduz a uma melhora na capacidade cardiorrespiratória e na circulação, fortalece a musculatura, os tendões e até os ossos, deixando o corpo mais protegido contra lesões, torções e fraturas. “A prática regular de um esporte recreativo — aquele não-competitivo — diminui o risco de doenças como a hipertensão, o acidente vascular cerebral (AVC) e o diabetes”, complementa o educador físico Luis Carlos de Oliveira, instrutor de pesquisa do Centro de Estudos do Laboratório de Aptidão Física de São Caetano do Sul (Celafiscs).

Tudo isso sem falar nos ganhos estéticos, como o controle do peso, o enrijecimento e a definição da musculatura. “Quem faz algum exercício regularmente garante mais quantidade e qualidade de vida”, resume Ricardo Munir Nahas, diretor científico da Sociedade Brasileira de Medicina do Exercício e do Esporte (SBME).

Os benefícios de uma atividade física regular se estendem à saúde mental. “O esporte funciona, muitas vezes, como um treino para a vida prática e propicia situações que permitem o conhecimento do próprio corpo e uma consequente melhora da autoimagem e da autoconfiança”, explica Eliane Jany Barbanti, coordenadora do Núcleo de Psicologia do Esporte e Atividade Física (NUPSEA), da USP.

Mas, se são capazes de trazer inúmeros ganhos para a saúde do corpo e da mente, é importante saber que os exercícios se diferenciam entre si no que diz respeito a resultados específicos. Por isso, é tão importante fazer uma escolha acertada entre as várias modalidades disponíveis, antes mesmo de começar a treinar. Para cada objetivo, existem atividades que são mais indicadas, pelo tipo de trabalho físico que proporcionam. De acordo com a sua meta, é possível estabelecer uma rotina de treinos personalizada, que vai garantir resultados mais rápidos e eficazes.

SE O SEU OBJETIVO É...

...EMAGRECER

A melhor pedida: CICLISMO. A atividade permite um gasto energético alto — de até 600 kcal/hora — mas, ao contrário da corrida, não oferece tanto impacto, o que poderia causar a sobrecarga das articulações, especialmente no caso de pessoas que estão acima do peso. Também proporciona um ganho considerável de condicionamento físico, resultado que pode ser percebido logo nas primeiras semanas de prática. Pernas, glúteo, abdome e os músculos da região lombar são os mais trabalhados durante o exercício.

Frequência e duração mínima: 3 vezes por semana, começando com 30 minutos de atividade e aumentando gradualmente — cerca de 5 minutos a cada semana —, de acordo com o ganho de resistência. Durante a prática, é importante respeitar os limites do seu condicionamento físico: dores, desconfortos e cansaço excessivo devem servir como alerta. Se não está acostumado a pedalar, evite subidas e maneire na intensidade do exercício, pelo menos nas primeiras semanas de treino.

Cuidados: para andar na rua, os equipamentos de proteção — como capacete, cotoveleiras, joelheiras, faróis e roupas apropriadas — são indispensáveis. O principal risco da atividade está relacionado à queda, que não raro provoca cortes, torções e fraturas. Quem tem labirintite, portanto, deve evitar a prática, já que a falta de equilíbrio pode precipitar um acidente desse tipo. A atividade também é contraindicada para pessoas com problemas cardiorrespiratórios agudos ou que apresentem lesões sérias na coluna ou nas articulações, especialmente nos joelhos.

...AUMENTAR A RESISTÊNCIA

A melhor pedida é: CORRIDA. “A atividade possibilita que o condicionamento físico seja muito facilmente adquirido”, garante o educador físico Luis Carlos de Oliveira. Quem pratica regularmente conta, além dos benefícios cardiovasculares, com uma significativa queima calórica — que pode se traduzir na manutenção do peso ideal — e com uma melhora no tônus muscular, especialmente dos membros inferiores.

Frequência e duração mínima: 3 vezes por semana, começando com 30 minutos de atividade e aumentando gradualmente — cerca de 5 minutos a cada semana —, de acordo com o ganho de resistência e condicionamento físico.

Cuidados: é importante trabalhar dentro da frequência cardíaca adequada, determinada na avaliação física. O acompanhamento pode ser feito por meio de um frequencímetro — instrumento eletrônico utilizado para medição dos batimentos — ou mesmo valendo-se da velha regra de contar as pulsações, encostando os dedos no pulso ou no pescoço, logo abaixo do maxilar. Pessoas com cardiopatias ou problemas respiratórios graves só podem se submeter à atividade após uma cuidadosa avaliação médica. Lesões articulares poderão ser agravadas pela corrida, já que o exercício oferece bastante impacto.

...SAIR DA FAIXA DE SEDENTARISMO

A melhor pedida é: CAMINHADA. O exercício envolve movimentos básicos e não exige condicionamento prévio.
Além disso, proporciona menos impacto, o que diminui os riscos de lesões. “É a atividade com o menor número de contraindicações. Ela é recomendada até para pacientes em fase de reabilitação de doenças cardiovasculares”, garante o educador físico Luis Carlos de Oliveira. A caminhada possibilita um ganho de condicionamento gradual e auxilia no controle de diversas doenças, como o diabetes e o colesterol. Dependendo da frequência e da intensidade da prática, o exercício também ajuda a perder peso e a tonificar a musculatura, especialmente dos membros inferiores.

Frequência e duração mínima: 30 minutos de atividade física, todos os dias, são suficientes para garantir mais qualidade de vida e ajudar a proteger a saúde. O tempo de atividade pode ser fracionado em três períodos de dez minutos, sem prejuízo nenhum para a melhora da capacidade cardiorrespiratória. Porém, para usufruir dos benefícios desse esporte, é necessário que os passos sejam ritmados e constantes. “Se a pessoa estiver conseguindo pronunciar frases inteiras sem dar uma paradinha para tomar fôlego entre uma palavra e outra, é porque ainda está caminhando devagar demais”, explica o educador físico Sandro Veríssimo.

Cuidados: a avaliação médica, antes do início da atividade, é fundamental. “Mesmo a caminhada pode ser um exercício bem intenso e, caso a pessoa tenha alguma patologia desconhecida, há o risco de desenvolver um problema mais sério”, alerta Sandro.
Cardiopatias graves ou problemas respiratórios já detectados, bem como lesões de articulações e problemas de locomoção podem dificultar a prática do exercício e, nesses casos, o acompanhamento individualizado é recomendado.

...GANHAR MASSA MUSCULAR

A melhor pedida é: MUSCULAÇÃO. A atividade resistida, feita com o auxílio de pesos, é fundamental para garantir o aumento do volume do músculo. O treinamento, em geral, prevê cargas maiores e menos repetições. Mas, além do resultado óbvio, o exercício oferece inúmeros outros benefícios. A postura melhora e diminuem muito os riscos de sofrer de problemas de coluna, torções e lesões nas articulações, uma vez que os músculos fortalecidos acabam servindo de apoio para essas estruturas mais delicadas. Além disso, a prática prepara o coração para esforços intensos.

Frequência e duração mínima: 3 vezes por semana, intercalando os grupos musculares de modo que haja um intervalo mínimo de 48 horas para cada músculo trabalhado. “O intervalo é tão importante quanto a atividade, porque é preciso que as fibras musculares rompidas se refaçam, justamente o que proporciona o aumento do volume do músculo”, explica o educador físico e personal trainer Sandro Veríssimo. A duração e a intensidade do treino variam de acordo com o nível de condicionamento e a idade, entre outros fatores. Por isso, cada praticante deverá ser orientado de forma individualizada.

Cuidados: para evitar lesões, é imprescindível o acompanhamento de um educador físico, que vai observar se as posturas para os exercícios estão corretas, além de indicar a carga e o número de repetições mais adequados. E atenção: é importante que todos os grupos musculares sejam trabalhados no treino, para que não haja nenhum tipo de descompensação das articulações ou mesmo da coluna.
O aquecimento da musculatura, minutos antes de utilizar os aparelhos, também é fundamental. Assim como o ciclismo, ela só está contraindicada para pessoas com problemas cardiorrespiratórios agudos.

...TER MAIS DISPOSIÇÃO

A melhor pedida é: NATAÇÃO. O esporte melhora o condicionamento físico, a flexibilidade e até a coordenação motora. Além disso, a natação é uma das poucas atividades que promovem um trabalho muscular mais generalizado: ombros, costas, braços, peitoral, glúteo, pernas e abdome são bastante solicitados durante o exercício. A pressão naturalmente exercida pela água ainda dá uma mãozinha à circulação. E o melhor: tudo isso sem sobrecarregar as articulações e provocar dores no pós-treino, já que o impacto é muito pequeno.

Frequência e duração mínima: 3 vezes por semana, com aulas de 50 a 60 minutos.

Cuidados: além da consulta com um clínico geral, será necessário passar também por uma avaliação com um dermatologista antes de começar a treinar. Maiôs confortáveis, meias com sola antiderrapante e óculos de natação podem facilitar a prática. A touca protetora é item obrigatório.
A atividade está contraindicada para pessoas com problemas cardiorrespiratórios agudos ou que apresentem lesões articulares sérias, pois o impacto é muito pequeno na água, mas ainda assim existe. Quem sofre de crises de labirintite também corre o risco de apresentar certo desconforto durante as aulas, já que os exercícios na piscina exigem mais equilíbrio.

...AUMENTAR A FLEXIBILIDADE E A CONSCIÊNCIA CORPORAL

A melhor pedida é: ALONGAMENTO. Ao contrário do que se imagina, esse tipo de atividade, além dos ganhos óbvios para a flexibilidade e a amplitude dos movimentos, trabalha a resistência muscular e envolve um gasto energético significativo — até 300 kcal podem ser perdidas em uma hora de atividade! “O alongamento também ajuda a proteger articulações e até a própria musculatura de lesões e torções”, complementa o educador Sandro Veríssimo. Com o aumento da consciência corporal proporcionada pelo exercício, a postura tende a melhorar, assim como a coordenação motora, e os movimentos tornam-se mais ágeis.
Quando combinado ao relaxamento, o alongamento potencializa sua ação redutora da ansiedade, do estresse e da fadiga.

Frequência e duração mínima: 3 vezes por semana, 60 minutos por dia.

Cuidados: durante a prática, é importante respeitar os limites do seu corpo e parar de forçar o movimento ao perceber qualquer tipo de dor ou desconforto. O ganho de flexibilidade é lento e gradual. Quem tem desvios sérios na coluna ou sofre de labirintite poderá ter dificuldades no momento de experimentar algumas posições e precisará de uma atenção especial durante a prática.


...FAZER AMIGOS

A melhor pedida é: ESPORTES COLETIVOS, como o basquete, o vôlei e o futebol, que ajudam a trabalhar as noções de cooperação e de trabalho em grupo, favorecendo a aproximação espontânea com outros participantes. A prática regular também favorece o aumento do condicionamento físico, da força e da coordenação motora, o controle do peso e o fortalecimento da musculatura de regiões específicas, que variam de acordo com os movimentos mais exigidos em cada modalidade.

Frequência e duração mínima: 3 vezes por semana, começando com 30 minutos de atividade e aumentando gradualmente — cerca de 5 minutos a cada semana —, de acordo com o ganho de condicionamento.

