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quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014

Casamento x morar juntos: qual é o melhor?

A noção de que a percepção é vital em um relacionamento não é nova, mas muitos estudos recentes tem revelado sua importância.

Por exemplo, uma nova pesquisa da Universidade de Virginia (EUA) chegou à conclusão de que a forma como percebemos um compromisso de longo prazo (se o percebemos como casamento ou como apenas coabitação) pode mudar o modo como reagimos ao estresse.

Como você vê o seu parceiro e o nível de compromisso de seu relacionamento afeta significativamente a sua saúde.

Psicólogos afirmam que ser casado confere benefícios à saúde acima da mera coabitação, mas outros dizem que só a ideia de casamento já é suficiente – o que está na nossa cabeça é mais essencial do que um pedaço de papel.

Ao longo dos últimos 20 anos estudando relacionamentos, Jim Coan se interessou pelo “efeito de coabitação” – a ideia de que casais que coabitam, em comparação com casais casados, são menos estáveis, mostram menos benefícios relacionados à saúde e podem até ser mais propensos a se divorciar, se chegarem a se casar.

Coan decidiu explorar esses efeito comparando como casais casados, coabitantes, namorados e amigos lidavam com o estresse juntos. Ele observou especificamente como ficar de mãos dadas durante uma ameaça potencial podia diminuir a atividade na aérea do cérebro chamada de hipotálamo – um potencial marcador neurofisiológico para o efeito do estresse sobre a saúde.

O trabalho baseia-se em provas anteriores de que segurar as mãos ajuda as pessoas a regular suas emoções.

Usando ressonância magnética funcional, Coan e seus colegas coletaram dados sobre a atividade cerebral de 54 casais (metade casada, metade apenas morando junto) conforme eles viam sinais de ameaça.
Alguns sinais indicavam aos indivíduos que eles enfrentariam uma chance de 20% de levar um choque elétrico no tornozelo, enquanto outros mostravam 0% de chance de choque. Em alguns casos, os indivíduos estavam segurando a mão de seu parceiro, em outros a mão de um estranho, e outros estavam sozinhos.

Apenas os casados reduziram a atividade do hipotálamo em resposta a estímulos de ameaça enquanto davam as mãos para seus parceiros.

“Ambos os casais [casados e coabitantes] tinham a mesma idade, tempo de relacionamento e satisfação com a relação“, afirma Coan. “Então, por que responderam de forma tão diferente ao apoio oferecido pelo parceiro?”.

Sua teoria encontra-se em dados que ele coletou em outro estudo. Coan realizou uma pesquisa paralela com 26 casais do mesmo sexo. Nenhum deles era legalmente casado, mas metade descreviam sua relação como um casamento.

A mesma diferença na regulação hipotalâmica a segurar a mão do parceiro foi vista: os que se consideravam casados (embora oficialmente não fossem) tiveram uma redução de atividade na região do cérebro.

“Eu acho que tem a ver com a conceituação da relação de cada um. Pode até não ser sobre o casamento em si, mas sim em afirmar apenas a coabitação, basicamente afirmando que não está ‘preso’ a um compromisso”, sugere Coan.

Os benefícios de saúde do apoio percebido

Outro grande fator dos relacionamentos que afeta a saúde é o quanto nós acreditamos que nossos parceiros se importam conosco, nos entendem e nos apreciam.

“O efeito dos relacionamentos sobre a saúde física e psicológica é muito mais forte do que qualquer outro fator que você pode pensar”, explica Emre Selcuk, da Universidade Técnica do Oriente Médio, na Turquia. 
“Por exemplo, o efeito da existência e da qualidade das relações estreitas sobre a mortalidade é maior do que o do cigarro”.

Selcuk e seu colega Anthony Ong tentaram descobrir quais aspectos únicos dos relacionamentos contribuem para este efeito.

Especificamente, eles estavam interessados na resposta percebida do parceiro, uma medida em que a pessoa acha que seu parceiro realmente quer o melhor para ela. Este “apoio percebido” é distinto do verdadeiro apoio que você recebe do seu parceiro.

Se você não percebe o seu parceiro como sensível às suas necessidades, até mesmo o comportamento de apoio mais bem intencionado pode sair pela culatra e levar a resultados piores de saúde. Mas se você percebe o seu parceiro como alguém que se importa, entende suas necessidades e lhe aprecia, então seu relacionamento romântico vai fazer de você uma pessoa mais feliz e mais saudável a longo prazo.

