domingo, 30 de janeiro de 2011

Volta às Aulas: Organizar o local de estudos estimula a criança a estudar


VOLTA ÀS AULAS: ORGANIZAR O LOCAL DE ESTUDOS ESTIMULA A CRIANÇA A ESTUDAR

Um bom local de estudos pode deixar as crianças mais dispostas a fazer as lições. É o que sugere o professor de ergonomia da UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina) Antônio Renato Pereira Moro. "Muitas vezes a criança não para quieta na cadeira porque está desconfortável", explica.

Alguns cuidados ajudam a tornar o canto de estudos adequado à faixa etária do filho e com menos chance de causar problemas de má postura.

É importante prestar atenção ao mobiliário. "Se o móvel for mal projetado, induzirá à má postura", diz Moro. Se a mesa for muito baixa, a pessoa é forçada a se debruçar. Se muito alta, o braço fica mais afastado do tronco, tencionando os músculos da escápula (osso que compõe a articulação do ombro).

Para fazer lição de casa, o ideal é uma mesa com tampo regulável (levemente levantado a 10º). "Cada grau que ele é levantado corresponde a um grau a menos que a coluna tem de se inclinar", comenta o ergonomista. A altura da mesa deve ser igual à do antebraço, quando o cotovelo está dobrado a 90º.

A fisioterapeuta Flora Maria Gomide Vezza, da Universidade Metodista de São Paulo, lembra que a profundidade da mesa deve ser suficiente para servir de apoio aos antebraços. Isso é importante para descarregar o peso dos braços e pescoço. "Não se deve ficar só com os punhos apoiados para escrever ou digitar. Isso pode causar uma série de distúrbios", alerta.

Escolher uma cadeira regulável é uma boa saída - ela poderá acompanhar o crescimento da criança. Segundo Vezza, os pés têm de ficar bem apoiados no chão e o assento não pode ser muito profundo.

"Se o joelho bate no assento, a criança joga o bumbum para frente e fica em uma posição que sobrecarrega demais as estruturas da coluna e acentua o esforço dos músculos do pescoço", explica. O assento da cadeira depende muito do que cada um considera confortável, mas os especialistas sugerem o revestimento de espuma, que ajuda a distribuir o peso do corpo.

É essencial que a região lombar fique bem apoiada no encosto. "Não adianta ficar muito no alto, porque não é a região que mais precisa de apoio", afirma Moro.

Alguns cuidados para quem usa computador também são importantes. Segundo Vezza e Moro, o topo do monitor deve ficar na altura dos olhos. É melhor olhar um pouco mais para baixo do que para cima. Vezza sugere que as crianças aprendam a não depender tanto do mouse: "Ele é prejudicial porque exige muita precisão de movimentos e essa estabilidade é conseguida à custa de muito esforço muscular".

Os especialistas são unânimes ao dizer que o corpo precisa de equilíbrio e variação de movimentos. "Qualquer atividade que tensione apenas uma parte do corpo é ruim", sentencia Vezza.

Para organizar bem o momento de fazer lição de casa, os pais podem combinar com as crianças para intercalar posições sentadas e de pé e horário de estudos com atividades físicas.

Fonte: UOL

Sergipe: o paraíso é aqui


Modéstia Sergipana!

Estava um amigo num passeio em Roma quando, ao visitar a Catedral de São Pedro ficou abismado ao ver uma coluna de mármore com um telefone de ouro em cima.

Vendo um jovem padre que passava pelo local foi perguntar razão daquela ostentação.

O padre então lhe disse que aquele telefone estava ligado a uma linha direta com o paraíso e que se ele quisesse fazer uma ligação teria de pagar 100 dólares.

Ficou tentado porém declinou da oferta.

Continuando a viagem pela Itália encontrou outras igrejas com o mesmo telefone de ouro na coluna de mármore. Em cada uma das ocasiões perguntou a razão da existência e a resposta era sempre a mesma:

Linha direta com o paraíso ao custo de 100 dólares a ligação.

