terça-feira, 26 de julho de 2011

Confira hábitos que favorecem o envelhecimento saudável

Entenda quais os fatores são responsáveis pela longevidade da população brasileira

O Brasil está mais maduro. De acordo com dados do Censo 2010, levantado pelo IBGE, a população idosa no Brasil aumentou consideravelmente na última década. Em 1999, o número de idosos no país (a partir de 60 anos de idade) era de 14,8 milhões, e em 2009, esse número passou para 21,7 milhões. Em contrapartida, o crescimento da população jovem (até 19 anos) teve seu crescimento interrompido.

A tendência do envelhecimento da população revela dados ainda mais importantes. O relatório aponta que a população de pessoas acima de 70 anos era de 6,4 milhões. Já em 2009, o índice pulou para 9,7 milhões de pessoas. O número de centenários também cresceu. Com cerca de 80% da população já recenseada, as pessoas com mais de 100 anos já somam 17.615 no Censo 2010 diante das 14 mil do Censo 2000. Mas quais seriam os fatores responsáveis pelo aumento do número de idosos e por sua longevidade? Vejam abaixo alguns hábitos que trazem essas respostas.

Eles se alimentam melhor
Consumir alimentos saudáveis através de uma dieta balanceada pode ser fundamental para viver mais. O abuso de alimentos ricos em gorduras saturadas, sódio e açúcares é um gatilho para doenças como infarto, derrames, hipertensão, obesidade, diabetes e até câncer. Por outro lado, é fácil incluir no cardápio alimentos heróis da resistência e da longevidade. Cientistas da Universidade Park, nos Estados Unidos, concluíram que consumir mais oleaginosas (nozes, castanhas, avelãs, amêndoas e pistache) reduz o risco de males cardíacos entre 25% e 39%, quando consumidos cinco vezes por semana. Elas são ricas em gorduras boas, em especial o ômega 3, que diminuem as taxas de colesterol ruim e evitam a formação de placas de gordura que obstruem as artérias. O Centro de Pesquisas Médicas de Cardiff, no País de Gales, comprovou que vítimas de ataques cardíacos aumentaram as chances de evitar novos problemas em 29%, quando passaram a comer peixe pelo menos duas vezes por semana, graças a presença do ômega 3.

Um estudo da Universidade de Cingapura diz que o consumo diário de chá verde é um poderoso aliado da memória e pode prolongar a expectativa de vida dos idosos. Após mais de dois anos estudando os efeitos da bebida, os pesquisadores concluíram que 65% dos idosos habituados a consumir chá-verde mantiveram a capacidade cognitiva inalterada, incluindo memória e atenção. Isso porque, a bebida contém a teanina, um aminoácido com substâncias capazes de combater doenças degenerativas como a Doença de Alzheimer e ainda está relacionada à melhoria da capacidade de aprendizado, concentração e sensações de prazer, pois aumenta a produção de serotonina e dopamina.

Eles movimentam mais o corpo
Um estudo apresentado na Universidade de Estocolmo, na Suécia, revela que em qualquer idade, um homem obeso apresenta o dobro de chances de morrer comparado a um que não apresente sobrepeso. Além disso, os resultados revelam que a obesidade diminui a longevidade em aproximadamente 10% para cada ponto acima do Índice de Massa Corpórea (IMC) recomendado pelos médicos. Praticar exercícios é um dos principais aliados para combater a obesidade.

Além de diminuir o peso, praticar exercícios também ajuda a fortalecer os músculos e articulações, o que melhora o equilíbrio e evita quedas e outros acidentes. Os benefícios dos exercícios são sentidos pelos idosos desde a melhora da saúde até o aumento da capacidade física, cognitiva e da autoestima.

"Os exercícios de flexibilidade e o treinamento de força, como o pilates, são fundamentais para reduzir acidentes e lesões degenerativas do aparelho locomotor. A melhora da força e da massa muscular é também importante na prevenção e tratamento de distúrbios como a osteoporose, obesidade e o diabetes", explica o fisiatra Gilson Shinzato, do Hcor, em São Paulo.

Eles tem boa qualidade do sono
A perda de sono é comum com o passar da idade. Mas uma pesquisa realizada pela Universidade de Surrey, no Reino Unido diz que os idosos podem dormir menos do que os jovens sem prejudicar sua saúde. Os especialistas acompanharam 110 pessoas de diversas idades durante oito horas de sono. Como resultado, pessoas acima de 65 anos chegaram a te cerca de 20 minutos de sono a menos do que pessoas entre 40 a 50 anos. A diferença para os jovens de 20 aos aumentou ainda mais, para 44 minutos. Os cientistas afirmam que a menor necessidade de sono está naturalmente relacionada ao envelhecimento saudável.

Eles tem mais convívio social
Pesquisas revelam que idosos que mantêm vida social ativa apresentam maior qualidade de vida e longevidade. "A convivência social, a flexibilidade e hábitos saudáveis são características principais para a longevidade", explica a geriatra Maysa Cendoroglo, da Unifesp.