Cuidados: como o contato é maior entre os praticantes e o nível de impacto não é desprezível, há um risco proporcional de sofrer traumas e quedas. Por isso mesmo, o ideal é optar por esse tipo de exercício depois de se submeter a treinamentos específicos para aumentar a resistência cardiorrespiratória e o tônus muscular. “Dessa forma, o corpo estará mais protegido de lesões e mesmo de fraturas de ossos, ligamentos e tendões”, explica Sandro. Pessoas com cardiopatias avançadas, problemas de pressão alta, quadros de labirintite ou lesões de coluna e articulares mais graves devem evitar esse tipo de atividade.

Fonte: Revista Viva Saúde - Por Rita Trevisan

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Filhos de políticos nas escolas públicas


Filhos de políticos nas escolas públicas

Como melhorar a educação? Obrigando presidente, governadores, prefeitos e parlamentares a testar o ensino público - com suas próprias crianças

Quanto custa estudar no Brasil? Depende. Se você estiver entre os 20% mais ricos da população, vai chegar ao fim de 20 anos de colégio e faculdade com uma formação de aproximadamente R$ 250 mil. Isso significa cerca de R$ 1 mil por mês. Nessa conta entram o dinheiro que você tira do próprio bolso para pagar as mensalidades e a contribuição que o governo faz (com investimento em universidades estatais e deduções de imposto). Agora, se você fizer parte dos outros 80%, sua educação receberá um investimento bem menor: o equivalente a R$ 116 por mês. Esse é o total gasto pelo país por aluno para manter as escolas públicas, onde não se passa muito tempo. Em média, essa parte da população completa só 5 anos de estudo formal, geralmente entre os 7 e os 11 anos de idade.

Ou seja: enquanto ricos estudam em escolas de qualidade por um longo tempo, o resto estuda por pouco tempo em escolas ruins. Como senador, tenho um projeto que pretende amenizar essa desigualdade. Minha proposta é a de que políticos eleitos - vereadores, prefeitos, deputados, senadores e o presidente - fiquem obrigados a matricular seus filhos em escolas públicas. Caso contrário, perderão seu mandato. O projeto já foi apresentado e agora espera avaliação do Senado e da Câmara.

No Brasil do passado, só classes com influência tinham vaga nas boas escolas públicas. Filhos de pobres não estudavam, ou frequentavam colégios particulares mantidos pela Igreja Católica, como seminários. Hoje filhos de eleitos estão entre os 20% mais ricos, em geral. E vão a colégios particulares.

Em lugares como Reino Unido e Cingapura, políticos nem pensam em colocar os filhos em escolas particulares. Os eleitores não aceitariam essa escolha, porque ela significaria ignorar a boa qualidade das escolas públicas de lá. Se um político é descoberto matriculando o filho no ensino privado, acaba nos jornais. Tem de se desculpar publicamente e transferir a criança para uma instituição pública.

Se políticos brasileiros tiverem de matricular os filhos em escolas públicas, elas receberão mais atenção dos governantes. O resultado será um ensino de qualidade para todos. E um país mais próximo dos princípios republicanos, com uma sociedade unida, sem divisão entre aristocracia e plebe. Há quem diga que essa obrigação fere a liberdade do político. Mas todo cidadão é livre para não ser candidato. Se ele opta pela vida pública, deve assumir obrigações. Esse seria só mais um de seus compromissos com os eleitores, com a nação e com a República.


Autor: Cristovam Buarque - professor de economia da Universidade de Brasília e senador pelo PDT/DF.

sábado, 15 de janeiro de 2011

O vestibular e a propaganda do Governo Estadual


O vestibular e a propaganda do Governo Estadual

Política de cotas

O objetivo deste artigo é chamar a atenção da sociedade para a propaganda enganosa promovida pelo Governo do Estado sobre a "melhoria" na educação pública.

No último 07 de janeiro, foi divulgado o resultado do vestibular 2011 da UFS. Está no site oficial www.agencia.se.gov.br a seguinte falácia
"O sucesso dos alunos da rede pública estadual no vestibular 2011 da Universidade Federal de Sergipe (UFS), é fruto do esforço do Governo do Estado, por meio da Secretária de Estado da Educação, que proporcionou todas as condições necessárias para que eles pudessem obter aprovação em um curso superior". A afirmação é do secretário de Estado da Educação, Belivaldo Chagas, que fez questão de acompanhar de perto o resultado da divulgação do listão dos aprovados na UFS, no Colégio Atheneu Sergipense, junto com os alunos e professores.

Mais uma vez o Governo do Estado tenta fazer parecer meritoso o resultado do vestibular obtido pelos alunos da rede pública. Para dar mais fundamentação ao nosso texto, poderíamos transcrever integralmente a nota da agência de comunicação do Estado, onde o orgulhoso secretário de educação enumera diversas ações do governo que, segundo ele, foram responsáveis pelo sucesso dos estudantes. Em vez disso, divulgamos aqui o endereço eletrônico para que o leitor confira pessoalmente
http://www.agencia.se.gov.br/noticias/leitura/materia:21340/acoes_do_governo_resultam_na_aprovacao_de_estudantes_na_ufs.html

Agora vamos aos fatos. Desde 2008, está em vigor a Resolução 80/2008/CONEPE/UFS que instituiu as políticas afirmativas para garantir o acesso de grupos menos favorecidos à Universidade Federal de Sergipe. Em resumo, a política de cotas. No Art 2º está escrito que, tirando a vaga para portadores de necessidades especiais, será reservado cinquenta por cento das vagas de todos os cursos de graduação ofertados pela Universidade Federal de Sergipe aos candidatos que comprovem a realização de cem por cento do ensino médio em escolas públicas das redes federal, estadual ou municipal e pelo menos quatro séries do ensino fundamental nessas mesmas instituições.

A lei acadêmica é muito clara. Praticamente metade das vagas da UFS são reservadas para os alunos da rede pública e portanto, a disputa por essas vagas fica restrita a essa cota dos estudantes. Por essa razão, assistimos a distorções grotescas que ocorrem na classificação do vestibular. Citemos como exemplo o resultado do curso de medicina com 100 vagas anuais. Os cinquenta primeiros excedentes do grupo não cotista, (rotulado pela instituição como grupo A) tiveram pontuação superior ao primeiro colocado do grupo dos cotistas. Assim, se não fosse pela política de cotas, o Governo do Estado não comemoraria a aprovação de aluno algum da rede pública no seleto curso de medicina. Cito o exemplo de medicina por sua notoriedade, mas isso não é diferente em cursos como engenharia e direito.

Notem como o cenário é cruel para quem se mostra contrário a essa política populista, pois expressando-se dessa forma damos a entender que o ingresso de estudantes de baixa renda na Universidade Federal é algo pernicioso e passamos a ideia de que o ensino superior deve manter-se elitizado. Já ouvimos duras críticas de colegas da Universidade que errônea ou propositalmente não entenderam o cerne do discurso.

Ora, ficaríamos imensamente felizes se pudéssemos confiar o ensino dos nossos filhos à escola pública. A grande massa da classe média que tem um certo grau de escolaridade e poder aquisitivo economizaria uma expressiva parte de seu orçamento familiar se não tivesse que pagar caras mensalidades. Mas diante dessa conjuntura, quem deixaria sua criança nas mãos de gestores descomprometidos com a educação? A escola pública é de fato o único refúgio da população carente na busca de uma instrução mínima. Mas por que esta não pode ter qualidade? Por que é necessário cotas no vestibular para que esses estudantes tenham êxito? Por que não é possível aprender no mesmo nível do ensino particular? Por que a forma de gerir a escola pública não muda? A sociedade deveria fazer essas perguntas e exigir respostas do poder público. Eu faço parte da sociedade e quero respostas!

Se a Universidade Federal e o Governo do Estado entendem de modo unissonante que as distorções na distribuição das vagas do vestibular devem ser corrigidas com cotas, o que podemos fazer se não aceitarmos pacífica e democraticamente. O que não podemos aceitar é o desafio barato à nossa inteligência encarnado numa propaganda cínica e mentirosa promovida pelo órgão de imprensa oficial do Estado gabando-se de suas parcas ações como se estas fossem responsáveis pelos índices de aprovação alcançados. Vale lembrar que em 2010, o governo gastou muito dinheiro em divulgação nos meios de comunicação. Quem não se lembra do mote "A educação melhorou e os resultados apareceram..." visto em outdoors, tv's e jornais.

É paradoxal, mas a política de cotas prejudicará justamente os grupos menos favorecidos da sociedade brasileira que continuarão enganados e escravos de medidas pseudo-altruístas de governos privados de inteligência e dotados de muita esperteza.

Prof. Alan Almeida Santos
Universidade Federal de Sergipe
Campus Prof. Alberto Carvalho

Fonte: Itnet

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Campanha para os políticos doarem um salário a favor dos flagelados das enchentes


Campanha para os políticos doarem um salário a favor dos flagelados das enchentes

Não existe povo mais solidário do que o brasileiro, basta alguma comunidade passar por dificuldades ou uma campanha de ajuda humanitária ser deflagrada, que o país inteiro é solidário.

Mas tem uma classe que parece não se sensibilizar com as tragédias que acontecem com o povo, justamente quem mais ganha com o suor do brasileiro, a dos políticos, que na sua maioria, só gosta de aparecer na hora de pedir votos, e quando é para ajudar ao povo nas calamidades, eles desaparecem.

Chegou a hora de realizarmos uma campanha nacional para sensibilizar e chamar a responsabilidade dos políticos que passam 4 ou 8 anos ganhando salários exorbitantes com o dinheiro do povo brasileiro e que pouco faz pela população, é a “campanha para os políticos doarem um salário a favor dos flagelados das enchentes”.

Com a tragédia das enchentes nos Estados do Rio de Janeiro e São Paulo os deputados estaduais e federais, senadores e governadores que deixaram o poder doariam o último salário e os que estão assumindo o novo mandato doariam o primeiro salário, sabemos que estas doações não resolverão o problema, mas será uma maneira decente e humana de amenizar o sofrimento do povo, o mesmo, que de quatro em quatro anos coloca os políticos no poder.

Que as pessoas continuem sendo solidárias e humanas contribuindo com a campanha contra as enchentes, mas também cobre da classe política projetos de prevenção para diminuir o impacto de uma catástrofe como a do Rio e de São Paulo, que levou centenas de vidas.

Que os políticos sejam rápidos na doação como são quando querem aumentar os próprios salários. Eles devem doar um pouquinho do que eles ganharam nos últimos 4 anos ou vão ganhar nos próximos 4 ou 8 anos. Sei que é uma utopia, mas não custa nada tentar sensibilizar os corações "solidários" dos políticos.

“QUE OS POLÍTICOS FAÇAM A DOAÇÃO DE UM SALÁRIO A FAVOR DOS FLAGELADOS DAS ENCHENTES.”

Vamos espalhar esta ideia na internet até chegar às mãos dos políticos.

Por Professor José Costa

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Feliz Idade


Feliz idade

Um guia para vencer os desafios e aproveitar as oportunidades da vida, mantendo o perfeito equilíbrio

Desde a infância, nos apressamos em crescer para ganhar autonomia. E, basta a idade avançar, já começamos a sentir falta do que passou. É assim que perdemos a oportunidade de aproveitar o presente. "Cada fase tem seu encanto e nos traz um aprendizado específico. Então, é fundamental ter uma postura positiva e aberta, enxergar como podemos viver bem com os recursos e as limitações que fazem parte de cada momento nosso, no processo de amadurecimento", ressalta a professora de Psicologia da Universidade Presbiteriana Mackenzie Santuza Cavalini.
Mas não basta preparar a mente para garantir um envelhecimento saudável. É a adoção de bons hábitos, ao longo de toda a vida, o que garante a longevidade e o bemestar. "Quem pratica exercícios regularmente, segue uma dieta balanceada e evita as drogas estará mais protegido no futuro", alerta Antonio Mendes Neto, presidente da regional de Santos da Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo (Socesp).
Em resumo: cuidar da saúde mental e física, em todas as fases da vida, é o mesmo que fazer aportes regulares em uma previdência que se resgatará, com uma boa margem de lucro, após os 60 anos. Pronto para começar a investir em você mesmo?