Depois da Itália, chegando ao Brasil, foi direto para Aracaju. Ao visitar a nossa gloriosa Catedral, no Parque Teófilo Dantas, ficou surpreso ao ver novamente a mesma cena: uma coluna de mármore com um telefone de ouro.

Sob o telefone um cartaz que dizia: LINHA DIRETA COM O
PARAÍSO - PREÇO POR LIGAÇÃO = R$ 0,25 ( vinte e cinco centavos ).

Não aguentou e lascou....

Padre, disse-lhe, viajei por toda a Itália e em todas as catedrais que visitei vi telefones exatamente iguais a este, mas o preço da chamada era 100 dólares. Por que aqui é somente R$ 25 centavos?

O Padre sorriu e disse ao meu amigo, você está em Sergipe. Aqui a ligação é local.

O PARAÍSO É AQUI.....







Autor desconhecido

Mundial de Handebol Masculino 2011


França vence Dinamarca na final do mundial e confirma hegemonia no handebol

A França teve muito trabalho, mas venceu a seleção da Dinamarca por 37 a 35 na final do Mundial de handebol da Suécia, neste domingo, confirmando sua posição hegemônica na modalidade. Com o resultado, os franceses conquistam o bicampeonato mundial e somam mais um título à lista que também inclui o ouro olímpico Pequim-2008 e o europeu de 2010.

Antes da final, aconteceu a disputa da medalha de bronze do Mundial. A Espanha superou a pressão da torcida local e venceu a anfitriã Suécia por 24 a 23, em uma partida decidida nos últimos minutos.

Apesar do domínio recente no handebol, a final esteve longe de ser um jogo fácil para a França. A Dinamarca, que no início da competição não fazia parte da lista de favoritos ao título, fez um excelente mundial e vendeu caro a derrota para o adversário, levando a decisão para a prorrogação.

Personalidades importantes da política de ambos os países compareceram à decisão do handebol. A ministra dos esportes francês, Chantal Jouanno, e o príncipe da Dinamarca estiveram no ginásio em Malmo, uma prova da popularidade do esporte nos dois países. A torcida sueca, que permaneceu no ginásio depois da derrota de sua seleção na disputa da medalha de bronze, apoiou claramente os vizinhos escandinavos e coloriu as arquibancadas de vermelho.

Ao longo do confronto, as duas equipes se apoiaram em seus principais jogadores na decisão do campeonato mundial. Os franceses contaram com uma excelente atuação do MVP da competição Nikola Karabatic, enquanto os dinamarqueses centravam suas ações ofensivas em Mikkel Hansen, também eleito para a seleção do torneio.

O equilíbrio marcou a final do Mundial de handebol. Os franceses, apesar de liderarem o placar pela maior parte da partida, não conseguiram abrir uma diferença confortável no marcador.

Os últimos minutos da partida foram emocionantes. A Dinamarca, que esteve atrás do marcador boa parte da partida, igualou o jogo com quatro minutos para o final. Com pouco mais de 40 segundos para o fim da partida, Karabatic colocou a França um ponto na frente.

Com apenas um ataque para definir o jogo, a Dinamarca pressionou, mas encontrava dificuldades de superar a defesa física francesa. Na última chance do tempo regulamentar, entretanto, Bo Spellerberg anotou o gol de empate com um arremesso de 9metros para levar a final para a prorrogação.

No tempo extra, contudo, prevaleceu a experiência e o controle emocional dos jogadores franceses. Mesmo saindo atrás no marcador, o time conseguiu reassumir a liderança no placar e soube valorizar a diferença de dois gols nos minutos finais da decisão.

Fonte: UOL

sábado, 29 de janeiro de 2011

Como evitar acidentes domésticos com as crianças


Acidentes na Infância: Saiba Como Evitar


Os acidentes na infância, principalmente os domésticos, são muito comuns e merecem uma atenção especial dos pais que devem saber como proceder nos momentos de dificuldades. Mais de 90% dos casos entre choques, quedas, asfixias frequentes entre 0 e 6 anos poderiam se evitados.

