quinta-feira, 8 de abril de 2010

terça-feira, 6 de abril de 2010

Filhos de políticos nas escolas públicas

Como melhorar a educação? Obrigando presidente, governadores, prefeitos e parlamentares a testar o ensino público - com suas próprias crianças.

Quanto custa estudar no Brasil? Depende. Se você estiver entre os 20% mais ricos da população, vai chegar ao fim de 20 anos de colégio e faculdade com uma formação de aproximadamente R$ 250 mil. Isso significa cerca de R$ 1 mil por mês. Nessa conta entram o dinheiro que você tira do próprio bolso para pagar as mensalidades e a contribuição que o governo faz (com investimento em universidades estatais e deduções de imposto). Agora, se você fizer parte dos outros 80%, sua educação receberá um investimento bem menor: o equivalente a R$ 116 por mês. Esse é o total gasto pelo país por aluno para manter as escolas públicas, onde não se passa muito tempo. Em média, essa parte da população completa só 5 anos de estudo formal, geralmente entre os 7 e os 11 anos de idade.
Ou seja: enquanto ricos estudam em escolas de qualidade por um longo tempo, o resto estuda por pouco tempo em escolas ruins. Como senador, tenho um projeto que pretende amenizar essa desigualdade. Minha proposta é a de que políticos eleitos - vereadores, prefeitos, deputados, senadores e o presidente - fiquem obrigados a matricular seus filhos em escolas públicas. Caso contrário, perderão seu mandato. O projeto já foi apresentado e agora espera avaliação do Senado e da Câmara.
No Brasil do passado, só classes com influência tinham vaga nas boas escolas públicas. Filhos de pobres não estudavam, ou frequentavam colégios particulares mantidos pela Igreja Católica, como seminários. Hoje filhos de eleitos estão entre os 20% mais ricos, em geral. E vão a colégios particulares.
Em lugares como Reino Unido e Cingapura, políticos nem pensam em colocar os filhos em escolas particulares. Os eleitores não aceitariam essa escolha, porque ela significaria ignorar a boa qualidade das escolas públicas de lá. Se um político é descoberto matriculando o filho no ensino privado, acaba nos jornais. Tem de se desculpar publicamente e transferir a criança para uma instituição pública.
Se políticos brasileiros tiverem de matricular os filhos em escolas públicas, elas receberão mais atenção dos governantes. O resultado será um ensino de qualidade para todos. E um país mais próximo dos princípios republicanos, com uma sociedade unida, sem divisão entre aristocracia e plebe. Há quem diga que essa obrigação fere a liberdade do político. Mas todo cidadão é livre para não ser candidato. Se ele opta pela vida pública, deve assumir obrigações. Esse seria só mais um de seus compromissos com os eleitores, com a nação e com a República.

Autor: Cristovam Buarque, professor de economia da Universidade de Brasília e senador pelo PDT/DF.

O ELEFANTE ACORRENTADO

"O ELEFANTE ACORRENTADO"

Você já observou um elefante no circo?

Durante o espetáculo, o enorme animal faz demonstrações de força descomunais.

Mas, antes de entrar em cena, permanece preso, quieto, contido somente por uma corrente que aprisiona uma de suas patas a uma pequena estaca cravada no solo.

A estaca é só um pequeno pedaço de madeira. E, ainda que a corrente fosse grossa, parece óbvio que ele, capaz de derrubar uma árvore com sua própria força, poderia, com facilidade, arrancá-la do solo e fugir.

Que mistério!!!

Por que o elefante não foge?

Perguntei a um adestrador e ele me explicou que o elefante não escapa porque está adestrado.

Fiz então a pergunta óbvia:

“Se está adestrado, por que o prendem?”

Não houve resposta!

Há alguns anos descobri que, por sorte minha, alguém havia sido bastante sábio para encontrar a resposta:

O elefante do circo não escapa porque foi preso à estaca ainda muito pequeno!!!

Fechei os olhos e imaginei o pequeno recém-nascido preso: naquele momento, o elefantinho puxou, forçou, tentando se soltar.

E, apesar de todo o esforço, não pôde sair. A estaca era muito pesada para ele. E o elefantinho tentava, tentava e nada.

Até que um dia, cansado, aceitou o seu destino: ficar amarrado na estaca, balançando o corpo de lá para cá, eternamente, esperando a hora de entrar no espetáculo.

Então, aquele elefante enorme não se solta porque acredita que não pode. Jamais, jamais voltou a colocar à prova sua força. Isso muitas vezes acontece conosco!

Vivemos acreditando em um montão de coisas

"que não podemos ter",
"que não podemos ser",
"que não vamos conseguir",

Simplesmente porque, quando éramos crianças e inexperientes, algo não deu certo ou ouvimos tantos "nãos" que "a corrente da estaca" ficou gravada na nossa memória com tanta força que perdemos a criatividade e aceitamos o "sempre foi assim".

De vez em quando sentimos as correntes e confirmamos o estigma:

"não posso",
"é muita terra para o meu caminhãozinho",
"nunca poderei",
"é muito grande para mim!"

A única maneira de tentar de novo é não ter medo de enfrentar as barreiras, colocar muita coragem no coração e não ter receio de arrebentar as correntes!

Vá em frente você consegue!!!

(PROF. DAMÁSIO DE JESUS)

As 3 peneiras antes de falar


Em tempos em que tanto ouvimos, lemos e assistimos, propomos para reflexão essa passagem:

Um rapaz procurou Sócrates e lhe disse que precisava contar algo.

Sócrates ergueu os olhos do livro que lia e perguntou: “O que vai me contar já passou pelas três peneiras ?”. “Três peneiras ?”, retrucou o rapaz. “Sim.

A primeira é a verdade. O que você quer contar dos outros é um fato ? Caso tenha apenas ouvido falar, a coisa dever morrer por aí mesmo. Suponhamos que seja verdade.

Deve, então, passar pela segunda peneira: a bondade. O que vai contar é coisa boa ? Ajuda a construir o caminho, a fama do próximo ?

Se o que você quer contar é verdade e bom, deve ainda passar pela terceira peneira: necessidade. Convém contar isso ? É mesmo necessário ? Resolve algo ? Ajuda a comunidade de alguma maneira ? Pode melhorar o mundo ? Se passar pelas três peneiras, conte.

Tanto eu quanto você e o próximo iremos nos beneficiar. Caso contrário, esqueça tudo. Será uma fofoca a menos a envenenar o ambiente e a levar discórdia entre os homens”.

Presente para você


Se eu pudesse deixar algum presente a você,
Deixaria aceso o sentimento de amar a vida dos seres humanos.
A consciência de aprender tudo o que foi ensinado pelo tempo afora.
Lembraria os erros que foram cometidos para que não mais se repetissem.
A capacidade de escolher novos rumos.
Deixaria para você, se pudesse, o respeito àquilo que é indispensável: além do pão, o trabalho. Além do trabalho, a ação.
E,quando tudo o mais faltasse, um segredo: o de buscar no interior de si mesmo a resposta e a força para encontrar a saída.

Gandhi