Controle o estresse no trabalho

A terceira década de vida é marcada pela dedicação quase exclusiva à vida profissional, já que a maioria das pessoas, nesse período, está preocupada em fazer o que os mais antigos chamavam "pé de meia". O grande problema é que o excesso de trabalho e a tensão acumulada podem representar obstáculos para a manutenção da saúde física e mental. Então, para cair fora dessa situação de risco, o primeiro passo é identificar as fontes geradoras de estresse.
O motivo da tensão pode ser a distância da casa até o emprego, a demanda de trabalho ou até mesmo a cultura da empresa, que não investe na qualidade de vida de seus empregados. De qualquer forma, sempre existe uma saída, seja encontrar um imóvel mais próximo do trabalho ou mesmo negociar prazos com seu chefe. "Aquele que faz um bom trabalho dificilmente será demitido se, em alguns momentos, tiver de dizer 'não'. Essa noção de que é preciso aceitar tudo, sem argumentar, está mais relacionada à baixa autoestima do funcionário do que ao alto nível de exigência de seu chefe", alerta o psiquiatra Geraldo Possendoro.


Acerte o ritmo do organismo

É a partir dos 30 anos que a velocidade do metabolismo começa a cair gradualmente, aumentando a tendência ao sobrepeso e à obesidade. "Com o avanço da idade, há uma diminuição da massa magra, e essa perda é justamente a responsável pela desaceleração do ritmo habitual de funcionamento do organismo. Com isso, o gasto energético também passa a ser menor. Ou seja, será preciso fazer mais exercícios ou controlar com mais rigor a alimentação, para se manter a mesma forma de sempre", avisa a endocrinologista Anete Hannud Abdo, do Hospital das Clínicas (SP).
A musculação é uma das melhores formas de reagir a esses efeitos do tempo: ela promove um gasto calórico elevado e ainda ajuda a reverter a tendência ao acúmulo de tecido adiposo. Investir em um cardápio equilibrado, com as quantidades adequadas de carboidratos, proteínas e gorduras, também é uma excelente alternativa.


Diga não à culpa

É também nesse período que muitos casais resolvem dividir o mesmo teto ou que decidem enfrentar o desafio de ter filhos. A grande questão é que esses relacionamentos também trazem novas exigências: de tempo, de atenção e de afeto. E, para dar conta de tudo, além das obrigações profissionais, será preciso copiar os malabaristas do circo: eles conseguem manter todas as bolas no ar, mas seguram uma de cada vez. "É preciso saber que o equilíbrio entre as nossas diversas demandas é algo fluido. Assim, se eu estou envolvida num projeto profissional e preciso fazer uma viagem, por exemplo, vou me dedicar ao trabalho naquele momento e, na volta, vou tentar não marcar tantos compromissos, para compensar o tempo que não passei com o parceiro ou com as crianças", ensina a psicóloga Sheila Skitnevsky-Finger, sócia fundadora do Instituto Mãe Pessoa. Para a psicóloga Dorli Kamkhagi, colaboradora do Laboratório dos Estudos do Envelhecimento do Hospital das Clínicas (SP), o grande segredo é abrir mão da expectativa de desempenhar perfeitamente os diversos papéis assumidos. "Aceitar as nossas limitações, por outro lado, é uma forma de nos mostrarmos maduros, pois somente pessoas imaturas se julgam capazes de tudo", pondera.


Mexa o corpo

Se, por volta dos 30 anos, é necessário iniciar ou readequar o ritmo da atividade física às características do organismo, aos 40, a adoção desse cuidado é imprescindível. Mexer o corpo é a melhor alternativa para compensar as perdas de massa muscular e óssea e ainda prevenir doenças físicas e emocionais. "Praticando uma atividade qualquer, que seja prazerosa, reduzimos muito o risco de morte prematura e, o mais importante, ganhamos qualidade de vida. Quem se exercita tem mais disposição, suporta melhor as tensões, cria uma rede social que pode lhe dar suporte e ainda previne problemas como a depressão e a ansiedade. Isso sem falar nos benefícios para o sono, que passa a ser mais regular durante a noite", afirma Tony Meireles dos Santos, coordenador dos programas de Mestrado e Doutorado em Educação Física da Universidade Gama Filho. E, segundo Santos, o tipo de exercício escolhido não importa muito, já que mesmo caminhadas de intensidade leve podem trazer grandes benefícios. Imagine que, se andar apenas meia hora, cinco vezes por semana, você vai reduzir em até 40% o risco de sofrer um infarto dos 40 anos em diante. Vale a pena, não é?

Ser capaz de projetar novas metas e empenhar-se em alcançá-las é uma maneira eficiente de garantir um envelhecimento saudável

Veja as mudanças com serenidade

Embora os procedimentos estéticos venham apresentando formas cada vez mais eficientes de prolongar a juventude, no que diz respeito à aparência, ainda é impossível apagar totalmente os efeitos do tempo. Então, é na fase dos 40 que homens e mulheres notam os primeiros fios de cabelos brancos, as marcas de expressão acentuadas, entre outras mudanças típicas. E boa parte dessas pessoas começa a se olhar no espelho com certo pesar. "A nossa sociedade infelizmente nos passa a ideia de que o processo de envelhecimento é algo terrível. Isso faz que muitos tenham cada vez mais receio das mudanças, principalmente as físicas, à medida que o tempo vai passando. Mas o fundamental é mudar o foco: perceber que a maturidade também traz grandes oportunidades, de se realizar profissionalmente e afetivamente, de uma forma que não seria possível se elas não tivessem a experiência de vida que adquiriram graças ao avanço da idade", pondera Dorli Kamkhagi.

Faça um balanço e estabeleça metas

É comum que já aos 40 muitos se achem "velhos demais" para fazer planos e definir novos objetivos. Eles creem que, por já haver escolhido uma profissão, um parceiro, um determinado estilo de vida, agora estão fadados a arcar com as consequências das decisões que tomaram, ainda que não estejam 100% satisfeitos com elas. Porém, segundo os especialistas ouvidos nesta matéria, ser capaz de projetar novas metas e empenharse em alcançá-las é uma maneira eficiente de garantir um envelhecimento saudável. "O começo da maturidade é uma fase de extrema criatividade, que pode ser muito transformadora, especialmente se tivermos coragem de analisar a nossa situação atual, com clareza, para fazer as adequações necessárias, com vistas a ser ainda mais felizes", garante Dorli Kamkhagi. "Esse é o momento de fazer as pazes consigo mesmo e de se liberar de outros compromissos, principalmente com 'a opinião dos outros', que já não fazem mais sentido", complementa a psicóloga.

Usufrua da sua companhia

A maturidade dos 50 anos também pode oferecer a chance de perder, de vez, o medo da solidão. Isso mesmo: segundo os especialistas, essa é uma das experiências mais enriquecedoras que o tempo nos traz. "Só quando ficamos sozinhos é que nos damos o direito de redescobrir quem somos e o que gostamos de fazer", explica Dorli Kamkhagi.
É a hora de preparar um banho gostoso na banheira e de se deixar ficar por longos minutos ali, sem ter de se preocupar com mais nada. É também o momento de comprar aquele presente que sempre quis se dar, mas que desistiu de levar para casa inúmeras vezes para atender às necessidades mais urgentes dos filhos ou do cônjuge. "É possível estar só e não ser solitário. O solitário se sente abandonado pelos outros e acaba se abandonando também, perde o interesse pela vida. Já aquele que simplesmente se descobre só, aproveita a oportunidade para buscar novas fontes de satisfação e para cuidar mais de si", diz a psicóloga.

Controle os hormônios

Com a queda da produção hormonal, que ocorre de forma gradativa e lenta, mais ou menos a partir dos 50 anos, podem surgir sintomas desagradáveis, tanto para os homens quanto para as mulheres. E, em alguns casos, quadros de depressão ou até mesmo problemas cardiovasculares se associam à chegada da menopausa, no caso das mulheres, ou da andropausa, no caso dos homens. "A terapia de reposição hormonal é praticamente uma unanimidade entre os médicos. Ela traz benefícios importantes e quase não acarreta efeitos colaterais", explica o ginecologista e obstetra Hérbene Tolosa, autor do livro A menopausa: conhecer e enfrentar (Editora Contexto). Dependendo da situação e do paciente, outros medicamentos podem ser receitados, como os antidepressivos, as vitaminas e os antioxidantes. "Praticar esportes, manter uma alimentação balanceada e aumentar o tempo de lazer são estratégias que também ajudam a minimizar o mal-estar da fase", reforça Tolosa.

Descubra novos interesses

A saída dos filhos de casa, o fim de uma união duradoura ou a diminuição do ritmo de trabalho podem fazer que algumas pessoas se deparem com um tempo livre que antes não tinham e que agora não sabem direito como administrar. "É nesse momento que podemos desenvolver aquela percepção de que já não somos tão úteis, que as funções que vínhamos desempenhando até então perderam a sua importância", constata a psicóloga Dorli Kamkhagi. Trata-se de uma visão negativa sobre esse novo período da vida, que pode ser completamente transformada se houver o desejo de descobrir novas experiências, que proporcionem prazer. "É muito interessante encarar essa fase como uma oportunidade de retomar antigos projetos de vida. Rever amigos, estabelecer novos relacionamentos, viajar, encontrar um hobby, tudo isso também é muito válido", ensina Dorli.
Não desista de aprender

O avanço da idade, a partir dos 60 anos, costuma aumentar o risco de doenças neurológicas, como Parkinson e Alzheimer. Mas vale saber que o interesse pela vida e a disponibilidade para seguir aprendendo são excelentes antídotos. "O cérebro, ao contrário do corpo, não precisa descansar depois de certa idade. Quanto mais estimulado ele for, melhor. E é possível fazer isso não só por meio das atividades intelectuais, mas também por meio do lazer e da convivência social. Essas são algumas das medidas mais importantes para manter o cérebro saudável", diz Márcia Chaves, coordenadora do departamento de Neurologia Cognitiva da Associação Brasileira de Neurologia.

Mantenha o coração forte
Os problemas cardiovasculares são a principal causa de hospitalização nessa faixa etária. Felizmente, é possível fazer frente a essas ameaças. "Estudos recentes demonstram que praticar no mínimo 150 minutos de atividade física por semana e consumir porções generosas de verduras, legumes, frutas e cereais, diariamente, são medidas protetoras de alta eficiência para o coração", ensina o cardiologista Antonio Mendes Neto, da Socesp.

Troque experiências

"É essencial criar oportunidades para dar e receber conhecimento, estar aberto e ser flexível, rever a crença de que, por sermos mais velhos, sabemos tudo. Os mais novos têm muito a nos ensinar e nos atualizam", ressalta Santuza Cavalini. Também não vale ficar preso àquela visão de que "antigamente, a vida era melhor": quem é capaz de enxergar aspectos positivos e negativos está sendo mais fiel à realidade.

