domingo, 16 de outubro de 2011

XVI Jogos Pan-Americanos – Guadalajara 2011


Os Jogos Pan-Americanos de Guadalajara acontecem entre os dias 13 e 30 de outubro e contarão com a participação de 42 países. A cidade mexicana foi escolhida para ser sede da competição em 2006, quando foi candidata única e deu continuidade ao rodízio de regiões informal da Organização Desportiva Pan-Americana (Odepa) após a competição passar pelo Rio de Janeiro, em 2007.

A candidatura de Guadalajara chegou a temer a concorrência de duas cidades norte-americanas: San Antonio e Detroit. A primeira perdeu a disputa do Pan-2007 e ambas se retiraram para não prejudicar a então candidatura de Nova York aos Jogos Olímpicos de 2012, derrotada por Londres.

Países Participantes 42
País-Sede México
Cerimônia de Abertura 14/Outubro
Encerramento 30/Outubro

Cidade-Sede
Guadalajara (ou Guadalaxara) é a capital do estado de Jalisco e um importante centro comercial, industrial e cultural do México. Com mais de 1,6 mi habitantes, é conhecida como a Pérola do Ocidente e está localizada num planalto a mais de 1.500 m de altitude.


Mascotes

O Pan de Guadalajara tem três mascotes, inspirados em elementos da região de Jalisco, escolhidos por votação popular: Gavo, Leo e Hiuchi.



Modalidades
O Pan de 2011 terá disputa em 42 modalidades.

Fonte: UOL

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Orgulho de ser Professor


Convicto da importância do professor na educação de crianças e jovens, não apenas em 15 de outubro, mas em todos os dias do ano, gostaria de relatar em poucas palavras a minha trajetória como professor de educação física e a missão incansável de educar.

Em 1976, quando estudava a 8ª série e praticava basquete no Colégio Estadual Murilo Braga, resolvi que iria fazer o vestibular para Educação Física e ser professor.

Em janeiro de 1980, fiz o vestibular e fui aprovado. Era o início da concretização do sonho de ser professor. No mês de abril do mesmo ano, tive a oportunidade de ingressar no serviço público e, assim, dá aulas de Educação Física e basquete no CEMB. No início da carreira, passei 5 anos estudando na UFS e ao mesmo tempo ensinando.

Em 1988, insastifeito com apenas um emprego, resolvi procurar o ex-colega da universidade e Vice-diretor do Colégio Graccho, Abelardo Neto. Solicitei a ele um emprego como professor, o qual fui prontamente atendido. Ensinei basquete e no último ano de trabalho na escola lecionei aulas de educação física aos alunos do 2º ao 5º ano do Ensino Fundamental. Dediquei 22 anos de minha vida aos alunos e a instituição, a qual sou eternamente grato pela acolhida.

Em 1989, recebi o convite para ensinar basquete no Colégio Salesiano, pelo coordenador Pedagógico Jairton Guimarães (Cobrinha), que já conhecia o meu trabalho através do CEMB e do Graccho. Também lecionei educação física do 5º ano do Ensino Fundamental ao 3º ano do Ensino Médio. Trabalhei 21 anos e aprendi muito como educador com o sistema preventivo de Dom Bosco.

Tenho orgulho de ter trabalhado em dois dos melhores colégios do Estado, Graccho e Salesiano. Em ambos, pedi para ser demitido por motivos pessoais e fica aqui o meu agradecimento pelo respeito ao meu trabalho por mais de duas décadas.

Em 1993, a Irmã Auxiliadora me fez o convite para lecionar no Colégio Dom Bosco, inicialmente o basquete e depois o voleibol, que continuo até os dias atuais. Atualmente também ensino educação física aos alunos do 5º ano do Ensino Fundamental.

Em março de 2010, o Diretor do Colégio O Saber, Everton Souza, ex-aluno do basquete do CEMB, me convidou para dar aulas de educação física aos alunos do 6º ao 9º ano do Ensino Fundamental e prontamente aceitei este novo desafio na minha vida profissional.