Queimaduras

Entre 0 e 1 ano é comum a queimadura com mamadeira, água de banho, e pelo sol. Para evitar basta colocar uma gotinha do leite no dorso da mão, experimentar a água do banho usando o cotovelo e expor a criança ao sol somente antes das 10 horas e após as 15 horas. Em caso de queimaduras, os primeiros socorros são lavar o local com água e sabão e encaminhá-la ao médico.

Entre 1 e 6 anos são comuns acidentes com panelas. As crianças costumam puxar as panelas do fogão. Para evitar basta não deixar as panelas com os cabos voltados para fora. Também é importante manter longe do alcance das crianças torradeiras, cafeteiras, ferros elétricos, fósforos e isqueiros.

Intoxicação

É comum a criança ingerir plantas venenosas, produtos de limpeza e medicamentos, desde que estejam ao seu alcance. A primeira providência caso isto ocorra é ligar para um médico com a embalagem do produto nas mãos. Caso não o encontre, leve a criança ao hospital com a embalagem nas mãos.

Quedas

Nas crianças pequenas, a queda é comum de um trocador, sofá, banco de carro e cama. Para prevenir coloque a criança em locais adequados, berço e cercadinho, evitando expô-la ao perigo. Entre 1 e 6 anos as quedas ocorrem das janelas, escadas, muros e playgrounds. Para evitar coloque grades nas janelas e portões nas escadas. Além disso, redobre a atenção em locais de brincadeira.

Asfixia

Existe uma grande probabilidade de acontecer este tipo de problema com crianças entre 0 e 1 ano de idade. Normalmente isto acontece com cordões, sacos plásticos, fios, madeira, colchão e cobertor. O importante é manter estes objetos longe da criança, nunca deixá-la mamando sozinha e não use cordões no pescoço para prender a chupeta. Evite colocar a criança na mesma cama para dormir com os pais.

Choque Elétrico

A partir dos 6 meses até 6 anos, a criança desloca-se pela casa com curiosidade. As tomadas são um alvo fácil, e também os fios. A prevenção de possíveis choques pode ser feita com um protetor especial para as tomadas e escondendo-se os fios. Mas caso o choque aconteça, desligue a chave geral, solte a criança do que está segurando e leve-a ao médico.

Afogamento

Até 1 ano de idade é importante não deixar a criança sozinha no banho, em piscina ou em área de serviço onde há baldes de água. Quando a criança começa a crescer o problema aumenta pois continua a atração pela água. Evite deixar a criança sozinha em piscinas, tranque a porta do banheiro e da área de serviço e em áreas de lazer como lagos e praia, leve sempre um objeto flutuante e não a deixe fora do alcance. As bóias devem suportar o peso da criança com facilidade.

Engolir objetos

De 0 a 1 ano crianças levam tudo à boca, como peças de brinquedos, botões, bicos de chupetas e outros. Para evitar que as crianças engulam objetos, procure brinquedos grandes, resistentes sem pontas finas e salientes. Evite roupas com botões e teste sempre as chupetas, paras verificar se não se soltam.

Quando a criança começar a crescer o problema passa a ser chicletes, pipocas, balas, caroços, pirulitos e moedas. Para evitar é só guardar as guloseimas longe do alcance e trancadas, e manter as moedas fora de circulação.

Alerta

Estes são apenas alguns exemplos entre os vários acidentes que podem acontecer com crianças. A palavra de ordem é manter uma atenção redobrada e, no caso de acontecer algum acidente, além do socorro imediato, procure sempre um hospital ou centro de saúde.

Fonte: Revista Boa Saúde

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Escrever a mão é importante para o processo de aprendizado


Escrever a mão é importante para o processo de aprendizado

Ao rever sistematicamente diversos estudos, Anne Mangen (da Universidade de Stavanger, Suécia) e o neurofisiologista Jean-Luc Velay (Universidade de Marselha, França) concluíram que as diferenças entre digitar e escrever são grandes. O estudo sugere que partes diferentes do cérebro são ativadas quando cartas escritas à mão são lidas.