Além disso, uma pesquisa recente revela que a solidão é um fator determinante para a baixa qualidade de vida e da expectativa de vida. De acordo com uma nova pesquisa da Universidade de Brigham Young, nos EUA, cercar-se de amigos, familiares e pessoas queridas pode aumentar a longevidade em até 50% mais do que aqueles que vivem sós. Os dados ainda mostram que quando tomamos conta de alguém que precisa, como um idoso, mantemos os laços sociais vivos, o que também aumenta a sobrevida.

Para os cientistas, a análise dos resultados de cerca de 150 estudos que envolviam mais de 300 mil pessoas foi realizada por um período de sete anos e revela que perder o apoio social pode diminuir as chances de sobrevivência ainda mais do que a obesidade ou o sedentarismo. Além disso, os estudos dizem que a solidão é tão prejudicial quanto ser alcoólatra ou fumar 15 cigarros por dia.

A evolução da medicina já determina a necessidade de olhar para saúde do idoso com um fator preventivo, ou seja, identificar o desequilíbrio, enquanto ainda não é um problema. O engajamento e o suporte familiar pesam muito na longevidade dos velhinhos. "A família deve perceber que o idoso acamado, quieto, muito magro... Não está normal. Este não é o processo aceitável de envelhecimento", explica a geriatra Maysa Cendoroglo, da Unifesp.

Para a especialista o diagnóstico de fatores de risco deve ser privilegiada a fim de evitar o envelhecimento complicado. "O perfil ideal de envelhecimento é o do idoso ativo, bem sucedido profissional e socialmente."

Fonte: Revista Minha Vida - Por Vitor Valencio

segunda-feira, 25 de julho de 2011

Peladeiros também devem buscar preparo físico e alimentação saudável


A maioria dos meninos brasileiros gostaria de ser jogador de futebol. Aqueles que não conseguiram se tornar profissionais, se realizam nos campos de várzea, nas tradicionais “peladas”. Contudo, quem pensa que essa modalidade não necessita de atenção especial com a saúde está enganado. Segundo especialistas, o esforço que a atividade física exige, faz com que o “atleta de fim de semana” tenha alimentação equilibrada e que pratique atividades para ganhar massa muscular e resistência.

A prática inadequada de atividade física sem acompanhamento médico pode levar à morte. De acordo com Maria Vargas, especialista em alimentação de atletas profissionais e amadores, a cada mês aumenta a estatística de pessoas que morrem nos campos por não estarem preparadas para o esforço físico. "Apesar de evidentes progressos e novos tratamentos, o número de mortes súbitas ainda é elevado, chegando próximos aos 300 mil por ano, ou seja, uma morte a cada 5 minutos", diz.

Fonte: Blog da Saúde

Maçãs preservam a massa muscular


O enfraquecimento muscular é uma companhia ruim e constante no processo de envelhecimento e também em várias doenças.

Dependendo do grau de depleção muscular, aumenta o risco de quedas e o tempo de internação hospitalar. Hoje são conhecidos 63 genes responsáveis pela diminuição da massa magra, em camundongos e 29 genes, em seres humanos.

A indústria farmacêutica vem pesquisando formas de inibir a ativação de tais genes. Mas o que sabe hoje é que o ácido ursólico, composto naturalmente presente em maçãs tem esta capacidade.

Em estudo publicado na revista Cell Metabolism o ácido ursólico também diminuiu a resistência à insulina, a glicemia, o colesterol e os triglicerídeos. O estudo mostra mais uma vez que uma dieta balanceada é fundamental à saúde, já que muitos outros compostos como o ácido ursólico, mas que ainda são desconhecidos para nós, devem possuir efeitos favoráveis que vão além do teor de vitaminas e minerais presentes.

Fonte: Revista O Berro - por andreiat

domingo, 24 de julho de 2011

Proteínas do aprendizado: Faça intervalos nos estudos para aprender melhor


Estudar e repousar

Há muito se sabe que as memórias são mais propensas a se manter se a aprendizagem incluir períodos regulares de repouso.

Por exemplo, cientistas e educadores sabem há muito tempo que estudar até a exaustão não é uma forma eficaz de se lembrar da matéria na hora da prova.

O que não se sabia era por que ou como isso acontece.

Agora, pesquisadores do Instituto RIKEN, no Japão, elucidaram um mecanismo neurológico que ajuda a explicar por que isso acontece.

Consolidação da memória

Os resultados sugerem que a síntese de proteínas no cerebelo tem um papel fundamental na consolidação da memória, lançando luz sobre os processos neurológicos fundamentais que regem a memória.

O "efeito de espaçamento", descoberto pela primeira vez mais de um século atrás, descreve a observação de que os seres humanos e animais são capazes de lembrar as coisas de forma mais eficaz se o aprendizado estiver distribuído por um longo período de tempo, em vez de ser tentado de uma única vez.

Acredita-se que esse efeito esteja intimamente ligado ao processo de consolidação da memória, no qual as memórias de curto prazo são estabilizadas e "transformadas" em memórias de longo prazo.

