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terça-feira, 10 de julho de 2018

Há 53 a 99,6% de chance de estarmos sozinhos em nossa galáxia


Se estamos ou não sozinhos no universo é uma pergunta que intriga cientistas – e a maioria de nós – há muito tempo.

Um novo estudo do Instituto do Futuro da Humanidade, da Universidade de Oxford, no Reino Unido, calculou a probabilidade de existirem outras civilizações alienígenas na galáxia e no resto do espaço e, infelizmente, as chances não são boas para os extraterrestres.

Equação de Drake mais realística
O trabalho explora o chamado Paradoxo de Fermi, a aparente contradição entre a alta probabilidade de existência de civilizações extraterrestres e a falta de evidências ou contato com elas. O universo é gigante, então, onde está todo mundo? Será que somos mesmo os únicos?

As discussões neste tópico frequentemente envolvem a equação de Drake, uma estimativa probabilística do número de civilizações extraterrestres ativas e comunicativas em nossa galáxia baseado em sete variáveis.

Os possíveis resultados desta equação levaram os cientistas deste novo estudo a concluírem que há 53 a 99,6% de chance de estarmos sozinhos na galáxia, e 39 a 85% de chances de estarmos sozinhos no universo.

“Nosso artigo analisa a hipótese sobre ‘probabilidade razoável'”, disse um dos autores da pesquisa, Anders Sandberg, ao portal Digital Trends. “As pessoas tendem a ser tendenciosas quando ligam números à equação de Drake para fazer uma estimativa aproximada de quantas civilizações alienígenas estão por aí”.

Levando em conta as incertezas
No artigo, os pesquisadores salientam que, além de estimar números, é preciso estimar quão precisos esses números são: se você apenas os multiplicar sem levar em conta que alguns poderiam ter valores muito diferentes, o resultado se torna enganoso.

“Nós demonstramos que, se alguém tomar em conta uma estimativa grosseira de quão incertos estamos, ou tentar esboçar o que a ciência sabe e estimar quão incerto isso é, o paradoxo vai embora”, argumentou Sandberg.

Em última análise, o novo estudo sugere que, mesmo se você for realmente otimista e acreditar que provavelmente existam civilizações alienígenas, uma estimativa honesta levando em conta a incerteza o forçará a admitir que há uma grande chance de estarmos sozinhos.

Isso não é motivo para pararmos de procurar, entretanto. “Devemos reconhecer que há uma chance não trivial de que tudo será em vão, mas dada a importância de descobrir se estamos sozinhos – entre outras coisas, isso nos diz um pouco sobre nossas próprias chances de sobrevivência – não devemos parar. De fato, a busca por extraterrestres está nos trazendo importantes conhecimentos e ideias sobre vida, inteligência e tecnologia”, resumiu Sandberg.

O CEO da SpaceX, Elon Musk, compartilhou o link do artigo na rede social Twitter, comentando que isso era mais uma prova de que os humanos precisam avançar com a construção de civilizações no espaço.

“É por isso que devemos preservar a luz da consciência, tornando-a uma civilização espacial e estendendo a vida a outros planetas”, escreveu. “Não se sabe se nós somos a única civilização atualmente viva no universo observável, mas qualquer chance de que somos adiciona ímpeto para estender a vida para além da Terra”, acrescentou.

Musk admite que colonizar outros planetas não vai apagar todos os problemas do nosso. “A humanidade não é perfeita, mas é tudo o que temos”, comentou o empreendedor.

O CEO já deixou clara sua intenção de enviar humanos para Marte em breve. Apesar disso, assume que a colonização envolverá sérios riscos para os primeiros humanos que deixarem nosso planeta.

“Como indivíduos, todos morreremos em um piscar de olhos em uma escala de tempo galáctica. O que pode viver por muito tempo é a civilização. Aqueles que forem primeiro para outros planetas enfrentarão muito mais risco de morte e dificuldades do que aqueles que ficarem. Com o tempo, as viagens espaciais serão seguras [e] abertas a todos”, sugeriu em uma série de postagens no Twitter. [DigitalTrends, InsterestingEngineering]