Fonte: Revista Viva Saúde - por Rita Trevisan e Giovana Pessoa

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Quem decidiu a ordem das letras do alfabeto?


Quem decidiu a ordem das letras do alfabeto?

Os fenícios, mas não se sabe muito bem por quê. Provavelmente, as letras foram colocadas em sequência aleatoriamente. O que se sabe é que o povo que habitou a região onde atualmente fica o Líbano, entre os anos 1400 e 1000 a.C., criou uma série de símbolos muito parecidos com os que usamos hoje, inspirados na escrita egípcia, cujas letras (ou ícones) representavam uma ideia. A grande inovação dos fenícios foi fazer cada símbolo equivaler a um som, relacionando o formato do símbolo a um objeto, um lugar ou um animal ao qual se expressavam usando determinado som (ou grunhido). Veja, por exemplo, como surgiu a letra A. A base para a criação dela foi o hieróglifo egípcio que representava "boi", cujo formato lembrava a cabeça do animal. Os fenícios criaram um ícone bem parecido para representar o som da primeira sílaba de aleph ("boi", em fenício). Portanto, sempre que aparecia esse som em uma palavra, o tal ícone era usado. Assim surgiu o alfabeto fenício, que serviu como base para a maioria dos alfabetos atuais, inclusive o nosso. Como? O fenício inspirou o grego, que por sua vez inspirou o etrusco, que, enfim, originou o romano (ou latino), que é esse que você está lendo. A ordem das letras não mudou, mas novos símbolos surgiram, mesmo depois da criação do alfabeto romano - que nasceu há cerca de 2 700 anos. A princípio, os romanos tinham 21 letras. O U cumpria a função de V, W e U mesmo, enquanto o I fazia a função de I e de J. E assim foi o nosso alfabeto até o século 16, quando o lógico francês Pierre Ramée criou as novas letras. Quem sabe no futuro criaremos novas letras para representar SS, RR, LH ou NH?! O alfabeto, assim como a língua, vive em constante evolução.

Fonte: Revista Superinteressante - por Artur Louback Lopes

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Investimento em educação fica abaixo do custo mínimo de qualidade


VALOR INVESTIDO PELO GOVERNO FICA ABAIXO DO CUSTO MÍNIMO DE QUALIDADE EM 22 ESTADOS

Em 22 Estados, o custo por aluno da rede pública previsto para 2011 fica abaixo do mínimo estipulado para se ter educação com qualidade, definido pelo CAQi (Custo Aluno Qualidade Inicial) com base no PIB (Produto Interno Bruto) de 2008. De 2010 para 2011, houve um aumento de R$ 300 no valor da anuidade.
O valor estimado pelo CAQi para os primeiros anos do ensino fundamental é de R$ 2.194,56. Nove Estados trabalharão com R$ 1.722,05: Alagoas, Amazonas, Bahia, Ceará, Maranhão, Pará, Paraíba, Pernambuco e Piauí. E chegarão a esse valor com complementação de verbas feita pela União. Apenas cinco unidades federativas superam o valor do CAQi para os anos iniciais. São elas: Amapá, Distrito Federal, Espírito Santo, Roraima e São Paulo.
O valor mínimo do estudante da escola pública será R$ 1.722,05, segundo a portaria interministerial 1.459 de 30 de dezembro de 2010. A cifra é base para a distribuição de recursos pelo MEC (Ministério da Educação), por meio do Fundeb (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação).

Falta dinheiro?
Ao consideramos os anos finais do ensino fundamental, 13 Estados aplicam menos que o CAQi. O valor mais baixo por aluno para 2011 é de R$ 1.894,25, quando o recomendado é R$ 2.148,84. Já no ensino médio, 12 Estados destinam valores menores que o estipulado pelo índice -- R$ 2.066,46 de orçamento contra os R$ 2.209,80 recomendados.
Segundo Mozart Neves Ramos, conselheiro do CNE (Conselho Nacional da Educação), seria necessário garantir o investimento mínimo proposto pelo CAQi. Ramos foi o relator do parecer encaminhado ao MEC para a adoção do índice.
Na avaliação de Ramos, o investimento por parte do governo federal precisa ser maior. Seria necessário o aporte de R$ 30 bilhões - contra os atuais R$ 8,7 bilhões - para aplicar o CAQi no país, na estimativa do professor universitário. "Dos R$ 94,5 bilhões que o MEC propõe para 2011, R$ 8,7 bilhões são da União e R$ 7,8 bilhões vão para a complementação dos Estados [para que eles cheguem ao mínimo]. O que sobra é muito pouco para dividir entre as 27 unidades federativas", diz.
O CAQi, um índice elaborado pela Campanha Nacional pelo Direito à Educação, inverte a lógica do investimento público por aluno. Atualmente o cálculo sobre o valor mínimo é feito com base na arrecadação tributária, dividindo o total de impostos destinados à área pela quantidade de alunos. Com o CAQi, o valor mínimo é estipulado e é preciso fazer cumprir esse investimento.

Municípios preocupados
Para o secretário municipal de Educação de Castro (PR), Carlos Eduardo Sanches, é preciso ter "dinheiro novo" no setor. O gestor, que também preside a entidade que representa os secretários municipais de educação (Undime), afirma que o aumento é significativo.
"Houve aumento de arrecadação de 13,5% e diminuição de 6,4% nas matrículas, o que levou o valor a subir 21%", explica Sanches. No entanto, ele se diz preocupado com o impacto desse aumento em outro quesito básico da gestão da área: o salário dos professores.
Dependendo do desfecho de um PL (projeto de lei) que tramita na Câmara dos Deputados, o piso nacional para o professor pode ter como índice essa variação do valor investido por aluno. O PL 3776/08 propõe que os vencimentos dos docentes sejam reajustados pelo INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor).

Roraima é o Estado brasileiro com o maior valor investido por aluno dos anos iniciais do ensino fundamental, R$ R$ 2.915. A diferença com os nove Estados que aplicam o menor valor (R$ 1.722) é de 1,69 vezes. Essas unidades federativas, todas das regiões Norte e Nordeste, vão receber complementação de verbas do Fundeb para chegar a esse valor.
"Essa diferença já foi de 1,88 vezes", diz Carlos Eduardo Sanches, secretário municipal de educação de Castro (PR) e presidente da Undime (União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação). Segundo ele, a criação do Fundeb está ajudando a diminuir as diferenças entre os Estados.
O investimento na maioria dos Estados, no entanto, ainda fica abaixo do mínimo estipulado pelo CAQi (Custo Aluno Qualidade Inicial), uma referência de custo para oferecer educação com qualidade. Em 22 Estados, os valores dos anos iniciais do ensino fundamental estão aquém.

Educação precisa de "dinheiro novo"

Em 12 Estados brasileiros os valores que serão destinados aos alunos do ensino médio ficarão abaixo do mínimo estimado para se oferecer educação de qualidade conforme os cálculos do CAQi (Custo Aluno Qualidade Inicial).
O CAQi, um índice elaborado pela Campanha Nacional pelo Direito à Educação, inverte a lógica do investimento público por aluno. Atualmente o cálculo sobre o valor mínimo é feito com base na arrecadação tributária, dividindo o total de impostos destinados à área pela quantidade de alunos. Com o CAQI, o valor mínimo é estipulado e é preciso fazer cumprir esse investimento.

Confira as tabelas no site do UOL - http://www.uol.com.br

Fonte: UOL – por Karina Yamamoto - Editora do UOL Educação

E os governos estaduais ficam se vangloriando das aprovações nos vestibulares das universidades federais através das cotas, mas sem oferecer qualidade no ensino público e com o professor recebendo um piso salarial abaixo de dois salários mínimos, enquanto os políticos recebem mais de R$ 26 mil só de salário. Esta é a educação de qualidade que os políticos prometem a sociedade na época da campanha política.

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Recomeçar


RECOMEÇAR

Hoje levantei cedo pensando no que tenho a fazer antes que o relógio marque meia noite.

É minha função escolher que tipo de dia vou ter hoje.

Posso reclamar porque está chovendo ou agradecer às águas por lavarem a poluição;

Posso ficar triste por não ter dinheiro ou me sentir encorajado para administrar minhas finanças, evitando o desperdício;

Posso reclamar sobre minha saúde ou dar graças por estar vivo;

Posso me queixar dos meus pais por não terem me dado tudo o que eu queria ou posso ser grato por ter nascido;

Posso reclamar por ter que ir trabalhar ou agradecer por ter trabalho;

Posso sentir tédio com o trabalho doméstico ou agradecer a Deus por ter um lar;

Posso lamentar decepções com amigos ou me entusiasmar com a possibilidade de fazer novas amizades.

Mas… se as coisas não saíram como planejei posso ficar feliz por ter hoje para recomeçar.

O dia está na minha frente esperando para ser o que eu quiser.

E aqui estou eu, o escultor que pode dar forma.

Tudo depende de mim.

(Charles Chaplin)

Autoexames para fazer agora!


7 autoexames para fazer agora!

Alterações na glândula tireoide, colesterol nas alturas e até problemas de fígado podem levar ao aparecimento de sinais característicos em nosso corpo. Observá-lo com cuidado, regularmente, é a chave para barrar a progressão de muitas doenças

1. Pescoço e axilas

- Sintomas críticos: alteração de coloração nas dobras das axilas, acompanhada de escurecimento da parte posterior do pescoço. "O quadro é de dermatose nigricante, fácil de ser reconhecido pelo médico", diz a dermatologista Karin Ventura Ferreira.

- O que eles indicam: segundo a endocrinologista Maria Angela Zaccarelli Marino, professora da Faculdade de Medicina do ABC, quem apresenta esses sinais tem maior propensão a desenvolver diabetes do tipo 2 e poderá ser aconselhado a fazer um acompanhamento das taxas de glicose no sangue. "Não sabemos exatamente qual é o mecanismo que provoca a alteração, mas diversos estudos mostram que o sintoma é característico da resistência do organismo à ação da insulina", diz Maria Angela. Então, nesse caso, a consulta com um endocrinologista está indicada.

- Quando fazer o autoexame: observe a região uma vez por mês, após o banho.
Em grande parte dos casos, nosso corpo dá inúmeros avisos de que está precisando de cuidados, quando algo não vai bem. O problema é que, na correria entre um compromisso e outro, mal conseguimos observá-lo. E pior: quando o fazemos, nosso olhar clínico normalmente está à procura de imperfeições estéticas que nos desagradam e que parecem ter a função de um ímã, puxando a nossa visão sempre naquela direção. Porém, uma vez bem informados sobre alguns sintomas que são visíveis e que indicam anormalidades, pode até ser que comecemos a ver aquela imagem refletida no espelho de maneira diferente. Esse simples hábito ajudará a afastar preocupações que dizem respeito a doenças comuns em nossa época ou poderá servir, ainda, para nos alertar sobre a necessidade de marcar uma consulta de rotina. A boa notícia é que o recurso do autoexame, muito eficiente para proteger a saúde, está realmente ao seu alcance. E, para tirar proveito, você só vai precisar de um bom espelho e de alguns minutinhos livres. Pronto para começar?

2.Unhas

- Sintomas críticos: alterações significativas na coloração das unhas, que podem ficar arroxeadas, esbranquiçadas, amareladas, ou, ainda, o aparecimento de linhas verticais ou horizontais com tons que se diferenciam da base devem ser investigados por um dermatologista. Deformidades que deixam a ponta das unhas voltadas para fora, em contorno convexo, unhas fracas, quebradiças e sem brilho também merecem um exame minucioso.