De acordo com Mangen, o processo de aprendizado pode sofrer dano quando é realizado através de computadores e digitação. Ela diz que “Nossos corpos são projetados para interagir com o mundo que nos rodeia. Nós somos criaturas vivas adequadas para usar objetos físicos – seja um livro, teclado ou caneta – para performar certas tarefas”. Ela também afirma que escrever usando a mão dá um maior retorno das ações motoras.

A descoberta foi publicada no Advances in Haptics, especializado em percepções relacionadas à sensores tácteis e uso das mãos e dedos na comunicação.

Fonte: Blog da Saúde

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Treine seu cérebro


Treine seu cérebro

Deixar a mente em ponto de bala é questão de prática. Porém, acima de tudo, é questão de saber exatamente o que praticar. Da música à alimentação, descubra como impulsionar o raciocínio, a memória, a atenção…
Quem nunca se perguntou como a cabeça, embora compacta, consegue armazenar, assimilar e processar tantas informações que queime o primeiro neurônio. Mas a notícia positiva é que essa questão pode ser respondida de maneira simples: a massa cinzenta utiliza cada uma de suas áreas para várias funções. Ou melhor, para tarefas genéricas que estão sempre presentes no nosso dia a dia, como raciocinar, expressar-se, movimentar-se e por aí vai. Em outras palavras, se você ativa uma dessas regiões, vai desenvolvê-la e, consequentemente, patrocinará todas as atividades influenciadas por ela.

O problema, no entanto, é saber quais atitudes podem culminar em melhoras significativas dentro do crânio. Afinal, nem tudo o que fazemos turbina a mente (veja o quadro à direita). Uma das coisas que vêm mais chamando a atenção dos cientistas é a música. Em uma revisão de artigos da Northwestern University, nos Estados Unidos, pesquisadores chegaram à conclusão de que tocar um instrumento aperfeiçoa a habilidade de guardar memórias e de conseguir permanecer atento por um bom período. “Manipular sons altera profundamente as conexões cerebrais”, reforça a SAÚDE! a neurobióloga Nina Kraus, uma das que assinam o trabalho. “Músicos também desenvolvem muito a área comunicativa, a capacidade de leitura e até o potencial para aprender uma língua estrangeira”, acrescenta.

Como se isso fosse pouco, quando você dedilha as cordas de um violão, por exemplo, está mexendo com a região motora primária, localizada no lado esquerdo da cachola. Então, contribuirá para aprimorar sua coordenação motora em diversos exercícios diários que exigem precisão. Por outro lado, o fato de conseguir tocar acordes na hora certa — ou saber usar uma baqueta para emitir sons com uma bateria — aprimora o que chamamos de ritmo. “Isso mexe com uma estrutura mais analítica do encéfalo, responsável também pelo pensamento lógico”, ensina Mauro Muszkat, neurologista da Universidade Federal de São Paulo, a Unifesp.

Muitos pesquisadores afirmam que, para afiar as células neuronais, o melhor a fazer é realizar atividades, como tocar flauta, em vez de deixar passivamente que o estímulo — a melodia de uma composição, por exemplo — chegue até o cérebro. Mesmo assim, o ato de ouvir uma canção, comprovam estudos e mais estudos, também dá um gás às habilidades cognitivas. “A música pré-ativa várias áreas cerebrais. Com isso, ela pode facilitar o processamento de uma segunda tarefa”, revela Muszkat, da Unifesp. Isso quer dizer que fica mais fácil se concentrar e ralar a valer logo após se deleitar com uma bela harmonia. Hoje, é bastante comum ver gente trabalhando com o fone de ouvido o dia inteiro. Essa atitude, todavia, não é para todos. “Quem se envolve demais com uma melodia pode perder a atenção”, contrapõe Renato Sabbatini, neurocientista da Universidade Estadual de Campinas, no interior paulista.

