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quarta-feira, 11 de novembro de 2020

5 estimulantes sexuais para despertar os sentidos


Quando colocados em prática, alguns elementos naturais agem em nossos sentidos ajudando a aumentar a libido na hora H

 

Libido e disfunção erétil são problemas que podem surgir de disfunções físicas e psicológicas, portanto, devem ser tratadas com a ajuda de especialistas. Em casos menos graves, porém, é possível lidar com a diminuição dos impulsos utilizando estimulantes sexuais simples e naturais.

 

"A relação sexual é um reflexo de nossas emoções e estímulos sensoriais: o ato sexual é uma atividade que utiliza os cinco sentidos", diz a ginecologista Ana Paula Mondragon. É possível, portanto, que problemas como libido baixa e disfunção erétil se tornem mais evidentes quando deixamos de lado a exploração das sensações. "Nossos estímulos sensoriais são os maiores afrodisíacos", garante.

 

Os sentidos e a sexualidade

 

Visão: é uma das grandes estimulantes sexuais já que normalmente é a responsável pelos primeiros contatos como a outra pessoa

Olfato: tem relação com o estímulo hormonal, fazendo com que o cérebro perceba e acesse informações que nos remetem a nossas memórias sexuais

Audição: palavras, sussurros, músicas, sopros na beira do ouvido e até as palavras certas podem ser grandes estimulantes sexuais

Tato: possui grande potencial já que o maior órgão do corpo é a pele. A intensidade e local do toque funcionam como poderosos fatores de excitação

Paladar: é importante saber usar a boca e a língua! Além disso, paladar é também amplamente associado ao sexo por meio dos populares "afrodisíacos"

 

Uma vez que o sexo é uma experiência sensorial, todos os cinco componentes listados acima são importantes para entrar no clima - e, usados corretamente, são estimulantes sexuais eficazes.

 

Segundo a sexóloga Virginia Gaia, estimulantes sexuais são usados desde que o homem começou a ritualizar suas práticas e a entender o sexo (e a sexualidade) como uma parte importante da vida para além da questão reprodutiva.

 

Pensando nisso, listamos a seguir alguns estimulantes sexuais fáceis de serem postos em prática e que são bastante eficazes do processo de despertar os sentidos.

 

Visão: reduza a iluminação


Para a sexóloga Juliana Gil, o ato de reduzir a iluminação "gera um estímulo ao parceiro ou parceira no sentido da expectativa de que 'vai acontecer algo' - e essa sensação pode gerar muita excitação".

Ou seja, diminuir a iluminação para utilizar do fator surpresa funciona como um gatilho, fazendo com que a outra pessoa associe essa diminuição da luminosidade com uma situação sensual e "entre no clima".

 

Olfato: aposte no cheiro do corpo


Considerado nojento para alguns, o suor pode funcionar como um estimulante eficaz. Um estudo da Universidade da Califórnia concluiu que a androstenodiona, um feromônio do sexo masculino presente no suor e em perfumes e colônias como um aditivo, pode aumentar a libido e melhorar o humor de mulheres que inalam o odor.

As pesquisas foram feitas em mulheres heterossexuais, mas os resultados indicam que seres humanos possuem um cheiro natural capaz de afetar o sexo oposto. Portanto, foque em descobrir os cheiros do corpo de seu parceiro ou parceira.

 

Audição: as músicas são estimulantes


As músicas certas criam um clima sensual e podem funcionar como estimulantes sexuais. Um estudo realizado pela Universidade McGill, no Canadá, concluiu que o prazer no ato de ouvir música e no de praticar sexo estimulam a mesma área cerebral, ou seja, as duas atividades estão associadas. Escolha uma playlist excitante para entrar no clima!

 

Tato: massagens excitam o corpo


"A massagem feita pelo parceiro, seja com a mão ou com a boca, desperta várias zonas erógenas que antes estavam adormecidas, como as do joelho, umbigo, planta do pé, a região entre as nádegas entre outras", explica Juliana Gil.

Ótima preliminar, ela pode ser feita com óleos especiais (que também estimulam o olfato) e permite maior conhecimento dos corpos envolvidos no ato. Dedique alguns minutos a massagear áreas como costas, orelhas, cabeça, pés e pernas.

 

Paladar: é importante usar a boca

Muitas pessoas pensam que os alimentos e bebidas que funcionam como estimulantes sexuais são necessariamente afrodisíacos, mas, para Virgínia, muitos são ferramentas para descontrair e conseguir "entrar no clima", como é o caso das bebidas alcoólicas, por exemplo.