Que Deus, na sua infinita bondade, me dê muita saúde e disposição para continuar trabalhando e contribuindo na formação integral dos alunos, como estou fazendo há mais de 31 anos. Trabalho esse realizado com respeito, dedicação e compromisso aos alunos e às instituições de ensino, sempre com Orgulho de ser Professor.

Professor José Costa
CREF 000245-G/SE

Dieta e exercício físico reduzem igualmente os riscos cardiovasculares


Sem efeito cumulativo

Para se proteger das doenças cardiovasculares, o que é melhor:exercício físico ou dieta?

Tanto faz. A conclusão é de um estudo feito em modelos animais nas faculdades de Medicina e Educação Física, ambas da Universidade de São Paulo (USP).

E mais: o trabalho indicou que a associação das duas abordagens não medicamentosas não resulta embenefício adicional na função cardíaca.

Ou seja, segundo o estudo, escolha a dieta ou o exercício e você ficará bem - mas não adianta fazer os dois, porque os ganhos não são cumulativos.

Obesidade crônica

A explicação dos pesquisadores para isso é que cada uma das intervenções isoladamente já é suficiente para evitar que a obesidade crônica provoque a disfunção cardíaca.

De acordo com Carlos Eduardo Negrão, do Instituto do Coração (InCor), as alterações cardíacas decorrentes da obesidade podem ser evitadas "se a restrição alimentar ou o exercício físico forem utilizados como conduta não medicamentosa para interromper o processo de obesidade crônica", disse.

Mecanismos moleculares

Além de avaliar os efeitos do treinamento físico e da restrição alimentar na função cardíaca, um dos objetivos do estudo foi tentar esclarecer o papel dessas intervenções nos mecanismos moleculares envolvidos nas alterações cardíacas causadas pela obesidade.

"O estudo acrescenta conhecimentos importantes sobre o papel do exercício e da restrição calórica nos mecanismos moleculares associados à função cardíaca na obesidade", disse Negrão.

O experimento

Na pesquisa, ratos wistar machos foram alimentados com dieta normocalórica (quantidade normal de calorias) ou hipercalórica (rica em gordura e açúcar) durante 25 semanas. Após esse período, os animais alimentados com a dieta hipercalórica foram subdivididos em quatro grupos e acompanhados por mais dez semanas.

No primeiro grupo, os ratos continuaram recebendo a dieta hipercalórica e foram mantidos sem treinamento físico. No segundo, continuaram com dieta hipercalórica e foram treinados. No terceiro, deixaram de receber essa dieta para serem submetidos à restrição alimentar (menos 20% da ingestão diária). No quarto grupo, os ratos foram submetidos ao treinamento físico e à restrição alimentar.

"Após a vigésima quinta semana, os animais submetidos à dieta hipercalórica não apresentavam alterações na função cardíaca, embora já apresentassem substancial ganho de peso", explicou Ellena.

"Após mais dez semanas de alimentação rica em gordura e mais ganho de peso corporal, eles apresentaram alteração na força de contração do coração e nas proteínas moleculares envolvidas nessa função. Isso foi evitado nos animais submetidos ao exercício físico ou à restrição alimentar", contou.

Metabolismo das gorduras

Outro resultado importante sobre o papel do exercício e da restrição alimentar alcançado no trabalho está relacionado ao metabolismo de lípides. "A restrição alimentar em associação com o exercício físico diminuiu significativamente a esteatose e a hipertrigliciridemia em animais obesos", disse Ellena.

Mas se por um lado a associação da restrição alimentar e do exercício físico não mostrou efeito cumulativo nos parâmetros cardíacos, por outro lado essas duas intervenções associadas diminuíram a quantidade de gordura estocada no fígado de animais obesos (esteatose hepática) e, também, os níveis de triglicérides plasmático.

"Embora a restrição alimentar isoladamente diminua a quantidade de gordura acumulada no fígado, ela aumentou a concentração de triglicérides plasmático, o que sugere um aumento na resistência hepática à insulina. Esses são achados importantes. Sabe-se que a esteatose, triglicérides aumentados e a resistência à insulina elevam o risco de doença cardiovascular", destacou Ellena.

