Mostrando postagens com marcador Libertadores. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Libertadores. Mostrar todas as postagens

sábado, 23 de novembro de 2019

Flamengo vira com dois de Gabigol, vence o River e conquista o bi da Libertadores


Uma final emocionante no Monumental de Lima na tarde deste sábado, quando o Flamengo perdia por 1 a 0 do River Plate até os 43 minutos do segundo tempo e em três minutos virou o jogo e conquistou a segunda Libertadores de sua história após 38 anos.

O River dominou a maior parte do jogo, e saiu na frente no primeiro tempo após falha defensiva do Flamengo, com o atacante Borré. Mais calmo no segundo tempo, o Rubro-negro foi crescendo na partida e a estrela de Gabigol brilhou no final com gols aos 43 e 46 minutos.

Com o título, o Fla garantiu sua vaga para o Mundial do Catar em dezembro. A equipe de Jorge Jesus ainda pode conquistar o Brasileiro neste domingo mesmo sem entrar em campo, bastando que o Palmeiras não vença o Grêmio em confronto em São Paulo.

RIVER SAI NA FRENTE E FLAMENGO NÃO SE ENCONTRA

As equipes iniciaram a partida se estudando. O Flamengo buscava a posse be bola enquanto o River marcava em cima e não deixava o meio de campo trabalhar. No ataque, Gabigol e Bruno Henrique também eram marcados muito de perto e não tinham liberdade.

A estratégia argentina era baseada nos contra-ataques rápidos e com muita objetividade, explorando principalmente as laterais do campo e a defesa alta do Rubro-negro. Em cada retomada de bola, o River chegava próximo à área do Fla em poucos segundos.

O primeiro lance de gol do Flamengo foi aos 9, em uma tentativa de Bruno Henrique de fora da área que, apesar do chute forte, passou longe do gol de Armani.

Mais objetivo e muito aplicado taticamente, o River abriu o placar em uma falha de comunicação da dupla de volantes do Flamengo. Nacho Fernández foi à linha de fundo próximo da linha da área marcado por Felipe Luis. O argentino cruzou fraco para o meio e William Arão e Gérson pareciam com a situação dominada mas deixaram a bola passar. Ela acabou num buraco no meio da defesa perto da marca do pênalti e Rafael Borré mandou no canto de Diego Alves.

O gol abalou os brasileiros e a equipe do Flamengo passou a dar espaços para o adversário, que continuava a marcar muito bem, especialmente no meio de campo.

O River picava o jogo e não deixava o jogo do Fla fluir. Sem conseguir penetrar no forte bloqueio argentino, o Flamengo não chegava perto do gol adversário e ainda sofria com as escapadas argentinas.

Aos 20, bola recuperada pelo River no grande círculo e Suárez é acionado nas costas de Rafinha pela esquerda. O atacante avança ao fundo marcado por Rodrigo Caio, se aproxima da área e cruza rasteiro. De La Cruz fura e perde grande chance de fazer o segundo.

O River chegou perto novamente aos 36. Montiel puxou o contra-ataque em velocidade pela direita e tocou para Borré. O centroavante fez o pivô e rolou para trás para Exequiel Palacios soltar uma bomba. Diego Alves voou mas a bola passou perto da trave esquerda e saiu pela linha de fundo.

GABIGOL APARECE NO SEGUNDO TEMPO E VIRA HERÓI

As duas equipes retornaram para o segundo tempo sem alterações. O River manteve o padrão de jogo e o Flamengo tentava buscar a calma necessária para reagir. Mais ligada no jogo, a equipe brasileira começou a ameaçar mais e quase chegou ao empate aos 11.

Bruno Henrique recebeu na esquerda e avançou em direção à área. O atacante teve a chance de finalizar mas cruzou para o meio. Arrascaeta tentou a finalização mas furou. A zaga não cortou e a bola sobrou para Gabigol no segundo pau, mas ele carimbou a zaga. No rebote, Everton Ribeiro mandou no canto e Armani fez grande defesa.

O Flamengo teve uma baixa de peso aos 20 minutos, quando Gerson sentiu problema muscular e foi substituído por Diego. Tenso, o Flamengo seguia envolvido na marcação executada com perfeição pelo River, que também gastava o tempo com muita eficiência.

O River assustou em dois lances em sequência. Aos 21, Suárez recebeu livre na área e cruzou, mas Marí conseguiu afastar. No minuto seguinte, bola lançada na área pelo alto, a zaga rebate e Nacho Fernádez chuta de fora da área perto do gol de Diego Alves.

O Fla respondeu aos 30 em boa trama do ataque. Bruno Henrique avançou na diagonal da esquerda e, mesmo desequilibrado, achou Diego. O dez tocou para Gabigol na direita e este rolou para Everton Ribeiro, que levantou na área. Arrascaeta tentou a bicicleta mas mandou na zaga. No rebote, Diego arriscou de longe e isolou.

