Especialistas explicam que controlar o estresse é fundamental para evitar problemas de saúde
O Dia Mundial de Combate ao Estresse é comemorado no
dia 23 de setembro. A data é para alertar a população sobre a importância de
gerenciar o estresse. “Praticar meditação, fazer exercícios físicos ou realizar
atividades prazerosas, como ler e cozinhar, são excelentes maneiras de quebrar
a rotina corrida e modular o estresse”, recomenda a cirurgiã plástica Dra.
Beatriz Lassance, membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica.
Esses cuidados são importantes, pois, apesar do
estresse ajudar a lidar com perigos e crises, altos níveis dele por longos
períodos de tempo podem gerar reações que, se não controladas, prejudicam
seriamente a saúde do organismo.
“O estresse crônico leva ao comprometimento do
funcionamento adequado de uma série de órgãos vitais em função do descontrole
hormonal causado principalmente pelo desequilíbrio nos níveis de cortisol,
hormônio secretado pelas glândulas adrenais localizadas uma sobre cada rim”,
explica a médica nefrologista Dra. Caroline Reigada, especialista em Medicina
Intensiva e Interna/Clínica.
Considerando isso, os especialistas listaram quais são
as principais estruturas afetadas pelo estresse. Confira!
1. Inflamação da pele
O estresse é um grande inimigo da saúde da pele , pois
favorece o surgimento precoce de sinais da idade como rugas e flacidez. “O
cortisol está relacionado à potencialização do estado inflamatório persistente
do tecido cutâneo, o que reduz o tempo de vida e a atividade das células. E
isso contribui para o envelhecimento acelerado”, conta a Dra. Mônica Aribi,
dermatologista e sócia efetiva da Sociedade Brasileira de Dermatologia.
A especialista explica ainda que a acne também está
relacionada ao estresse. “O cortisol estimula os hormônios andrógenos e aciona
as glândulas sebáceas, aumentando a produção de oleosidade com consequente
entupimento dos poros e surgimento de cravos e espinhas. Além disso, a baixa
imunidade e o excesso de queratina associados ao estresse favorecem a proliferação
de bactérias relacionadas à acne”, explica a Dra. Paola Pomerantzeff,
dermatologista e membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD).
Outra doença cutânea associada ao estresse é a
rosácea. “A rosácea tem um componente inflamatório vascular, com vermelhidão,
inchaço local, sensação de ardor e queimação e pústulas estéreis. Esse fenômeno
está relacionado a situações como mudanças de temperatura ou estresse”, destaca
a Dra. Cláudia Merlo, médica especialista em Cosmetologia pelo Instituto BWS.
2. Crescimento dos cabelos
Os cabelos também se beneficiam com o controle do
estresse. “Níveis elevados de cortisol podem levar a um quadro inflamatório que
impede o crescimento dos fios e está envolvido no processo de queda e
embranquecimento dos cabelos”, ressalta a Dra. Jaqueline Zmijevski,
dermatologista pela Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD).
3. Infertilidade
A modulação do estresse é fundamental para garantir a
fertilidade e o sucesso da gravidez. “Altos níveis de estresse podem tornar as
chances de um casal engravidar menores. Isso porque o estresse causa processos
fisiológicos que podem interferir na produção de hormônios reprodutivos
importantes, além de, no homem, favorecer o surgimento de proteínas
inflamatórias que prejudicam a qualidade do esperma”, explica o Dr. Rodrigo
Rosa, especialista em reprodução humana e diretor clínico da clínica Mater
Prime.
4. Redução da circulação sanguínea
O estresse prejudica a circulação, gerando uma série
de danos em todo o organismo. “Quando estamos sob estresse, nosso fluxo
sanguíneo diminui devido a liberação de hormônios como cortisol e adrenalina. E
qualquer redução na circulação sanguínea significa que as funções corporais
podem ser prejudicadas, levando ao surgimento de uma série de sintomas”, diz a
cirurgiã vascular Dra. Aline Lamaita, membro da Sociedade Brasileira de
Angiologia e Cirurgia Vascular.