Outros alimentos que podem atuar como estimulantes sexuais são os chocolates e as oleaginosas, associados ao prazer e à libido.

 

Chocolate


Virgínia lembra que o chocolate é utilizado como afrodisíaco há muito tempo. "Estudos dizem que os povos americanos usavam uma massa de cacau, muito parecida com o nosso chocolate de hoje, como estimulante".

Muito da sua fama vem da tradição romântica - como um presente clássico. Desta forma, ele é um alimento que também é um "gatilho sexual" por sua associação com o momentos românticos.

Hoje sabe-se que os chocolates de fato funcionam como estimulantes sexuais ao liberar diversos neurotransmissores relacionados ao prazer, além de elevar a produção de serotonina, dopamina e endorfina. Além disso, podem proporcionar um efeito relaxante e redutor da ansiedade, o que ajuda muito a descontrair na hora de sexo.

 

Oleaginosas


Um estudo da Universidade de Rovira, na Espanha, indica que o consumo rotineiro de oleaginosas pode ajudar a melhorar as funções eréteis e o desejo sexual de homens saudáveis.

São elas: castanha de caju, amêndoa, amendoim, nozes e afins. Essas oleaginosas podem ajudar a equilibrar os níveis de testosterona, hormônio que ativa o desejo sexual de homens e mulheres.

 

Fonte: https://www.minhavida.com.br/bem-estar/materias/36974-5-estimulantes-sexuais-para-despertar-os-sentidos - Escrito por Fatime Ghandour

quinta-feira, 29 de outubro de 2015

Quantos sentidos os humanos realmente têm?



Pergunte a qualquer criança em idade escolar quantos sentidos nós temos e ela vai responder prontamente “Cinco!” – visão, audição, olfato, paladar e tato. Porém, o neurocientista Don Katz acha que isso pode estar errado. A resposta correta, diz ele, é mais provável que seja um.

Por quase uma década, Katz, que é professor de psicologia, vem pesquisando em ratos a interligação entre cheiro e gosto. Em 2009, ele mostrou que quando os ratos perdem a capacidade de sentir gosto, eles também têm o sentido do olfato alterado. Dois anos depois, ele publicou um artigo sugerindo que ratos dependem tanto do cheiro quanto do gosto para determinar de quais alimentos eles gostam.

Em um artigo publicado recentemente na revista “Current Biology”, o pesquisador mostrou o que acontece quando você desliga o sentido de gosto de um rato. Usando uma sonda óptica, ele apagou as células cerebrais no córtex olfativo principal do animal que processam os sinais de gosto da boca. Houve um impacto imediato sobre os padrões de disparo dos neurônios que lidam com o cheiro. Na verdade, os neurônios do cheiro foram transformados de tão forma radical que o rato já não podia reconhecer odores familiares.

Sentidos: sistema conectado

Estas conclusões sobre a interdependência do paladar e do olfato levaram Katz a especular que eles são um único sentido – o que ele chama de “chemosensory system”. “O gosto das coisas depende de uma série de outros fatores além do que o que está na língua”, explica Katz. “Nós acreditamos que o gosto e o cheiro são parte de um sistema grande, com duas portas, a boca e o nariz”.

Outros pesquisadores têm mostram que o som, tato e visão também são inextricavelmente ligados. Isto leva à grande hipótese de Katz: todos os nossos sentidos pertencem a um único sistema. Ou seja, ele acredita que temos apenas um sentido. Seria sem sentido, por exemplo, falar do sabor dos alimentos, porque “gosto” seria tanto uma função do que você sente em sua língua, quanto do que você vê, sente, cheira e ouve. De acordo com ele, nós não saboreamos a comida, e sim, temos uma experiência com os alimentos.

Katz compara o cérebro a um computador alimentado com uma imensa quantidade de dados para que ele possa gerar uma única descoberta, simplificada. Para a execução do programa, a informação deve ser recolhida através de todos os sentidos. Mas nós não percebemos isso. Estamos apenas cientes do resultado final do programa, que é a ilusão de que apenas um sentido é responsável pelo que nós experimentamos.

Tudo isso ainda não foi provado. Katz planeja continuar trabalhando com o paladar e o olfato em ratos, e planeja que a sua pesquisa continue avançando gradual e metodicamente. Porém, em algum lugar em um futuro não tão distante, podemos finalmente ter uma grande teoria unificada dos sentidos.[Medical Xpress]

Fonte: http://hypescience.com/sentidos-humanos/ - Autor: Jéssica Maes