Segundo a pesquisadora, o trabalho permite concluir que a restrição calórica e a prática de exercício devem ser recomendadas para a prevenção de alterações cardíacas e metabólicas causadas pela obesidade.

Fonte: Diário da Saúde - Alex Sander Alcântara

Chá verde reduz a absorção de gordura pelo corpo


Ficar gordo mais devagar

O chá verde reduz a absorção de gordura pelo corpo, retardando o ganho de peso.
Segundo uma equipe de cientistas da Universidade da Pensilvânia (EUA), isto transforma definitivamente o chá verde em uma ferramenta natural para a luta contra o sobrepeso e a obesidade.

Os experimentos foram feitos em modelos animais para permitir o monitoramento preciso da dieta e da liberação de gordura nas fezes, com e sem a ingestão do chá verde.

Recentemente, uma pesquisa brasileira, feita em humanos, mostrou que o chá verde ajuda na eliminação da gordura já presente no corpo.

Uso e liberação da gordura

Os cientistas alimentaram dois grupos de camundongos com uma dieta rica em gordura.
Um dos grupos que recebeu também o composto EGCG (Epigalocatequina-3-galato), encontrado no chá verde.

Os animais desse grupo apresentaram um ganho de peso 45% mais lento do que o segundo grupo, que não recebeu o composto.

Além do menor ganho de peso, os animais alimentados com o composto do chá verde apresentaram um aumento de quase 30% na liberação de lipídios fecais, mostrando que o composto EGCG limita a absorção de gordura pelo organismo.

"Parece haver dois mecanismos aqui," diz o pesquisador Joshua Lambert, responsável pelo experimento. "Primeiro, o EGCG reduz a capacidade do organismo em absorver gordura e, segundo, ele melhora o uso da gordura pelo organismo."

O chá verde não parece reduzir o apetite. Os dois grupos de animais receberam quantidades iguais de alimentos e comeram igualmente.

Sem exageros

Por outro lado, a dose de EGCG usada pelos cientistas foi extremamente elevada: uma pessoa precisaria tomar 10 copos de chá verde por dia para obter tal quantidade do composto.

Não é recomendada a ingestão de nenhuma substância em quantidades exageradas, sob o risco de intoxicação - os cientistas não estudaram essa possibilidade no experimento.

"Os dados humanos - e já há muitos sobre isso disponíveis - mostram que as pessoas que tomam chá verde ingerem apenas um ou dois copos por dia para ver os efeitos," diz o cientista.

Outra possibilidade para a redução do ganho de peso é o controle alimentar.

Fonte: Diário da Saúde

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Exercícios reduzem risco de câncer em mulheres


Câncer de endométrio

Mais uma boa notícia para quem pratica atividades físicas - ou um estímulo para quem quer começar.

Um estudo observou que mulheres que se exercitaram por pelo menos 150 minutos por semana apresentaram risco reduzido de desenvolvimento de câncer de endométrio.

O câncer de endométrio é o tumor maligno mais comum nos órgãos genitais femininos.

A pesquisa, feita na Escola Yale de Saúde Pública, nos Estados Unidos, foi apresentada nesta terça-feira (9/11) na Conferência de Pesquisa para Prevenção do Câncer da Associação Norte-Americana de Pesquisa sobre o Câncer, na Filadélfia.

Exercícios para todas

O menor risco foi verificado tanto para mulheres com peso normal como com sobrepeso ou obesas.

"O estudo é consistente com trabalhos anteriores que fortemente apoiam a associação entre atividade física e menor incidência de câncer de endométrio", disse Hannah Arem, um dos autores do estudo.

Os pesquisadores avaliaram 668 mulheres com câncer de endométrio, comparando os resultados com os observados em 665 outras sem tumores.

Aquelas que praticaram exercícios por 150 minutos ou mais por semana tiveram risco 34% menor de desenvolver tal tipo de câncer do que as que se mantiveram sem atividade física.

Para magrinhas e gordinhas

A associação se mostrou mais pronunciada entre mulheres ativas e com índice de massa corporal (IMC) inferior a 25, as quais apresentaram risco 73% menor do que as que não praticaram exercícios e tinham IMC maior do que 25.