“FULANO ESTÁ ILUMINADO!”

Todo mundo já ouviu a expressão acima. E estar iluminado realmente dá um empurrão aos afazeres que envolvem o intelecto. Por mais incrível que pareça, estudos ao redor do mundo vêm provando que a luz é capaz de nos manter alertas. “Ela ativa o sistema nervoso como um todo”, esclarece o neurocientista Fernando Louzada, da Universidade Federal do Paraná, em Curitiba. Esse efeito, no entanto, é transitório. Não vale se expor ao sol e, após algumas horas, achar que vai resolver rapidamente um complexo enigma em qualquer ambiente. Aqui, ainda devemos abrir espaço para outra ressalva: algumas pessoas lançam mão da claridade para driblar o sono. Aí, o tiro sai pela culatra. Afinal, uma das coisas mais importantes para manter o cérebro funcionando a todo vapor é passar tempo suficiente debaixo dos lençóis. “Quem dorme pouco tem dificuldade para guardar recordações e resolver problemas lógicos”, atesta Louzada.

E já que estamos falando de lógica, uma boa maneira de financiá-la é por meio das palavras que não pertencem ao vocabulário português. Pode soar estranho, mas alguns dos neurônios responsáveis pelo aprendizado de uma língua estrangeira também atuam quando buscamos solucionar uma equação. “A matemática e as linguagens são baseadas em preceitos básicos similares”, arremata Sabbatini, da Unicamp.

Só que não adianta achar que, ao falar francês, alemão ou japonês, qualquer um, como num passe de mágica, se tornaria um novo Albert Einstein (1879- 1955). “É preciso treinar matemática para saber fazer contas”, diz, botando os pingos nos “is”, Ricardo Mario Arida, neurofisiologista da Unifesp.

Para funcionar direito, o cérebro precisa ser abastecido. Até pouco tempo atrás, um dos combustíveis mais venerados pela ciência era o ômega-3, um tipo de gordura que forma grande parte das estruturas localizadas dentro da cuca. Acontece que pesquisas recentes sugerem que o tal ácido graxo, presente em peixes de água salgada, promove benesses predominantemente durante os estágios iniciais de formação do cérebro. Para ficar bem claro: uma gestante teria que comer salmão ou bacalhau para que seu filho fosse realmente beneficiado. Agora a esperança recai sobre os fl avonoides da uva, do vinho, do chocolate amargo, do morango e do mirtilo. Esse último fruto, aliás, foi tema de um experimento de Jeremy Spencer, da Universidade de Reading, na Inglaterra. O neurocientista incluiu o pequeno alimento azul no cardápio de voluntários e descobriu que eles apresentavam uma melhora na atenção. “Uma dieta rica em flavonoides ainda aumenta a capacidade da memória e pode ajudar quem sofre com transtornos cognitivos leves”, avalia Spencer para a SAÚDE!.

Os motivos por trás desse efeito não estão completamente elucidados. Uma das teorias é que o nutriente em questão catapulta os níveis do fator neurotrófico derivado do cérebro. Essa substância de nome complicado tem o poder de estimular a ramificação dos axônios, os braços dos neurônios. E isso ajuda na comunicação entre essas células. Resultado: mais rapidez e eficiência para incorporar lições e histórias. De qualquer jeito, está mais do que comprovado que os flavonoides baixam a pressão arterial e deixam os vasos elásticos. Dessa forma, o sangue fl ui sem nenhum obstáculo na extremidade superior do corpo. Daí, abastece toda a região adequadamente, elevando a performance mental. Aliás, outra prática que potencializa a vascularização é a atividade física. Entretanto, ela não para por aí. “Os exercícios aeróbicos, se praticados com regularidade, podem inclusive gerar novas células nervosas no hipocampo, contribuindo para a memória e a atenção”, garante Arida. Existem até levantamentos preliminares indicando que uma simples caminhada diária ajuda em funções como planejar e pensar de forma abstrata. Apesar de ser ainda incerto, está fundamentado pela ciência que correr, nadar ou andar de bicicleta torna o aprendizado mais natural, especialmente durante a infância e a adolescência.

