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quinta-feira, 17 de março de 2016

Matando 10 mitos sobre exercícios físicos

A indústria fitness é um negócio de bilhões de reais – exatamente pelo potencial de fazer dinheiro com reivindicações milagrosas que convencem pessoas desesperadas que elas vão perder peso ou ficar mais atraentes.
No meio de todo esse blá blá blá comercial, bons planos de treino e verdades simples se escondem, esperando sua hora de brilhar.
Essa hora chegou, graças a uma coisa chamada “ciência”. Veja mitos comuns sobre exercícios físicos e por que eles estão errados, de acordo com informações do Dr. Brian Parr, professor do Departamento de Exercício e Ciências do Esporte da Universidade da Carolina do Sul em Aiken, nos EUA.

Mito 1: No Pain, No Gain
Quem nunca viu essa frase na regata de um marombado na academia? Podendo ser traduzida como “Sem Dor, Sem Ganho”, ela absolutamente não é verdade. Desconforto após exercícios físicos é algo natural, mas dor? De jeito nenhum. “A ideia de que o exercício deve doer é simplesmente errada. Grande dor muscular durante ou após o exercício geralmente sugere uma lesão”, explica o Dr. Parr. “No entanto, um pouco dor muscular é inevitável, especialmente se você estiver começando a se exercitar”.
Este mito já foi desmascarado por médicos, fisioterapeutas e pesquisadores de todas as aéreas, mas ainda persiste porque a maioria das pessoas confundem a ideia de empurrar seus limites (aumentar sua resistência) com ter dor. É importante lembrar que os treinos ainda devem ser desafiadores – ao invés de muito fáceis -, mas se você estiver sentindo dor, deve parar.

Mito 2: Dor após o exercício é causada por ácido láctico nos músculos
De onde vem a dor que você começa a sentir um ou dois dias depois de malhar? Há uma crença de que a chamada “dor muscular de início tardio” é causada por acúmulo de ácido láctico nos músculos. “Essa crença baseia-se no fato de que durante a musculação, músculos produzem energia de forma anaeróbia (sem oxigênio), o que leva a produção de ácido láctico, em contraste com exercícios aeróbicos, como caminhada, que produzem energia com uso de oxigênio, que forma pouco ácido. Mas a ideia de que o ácido láctico provoca dor muscular tardia é falsa, uma vez que qualquer ácido produzido durante o exercício é destruído logo depois que você termina, muito antes de a dor começar”, explica Parr.
Em vez disso, a dor é causada por “rasgos” em seu músculo que ocorrem quando você se exercita, especialmente se você está começando um regime de treino novo. “O exercício extenuante leva a rasgos microscópicos no músculo, o que leva à inflamação e dor. Isso soa ruim, mas a lesão muscular é um passo importante para deixar o músculo cada vez maior e mais forte. Essencialmente, conforme o corpo repara esses rasgos, constrói tecido muscular novo, saudável e forte”.

Mito 3: Demora muito para ficar em forma / É inútil fazer exercícios se você não pode fazer atividades físicas regularmente
Ficar em forma não precisa levar um tempo muito longo. Não existe nada milagroso para entrar em forma rapidamente, mas muitas pesquisas mostram que um regime de exercícios saudável não significa passar horas na academia todos os dias.
Para fazer menos exercício e obter o mesmo benefício, é necessário aumentar sua intensidade. Isso é chamado de treino intenso intervalado, uma ótima maneira de reduzir o comprimento dos seus treinos e obter resultados em menos tempo – só que com mais esforço. Um treino pesado de 15 minutos por dia é suficiente, mas nem todos conseguem. Se preferir ir devagar, faça essa escolha, mas tenha paciência.
Além disso, enquanto exercício regular tem grandes benefícios para a saúde, fazer atividade mesmo que de vez em quando já é ótimo. Se você acha que não consegue treinar todos os dias, não use isso como motivo para não treinar hoje. Mesmo uma caminhada de meia hora uma vez por semana pode fazer uma grande diferença. Qualquer atividade é boa atividade.