- O que eles indicam: grande parte desses sintomas deve-se a carências nutricionais. "Unhas quebradiças podem sinalizar anemia. As esbranquiçadas indicam deficiências de vitamina A ou cálcio. Já a presença de pontos avermelhados sugere falta de zinco ou selênio", adverte a nutricionista Tereza Cristina de Senna, da Santa Casa de São Paulo. Manchas arroxeadas podem estar relacionadas a traumas ou micoses.
O melanoma, um tipo de câncer de pele muito agressivo, também pode ser diagnosticado a partir da coloração das unhas. "O aparecimento de uma linha vertical enegrecida, marrom ou até azulada, pode estar ligado ao problema", diz a dermatologista Karin Ferreira, da Universidade Federal de São Paulo. Outros problemas sistêmicos acabam deixando reflexos na região. "Unhas de efeito azulado e planificadas podem sinalizar distúrbios cardíacos ou respiratórios", complementa Karin.

- Quando fazer o autoexame: todos os meses, olhando as unhas sem esmalte ou base, de preferência, sob a luz natural.

3. Olhos

- Sintomas críticos: a região da conjuntiva ocular, aquela que normalmente tem coloração branca, fica amarelada. Outro sinal preocupante é perceber a mucosa conjuntival, a que fica escondida sob a pálpebra inferior, em tom róseo em vez de um vermelho vivo.

- O que eles indicam: olhos amarelados podem estar relacionados a importantes distúrbios hepáticos. "O sinal é bastante comum na presença de hepatites virais. Outras doenças do fígado e das vias biliares também podem estar provocando o sintoma", alerta a gastroenterologista Maria de Lourdes Teixeira, do Hospital Beneficência Portuguesa (SP). Já a palidez nas mucosas pode ter ligação com a deficiência de hemoglobina, quadro que caracteriza a anemia. "Quando notamos também um inchaço nos olhos, podemos suspeitar de algum problema renal. Aí, mandamos o paciente para um nefrologista ou para um clinico geral", complementa o dermatologista Valcinir Bedin.

- Quando fazer o autoexame: todos os dias, ao lavar o rosto, pela manhã. As mucosas podem ser observadas ao menos uma vez por mês.

4. Pálpebras, joelhos e cotovelos

- Sintomas críticos: o aparecimento de grânulos nessas regiões é o suficiente para motivar uma visita ao médico. "Esses grânulos nada mais são do que a deposição de gordura na pele. No autoexame, vemos nódulos de coloração amarelada que podem ser pontos minúsculos ou ter diâmetro superior a 5 cm", explica o cardiologista Marcos Knobel.

- O que eles indicam: os xantelasmas (grânulos nas pálpebras) e os xantomas (grânulos no cotovelo, joelhos e articulações) são depósitos de gorduras e frequentemente estão relacionados a elevados níveis de lipídios no sangue, mais conhecidos como colesterol e triglicérides. "Quando há um elevado nível de gorduras no sangue, elas podem acabar se depositando nesses locais. Os grânulos também podem ser sintomas de diabetes, alguns tipos de câncer e problemas hepáticos, como a cirrose biliar primária", alerta.

- Quando fazer o autoexame: observe as pálpebras, joelhos e cotovelos com muita atenção, pelo menos uma vez por mês.

5. Couro cabeludo

- Sintomas críticos: queda acentuada dos cabelos, fios desbotados, sem vida e quebradiços. "É normal perder até 100 fios por dia, e essa queda só é perceptível no momento em que lavamos ou penteamos os cabelos. Porém, se acordamos e o travesseiro está cheio de cabelos, por exemplo, é provável que esteja ocorrendo uma queda que chamamos patológica", explica o dermatologista e tricologista Valcinir Bedin, presidente da Sociedade Brasileira para Estudos do Cabelo.

- O que eles indicam: a queda e a perda de vitalidade dos cabelos podem ter inúmeras razões. Agressões constantes aos fios, com químicas e tinturas, deficiências de minerais e vitaminas e alterações hormonais são as causas mais comuns. A queda de cabelo, mais especificamente, pode ser um sintoma importante de hipotireoidismo, quando a produção do hormônio tireoidiano é insuficiente. No entanto, o sintoma, isolado, não é suficiente para se fechar o diagnóstico. "De qualquer forma, a consulta médica é imprescindível para se tirar a dúvida, ao suspeitar de uma anormalidade", defende o endocrinologista Marcio Mancini, do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo.

- Quando fazer o autoexame: todos os dias, ao pentear os cabelos. Observe também o travesseiro, a cadeira onde permanece sentado e o banco do carro, ao desconfiar de uma queda fora do comum.

6. Língua

- Sintomas críticos: presença de linhas brancas ou de uma substância branca na superfície ou nas laterais, coloração amarelada, fissuras, vermelhidão, inchaço e dor local podem ser indícios de problemas de saúde mais sérios.

- O que eles indicam: Linhas ou substâncias brancas sobre os lados da língua pode ser indício de acúmulo de fungos, conhecidos popularmente como sapinhos. A língua também pode ficar amarelada se o paciente estiver com icterícia. Inchaço, vermelhidão e fissuras sugerem carências de vitaminas do complexo B ou de ferro.

- Quando fazer o autoexame: todos os dias, ao escovar os dentes. "Sempre que alguma alteração for notada e persistir após a escovação da língua, é interessante passar pela avaliação de um médico", afirma Maria de Lourdes.


7. Barriga

- Sintomas críticos: o acúmulo de gordura abdominal pode representar problemas ainda que o índice de massa corpórea (IMC) esteja em níveis aceitáveis. Para saber se você corre riscos, use uma fita métrica para tirar a medida da sua cintura e do seu quadril (posicionando-a na área de maior protuberância dos glúteos). Então, divida a medida da circunferência da cintura pela medida da circunferência do quadril (em centímetros). "O ideal é que esse índice seja menor que 0,85 para mulheres e 0,90 para homens", afirma o cardiologista Marcos Knobel, coordenador da Unidade Coronária do Hospital Albert Einstein (SP).

- O que eles indicam: maior propensão a desenvolver problemas cardiovasculares. "Um estudo bastante recente avaliou mais de 10.000 pacientes que apresentaram doença coronariana. A pesquisa provou que pacientes que possuíam aumento das medidas da cintura tiveram uma incidência significativamente maior de problemas de coração, quando comparados com os pacientes que apresentavam medidas mais modestas", diz o especialista. No entanto, o fato de estar com as medidas acima do limite recomendado não significa, por si só, o risco iminente de um ataque cardíaco. "O importante é que, ao notar essa alteração, o médico seja procurado. O profissional vai pedir exames de sangue e de imagem capazes de indicar se outros fatores de risco estão presentes para, então, verificar a necessidade de um controle mais efetivo", afirma Knobel.

- Quando fazer o autoexame: a cada três meses tire a medida da cintura, usando uma fita métrica.

Fonte: Revista Viva Saúde - por Rita Trevisan

sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

Quem define as classes sociais no Brasil?


Quem define as classes sociais no Brasil?

A divisão da população brasileira em classes socioeconômicas é baseada no Critério de Classificação Econômica Brasil, levantamento feito pela Associação Brasileira de Empresas de Pesquisa (Abep). Essa classificação surgiu em 1997 para medir o poder aquisitivo das pessoas, avaliando os bens da família e o grau de escolaridade do chefe da casa. “O Censo, do IBGE, não define classe, só renda, e muitos distorcem os dados sobre quanto ganham. Por isso, foi definido que, para descobrir o poder aquisitivo de uma pessoa, era preciso estabelecer um novo critério”, diz Ana Helena Meirelles Reis, presidente da MultiFocus Inteligência de Mercado. Na prática, itens possuídos pela família valem pontos e definem a que classe ela pertence. No Brasil, os principais bens avaliados são: quantidade de banheiros na casa, TVs em cores, rádios, DVDs, geladeiras e freezers, automóveis, videocassetes ou DVDs, máquina de lavar e empregada mensalista.

QUAL É A SUA?

Conte quantos itens destes há em sua casa, some os pontos e descubra sua classe social*

BANHEIRO
1 = 4 pontos
2 = 5 pontos
3 = 6 pontos
4 ou + = 7 pontos

CARRO
1 = 4 pontos
2 = 7 pontos
3 ou + = 9 pontos

FREEZER**
2 pontos (qualquer quantidade)

GELADEIRA
4 pontos (qualquer quantidade)

MÁQUINA DE LAVAR
2 pontos (qualquer quantidade)

TV
1 ponto por unidade (4, no máximo)

EMPREGADA MENSALISTA
1 = 3 pontos
2 = 4 pontos

GRAU DE INSTRUÇÃO DO CHEFE DE FAMÍLIA
Analfabeto ou primário incompleto = zero
Primário completo = 1 ponto
Ensino fundamental completo = 2 pontos
Ensino médio completo = 4 pontos
Graduação completa = 8 pontos

RÁDIO
1 ponto por unidade (4, no máximo)

VHS/DVD
2 pontos (qualquer quantidade)

CLASSIFICAÇÃO SOCIOECONÔMICA

A1 – 42 a 46 pontos
A2 – 35 a 41 pontos
B1 – 29 a 34 pontos
B2 – 23 a 28 pontos
C1 – 18 a 22 pontos
C2 – 14 a 17 pontos
D – 8 a 13 pontos
E – 0 a 7 pontos

*Segundo o Critério de Classificação Econômica Brasil, publicado em 2008 pela Abep
**Freezer independente ou acoplado à geladeira.

Fonte: Revista Mundo Estranho - por Fernanda Salla

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Saúde e seus porquês


Quem corre muito terá lesões nos joelhos?

A prática da corrida não deve provocar problemas em joelhos normais, desde que se use um calçado adequado ao esporte, ou seja, com amortecimento na sola e no calcanhar. No entanto, cartilagens danificadas ou em início de artrite podem piorar as lesões. Caso os joelhos comecem a doer, durante ou após a prática, não deixe de consultar um médico especialista. Talvez seja preciso adaptar técnicas especiais ou até mesmo escolher outra forma de exercício. Uma dica é caminhar num ritmo forte, treinamento que pode ter os mesmos benefícios da corrida. Nadar também é uma boa alternativa para manter-se saudável e sem os riscos desse problema.

Quem responde: Fernando Oliveira, do Instituto de Joelho e Ombro.

Posso acordar um sonâmbulo?

A tentativa de despertar pode prolongar o episódio e levar a reações violentas. Para que nada de grave aconteça a esses pacientes, deve-se fechar janelas, retirar obstáculos perigosos do quarto e dirigi-los cuidadosamente de volta para a cama. Portanto, não tente acordá-los. Para amenizar os riscos e a frequência dessa ação, a pessoa sonâmbula deve ser instruída sobre a natureza benigna dessa condição. Também é preciso lembrar que existem fatores clínicos como o refluxo gastroesofágico e a apneia do sono que predispõem o sonambulismo, e por isso devem ser tratados. Outro cuidado que se pode ter é evitar estímulos visuais, auditivos ou táteis no início do sono, pois eles induzem a parassonias (sonhos e atividades físicas que ocorrem durante o sono).

Quem responde: Walter Morais, neurologista do Instituto do Sono

Posso comer o caroço das frutas?