Mas os efeitos da atividade física se mostraram importantes mesmo entre as mulheres com sobrepeso.

As que tinham IMC acima de 25, mas praticaram mais de 150 minutos de exercícios físicos por semana, tiveram risco 52% menor de desenvolver a doença.

Fonte: Diário da Saúde - Agência Fapesp

Diagnóstico precoce diminui riscos de perda de visão em crianças


A cada minuto, uma criança fica cega no mundo por falta de tratamento adequado contra doenças sistêmicas (sarampo, rubéola e meningite), ferimentos na cabeça ou problemas visuais não detectados no nascimento e nos primeiros anos da vida escolar.

Pesquisas feitas pela Organização Mundial da Saúde (OMS) indicam que se não forem tomadas iniciativas de alcance mundial e regional, em 2020 existirão no mundo 75 milhões de pessoas cegas e mais de 225 milhões de portadores de baixa visão, ou seja, incapazes de desempenhar grande número de tarefas cotidianas devido à deficiência visual.

Segundo a OMS, cerca de 40% das causas de cegueira infantil são evitáveis ou tratáveis. “As doenças sistêmicas citadas pela organização são preveníveis com vacinas. Mas há outras disfunções como a toxoplasmose, transmitida por alimentos preparados de forma inadequada, por exemplo, carnes ou verduras contaminadas, e a toxocaríase, causada por parasitas que têm os cães como hospedeiros.

Essas doenças podem ser evitadas por meio de políticas de saúde pública e orientação às gestantes”, alerta a oftalmopediatra Dorotéia Matsuura, do Hospital Oftalmológico de Brasília (HOB). Ela frisa que cuidados com alimentos e com a prevenção podem diminuir a incidência da cegueira infantil.

A oftalmologista explica que essas doenças sempre emitem sinais que podem ser percebidos pelos pais ou diagnosticados em consultas médicas. Todo quadro febril, dores de cabeça ou no pescoço, acompanhado de manchas vermelhas na pele, tosse, coriza ou conjuntivite, deve ser considerado suspeito, independentemente da situação vacinal ou da idade, diz Dorotéia. Ela aconselha que quando uma criança apresentar esses sintomas, deve ser encaminhada a uma consulta médica com urgência.

Algumas doenças relacionadas à má-formação ocular não têm tratamento, mas podem ser atenuadas por adaptações ópticas e não ópticas que proporcionem à criança suporte para a aprendizagem e o desenvolvimento intelectual. De acordo com Dorotéia Matsuura, entre as más-formações tratáveis estão a ambliopia ou "olho preguiçoso", causada por estrabismo, alto grau de refração e cataratas unilaterais. “Todas permitem o bom desenvolvimento ocular quando a atenção e os cuidados dos responsáveis levam à intervenção e à solução precoce”, esclarece.

Além disso, algumas doenças oculares podem ser detectadas quando a criança nasce, ainda no berçário. “O teste do olhinho tem sido realizado em todas as maternidades. Doenças como a catarata congênita, o retinoblastoma e outras são diagnosticadas com o teste realizado na maternidade”, ressalta a médica do HOB.

O teste do olhinho é muito simples e feito no berçário. Em um quarto escuro, um feixe de luz é emitido pelo aparelho chamado oftalmoscópio e, quando não há nenhum obstáculo à visão, a luz vai até a retina e ao ser refletida, faz com que o examinador perceba um reflexo vermelho. “A ausência desse reflexo é um indicador de que pode haver alguma alteração congênita e o caso deve ser melhor investigado a partir desse teste”, explica.

Em 2008, foi sancionada a Lei n° 4.189/2008, tornando obrigatória a realização do Teste do Olhinho no Distrito Federal.

Fonte: UOL - Da Agência Brasil

terça-feira, 11 de outubro de 2011

Praticar exercícios é tão bom quanto tomar remédios para curar enxaqueca, destaca estudo


A prática de exercícios físicos pode ser útil para quem sofre de dores de cabeça crônicas

Para curar enxaquecas, médicos costumam indicar medicamentos como topiramato, que já provou ser eficaz para aliviar dores de cabeça. Mas uma outra opção poderá ser usado pelos profissionais, pois de acordo com estudo realizado pela Universidade de Gotemburgo, exercícios físicos têm a mesma eficiência que os remédios.

