sexta-feira, 2 de setembro de 2011

Dicas para manter o cérebro em forma

E evitar doenças neurodegenerativas!

Há dias em que parece ser mais fácil se concentrar, comunicar-se, estudar, ter ideias e solucionar problemas. Em outros, pode parecer quase impossível realizar tais tarefas. Por que isso acontece?

A ciência ainda não desvendou todos os mistérios do funcionamento do cérebro, mas sabe-se que as reações químicas que ali ocorrem são as grandes responsáveis por essas alterações. É possível melhorar o desempenho da mente e prevenir doenças neurodegenerativas com simples atitudes.

Dicas para manter seu cérebro em forma

• Alimente-se bem para pensar melhor

Colesterol alto, pressão alta, obesidade e diabetes são fatores de risco para doenças cardiovasculares, mas também aumentam o risco de desenvolvimento de doenças neurodegenerativas. Sendo assim, as dicas de saúde para manter o coração em forma como, por exemplo, exercitar-se e seguir uma dieta saudável são válidas também para a saúde cerebral.

Uma dieta rica em alimentos que contêm ácidos graxos ômega-3, especialmente os encontrados em peixes, tem sido associada à redução do risco de desenvolver adoença de Alzheimer. A nutricionista e consultora em Personal Diet Anna Castilho orienta: "os ácidos graxos poli-insaturados ômega-3 são encontrados em maiores quantidades em peixes como atum, sardinha, salmão, anchova, cavalinha, arenque e truta. Também estão presentes na semente de linhaça e em óleos de canola. O ômega-3 atua nas membranas dos neurônios, onde ocorrem os impulsos nervosos. O ideal é ingerir esses alimentos de duas a três vezes por semana."

As gorduras poli-insaturadas também fazem bem ao cérebro e podem ser encontradas em castanhas, sementes e seus óleos, bem como as gorduras monoinsaturadas encontradas no abacate, óleo de canola e azeite. Em contrapartida, a ingestão de gorduras saturadas, presentes na carne vermelha, na manteiga e leite integral, dobram o risco de doenças neurológicas.

A Sociedade Brasileira de Alimentação e Nutrição recomenda a ingestão de ferro e vitaminas E e B12, necessárias ao bom funcionamento do organismo, em quantidades que variam de acordo com a faixa etária de cada indivíduo. Atenção: ingerir mais do que o necessário através de suplementos vitamínicos, não melhora o desempenho do cérebro como alguns acreditam.

Uma alimentação balanceada com carboidratos, proteínas, fibras, vitaminas e minerais variados é suficiente para suprir as necessidades diárias do organismo.

• Corpo são, mente sã

Praticar exercícios físicos não melhora apenas a saúde do corpo, também faz bem à cabeça! As atividades aeróbicas ajudam a melhorar a oxigenação do cérebro e fazem com que sejam liberadas substâncias, como a endorfina que trazem sensações de relaxamento, benéficas à memória.
Fazendo apenas 20 minutos diários de caminhada em ritmo acelerado, já é possível notar resultados positivos.

• Leia muito e sobre tudo

A leitura é uma atividade que requer o uso de diferentes áreas do cérebro: a memória, a razão e a imaginação.

Ler funciona como um exercício para o cérebro, estimulando-o a se "mexer" e aprender. Quanto mais novas e diferentes forem às informações, mais desafiador será para o cérebro processá-las, assim, mais ele terá que se "exercitar". Portanto, leia também livros sobre assuntos que você não domina.

• Saia da rotina

Todos os dias o cérebro recebe uma enorme quantidade de informações e decidequais serão arquivadas na memória e quais serão descartadas. As informações arquivadas formam uma rede de associações que é usada no processo de cognição. Isso quer dizer que, cada vez que o cérebro é estimulado a aprender coisas novas,sua rede de associações aumenta o que melhora a capacidade de compreensão da realidade.