Atenção! Não se deve ingerir de maneira alguma o caroço cru. Seu consumo deve ser feito apenas sob a orientação de um nutrólogo ou de um nutricionista. Essas restrições ocorrem devido ao fato de alguns frutos conterem substâncias tóxicas, extremamente prejudiciais à saúde. No entanto, um caroço torna-se comestível caso sofra processamentos com calor ou com compostos inibidores dos conteúdos impróprios. Após esse processo, os caroços de algumas frutas apresentam valores consideráveis de vitaminas, compostos nutracêuticos, minerais que permitem sua ingestão saudável. Além disso, o extrato produzido com essa parte do fruto mostrou ser anti-hipertensivo e capaz de reduzir o nível de colesterol do sangue, sendo também um promissor elemento na prevenção ou restrição de danos resultantes do enfisema pulmonar.

Quem responde: Edson Credidio, médico nutrólogo.

Como conseguir remédios no SUS?

Está na Constituição do país que todo cidadão brasileiro tem direito à saúde, o que também inclui medicamentos gratuitamente. Para ter esse direito, porém, o paciente deve primeiro realizar o cadastro nos postos de saúde, ou em outros locais indicados pelo Estado, para receber o Cartão Nacional da Saúde e posteriormente ser atendido por algum médico credenciado pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Para retirar os remédios que estejam na lista da Relação Nacional de Medicamentos Essenciais (RENAME), é necessária a receita emitida pelos serviços de saúde, com o nome do princípio genérico e não o nome comercial. No caso dos medicamentos excepcionais - indicados para o tratamento de doenças crônicas e uso contínuo, cujo valor é muito alto -, as regras são outras. São exigidos diferentes documentos pessoais e laudos específicos sobre o problema.

Quem responde: Ministério da Saúde.

Fonte: Revista Viva Saúde

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Quantos idiomas existem no mundo?


Quantos idiomas existem no mundo?

São 6 912 idiomas em todo o mundo, segundo o compêndio Ethnologue, considerado o maior inventário de línguas do planeta. O livro, editado desde 1951, é uma espécie de bíblia da lingüística, indicando quais são as línguas em uso, onde elas são faladas e quantas pessoas usam o idioma. De acordo com os organizadores da enciclopédia, o total de línguas no planeta pode ser até maior. Estima-se que haja entre 300 e 400 línguas ainda não catalogadas em regiões do Pacífico e da Ásia. Além de somar todas as línguas que existem, o Ethnologue traz outras curiosidades na ponta da língua. Aí embaixo, a gente selecionou as mais legais.

Todas as bocas do planeta

Brasil tem 188 dos mais de 6 mil idiomas falados no mundo

NO BRASIL
Nosso país tem 188 idiomas em uso - o português (claro!), mais 187 variedades indígenas. Uma delas é o apiacá, falado por apenas dois brasileiros, e o ofaié, praticado por 11 índios do Mato Grosso do Sul. Cerca de 30 dessas línguas estão em extinção e 47 idiomas que um dia foram falados no país já desapareceram para sempre.

A MAIS FALADA
O idioma mais popular do planeta é o mandarim, o principal dialeto chinês, falado por algo em torno de 870 milhões de pessoas. Em segundo lugar aparece o hindi, a língua oficial da Índia, usado por cerca de 500 milhões de pessoas. O espanhol vem em terceiro lugar, o inglês em quarto e o nosso português em sétimo.

EM EXTINÇÃO
O Ethnologue lista 497 línguas que correm o risco de desaparecer em poucas décadas. E segundo a Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura) metade dos idiomas falados hoje em dia pode sumir durante o século 21, por causa do predomínio do inglês nas páginas da internet.

MAIS E MENOS
O país com mais línguas no mundo é Papua Nova Guiné, onde são falados nada menos que 820 idiomas diferentes - a vizinha Indonésia é a vice-campeã, com 742 idiomas. No outro extremo, a Coréia do Norte é o único país onde só se fala uma língua. Em seguida, vem o Haiti, com dois idiomas.

Fonte: Revista Mundo Estranho - por Marina Motomura

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

50 Segredos para uma vida saudável


50 Segredos das pessoas que nunca adoecem

Cinco povos ao redor do mundo se destacam pela longevidade: eles vivem, em média, dez anos a mais do que o restante da humanidade. Conheça agora seus principais hábitos de vida

Gene Stone teve a oportunidade de escrever sobre inúmeros tratamentos adotados com sucesso para curar doenças. Porém, continuava ficando de cama. "Também notei que havia populações em que as pessoas nunca ficavam doentes. Então me ocorreu que eu devesse perguntar a essas pessoas o que elas faziam", disse Stone em entrevista à VivaSaúde.

As respostas estão no livro Os segredos das pessoas que nunca ficam doentes, recém-lançado nos EUA. Em suas andanças, Stone percebeu que cinco povos eram os mais saudáveis: a Barbagia, na Itália; Okinawa, no Japão; a comunidade dos Adventistas do Sétimo Dia, na Califórnia; a Península de Nicoya, na Costa Rica; e a ilha grega de Ikaria.

Outro americano, Dan Buettner, escreveu sobre o tema em um livro que virou best-seller: Blue Zones: lições de pessoas que viveram muito para quem quer viver mais. Ambos os autores nos ajudaram a traduzir as experiências dessas pessoas. Confira 50 dicas eficazes, comentadas por 21 especialistas brasileiros.

1. Beber água mesmo sem ter sede
]a água está para o corpo humano assim como o combustível para o carro. Isso porque, sem manter os nossos níveis hídricos sempre abastecidos, todo o organismo sofre. O líquido ajuda a aumentar a saciedade, evitando compulsões que podem levar ao sobrepeso e ao aparecimento de diversas doenças, ao mesmo tempo que mantém a saúde do sistema renal. "É o baixo consumo de água que resulta em urina concentrada e na maior precipitação de cristais, justamente o que leva à formação das pedras nos rins", adverte a nutricionista amanda epifânio Pereira, do Centro Integrado de Terapia Nutricional. sucos naturais, chás e água de coco também podem ser usados.

2. Ir ao dentista regularmente
A boca é como um espelho a refletir a saúde do organismo. Daí a importância de permitir que um profissional a examine a cada seis meses. "Muitas doenças sistêmicas, como diabetes, alterações hormonais e lesões cancerígenas podem ser detectadas numa consulta de rotina", diz o periodontista Cesário Antonio Duarte, professor da Universidade de São Paulo (USP). Além disso, o tratamento das cáries deixa o organismo protegido contra inúmeras doenças. "Cáries não tratadas podem se tornar a porta de entrada para micro-organismos, que poderão atingir órgãos nobres como coração, rins e pulmões", alerta o especialista.

3. Ingerir mais nozes
Bateu aquela fome de fim de tarde? Experimente comer duas unidades de nozes todos os dias. Esse é um dos segredos dos Adventistas da Califórnia. Cerca de 25% deles comem nozes cinco vezes por semana. E diminuíram pela metade o risco de problemas cardíacos.

4. Temperar com alho
"Ele melhora a saúde do coração, diminui os níveis de colesterol, a pressão arterial e potencializa as nossas defesas", afirma a nutricionista funcional Gabriela Soares Maia.

5. Comprar alimentos regionais
Se puder privilegiar alimentos produzidos na sua região, sua saúde sairá ganhando. Isso porque os produtos da safra, que não recebem uma grande quantidade de conservantes, em geral, são muito mais ricos em nutrientes. Agora, se você puder ir pessoalmente à feira ou à quitanda do bairro, tanto melhor.

6. Comer mais frutas
Aumentar o consumo de produtos de origem vegetal é uma das medidas mais significativas na prevenção de doenças crônicas. A prática foi observada em pelo menos quatro das cinco Blue Zones e é fácil entender o porquê. "Frutas, legumes e verduras possuem uma quantidade de vitaminas antioxidantes, boas gorduras e fibras que supera em muito a dos alimentos industrializados", diz Isis Tande da Silva, do Ganep Nutrição Humana.

7. Aprender a planejar
A tensão constante é extremamente prejudicial à saúde. "Ela afeta o funcionamento do sistema nervoso, hormonal e imunológico", alerta o psicólogo Armando Ribeiro das Neves Neto, professor da USP. Uma boa maneira de controlar essas reações é não deixar todos os compromissos para a última hora. "Acostume-se a anotar suas pendências em uma lista", diz o especialista em produtividade pessoal Christian Barbosa.

8. Fracionar a dieta
Comer mais vezes ao dia e optar por porções menores é um jeito inteligente de manter o peso estável. "Os jejuns prolongados desencadeiam uma fome tão intensa que é fácil se exceder nas refeições", explica a endocrinologista Ellen Simone Paiva, do Centro Integrado de Terapia Nutricional. Quando dividimos a nossa alimentação diária em cinco ou seis refeições, também estamos dando uma forcinha ao processo de digestão e ao intestino, evitando sobrecargas.

9. Aproveitar o contato com a natureza
Sinta o cheiro da grama molhada, escute os pássaros, sente-se na sombra de uma árvore... Pratique essa terapia sempre que possível, já que ela é altamente relaxante. "A vegetação transfere umidade ao ar e, portanto, o ambiente fica ionizado negativamente. Isso provoca uma reação química no organismo, gerando uma sensação de muita calma", explica a arquiteta Pérola Felipetti Brocanelli, professora da Universidade Presbiteriana Mackenzie. A psicóloga Solange Martins Ferreira, do Hospital Santa Catarina, garante que as atividades ao ar livre também contribuem para recuperação de pacientes: "Quando observam a natureza, eles tiram a atenção da doença".

10. Levantar peso
A ideia não é apenas ficar forte. "Um dos principais benefícios é o aumento da densidade óssea, auxiliando na prevenção da osteoporose e na reversão da sarcopenia (diminuição no número de sarcômero, a unidade do músculo esquelético). Isso evita a incapacidade funcional, muito comum em idades avançadas", diz Ricardo Zanuto, fisiologista e professor de Educação Física das Faculdades Integradas de Santo André.

11. Ser um voluntário
Se você ainda não conseguiu um tempo para isso, é bem provável que não tenha encontrado a causa certa. "Quando se apaixonar de verdade por um trabalho social, acabará colocando-o na lista de prioridades", garante o especialista em produtividade pessoal Christian Barbosa. "Dedicar uma noite por semana já é um bom começo", diz Dan Buettner.

12. Celebrar a vida
Não espere algo de extraordinário acontecer, mas acostume-se a comemorar as pequenas vitórias. Essa é a receita de longevidade dos italianos que vivem na Sardenha, uma das Blue Zones. Eles chamam a atenção pela disposição que têm para festejar tudo e todos.

13. Cultivar a sua fé
"A religião empresta sentido às buscas e conquistas do ser humano, dá uma nova dimensão às vitórias e também às perdas. Além disso, orienta e ajuda as pessoas a tomar decisões difíceis", explica Jorge Claudio Ribeiro, professor de Teologia da PUC-SP.

14. Trocar o café pelo chá-verde
Ainda que você precise do café para acordar, faça a substituição. Afinal, o cháverde também contém cafeína, que funciona como estimulante. O bom é que ele oferece outros extras. "Diversos estudos mostram que a bebida atua na prevenção e no tratamento de doenças como Alzheimer e Parkinson", afirma a nutricionista Andréia Naves.

15. Pegar leve com as carnes vermelhas
Embora sejam importantes fontes de ferro, são alimentos de difícil digestão e, portanto, retardam o funcionamento intestinal. Então, se você é do tipo que não pode viver sem um bifinho, contente-se com um filé médio por dia.