Intervalos durante os estudos

Pesquisas anteriores sugeriram que este efeito de espaçamento é produto da transferência do traço de memória dos flóculos, uma região do córtex cerebelar que se liga ao núcleo motor envolvido no movimento dos olhos, para outra região do cérebro, conhecida como núcleo vestibular.

Em um estudo com animais, os pesquisadores japoneses descobriram que o efeito espaçamento foi anulado quando essa via de transferência foi inibida com drogas - anisomicina e actinomicina D, antibióticos que inibem a síntese protéica.

Esta descoberta sugere que as proteínas produzidas durante o aprendizado desempenham um papel fundamental na formação das memórias de longo prazo.

Esta é a primeira vez que se consegue uma explicação neurológica para os benefícios conhecidos da aprendizagem espaçada - bem como uma ótima desculpa para fazer mais intervalos durante os estudos.

Fonte: Diário da Saúde

sábado, 23 de julho de 2011

Proteja as crianças contra os acidentes domésticos


Crianças são verdadeiros seres exploradores. Curiosos, mexem em tudo, sobem, descem, pulam, experimentam, cheiram, espiam… e, muitas vezes, sem noção do perigo, acabam vítimas de acidentes. Pois pasme: esse tipo de lesão não-intencional representa, segundo dados da ONG Criança Segura, a principal causa de morte de crianças de 1 a 14 anos no Brasil. De acordo com o Ministério da Saúde, no total, mais de 5 mil crianças morrem e cerca de 110 mil são hospitalizadas anualmente devido aos acidentes, sendo que pelo menos 90% poderiam ter sido evitados.

O problema é sério, não é mesmo? Então, não se pode bobear. Anote algumas medidas preventivas sugeridas pela ONG Criança Segura para que a molecada possa brincar sem perigo.

1. Como proteger as crianças do afogamento:

- Um adulto deve supervisionar de forma ativa e constante as crianças e adolescentes, onde houver água, mesmo que saibam nadar ou que os lugares sejam considerados rasos;

- Esvazie baldes, banheiras e piscinas infantis depois do uso e guarde-os sempre virados para baixo e longe do alcance das crianças;

- Mantenha cisternas, tonéis, poços e outros reservatórios domésticos trancados ou com alguma proteção que não permita “mergulhos”;

- Piscinas devem ser protegidas com cercas de no mínimo 1,5 m que não possam ser escaladas e portões com cadeados ou trava de segurança que dificultem o acesso dos pequenos;

- Alarmes e capas de piscina garantem mais proteção, mas não eliminam o risco de acidentes.
Esses recursos devem ser usados em conjunto com as cercas e a constante supervisão dos adultos;

- Grande parte dos afogamentos com bebês acontece em banheiras. Na faixa etária até dois anos, até vasos sanitários e baldes podem ser perigosos. Nunca deixe as crianças, sem vigilância, próximas a pias, vasos sanitários, banheiras, baldes e recipientes com água.

2. Bicicleta, skate e patins:

- Compre um capacete para a criança. Ele deve ter o selo do Inmetro como garantia de que passou por testes como brinquedo, pois não existem normas brasileiras de certificação de capacetes de bicicleta;

- Tenha certeza de que a criança está usando o capacete corretamente: centrado na parte de cima da cabeça e com as tiras ajustadas e afiveladas sob o queixo;

- Se a criança está relutante em usar o produto, deixe que ela escolha o próprio capacete com a cor e o estilo que achar melhor, e converse com ela sobre a segurança que o capacete promove. Dessa forma, ela não vai tirar o capacete quando o adulto não estiver por perto;

- Para andar de bicicleta, as crianças devem sempre usar sapatos fechados e evitar cadarços folgados ou soltos;

- A brincadeira com a bicicleta deve acontecer em locais seguros, como parques, ciclovias e praças, fora do fluxo de carros e longe de piscinas e sacadas;

3. Envenenamento e intoxicação:

- Guarde todos os produtos de higiene e limpeza, venenos e medicamentos trancados, fora da vista e do alcance das crianças;

- Mantenha os produtos em suas embalagens originais. Nunca coloque um produto tóxico em outra embalagem que não a de origem. Isso pode confundir a criança;

- Saiba quais produtos domésticos são tóxicos. Produtos comuns, como enxaguantes bucais, podem ser nocivos se a criança engolir em grande quantidade;

- Dê preferência a embalagens com tampas a prova de abertura por crianças. Essas tampas de segurança não garantem que a criança não abrirá a embalagem, mas podem dificultar bastante, a tempo de que alguém intervenha;

- Nunca deixe produtos venenosos sem atenção enquanto os usa;

- Não crie novas soluções de limpeza misturando diferentes produtos designados para outro fim. Esta nova mistura pode ser nociva e mais tóxica;

- Sempre leia os rótulos e bulas e siga corretamente as instruções para dar remédios às crianças baseando-se no peso e idade. Use apenas o medidor que acompanha as embalagens de medicamentos infantis;

- Nunca se refira a um medicamento como doce. Isto pode levar a criança a pensar que não é perigoso ou que é agradável de comer. Como as crianças tendem a imitar os adultos, evite tomar medicamentos na frente delas.

Fonte: Revista Mães e Filhos