Mito 4: Você precisa de uma bebida esportiva para repor eletrólitos/minerais/etc
As bebidas esportivas são importantes para melhorar o desempenho quando uma pessoa realiza exercícios de alta intensidade com mais de uma hora de duração com frequência, como as pessoas que treinam para maratonas ou triatlo. Bebidas esportivas fornecem água para substituir o que é perdido no suor e dão açúcar (glucose) como combustível para manter a energia.
Mas a maioria de nós não precisa dessas bebidas. Treinos de menor intensidade ou menor duração não requerem essa “reposição”. Apenas água comum é mais do que suficiente. Na verdade, se você está se exercitando com o objetivo de perder peso, as calorias da bebida esportiva podem te atrapalhar.

Mito 5: Alongamento antes do exercício evita lesões
Este mito é controverso e os pesquisadores ainda não chegaram a um acordo. O que é importante entender, no entanto, é que alongamento é diferente de aquecimento. É muito importante se aquecer antes de fazer exercícios extenuantes, o que pode evitar lesões, mas alongamento especificamente têm pouco benefício (como uma revisão de mais de 10 estudos concluiu) e, na pior das hipóteses, pode até inibir seu desempenho (como um estudo da Universidade de Northampton descobriu).

Mito 6: Musculação não ajuda a emagrecer
Francamente, a maioria das pessoas que começa a se exercitar não perde peso imediatamente. Por causa disso, desistem. Embora seja mais fácil ver resultado ao cortar calorias em uma dieta, é mais provável manter a perda de peso com exercício físico.
A crença de que o exercício aumenta a massa muscular é verdadeira, mas isso não faz você ganhar peso.
“O exercício, especialmente o treinamento de força, pode aumentar a massa muscular. Algumas pessoas acreditam que isso leva ao ganho de peso, não à perda de peso. Na verdade, quando a maioria das pessoas perde peso [através de dieta], perde gordura e músculo. O exercício ajuda a manter a massa muscular e promover a perda de gordura. A diminuição da massa muscular durante a perda de peso pode levar a uma redução na taxa metabólica de repouso, que é parte da razão pela qual as pessoas tendem a recuperar o peso após uma dieta. Ao reduzir a perda de massa muscular, os exercícios podem ajudar a manter a taxa metabólica e evitar a recuperação do peso”, argumenta o Dr. Parr.

Mito 7: Exercício físico ajuda a perder peso rapidamente
O inverso do mito anterior, esse também desanima as pessoas que não veem logo os resultados que estavam esperando. O problema é a simplificação do mantra: “comer menos calorias, queimar mais calorias”. Perder peso é mais complicado que isso. Por exemplo, caminhar pouco mais de um quilômetro em uma hora queima cerca de 100 calorias. Sentar em uma cadeira pelo mesmo período de tempo queima 60 calorias. Os benefícios da perda de peso vêm de aumentar a intensidade e duração do exercício uma vez que você começa a fazê-lo. Se você caminha ou corre mais de dez quilômetros em vez de um, você queima 500 calorias, e ao mesmo tempo demora mais no exercício, mais os benefícios da perda de peso aumentam ao longo do tempo em comparação a ficar sentado em casa.
Também é importante não confundir os benefícios da perda de peso com os benefícios de saúde do exercício físico, os quais se sente quase que imediatamente.

Mito 8: Você precisa tomar suplementos para construir músculos
Infelizmente, este é mais um mito que é aplicável a algumas pessoas, mas não a maioria de nós. Os suplementos podem te ajudar se você for um fisiculturista ou um alguém que treina pesado, mas a típica pessoa que treina duas ou três vezes por semana para manter a forma não precisa tomar creatina ou shakes de proteína para construir músculos.
Dr. Parr explica: “É verdade que você precisa de mais proteína para aumentar sua força muscular. Mas você pode facilmente obter essa proteína a partir de alimentos, o que significa que os suplementos são desnecessários”.
Ninguém está dizendo para você pular o shake de proteína se você achar que ele é gostoso, mas lembre-se que é essencialmente uma outra refeição e uma ingestão calórica que você pode não precisar se estiver indo para a casa jantar.

Mito 9: Se você não fizer exercícios quando é jovem, é perigoso quando ficar mais velho
Nunca é tarde demais para começar a se exercitar, você apenas tem que ser cauteloso. Um estudo de 2009 com mais de 1.800 idosos da Universidade Hebraica Hadassah e da Universidade Hebraica de Jerusalém concluiu que os idosos que começaram a se exercitar no final da vida eram propensos a viver mais tempo e de forma mais saudável do que os seus colegas que evitaram exercícios físicos.
A chave é encontrar um treino que está no nível de impacto certo para a sua idade e condição. Os benefícios para a saúde em áreas como memória, ansiedade e depressão e até mesmo artrite ou dor nas articulações se tornam visíveis quase imediatamente.