16. Praticar mais atividade aeróbica
Pode ser uma caminhada ou uma corrida. Esse tipo de exercício tem impacto direto sobre os fatores de risco associados à hipertensão, ao diabetes e à obesidade. "A prática regular melhora a força e a flexibilidade, fortalece ossos e articulações, facilita a perda de peso e diminui o colesterol", afirma Zanuto.

17. Encontrar a sua tribo
Se você gosta de esportes, certamente irá sentir-se bem com amigos que também gostam. Portanto, faça um esforço para encontrar pessoas com quem possa compartilhar e trocar ideias. "Uma das atitudes mais importantes para garantir a longevidade é cercar-se de pessoas que vão lhe dar suporte e que conectam ou reconectam você com o sentido maior que você dá à sua vida", diz Dan Buettner.

18. Ser agradável
Facilita a convivência social e cria vínculos com pessoas que poderão apoiá-lo quando necessário. Mas como tornar-se uma pessoa agradável? O autor Dan Buettner é quem responde: "Para isso, é preciso ser interessado e não apenas interessante. Pessoas simpáticas perguntam a você como está em vez de falarem apenas de si mesmas".

19. Definir seus objetivos
É o que os moradores de Okinawa chamam de ikigai e os habitantes de Nicoya nomeiam de plano de vida. Seja como for, o fato é que eles têm muito bem definidas as suas razões de viver e investem nesses propósitos.

20. Conhecer melhor a ioga
Ela une princípios da meditação, exercícios para o equilíbrio, alongamento e o treinamento de força, com foco na respiração. Tudo isso graças à execução de movimentos sequenciados. "A ioga é ótima para a longevidade, porque fortalece os músculos e ligamentos. Então, os movimentos tornam-se mais fluidos e seguros. A prática tem ainda um efeito importante na redução do estresse", diz Dan Buettner.

21. Guardar o despertador na gaveta
Dormir bem significa dar ao corpo a chance de se recompor totalmente. "Se você se deita, dorme logo e acorda bem disposto, pode dizer que tem um sono de qualidade", ensina o neurofisiologista Flavio Alóe, do Centro de Estudos do Sono do Hospital das Clínicas (SP). Quem não tem, corre um risco muito maior de adoecer. "Aqueles que dormem pouco podem ter um aumento do colesterol e dos triglicérides", complementa Alóe.

22. Apostar nos integrais
Não basta comer pão integral. Com um pouco de criatividade, é possível incluir a farinha e aveia integrais na preparação de inúmeros pratos. Quer um bom motivo para fazer isso? Pois saiba que os alimentos não processados oferecem um aporte muito maior de nutrientes. "No processo de refinamento, o germe dos grãos são retirados, restando praticamente o amido", explica a nutricionista Patrícia Morais de Oliveira, do Ganep.

23. Pensar na sua vocação
Fazer o que gosta é uma forma eficiente de afastar o estresse. Além disso, é interessante que o seu tipo de trabalho seja capaz de fazê-lo sentir-se realizado. Por último, saiba que aquele que se empenha em uma carreira para a qual há um sentido profundo, além da manutenção da renda, se sente mais motivado a investir na atualização dos conhecimentos. E estudar, como já vimos, é um santo remédio para o cérebro.

24. Doar seus pratos grandes
A população de Okinawa descobriu um jeito de comer 30% menos: eles utilizam pratos de apenas 23 cm de diâmetro. "Há experiências promissoras sendo realizadas por meio da restrição calórica orientada, que já se mostrou capaz de aumentar o tempo de vida de animais de laboratório em 60%", afirma Ellen Paiva.

25. Ter atitudes positivas
"As emoções fazem parte daquilo que somos e, portanto, são capazes de provocar reações físicas muito claras. As positivas curam e determinam uma maior e melhor qualidade de vida", diz Armando Ribeiro das Neves Neto.

26. Emagrecer a despensa
Na hora da compra, elimine os alimentos que possuem qualquer quantidade de gordura trans e evite os que contêm gorduras saturadas. E por um motivo simples: as chamadas gorduras ruins têm relação com o aumento dos níveis de colesterol LDL e triglicérides, fazendo crescer o risco de infarto e de acidente vascular cerebral. "Além dos industrializados, convém tomar cuidado com os alimentos de origem animal, como carnes gordas", alerta a nutricionista Andréia Naves, da VP Consultoria Nutricional.

27. Saber como usar a soja
Em Okinawa, no Japão, o consumo de produtos da soja é o maior de todo o mundo. O resultado? Dos cerca de 1 milhão de habitantes locais, mais de 900 pessoas já passaram dos 100 anos. "O consumo frequente reduz os riscos de doenças cardiovasculares", afirma a nutricionista Renata C. C. Gonçalves, do Ganep.

28. Estudar sempre
Manter as atividades intelectuais é uma maneira de garantir anos extras de vida e muito mais saúde, principalmente nas idades avançadas. "Exercitar o cérebro vai deixá-lo mais protegido contra doenças. Na prática, isso significa um risco menor de limitações físicas, mesmo se algo der errado porque, nesse caso, a recuperação será muito melhor", explica o neurologista André Gustavo Lima, do Hospital Barra D´or.

29. Ter um dia só para você
Os Adventistas do Sétimo Dia que vivem em Loma Linda, na Califórnia, recolhem-se em suas casas aos sábados e aproveitam a ocasião para meditar e orar. E esse parece ser mais um bom hábito que poderíamos nos esforçar em copiar. Afinal, essas pessoas vivem de cinco a dez anos mais que o resto da população americana. "Se for impossível fazer isso, tente conseguir pelo menos 15 a 20 minutos por dia para não fazer nada, ou melhor, para pensar apenas. É como marcar uma reunião consigo mesmo", diz Christian Barbosa

30. Apagar o cigarro
Quem tem menos 40 anos e fuma até 20 cigarros por dia tem quatro vezes mais chances de infartar. Agora, se o consumo for maior, o risco sobe 20 vezes. A explicação é simples: as substâncias do cigarro levam à contração dos vasos sanguíneos, à aceleração dos batimentos cardíacos, além abaixar o HDL, que age como um protetor das artérias.

31. Ouvir a sua música
A musicoterapeuta Maristela Smith, das Faculdades Metropolitanas Unidas (FMU), tem uma receita interessante para quem quer tirar proveito da terapia da música. "Faça um CD com as músicas que marcaram positivamente a sua vida para criar a sua identidade sonora musical. Escute-o regularmente, principalmente quando estiver precisando melhorar o astral", ensina a especialista.

32. Respirar com consciência
Quando estiver precisando relaxar ou desacelerar seu ritmo, faça a respiração completa. "Inspire calmamente o ar pelo nariz, contando três segundos. Então, bloqueie a respiração por um tempo, retendo o ar, e expire pela boca em seis segundos. Assim, você estará atuando diretamente sobre o sistema nervoso autônomo", ensina o educador físico Estélio Dantas, professor da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro.

33. Curtir os animais
Mesmo que não possa ter um em casa, descubra aqueles com os quais possui mais afinidades e dê a si mesmo a oportunidade de tocá-los. Para a veterinária Maria de Fátima Martins, professora de Zooterapia da USP, a convivência com os bichos é uma rica fonte de benefícios psicológicos, físicos e sociais. Ela coordena uma experiência de terapia assistida com animais em asilos. "O contato com os animais tem melhorado a vida dessas pessoas. Para alguns idosos, a experiência foi tão positiva que eles chegaram a diminuir o número de medicamentos que tomavam", conta.

34. Ser muito mais ativo
Comece descendo alguns pontos antes do ônibus. Fazer mais atividades a pé ou de bicicleta, cozinhar, cuidar do jardim, brincar com o seu cachorro, todas essas maneiras de se mexer são válidas. "Um dos segredos da longevidade é encontrar meios de se manter sempre em movimento. De preferência, concentre-se em atividades que também lhe dão prazer, e os benefícios serão maiores", sugere Dan Buettner.

35. Desacelerar o ritmo
"Se você não cria um tempo para estar bem, terá que ter tempo para se cuidar quando ficar doente", alerta Dan Buettner. O primeiro estágio do estresse é a fase de alerta. Ele nos permite realizar muitas tarefas em pouco tempo e aí nos sentimos bem. Porém, quando persistimos na tensão, o organismo entra em fadiga.

36. Comer mais iogurtes
"Eles reforçam a nossa imunidade", explica a nutricionista Gabriela Maia, da Clínica Patricia Davidson Haiat. O que as bactérias vivas contidas nesses potinhos também fazem é melhorar o nosso humor. Afinal, é o intestino que responde pela produção de 95% da serotonina de todo o corpo.

37. Investir no ômega-3
Peixes de água fria (salmão, arenque, sardinha, atum), sementes de linhaça moídas e óleos de peixe, de soja e de canola são ótimas fontes desse nutriente, que tem ação comprovada na redução dos níveis de colesterol e de triglicérides, além de ajudar no controle da pressão e de prevenir o risco de tromboses, que danificam os vasos sanguíneos. O composto ainda é coadjuvante em tratamentos neurológicos e de osteoporose.

38. Controlar o álcool
A curto e médio prazos, o álcool pode engordar, acelerar o processo de envelhecimento e ainda aumentar a pressão arterial. A longo prazo, causa dependência e ainda compromete o funcionamento de todos os sistemas do corpo, com danos mais sérios para o fígado.

39. Brincar com as crianças
É uma excelente estratégia para tirar o foco das preocupações, aproximar a família ou amigos e facilitar o contato intergeracional. E todos esses aspectos estão associados à longevidade. Porém, para funcionar, é preciso que se tenha um mínimo de afinidade com os pequenos.

40. Construir o próprio jardim
Mexer com plantas e flores pode ser um hobby interessante e saudável, desde que você realmente consiga tirar prazer da atividade. "Esse tipo de passatempo é muito válido para prevenir o estresse, tanto quanto fazer trabalhos manuais ou cozinhar. Só não pode virar rotina e obrigação. Se a pessoa tem que cozinhar ou cortar a grama todos os dias, por exemplo, isso passará a representar, na vida dela, mais uma fonte de tensão. E aí os benefícios não virão", explica Armando Ribeiro Neto.

41. Desfrutar do sol
Sentir na pele o calor dos raios solares não é somente uma receita para adquirir disposição e ânimo. Com cerca de 15 minutos de exposição, oferecemos ao corpo algo que só o sol pode dar: a energia necessária para a síntese de vitamina D. "O composto é importantíssimo na fixação de cálcio no organismo, prevenindo a osteoporose, além de fortalecer o sistema imunológico", afirma a endocrinologista Bárbara Carvalho Silva, da Universidade Federal de Minas Gerais.

42. Perdoar mais
"Para envelhecer bem, é preciso olhar para a nossa trajetória de vida aceitando os erros cometidos e desculpando-se por eles. Da mesma forma, é interessante perdoar aos outros, percebendo que não fomos apenas vítimas", diz a psicóloga Dorli Kamkhagi, colaboradora do Laboratório dos Estudos do Envelhecimento do Hospital das Clínicas (SP). "Perdoar é retirar objetos pesados de uma mochila que carregamos", compara.

43. Dar uma chance à laranja
Uma única unidade é capaz de prover a necessidade que o nosso corpo tem de vitamina C a cada dia. "Protege contra o câncer, afasta aquela gripe chata e até ajuda a pele a se recuperar mais rapidamente dos estragos promovidos pelo sol", diz a nutricionista Gabriela Soares Maia.