Se por um lado o volume ofensivo do Flamengo crescia, o River seguia perigoso nos contra-ataques. Aos 35, Suárez fez grande jogada na linha de fundo pela direita, deixou Marí pra trás e rolou para a chegada de Palacios. O meia bateu rasteiro mas errou o alvo.

GABIGOL ENTRA EM CENA

Apagado no jogo, Gabigol não tinha acertado uma boa jogada sequer até os 43 minutos. Foi quando Bruno Henrique dominou na frente da área e tocou para Arrascaeta. O uruguaio se esticou e cruzou do outro lado para Gabigol, livre estufar a rede.

Três minutos depois, Gabigol foi lançado de longe e, no meio de dois zagueiros, dominou a bola e bateu no canto de Armani para fazer o gol do título.

Antes do apito final, Palacios e Gabigol foram expulsos, mas nada mais tiraria o título da equipe brasileira.

FICHA TÉCNICA
FLAMENGO-BRA 2 X 1 RIVER PLATE-ARG

Local: Estádio Monumental, em Lima (Peru)
Data: 23 de novembro de 2019 (Sábado)
Horário: 17h(de Brasília)
Árbitro: Roberto Tobar (Chile)
Assistentes: Christian Schiemann (Chile) e Claudio Rios (Chile)
Cartões Amarelos: Pablo Marí, Rafinha (Fla); Milton Casco, Matías Suárez, Enzo Pérez (River)
Cartões Vermelhos: Gabigol (Fla); Palacios (River)

Gols:
FLAMENGO: Gabigol, aos 43 e aos 46 min do 2º tempo
RIVER PLATE: Rafael Borré, aos 14 min do 1º tempo

FLAMENGO: Diego Alves, Rafinha, Rodrigo Caio, Pablo Mari e Filipe Luís; Willian Arão (Vitinho), Gerson (Diego), De Arrascaeta (Piris da Motta) e Everton Ribeiro; Bruno Henrique e Gabigol
Técnico: Jorge Jesus

RIVER PLATE: Franco Armani, Gonzalo Montiel, Martínez Quarta, Javier Pinola e Milton Casco (Paulo Díaz); Enzo Pérez, Nacho Fernández (Julián Álvarez), Exequiel Palacios e De la Cruz; Rafael Borré (Lucas Pratto) e Matías Suárez
Técnico: Marcelo Gallardo


domingo, 23 de março de 2014

Flamengo é campeão da Liga das Américas de basquete 2014

Fla bate Pinheiros e, 100%, conquista o título da 'Libertadores do basquete'

No embalo da torcida que lotou o Maracanãzinho, Rubro-Negro derrota o último campeão do torneio e levanta taça inédita para o basquete

Uma campanha impecável. Foi assim que o Flamengo terminou com o título inédito e invicto da Liga das Américas 2014 - a "Libertadores do basquete". No embalo de uma torcida barulhenta, que encheu o Maracanãzinho na noite deste sábado (8.701 presentes e 7.404 pagantes), e com o apoio do ídolo Oscar Schmidt, o Rubro-Negro derrotou o Pinheiros, último vencedor do torneio, por 85 a 78. O time da Gávea superou o retrospecto ruim diante dos paulistas e podem se orgulhar de serem os reis das Américas. O resultado, além de ser inédito na história do esporte do clube, ainda garante vaga no Mundial, que será disputado no Brasil, na primeira semana de outubro, contra o campeão da Euroliga.
A competição da Europa está na segunda fase, com Barcelona (do brasileiro Marcelinho Huertas), Real Madrid, CSKA Moscou e o italiano Milano já garantidos nas quartas de final. A decisão será realizada no dia 12 de maio, em Milão, na Itália.

Aguada, do Uruguai, ficou com a terceira colocação ao bater o Halcones Xalapa, do México, na prévia. É a terceira vez que um time do Brasil conquista a Liga das Américas de basquete. O Brasília foi campeão na temporada 2008/2009. No ano passado, a taça ficou com o Pinheiros. E esse ano, com o Flamengo. 
- Era o título que faltava ao Flamengo. Todos estão de parabéns. Foi um jogo nervoso, de dois times que são ofensivos, mas erraram bastante, algo comum em um jogo único e em uma final como essa. Mas conseguimos buscar os pontos nos momentos decisivos do jogo e entramos para a história do Flamengo. É o título mais importante da minha vida, claro, e também de todos os jogadores desse time - disse José Neto, técnico do Flamengo.
Shamell, do Pinheiros, terminou como o cestinha da decisão, com 25 pontos anotados. Logo atrás apareceu Marcelinho, do Flamengo, com 24.