Mito 10: É melhor fazer exercícios em casa vs na academia
Se exercitar em uma academia não é nem melhor nem pior do que em casa, e vice-versa. Há opiniões de ambos os lados da questão, mas um estudo de 2008 publicado na revista Annals of Behavioral Medicine constatou que o que realmente importa é a crença pessoal do indivíduo sobre sua capacidade de iniciar e manter um regime de exercícios.
Essencialmente, os indivíduos que são capazes de motivar-se sozinhos a se exercitar e que acreditam que podem manter o treino são mais propensos a se beneficiar de um treino em casa. Pessoas menos confiantes em sua capacidade de manter um regime de treino se saem melhor na academia. No final, as duas versões desse mito são falsas: a verdade é que o melhor tipo de treino, seja em casa ou em uma academia, depende de você e de como você está motivado a manter seus objetivos de exercício. [LifeHacker]

sexta-feira, 15 de maio de 2015

6 maneiras estranhas como seu trabalho pode estar te matando

Se você não é um policial, um bombeiro ou um professor em uma escola pública brasileira, provavelmente se sente bastante seguro no seu trabalho. Ao passar o dia todo sentado ou teclando em um computador, qual a pior coisa que poderia te acontecer? Ao que parece, muitas. Todo tipo de emprego pode lhe render problemas, como…

6. Turnos rotativos aumentam as chances de câncer e diabetes
Já ouviu alguém se gabar de poder trabalhar em turnos longos, tendo dias inteiros livres para fazer todas as coisas legais que você não consegue fazer? Ou já ouviu alguém dizer que gosta de trabalhar no turno da noite, para não ter de lidar com todas as pessoas horríveis que você tem que aguentar?
Da próxima vez que você escutar algo parecido, avise a pessoa que, apesar de definitivamente existirem vantagens para turnos rotativos de trabalho, as desvantagens incluem doença cardíaca, úlcera, obesidade, diabetes e câncer.
Trabalhar em turnos perturba o seu ritmo circadiano, uma espécie de “relógio interno” que avisa quando é hora de fazer coisas como comer e dormir. Bagunçá-lo é como estar em jet lag permanente – e tem o mesmo efeito que envelhecimento acelerado.
Condizente com a pessoa velha que você rapidamente se tornou, uma consequência é começar a perder a capacidade cognitiva. Já é irritante o suficiente quando você começa a esquecer o que queria fazer, mas também resulta em muitos acidentes de trabalho. Por exemplo, teoriza-se que o desastre de Chernobyl foi causado pela fadiga do trabalho em turnos.

5. Comutar ao trabalho aumenta a depressão e acaba com o sono
Pessoas que viajam mais de 30 minutos para trabalhar relatam maior ansiedade e níveis mais baixos de felicidade e satisfação com a vida. Apenas 16 quilômetros entre sua cama e sua mesa é suficiente para torná-lo mais propenso a ser deprimido. Pessoas que enfrentam longos caminhos para o emprego ainda relatam uma maior probabilidade de ter “a sensação de que suas atividades diárias não têm significado” (basicamente uma crise existencial).
Comutar também mexe com o seu sono, e não só porque você está sacrificando tempo de cama para passar uma hora no ônibus – o pouco tempo que você de fato dorme é de pior qualidade e você acorda mais cansado.
Viajar 16 quilômetros ou mais cada manhã também aumenta o açúcar no sangue, o colesterol e a pressão arterial.
Até mesmo o modo de transporte faz a diferença, e não da maneira que você pensa. Por exemplo, ir ao trabalho a pé ou de bicicleta deveria deixá-lo feliz por conta das endorfinas e ar fresco, enquanto viajar em seu próprio carro poderia torná-lo mais suscetível a isolamento social e outros males psicológicos. No entanto, pesquisas mostram que pessoas que viajam em seus próprios veículos estão em melhor situação do que ninguém, incluindo caminhantes, ciclistas e pessoas que pegam ônibus.