A prática de atividades físicas já era indicada por alguns médicos, mas o estudo publicado na revista Cephalalgiaconfirmou a eficácia de 40 minutos de exercícios para quem sofre com as dores de cabeça.

No total os cientistas observaram 91 pacientes e os dividiram em três grupos: um que se exercitou por 40 minutos três dias por semana, outro que fez exercícios de relaxamento e outro que apenas tomou a medicação.

Por três meses os pacientes foram monitorados com relação a dores, qualidade de vida, capacidade aeróbica e níveis de atividade.

O resultado apontou que o número de pacientes que não tiveram mais dores aumentou em todos os três grupos, sem diferença do tipo de tratamento escolhido.


A conclusão do estudo é de que a prática de exercícios físicos pode ser útil para quem tem enxaqueca e não pode tomar remédios para resolver o problema.

Fonte: UOL Ciência e Saúde

Fumantes tendem a ter derrame dez anos antes de não fumantes


Segundo estudo, AVC acomete tabagistas por volta dos 58 anos

O tabagismo é considerado um dos principais fatores de risco para acidentes vasculares cerebrais. Agora, um novo estudo apresentado no Canadian Stroke Congress revelou que fumantes tendem a ter derrame uma década antes do que não fumantes. A análise foi liderada por cientistas da University of Ottawa, no Canadá.

O acidente cardiovascular cerebral ocorre quando o fluxo sanguíneo do cérebro é interrompido, devido a um coágulo ou a ruptura de vasos. A pesquisa examinou as diferenças entre 264 adeptos do cigarro e 718 não adeptos que sofreram um AVC entre janeiro de 2009 e março de 2011. Descobriu-se, então, que a diferença média de idade em que o problema acometeu os dois grupos foi de dez anos.

Os resultados mostraram que os fumantes haviam sofrido um derrame por volta dos 58 anos, enquanto que a média de idade entre os não fumantes foi de 67 anos. Além disso, os adeptos do tabagismo estavam mais propensos a ter complicações após o problema e até de serem vítimas de derrame novamente.

Risco de problemas cardíacos é 25% maior em mulheres fumantes

Outro estudo, publicado no periódico The Lancet, revelou que mulheres adeptas do tabagismo correm mais riscos de sofrer de doenças cardíacas do que homens, mesmo fumando menos cigarros. A análise foi liderada por pesquisadores da University of Minnesota e da University in Maryland, ambas nos Estados Unidos.

Para a pesquisa, foram analisados 86 estudos anteriores envolvendo mais de quatro milhões de pessoas. Divididas em 75 grupos, essas pessoas tiveram as suas fichas avaliadas para que fosse possível identificar a probabilidade de apresentarem problemas cardíacos.

Após ajustar todos os fatores de risco para fumantes de ambos os sexos, os resultados apontaram para o fato de que mulheres fumantes apresentam riscos 25% maiores de ter doenças coronárias do que homens fumantes. Além disso, foi constatado que essa probabilidade ligada ao sexo feminino aumenta em 2% a cada ano de consumo do cigarro.

O tabagismo é uma das principais causas das doenças coronárias e, segundo os autores da pesquisa, a expectativa é de que o número de usuários continue crescendo a cada ano.

Fonte: Revista Minha Vida - UOL

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Por que as mulheres vivem mais?


A ideia de que as mulheres são representantes do sexo frágil está cada vez mais ultrapassada. Considerando-se uma das provas essenciais de robustez, o poder para se manter vivo, as mulheres são mais resistentes do que os homens desde o nascimento até a idade mais avançada.

Em média, um homem pode correr mais rápido um percurso de 100 m do que uma mulher e levantar muito mais pesos. Entretanto, atualmente as mulheres vivem cinco a seis anos a mais do que os homens. Na idade de 85 anos existem aproximadamente seis mulheres para quatro homens. Na idade de 100 anos, a taxa é de duas mulheres para um homem.