Entre os principais sintomas, a profissional lista:
Frieza ou dormência nas mãos e pés (devido à
insuficiência de sangue chegando nos membros);
Tom azulado ou arroxeado nas pernas (principalmente em
pessoas de pele clara);
Ressecamento da pele;
Quebra das unhas;
Queda dos cabelos;
Cicatrização mais lenta de feridas e arranhões em
pessoas diabéticas;
Segundo a médica cirurgiã, a ação do cortisol também
pode afetar os vasos sanguíneos. “A inflamação gerada pelo cortisol também pode
fazer com que os vasos sanguíneos sofram com lesões que podem reduzir o calibre
das veias e artérias, assim aumentando o risco de hipertensão e trombose.”
5. Elevação da pressão arterial
Além de impactar a circulação periférica, a liberação
de hormônios causada pelo estresse ainda leva a danos celulares estruturais que
podem prejudicar o funcionamento adequado do coração. “O estresse favorece a
elevação da pressão arterial, a aceleração da frequência cardíaca e o aumento
dos níveis de gorduras e açúcar no sangue, assim contribuindo para o surgimento
de hipertensão, diabetes e doenças cardiovasculares”, afirma a Dra Caroline
Reigada.
6. Sobrecarga dos rins
Outro órgão vital gravemente afetado pelo estresse é o
rim. “Condições de estresse crônico provocam a excreção de fosfato em níveis
fora do padrão, o que prejudica a função renal, além de levar a fraqueza
muscular e alterações na composição óssea”, diz a Dra Caroline.
Ela afirma que os rins são impactados por problemas
com os vasos e a circulação sanguínea. “Dessa forma, a pressão alta e o açúcar
elevado no sangue provocados pelo estresse podem sobrecarregar os rins.
Inclusive, pacientes com hipertensão e diabetes correm maior risco de doença
renal”, destaca a nefrologista. Ela alerta que as reações do organismo ao
estresse são ainda mais perigosas para quem já sofre com doenças renais e
cardiovasculares.
7. Alteração do metabolismo
O estresse elevado pode gerar uma série de alterações
no metabolismo, inclusive favorecendo o ganho de peso. “O apetite emocional é
uma das respostas ao estresse, já que o cortisol aumenta o desejo por uma
alimentação altamente enérgica. Além disso, os hormônios do estresse também
estimulam a formação de células adiposas, que armazenam gordura”, explica a
médica nutróloga Dra. Marcella Garcez.
A nutróloga afirma ainda que períodos estressantes
também prejudicam a perda de peso. “Seu corpo sabe que está em uma posição
estressada e não vai deixar você perder peso como faria em condições normais”,
destaca.
8. Doenças bucais
O estresse também pode afetar diretamente a saúde
bucal. “O efeito pró-inflamatório desencadeado pelas substâncias produzidas
pelo organismo em momentos de estresse, como a hidrocortisona, o cortisol e a
adrenalina, favorecem o surgimento de doenças periodontais”, explica o Dr. Hugo
Lewgoy, cirurgião-dentista e doutor em Odontologia pela USP.
O profissional destaca que além disso, quando estamos
estressados aumentamos a prática de hábitos negativos,”como a má higiene oral,
o que, somado à vulnerabilidade do organismo, pode favorecer o surgimento de
cáries, gengivite e halitose”, alerta o dentista.
Fonte: https://saude.ig.com.br/parceiros/edicase/2022-09-23/dia-mundial-do-combate-ao-estresse--8-danos-que-ele-pode-causar-ao-corpo.html
- Por Guilherme Zanette - Redação EdiCase
O Senhor é o meu pastor, nada me falta. Ele me faz
deitar em pastos verdes, me conduz para as águas calmas, refresca a minha alma.
Ele me guia pelos caminhos certos por amor do seu nome. Ainda que eu ande pelo
vale mais escuro, não temerei mal algum, pois você está comigo; sua vara e seu
cajado, eles me consolam. Você prepara uma mesa diante de mim na presença de
meus inimigos. Você unge minha cabeça com óleo; meu cálice transborda.
Certamente a tua bondade e amor me seguirão todos os dias da minha vida, e
habitarei na casa do Senhor para sempre. (Salmos 23)