4. Viagens a negócios constantes te deixam mais gordo e mais estressado
Se o seu trabalho te põe na estrada mais do que apenas o tempo que leva para chegar lá e voltar, temos uma notícia pior ainda. Quanto mais você viaja a negócios, mais você engorda e se estressa, e isso vem com um pacote de problemas de saúde.
Muitas vezes, viagens a negócios significam muito tempo sentado, má alimentação e todos os outros ingredientes do kit mais insalubre do mundo. Por isso, viajantes de negócios frequentes são quase duas vezes mais propensos a serem obesos e terem pressão arterial e níveis de colesterol altos. Como você provavelmente já suspeita, viagens constantes também colocam uma pressão sobre a vida familiar e aumentam o estresse diário.
Curiosamente, pessoas que nunca viajam também são mais propensas a ter uma saúde pobre, então o ideal é encontrar um equilíbrio.

3. Se você trabalha com comida ou construção, é mais propenso a usar drogas
Esqueça a ideia de que usuários de drogas são vagabundos que recebem bolsa do governo. Como drogas são caras, e não é fácil cometer um assalto louco de heroína, nove milhões de usuários de drogas e 10 milhões de alcoólatras têm empregos (e esses são apenas os caras honestos ou idiotas o suficiente para admitir que fazem isso em pesquisas).
O que essas mesmas pesquisas descobriram é que apenas 4% das pessoas que trabalham nos serviços sociais usam drogas, já trabalhadores do setor de alimentação… Chocantes 17,4% usam drogas.
O segundo maior grupo de usuários são trabalhadores da construção civil, o que é ainda mais perturbador. Enquanto cozinheiros podem se queimar se forem drogados para o trabalho, coisas muito piores podem acontecer com pessoas que já correm muitos riscos regularmente.
O setor com a terceira maior quantidade de drogados é artes e entretenimento, mas todos nós já imaginávamos isso (não precisa fingir que não).

2. Trabalhar em pé é muito ruim para a sua saúde. Sentado também
A maioria já sabe que passar o dia todo sentado é péssimo para a saúde. Nossos corpos não foram feitos para sentar nos tipos de cadeiras que usamos hoje em dia, mas a solução não é simplesmente passar a trabalhar de pé, pois isso pode gerar outros problemas, como varizes.
Essas novas mesas para trabalhar em pé estão criando dificuldades adicionais. O monitor fica em uma posição menos ideal, o que irrita o seu pescoço, e é preciso estender mais os pulsos, o que aumenta o risco de síndrome do túnel do carpo. Você pode perder alguns quilos, mas isso na verdade é uma má ideia se você estiver com sobrepeso, porque coloca muita pressão sobre as suas costas, articulações e veias, podendo causar doenças cardíacas.
Ou seja, você tem permissão da ciência para se sentar (de preferência em uma cadeira sem encosto). Apenas lembre-se de se levantar e se mexer um pouco a cada 20 minutos, mais ou menos, para evitar complicações de ficar sentado (porque nossos corpos são ridículos e nunca estão felizes com nada).

1. Baixos salários e horas extras de trabalho são ruins para o coração
Má notícia para as pessoas que trabalham mais de 11 horas por dia: além de ser miserável, seu risco de doença cardíaca é maior. Muito maior. 67% maior.
Ficar sentado e imóvel por muito tempo, longe de instalações de preparação de alimentos adequadas enquanto sua alma apodrece lentamente de dentro para fora não é muito bom para você. Além disso, se você ganha mal, as coisas pioram.
Baixos salários têm sido associados a um aumento na obesidade e hipertensão. Parece que não ter dinheiro suficiente literalmente te deixa doente. Um estudo até declarou que um aumento de 10% nos salários de todos nos EUA poderia fazer 132.000 casos de hipertensão por ano desaparecerem. Ah, então, vamos correr fazer isso!
O pior é que muitas pessoas não têm escolha: ou trabalham bastante, ou são mandadas embora. É como se sua única opção fosse ter um emprego e uma má saúde, ou não ter dinheiro nenhum e ter uma saúde pior ainda. [Cracked]

Fonte: http://hypescience.com/6-maneiras-estranhas-como-seu-trabalho-pode-estar-te-matando/ - Autor: Natasha Romanzoti