A análise dos pesquisadores constatou que as pessoas que percebiam o seu parceiro como apoiadores tinham maior satisfação com a vida e menos depressão, entre outros atributos psicológicos positivos.

“Nossos resultados mostram claramente que ter alguém na nossa vida que nós percebemos como pessoas que nos apoiam e compreendem as nossas necessidades, preocupações e objetivos aumenta a nossa capacidade de recuperar-se de emoções negativas, melhora o nosso bem-estar psicológico, confere benefícios à saúde e afeta até mesmo a própria duração da nossa vida”, diz Selcuk.

Em resumo, a resposta à pergunta do título deste artigo é: ambas as opções são saudáveis, desde que você entenda seu relacionamento como um comprometimento e perceba seu parceiro como alguém que te apoia. Nada poderia ser mais simples. [Science20]

Fonte: http://hypescience.com/casamento-x-morar-juntos-qual-e-o-mais-saudavel/ - Autor: Natasha Romanzoti

domingo, 11 de março de 2012

Descubra as razões que levam um homem a querer compromisso

Em tempos de sexo casual e romances passageiros, de vez em quando um homem se encanta por uma mulher e deseja não só conhecê-la melhor, mas compartilhar várias coisas com ela –os próximos anos de sua vida, por exemplo. Mas, além do amor, é óbvio, o que leva um sujeito a mudar de “status de relacionamento”? A terapeuta sexual e de casal Maria Luiza Cruvinel diz que seus pacientes querem uma "mulher com conteúdo", que saiba conversar e escutar, que seja bem informada, que se relacione bem com os amigos e a família deles e que, na maior parte das vezes, tenha uma postura discreta.

"Além disso, conta muito que a mulher seja independente, possa ser uma parceira para batalhar na conquista de bens materiais. Geralmente, os homens não gostam de mulheres dependentes nem emocionais nem financeiramente”, afirma.

Para a psicoterapeuta Carmen Cerqueira Cesar, um homem que se dispõe a se comprometer, geralmente, procura alguém com objetivos de vida, tem jogo de cintura e que é prática. "Mas que ainda preserve a própria essência, pois aí está o que ela tem de interessante", diz. De acordo com a especialista, os homens se encantam, principalmente, por aquelas que têm a capacidade de compartilhar e são generosas, mas que saibam colocar limites quando necessário. "Hoje, ninguém quer se vincular a alguém dependente, pesado emocionalmente, que empate a vida”, conta.

É claro que a atração física conta vários pontos. “No entanto, o homem deve ter admiração pela trajetória de vida da mulher, achá-la interessante, envolvente, sentir vontade de conversar durante horas com ela. O sexo masculino precisa sentir prazer ao lado de uma companheira e perceber que ela pode fazê-lo feliz, sem a necessidade de continuar procurando outra”, explica a psicóloga Eliete Matielo, diretora da agência de relacionamentos Eclipse Love.

Depois do interesse, o compromisso

A decisão de se amarrar (no papel ou não) também tem muito a ver com o momento de vida do homem, já que o sexo masculino, invariavelmente, associa o casamento à perda de liberdade. “Entretanto, quando estão mais maduros, prontos para assumir um relacionamento estável, eles não se importam de abrir mão dessa liberdade, desde que tenham uma parceira que admirem, amem e seja madura emocionalmente”, diz Maria Luiza Cruvinel. "Ao contrário do que prega o senso comum, não é verdade que hoje os homens não querem se comprometer. Quando encontram uma pessoa que continuam a amar após a fase da paixão, eles não hesitam."

As especialistas são unânimes ao afirmar que o compromisso, assim como acontece com as mulheres, é muito importante na vida de um homem. “Eles também têm necessidade de segurança emocional, acolhimento, de contar com um ninho aconchegante. Muitos gostam de proteger e ser protegidos e anseiam por construir um projeto de vida a dois”, afirma Carmen. Já Elite Matielo lembra que, por mais que a vida profissional seja bem-sucedida e realizada ou a vida de solteiro seja boa, a maioria das pessoas, em algum momento da vida, tem a necessidade de ter alguém. Ou, ao contrário, poder contar com uma pessoa nos momentos difíceis pelos quais todos nós passamos.

Fonte: http://mulher.uol.com.br/comportamento/noticias/redacao/2012/03/10/descubra-as-razoes-que-levam-um-homem-a-querer-compromisso.htm - por Heloísa Noronha - Getty Images