Mas por que as mulheres vivem mais do que os homens? Uma primeira ideia seria que os homens sofrem mais estresse no trabalho. Porém, sabemos que a mulher está ocupando cada vez mais espaço no mercado de trabalho e isso significa mais responsabilidades com duplas ou triplas jornadas (casa - trabalho - filhos) e ambientes mais competitivos, com maior exposição ao estresse. Além disso, mulheres que exercem somente atividades domésticas podem ter uma carga de trabalho tão pesada quanto as que trabalham fora de casa. Mesmo assim, a expectativa de vida das mulheres não diminuiu.

As mulheres desenvolvem hábitos mais saudáveis do que os homens, preventivamente vão mais ao médico, fumam e bebem menos e seguem uma dieta com mais disciplina. Mas há um detalhe: o número de mulheres que fuma, toma uns drinques a mais e se alimenta de comidas não saudáveis está aumentando. Por isso, os pesquisadores têm afirmado que os hábitos de vida não são os únicos fatores envolvidos na longevidade feminina.

Os gerontologistas, especialistas em envelhecimento, têm observado que as fêmeas da maioria das espécies animais vivem mais do que os machos. Este fenômeno pode sugerir que a explicação está na nossa biologia.

Muitos cientistas acreditam que o processo de envelhecimento é causado pelo desenvolvimento gradual de um grande número de minúsculos defeitos individuais, como alguns danos no DNA, um desarranjo de proteínas, e assim vai.

Esse desenvolvimento degenerativo significa que a extensão das nossas vidas é regulada pelo balanço entre quão rápido novos danos atingem nossas células e quão eficientemente estas lesões são corrigidas.

Lembremos que os mecanismos para manter e reparar nossas células são maravilhosamente efetivos, mas não são perfeitos o tempo todo. Alguns danos passam despercebidos e se acumulam com os dias, meses e anos. Em outras palavras, nós envelhecemos porque nossos corpos perpetuam estes erros.

E por que nosso corpo não tenta sempre consertar os erros nas células que acontecem pelo caminho da vida, e assim poderíamos viver indefinidamente? Talvez uma das explicações seja o alto custo de energia gasta para "remendar" essas falhas. Como outras espécies, nós humanos também somos fruto da seleção natural e, ao menos na teoria, sobrevivem melhor os representantes da espécie que gastam mais energia com o crescimento e a reprodução do que com a longevidade.

Para muitos estudiosos, a mulher, devido a sua função primordial de engravidar e gerar uma nova vida, talvez tenha sido "equipada" com mecanismos mais robustos de reparação de danos das células e por uma necessidade de melhor estado de saúde. Consequentemente, isso reflete na maior longevidade da mulher quando comparada ao homem, que possui um papel menos direto na gravidez.

É possível que um dos hormônios que dificulte os processos de reparação das células seja a testosterona. Aparentemente, a testosterona que se encontra em quantidade cerca de 10 vezes menor na mulher, tenha influência negativa sobre a longevidade.

Alguns dados indicam que os eunucos (meninos castrados em muitas sociedades, no passado, para servir a imperadores sem o risco de engravidar as concubinas) apresentavam longevidade maior do que homens normais.

Em estudo realizado em uma instituição psiquiátrica no Kansas, Estados Unidos, onde homens com psicopatias eram castrados, descobriu-se que tais homens viviam em média mais 14 anos em relação aos homens não castrados. Obviamente, a castração não seria uma conduta adequada para aumentar a longevidade no homem.

Ainda estamos começando a entender e conhecer alguns elementos e fatores que podem aumentar ou diminuir a longevidade do ser humano. O fato é que as mulheres já partem na corrida da vida aparentemente mais bem preparadas fisicamente para combater os danos que nos são colocados pelo caminho. As pesquisas não param e, com certeza, em breve, vamos entender um pouco mais sobre o assunto.

No Brasil, registra-se um aumento significativo na expectativa de vida de ambos os sexos.
Estudos apontam os fatores que contribui para uma pessoa alcançar os 100 anos com bem-estar.

Fonte: Site bbel.UOL - Por Cibele Fabichak