O JOGO

Um jogo estudado. Não poderia ser diferente. Aplicados na defesa, Flamengo e Pinheiros não se arriscavam muito. Enquanto os rubro-negros trabalhavam a bola à procura de uma brecha no garrafão adversário, os visitantes usavam e abusavam dos tiros de três, principalmente com Joe Smith e Jonathan Tavernari. Se o aproveitamento nos chutes não era bom, nos rebotes ofensivos a história era outra. Foram quatro na primeira metade do quarto, enlouquecendo a torcida na arquibancada. Em contrapartida, o Flamengo também dominava a área pintada dos paulistas. Olivinha e Meyinsse iam pontuando e dando vantagem ao Rubro-Negro. O americano era forte sob a tabela contra os valentes Morro e Mineiro.
Até então zerado na partida, Marcelinho acertou uma bola de fora, restando 2min28s para o fim do primeiro quarto, e deixou a vantagem em sete pontos. Muito irritado, o técnico Cláudio Mortari pediu tempo. Mas a conversa pareceu não ter surtido efeito. Na última posse de bola do período, Shamell, que fazia partida discreta por estar bem marcado, bobeou. O descuido foi aproveitado por Marcelinho, que partiu para o contra-ataque, assistindo Marquinhos, que fechou a parcial em 25 a 15.

Para mudar o panorama no seu garrafão, Mortari colocou Babby. A mudança deu certo, e o pivô se destacou com oito pontos e um rebote ofensivo. O Flamengo também veio modificado com Washam no lugar de Marquinhos. O americano, ao lado de Meyinsse e Olivinha, manteve a produtividade no garrafão ofensivo na primeira metade do quarto.
Com o intuito de descansar Laprovittola e Meyinsse, José Neto mexeu na equipe, que sentiu. Babby passou a reinar absoluto debaixo da tabela. Shamell e Joe Smith, com duas bolas de três, fizeram com que a diferença, que chegou a ser de 11 pontos, se diluísse para apenas um. Humberto, que também veio do banco, com uma bola de fora, colocou os visitantes na frente por dois (35 a 33). 
Porém, a resposta rubro-negra veio de maneira imediata. Com cinco pontos seguidos, Marcelinho chegou a 12 e devolveu o líder do NBB ao comando das ações. No fim, o placar de 46 a 40 para o Flamengo retratou o que foi o primeiro tempo da partida, que teve Shamell como cestinha, com 13 pontos, e o capitão rubro-negro logo atrás, com 12.

O cenário da volta do intervalo foi o mesmo dos quartos anteriores. Babby continuava sendo um tormento no garrafão flamenguista, onde anotou cinco pontos seguidos, empatando a partida em 50 a 50. Marquinhos continuava no banco desde a metade do segundo período, e o Pinheiros aparentava estar mais ajustado em quadra.
Só que uma falta de Babby em Marcelinho pendurou o jogador, que foi poupado, sentando no banco de reservas. A ausência de força no garrafão forçou o último campeão da Liga das Américas a jogar com Shamell. Mesmo bem marcado, o americano criou problemas para o Flamengo. Quando não era o ala a definir as jogadas, o garoto Humberto assumia essa função. Sem se intimidar, o ala foi matando as bolas. O jogo ficou lá e cá. No fim do terceiro quarto, vantagem dos cariocas por um ponto: 61 a 60.

No período final, o espírito de decisão ficou latente nas equipes. Nervosas, não conseguiam colocar a bola para dentro da cesta, o que se refletiu no baixo placar nos primeiros minutos (5 a 4 para o Pinheiros). Aproximando do fim do duelo, a torcida estava tensa e calada. Precisou uma sequência dos cariocas para que o Maracanãzinho se transformasse em um verdadeiro caldeirão. E ela veio através de uma bola de três de Marcelinho, uma cravada de Marquinhos e uma cesta de Meyinsse, que colocaram a diferença em seis pontos (76 a 70), restando 2min16s.
Acuado, Mortari pediu tempo. O Pinheiros acelerava seu jogo, o Flamengo cadenciava. A torcida, de pé, "entrou" em quadra e não saiu mais. A cada ataque, incentivos; a cada defesa, vaias ao rival. O jogo ficou truncado, com disputas intensas no garrafão e faltas. Os times aproveitavam seus lances, o que beneficiava os donos da casa.
Faltando 38 segundos, o Flamengo vencia por cinco pontos. A posse de bola era do Pinheiros. Rapidamente, Shamell anotou mais dois. No ataque seguinte, Laprovittola, que fez partida muito apagada, escorregou e perdeu a bola. Só que o craque da equipe paulista também vacilou na tentativa para empatar a decisão. Com um erro de passe, o ala mandou a bola nas mãos de Tony Washam. Marcelinho sofreu a falta, acertando dois lances livres (85 a 78). Shamell teve mais uma chance, mas desperdiçou.
Explosão no Maracanãzinho. O Flamengo chegou ao seu primeiro título da "Libertadores do basquete". O time da Gávea iguala o feito do futebol, que, em 1981, com Zico e cia., conquistava as Américas.