44. Alongar o corpo todo
Os problemas mais frequentes do aparelho locomotor, e que estão relacionados ao envelhecimento, são a perda da mobilidade e a osteoporose. "O alongamento, enquanto um treinamento da flexibilidade, é um dos principais fatores de manutenção da autonomia funcional em idosos", garante o educador físico Estélio Dantas.

45. Cochilar após o almoço
Na Península de Nicoya, na Costa Rica, a sesta é um costume institucionalizado. E, em muitas outras partes do mundo, as pausas para um cochilo também são comuns. "Para quem dorme pouco, essa pode ser uma estratégia compensatória", diz o neurofisiologista Flavio Alóe. É como renovar as energias, antes de recomeçar a jornada.

46. Priorizar as pessoas amadas
Este é outro ponto comum dos que vivem nas chamadas Blue Zones. "Eles contam com famílias fortes e se apoiam mutuamente", conta Dan Buettner. Relações verdadeiras nos protegem de situações adversas.

47. Esquecer do sal
A redução de seu consumo é imprescindível para prevenir e controlar a hipertensão que, por sua vez, oferecem as condições favoráveis para que inúmeros problemas de saúde progridam rapidamente, tais como a insuficiência renal e as complicações cardíacas. "O sal em excesso faz o corpo reter mais líquido, o que, além de causar inchaço, também aumenta o volume sanguíneo, elevando a pressão nas artérias", explica a nutricionista Andréia Naves. Para passar bem longe desse drama, vale cortar o sal de cozinha que adicionamos aos pratos durante a preparação, para colocá-lo apenas no momento de consumir, e sempre usando o bom senso. Outra dica é reduzir o consumo de condimentos, pratos prontos, embutidos ou enlatados.

48. Praticar sexo com prazer
A atividade sexual ajuda a aliviar as tensões, já que, durante a relação, ocorre a liberação de endorfinas, substâncias que melhoram o humor. O sexo ainda faz bem para a circulação. Por fim, vale como um excelente exercício e ajuda a reforçar vínculos de afeto.

49. Criar um tempo para a família
A união e o apoio mútuo entre cônjuges, pais e filhos precisam certo investimento de tempo e atenção. Mas como encontrar períodos livres para dedicar a essas pessoas todo o carinho que merecem? "Vale programar um jogo que possam fazer juntos, que permita confraternizar e trocar ideias", diz Christian Barbosa.

50. Usar as dicas diariamente
Caminhar só aos finais de semana ou encontrar mais tempo para os amigos apenas nos períodos em que a rotina de trabalho sossega um pouco podem ser um bom começo, na tentativa de transformar a sua vida para melhor. É preciso, porém, garantir que mudanças pontuais se transformem em hábitos, para colher resultados significativos no que diz respeito à saúde e à longevidade. "As pessoas que eu conheci enquanto preparava o livro possuem diferentes segredos, mas uma coisa que todas elas têm em comum é a disciplina; elas usam seus segredos diariamente, ou seja, fazem da boa saúde uma prioridade, um hábito mesmo", finaliza Gene Stone.

Fonte: Revista Viva Saúde - por Rita Trevisan e Giovana Pessoa

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

A conquista do amor através das Músicas



Uma análise da evolução da relação de conquista e do amor do homem para a mulher através das músicas que marcaram época.
Não é saudosismo, mas vejam como os quarentões, cinquentões tratavam seus amores.

Década de 30:
Ele, de terno cinza e chapéu panamá, em frente à vila onde ela mora, canta:
"Tu és, divina e graciosa, estátua majestosa! Do amor por Deus esculturada.
És formada com o ardor da alma da mais linda flor,
de mais ativo olor, na vida é a preferida pelo beija-flor...."

Década de 40:
Ele ajeita seu relógio Pateck Philip na algibeira, escreve para Rádio Nacional e, manda oferecer a ela uma linda música:
"A deusa da minha rua, tem os olhos onde a lua,costuma se embriagar. Nos seus olhos eu suponho,
que o sol num dourado sonho, vai claridade buscar"

Década de 50:
Ele pede ao cantor da boate que ofereça a ela a interpretação de uma bela bossa:
" Olha que coisa mais linda, mais cheia de graça.
É ela a menina que vem e que passa, no doce balanço a caminho do mar.
Moça do corpo dourado, do sol de Ipanema. O teu balançado é mais que um poema.
É a coisa mais linda que eu já vi passar.“

Década de 60:
Ele aparece na casa dela com um compacto simples embaixo do braço,
ajeita a calça Lee e coloca na vitrola uma música papo firme:
"Nem mesmo o céu, nem as estrelas, nem mesmo o mar e o infinito não é maior que o meu amor, nem
mais bonito. Me desespero a procurar alguma forma de lhe falar, como é grande o meu amor por você...."

Década de 70:
Ele chega em seu fusca, com roda tala larga, sacode o cabelão,
abre porta pra mina entrar e bota uma melô jóia no toca-fitas:
"Foi assim, como ver o mar, a primeira vez que os meus olhos se viram no teu olhar....
Quando eu mergulhei no azul do mar, sabia que era amor e vinha pra ficar...."

Década de 80:
Ele telefona pra ela e deixa rolar um:
"Fonte de mel, nos olhos de gueixa, Kabuki, máscara. Choque entre o azul e o cacho de acácias, luz das acácias, você é mãe do sol. Linda...."

Década de 90:
Ele liga pra ela e deixa gravada uma música na secretária eletrônica:
"Bem que se quis, depois de tudo ainda ser feliz. Mas já não há caminhos pra voltar.
E o que é que a vida fez da nossa vida? O que é que a gente não faz por amor?"

Em 2001:
Ele captura na internet um batidão legal e manda pra ela, por e-mail:
"Tchutchuca! Vem aqui com o teu Tigrão. Vou te jogar na cama e te dar muita pressão!
Eu vou passar cerol na mão, vou sim, vou sim! Eu vou te cortar na mão!
Vou sim, vou sim! Vou aparar pela rabiola! Vou sim, vou sim"!

Em 2002:
Ele manda um e-mail oferecendo uma música:
"Só as cachorras! Hu Hu Hu Hu Hu!
As preparadas! Hu Hu Hu Hu!
As poposudas! Hu Hu Hu Hu Hu!"

Em 2003:
Ele oferece uma música no baile:
"Pocotó pocotó pocotó...minha éguinha pocotó!

Em 2004:
Ele a chama para dançar no meio da pista:
"Ah! Que isso? Elas estão descontroladas! Ah! Que isso? Elas Estão descontroladas!
Ela sobe, ela desce, ela da uma rodada, elas estão descontroladas!"

Em 2005:
Ele resolve mandar um convite para ela, através da rádio:
"Hoje é festa lá no meu apê, pode aparecer, vai rolar bunda lele!"

Em 2006:
Ele a convida para curtir um baile ao som da música mais pedida e tocada no país:
"Tô ficando atoladinha, tô ficando atoladinha, tô ficando atoladinha!!!
Calma, calma foguetinha!!! Piriri Piriri Piriri, alguém ligou p/ mim!"

Em 2010:
Ele encosta com seu carro com o porta-malas cheio de som e no máximo volume:
" Chapeuzinho pra onde você vai, diz aí menina que eu vou atrás.
Pra que você quer saber?
Eu sou o lobo mau, au, au
Eu sou o lobo mau, au, au
E o que você vai fazer?
Vou te comer, vou te comer, vou te comer,
Vou te comer, vou te comer, vou te comer,
Vou te comer, vou te comer, vou te comer"

SERÁ QUE AINDA É POSSÍVEL PIORAR?

Autor desconhecido

domingo, 2 de janeiro de 2011

A Beleza da Língua Portuguesa



A BELEZA DA LÍNGUA PORTUGUESA

Um político que estava em plena campanha chegou a uma pequena cidade, subiu para o palanque e começou o discurso:

Compatriotas, companheiros, amigos! Encontramo-nos aqui,
convocados, reunidos ou juntos para debater, tratar ou discutir
um tópico, tema ou assunto, o qual me parece transcendente,
importante ou de vida ou morte.
O tópico, tema ou assunto que hoje nos convoca, reúne ou junta
é a minha postulação, aspiração ou candidatura a Presidente da Câmara deste Município.

De repente, uma pessoa do público pergunta:

- Ouça lá, porque é que o senhor utiliza sempre três palavras, para dizer a mesma coisa?

O candidato respondeu:

- Pois veja meu senhor: a primeira palavra é para pessoas com nível cultural muito alto, como intelectuais em geral; a segunda é para pessoas com um nível cultural médio, como o senhor e a maioria dos que estão aqui; a terceira palavra é para pessoas que têm um nível cultural muito baixo, pelo chão, digamos, como aquele alcoólico, ali deitado na esquina.

De imediato, o alcoólico levanta-se a cambalear e 'atira':

- Senhor postulante, aspirante ou candidato: (hic) o fato, circunstância ou razão pela qual me encontro num estado etílico, alcoolizado ou mamado (hic), não implica, significa ou quer dizer que o meu nível (hic) cultural seja ínfimo, baixo ou mesmo rasca (hic). E com toda a reverência, estima ou respeito que o senhor me merece (hic) pode ir agrupando, reunindo ou juntando (hic)
os seus haveres, coisas ou bagulhos (hic) e encaminhar-se, dirigir-se ou ir direitinho (hic) à leviana da sua progenitora, à mundana da sua mãe biológica ou à puta que o pariu!

Autor desconhecido

sábado, 1 de janeiro de 2011

Em que lugares o ano não começa em 1º de janeiro?


Em que lugares o ano não começa em 1º de janeiro?

Em mais de uma dezena de países - mais especificamente, em todas as nações que não utilizam o chamado calendário gregoriano, baseado no movimento do Sol. Esse calendário, que tem como marco inicial o nascimento de Jesus, é adotado pelo Brasil e pela maioria das nações ocidentais. Mas na China, por exemplo, o que vale é uma contagem baseada nos ciclos da lua, introduzida no ano 2637 a.C. pelo imperador Huang-ti, com anos de 363 dias. Neste ano, os chineses comemoram a passagem para o ano 4702 no dia 9 de fevereiro. Já em países do Oriente Médio como Arábia Saudita e Iêmen, a marcação mais usada é o calendário islâmico, que começa em 622 d.C. Foi nesse ano que ocorreu a Hégira, episódio em que Maomé, fundador do islamismo, fugiu da cidade de Meca para Medina. Pelo calendário islâmico, cada ano tem 354 ou 355 dias. No dia 10 de fevereiro deste ano, celebra-se o primeiro dia do ano 1426. Das nações islâmicas, as únicas exceções são Irã e Afeganistão, que usam um calendário parecido com o islâmico, mas com anos de 365 dias. Para iranianos e afegãos, a virada para o ano 1384 acontece no dia 21 de março. Ainda no Oriente Médio, os judeus de Israel saudarão o ano novo de 5766 apenas no dia 4 de outubro. O calendário judaico tem anos de 353 a 355 dias e começa em 3761 a.C., que para os judeus é o ano de criação do Universo. Por último, vale lembrar que na Índia os hindus também têm um calendário religioso, em que o ano corrente é 1926. Por lá, a passagem de ano será celebrada em 22 de março de 2005.

Fonte: Revista Mundo Estranho