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sexta-feira, 27 de março de 2020

Por que faz mal segurar o xixi?


Entenda como o aparelho urinário trabalha e os perigos de adiar as idas ao banheiro, de infecção urinária a pedras nos rins

Você já deve ter ouvido falar que segurar o xixi provoca infecção urinária. Mas sabia que reter a urina o tempo todo também leva a outros problemas de saúde? Veja, abaixo, como o sistema urinário funciona e os perigos de deixar de ir ao banheiro quando a vontade dá as caras:

1. O sistema urinário
Ele é composto de rins, ureteres, bexiga e uretra. A filtragem do sangue nos rins libera uma mistura de água, ureia, glicose, sais e aminoácidos. A parte purificada é reabsorvida, e as substâncias tóxicas, como a ureia, vão formar a urina, que, pelos ureteres, chega à bexiga.

2. O reservatório
A bexiga em geral acumula de 300 a 500 mililitros de xixi. Mas o mais comum é que a vontade de ir ao banheiro surja antes, quando o nível está em 200. O intervalo das idas ao banheiro depende de fatores como hidratação, temperatura e quanto suamos. Mas o ideal é esvaziar o órgão a cada duas ou três horas, umas seis vezes ao dia.

3. O princípio de uma infecção urinária
Fazer xixi é também uma maneira de eliminar micro-organismos nocivos ao corpo. Daí por que deixar de ir ao banheiro com regularidade acaba estimulando um aumento da população de bactérias — e, consequentemente, do risco de infecções no local.

4. A incontinência urinária
Embora a bexiga seja elástica e em tese suporte até mais de 1 litro, a contenção exagerada e repetitiva pode comprometer as fibras que sustentam o órgão. Quando ele perde a capacidade de se contrair direito, abre-se o caminho para a incontinência urinária.

5. Pedras nos rins
Para quem tem predisposição, a falta de hidratação adequada, associada à demora no esvaziamento da bexiga, potencializa a união de substâncias presentes na urina, como cristais de cálcio, que formam os dolorosos cálculos renais.

Quem é que sofre mais
Diferenças anatômicas tornam a retenção do xixi mais prejudicial a elas

Nas mulheres: nelas, além da uretra mais curta, a abertura próxima ao ânus facilita a entrada de bactérias.

Nos homens: a ameaça é o aumento da próstata com a idade (chamado de hiperplasia). A glândula pode espremer a uretra e dificultar o fluxo ali.

Medidas para o sistema urinário funcionar em paz
Água na medida: ela faz uma faxina nos rins, bexiga e companhia. O ideal é tomar em média 2 litros de água por dia.

Remédios, só com receita: o uso exagerado de anti-inflamatórios pode detonar os rins. Por isso, não tome por conta própria.

De olho nas taxas: pressão alta e diabetes danificam os vasos sanguíneos, o que também afeta o trabalho dos rins.

Fonte: https://saude.abril.com.br/medicina/por-que-faz-mal-segurar-o-xixi/ - Por Goretti Tenorio - Infográfico: Letícia Raposo/SAÚDE é Vital

terça-feira, 9 de outubro de 2018

Pesquisadores descobriram como adiar o envelhecimento


Pesquisas da Universidade de Minnesota publicadas no começo de 2018 na revista Nature Medicine mostraram que é possível reduzir células danificadas, eliminar células que estão envelhecendo e estender a vida de ratos de laboratório. Agora a mesma equipe usou um tratamento com Fisetina para conseguir resultados também positivos.

Conforme os seres vivos envelhecem, seus corpos acumulam células danificadas. Quando as células atingem um certo nível de deterioração, elas começam um processo de envelhecimento nelas mesmas chamado de senescência. Elas liberam fatores inflamatórios que informam ao sistema imunológico que está na hora de livrar-se daquelas células. Mas quando as pessoas começam a envelhecer, esta células não são retiradas de forma eficiente e começam a se acumular, o que causa um nível baixo de inflamação que libera enzimas, que por sua vez podem degradar o tecido.

Vida mais longa
O pesquisador principal Paul Robbins e sua equipe usaram uma substância natural encontrada em frutas e verduras, chamada Fisetina, para reduzir a quantidade dessas células danificadas no corpo. Eles a identificaram ao tratar ratos de meia-idade com este componente. O resultado foi que os animais tiveram uma melhora na saúde e tiveram uma vida mais longa. O artigo que apresenta a pesquisa foi publicada na revista EBioMedicine.

“Esses resultados sugerem que podemos estender o período de saúde, até mesmo no período mais próximo do fim da vida”, diz Robbins. “Mas ainda há muitas questões para ser discutidas, incluindo a dosagem correta”.

Tecnologia pioneira
Mas por que eles não fizeram isso antes? Sempre existiram limitações importantes sobre como determinar em quais tecidos um determinado medicamento está atuando. Até agora, os pesquisadores não tinham uma forma de identificar se um tratamento estava atacando as células em particular que estão envelhecendo.

Com a ajuda de Edgar Arriaga, professor do departamento de química da universidade, os pesquisadores usaram citometria de massa, ou CyTOF, uma tecnologia aplicada pela primeira vez na pesquisa de envelhecimento. O CyTOF só foi utilizado nesta universidade até agora.

“Além de mostrar que o medicamento funciona, esta é a primeira demonstração que mostra os efeitos da droga em um conjunto de células danificadas em um tecido específico”, explica o pesquisador.

A Fisetina é encontrada em vegetais como morango, maçã, caqui, cebolas e pepinos. [Science Daily]