A MEDITAÇÃO

Essa prática milenar já foi tida como uma das estratégias mais certeiras para manter o encéfalo funcionando a contento. Hoje, ela é vista como uma auxiliar nesse processo. “A meditação prepara o cérebro para o aprendizado por ser relaxante”, relata Sabbatini, da Unicamp. Na verdade, seu efeito é temporário — pesquisas apontam resultados superiores apenas em tarefas cognitivas feitas logo após a sessão zen. Aventurarse em partituras, numa língua nova ou mesmo na prática de uma atividade física depende muito da força de vontade do indivíduo. Bastar querer e, claro, suar os neurônios para ter, por que não?, uma mente brilhante.

O QUE NÃO DÁ CERTO

Cientistas já desenvolveram programas de computador que potencializariam nossos neurônios. Ao solucionar problemas apresentados pelo software, a pessoa ficaria com a cabeça em forma. Infelizmente, pesquisas provaram que essa atitude não traz resultados. “O indivíduo incrementa sua performance só naquilo. E em nada mais”, explica Sonia Brucki, neurologista da Academia Brasileira de Neurologia, em São Paulo. O simples ato de decorar números de telefone e nomes tem o mesmo efeito. Ou seja, a pessoa passa a memorizar com mais facilidade, contudo não explora seu raciocínio ou qualquer outra coisa.

UM É POUCO, DOIS É BOM

Revezar-se entre livros distintos pode auxiliar, e muito, a memória. “Recordar-se de dois enredos exige bastante do hipocampo”, constata o neurocientista Renato Sabbatini. E esse pedaço da massa cinzenta está encarregado exatamente do processamento das lembranças. Ao dar trabalho a ele, o espaço para estocar fatos se amplia. O único senão é que alguns indivíduos simplesmente não conseguem dar conta de Machado de Assis e Guimarães Rosa ao mesmo tempo. “É essencial armazenar as informações. Se essa simultaneidade está gerando confusão excessiva, talvez seja mais produtivo ler apenas um romance”, adverte Mauro Muszkat, neurologista da Unifesp.

O LADO POSITIVO DA MENTIRA

Para inventar uma história — e não ser pego com a boca na botija —, é necessário montar uma verdadeira estratégia de guerra. Uma pessoa não pode saber determinada versão, outra precisa conhecer somente um pedaço da narrativa... E para se lembrar de tudo então?! Todo esse exercício intelectual explica por que ludibriar os outros serve como treino para o sistema nervoso. “Alguns artigos apontam que a mentira pode, sim, aumentar a plasticidade neuronal”, revela o neurofisiologista Ricardo Mario Arida. Longe de nós querer incentivar atos desonestos. Para conquistar essa benesse sem prejudicar terceiros, invista em jogos que envolvem enganação, como detetive, truco e pôquer.

UM CHOQUE DO BEM

Por meio de eletrodos na cabeça, impulsos elétricos atingem áreas específicas da massa cinzenta. A técnica descrita atende pela alcunha de estimulação transcraniana e, de acordo com um artigo da Universidade de Oxford, na Inglaterra, consegue incrementar nossas habilidades intelectuais. “Sua aplicação é só para fins terapêuticos. Pacientes com alguns tipos de demência talvez possam ser beneficiados com o procedimento”, afirma Sonia Brucki, da Academia Brasileira de Neurologia.

SÓ COM PRESCRIÇÃO

Recomendado inicialmente para indivíduos com déficit de atenção e hiperatividade, o metilfenidato acabou caindo na boca de estudantes que iam atrás de uma forcinha artificial para memorizar fórmulas, eventos históricos e tabelas químicas. Acontece que esse medicamento traz efeitos colaterais, inclusive para os neurônios. Além de viciante, ele pode provocar surtos psicóticos.

Fonte: Revista Saúde - por THEO RUPRECHT