Hábitos adquiridos e que já não demandam esforço criativo, estabelecem-se no lado esquerdo do cérebro. Quando precisamos aprender novas informações, porém, é o lado direito do cérebro, que está ligado à criatividade e intuição, que entra em cena mediando a atenção dispensada à aprendizagem.

Experimente sair da rotina: tente encontrar novos caminhos para ir ao trabalho ou aprenda um novo idioma, toque um instrumento musical, pinte ou pratique novos esportes.

• Cuide do seu cérebro e da sua memória

Existem diferentes tipos de memória. Por exemplo: quando aprendemos a dançar utilizamos a memória motora, a memória espacial ajuda a nos lembrar do caminho para o trabalho, já a memória de condicionamento nos previne de colocar a mão no fogo. Porém, guardar todas as informações às quais tem acesso, sobrecarregaria o cérebro, por isso, esquecer-se também é necessário para a própria manutenção da memória, ou seja, é absolutamente normal que não nos lembremos de algumas coisas.

Para ampliar sua memória, cujo pico de desempenho ocorre em torno dos 27 anos e começa a decair a partir dos 30 anos, é preciso mantê-la sempre em atividade.

As atividades sociais como dançar, conversar e viajar estimulam a memória já que proporcionam situações novas, de aprendizagem. Também é possível praticar a memorização consciente de fatos, compromissos, nomes.

Bons exercícios são: jogos matemáticos, palavras cruzadas e os quebra-cabeças.

• Cuide dos dentes

Você sabia que o tártaro não danifica apenas os dentes? A placa bacteriana, ao atingir a corrente sanguínea, compromete a nutrição das células cerebrais. Portanto, é preciso prestar muita atenção à limpeza dos dentes, escovando-os após as refeições sem jamais descuidar-se do uso do fio dental.

• Durma bem

Uma das explicações para o fato de que dormir ajuda a preservar as memórias seria que durante o sono, o cérebro percorre todas as experiências vivenciadas no dia e reforça as conexões entre os neurônios.

Enquanto dormimos, nosso cérebro calcula o que deve lembrar e o que esquecer. As cenas que envolvem emoções normalmente prevalecem sobre aquelas neutras, rotineiras. Cada pessoa tem uma necessidade de tempo de sono diferente, o importante é sentir-se descansado ao acordar.

• Livre-se do estresse

Pequenas doses de nervosismo e ansiedade, como preocupar-se com o prazo para a entrega de determinado trabalho, podem ser benéficas, pois geram apreensão que melhora a concentração.

Porém, ao se tornar constante, o nervosismo pode culminar em ansiedade, perda de sono, alterações de apetite e irritabilidade, enfim, um estresse generalizado do corpo que causa dores de cabeça e fadiga mental.

Para combater o estresse, a prática de atividades físicas e meditação têm demonstrado excelentes resultados.

• Lembre-se: envelhecer é natural

Existe uma diferença entre as alterações cerebrais que naturalmente ocorrem com o envelhecimento e aquelas que levam às enfermidades neurodegenerativas.

O tipo de agilidade que as pessoas perdem com o processo de envelhecimento não está relacionado à inteligência. O que acontece é que o cérebro passa a precisar de mais tempo para processar as informações. A capacidade de concentração também tende a diminuir, assim como a coordenação motora parece enfraquecer.

Mas existe uma grande diferença entre ter problemas para lembrar-se onde estão as chaves do carro e não se lembrar para que servem as chaves. Essa é a linha que normalmente separa os sintomas de doenças neurodegenerativas, do processo natural de envelhecimento do cérebro.

Manter o corpo e a mente em movimento, não importa a idade, é uma forma eficaz de prevenir-se contra doenças. Leia também o primeiro passo para se iniciar um programa de atividades físicas.

Fonte: http://bbel.uol.com.br/qualidade-de-vida/post/dicas-para-manter-o-cerebro-em-forma.aspx

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