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quarta-feira, 14 de fevereiro de 2024

Campanha da Fraternidade é lançada nesta quarta-feira (14) com o tema 'Fraternidade e Amizade Social'


Lançamento da campanha começa às 9h, na sede da CNBB, em Brasília, e será transmitido pela internet. Lema de 2024 é 'Vós sois todos irmãos e irmãs'.

 

A Campanha da Fraternidade de 2024 é lançada, oficialmente, pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) nesta quarta-feira de cinzas (14). Neste ano, o tema da campanha é "Fraternidade e Amizade Social", e o lema é "Vós sois todos irmãos e irmãs".

 

O lançamento da campanha começa às 9h, na sede da CNBB, em Brasília, com um missa celebrada pelo secretário-geral do episcopado brasileiro e bispo auxiliar de Brasília, Dom Ricardo Hoepers, na Capela Nossa Senhora Aparecida. Às 10h, inicia a cerimônia de abertura no Auditório Dom Helder Câmara.

 

De acordo com a CNBB, a campanha deste ano busca fazer um caminho quaresmal em três perspectivas:

 

incentivar as pessoas a verem as situações de inimizade;

impulsionar as pessoas a iluminar-se pelo Evangelho que as une como família;

agir conforme a proposta da Quaresma de uma conversão constante, promovendo o esforço para uma mudança pessoal e comunitária.

A missa será transmitida pelo site e pelas redes sociais da CNBB, a partir das 9h.

 

Fonte: https://g1.globo.com/df/distrito-federal/noticia/2024/02/14/campanha-da-fraternidade-e-lancada-nesta-quarta-feira-14-com-o-tema-fraternidade-e-amizade-social.ghtml - Por Brenda Ortiz, g1 DF

terça-feira, 1 de março de 2022

Campanha da Fraternidade 2022 fala sobre educação


Tema será lançado pela CNBB na quarta-feira de Cinzas (2). Lema bíblico é 'Fala com sabedoria, ensina com amor'.

 

A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) lança, na quarta-feira de Cinzas (2), a Campanha da Fraternidade 2022. O tema, este ano, é "Fraternidade e Educação" e o lema bíblico "Fala com sabedoria, ensina com amor".

 

A abertura será, pelo segundo ano consecutivo, em formato virtual, por causa da pandemia de Covid-19. Conforme a CNBB, é a terceira vez que a educação é abordada na Campanha da Fraternidade – em 1982 e em 1998, o assunto também foi o motivo de reflexão proposto.

 

"A realidade de nossos dias fez com que o tema educação recebesse destaque, um tempo marcado pela pandemia da Covid-19 e por diversos conflitos, distanciamentos e polarizações", diz a CNBB.

 

A campanha da fraternidade é realizada pela Igreja Católica, em parceria com instituições cristãs, desde a década de 1960. O texto-base é escrito por membros do Conselho Nacional de Igrejas Cristãs do Brasil (Conic) e passa pelo aval da direção-geral da CNBB.

 

O lançamento do tema ocorre sempre na quarta-feira de Cinzas, quando tem início a Quaresma, período de 40 dias que antecede a Páscoa. O assunto é difundido nas celebrações e programações da comunidade religiosa.

 

O ato de educar

 

Segundo a CNBB, mais do que abordar os problemas na educação, o objetivo da Campanha da Fraternidade 2022 é "refletir sobre os fundamentos do ato de educar na perspectiva católico-cristã".

 

"Nessa perspectiva, a educação é compreendida não apenas com um ato escolar, com transmissão de conteúdo ou preparação técnica para o mundo do trabalho, mas de um processo que envolve uma 'comunidade' ampliada que inclui todos os atores (família, Igreja, Estado e sociedade)", diz a CNBB.

A campanha atende ainda ao Pacto Educativo Global, convocado pelo Papa Francisco, onde foram apresentados os elementos para uma educação humanizada, que contribua na formação de "pessoas abertas, integradas e interligadas".

 

"A educação será ineficaz e os seus esforços estéreis se não se preocupar também em difundir um novo modelo relativo ao ser humano, à vida, à sociedade e à relação com a natureza", diz o Pacto Educativo Global.

 

Fonte: https://g1.globo.com/df/distrito-federal/noticia/2022/03/01/campanha-da-fraternidade-2022-fala-sobre-educacao.ghtml - Por g1 DF - Foto: Tiziana Fabi/AFP


"A mente do prudente adquire conhecimento, e o ouvido do sábio busca conhecimento."

Provérbios 18:15


terça-feira, 16 de fevereiro de 2021

Campanha da Fraternidade Ecumênica 2021


Com início na Quarta-feira de Cinzas, 17 de fevereiro, a Campanha da Fraternidade de 2021 será a 5º Campanha a ser trabalhada na Dimensão Ecumênica. Com sua abertura na entrada do Tempo Quaresmal e sua Coleta marcada para o Domingo de Ramos, 28 de março, os cristãos de todas as denominações são chamados em 2021 a viver e promover a dimensão do Diálogo, como método de se derrubar as barreiras da divisão, fortalecendo a unidade.

 

TEMA: “Fraternidade e Diálogo: compromisso de amor”

 

LEMA:  “Cristo é a nossa paz: do que era dividido, fez uma unidade” (Ef. 2.14).

 

OBJETIVO GERAL DA CFE 2021

 

Através do diálogo amoroso e do testemunho da unidade na diversidade, inspirados e inspiradas no amor de Cristo, convidar comunidades de fé e pessoas de boa vontade para pensar, avaliar e identificar caminhos para a superação das polarizações e das violências que marcam o mundo atual.

 

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

 

– Denunciar as violências contra pessoas, povos e a Criação, em especial, as que usam o nome de Jesus;

– Encorajar a justiça para a restauração da dignidade das pessoas, para a superação de conflitos e para alcançar a reconciliação social;

– Animar o engajamento em ações concretas de amor à pessoa próxima;

– Promover a conversão para a cultura do amor em lugar da cultura do ódio;

– Fortalecer e celebrar a convivência ecumênica e inter-religiosa.

 

Fonte: https://www.dioceseunivitoria.org.br/campanha-da-fraternidade-2021/

terça-feira, 25 de fevereiro de 2020

Empatia e cuidado com o próximo são ações reforçadas na Campanha da Fraternidade


Quarta-feira de Cinzas marca o início da Quaresma e da campanha. Tema faz homenagem à Irmã Dulce, canonizada pelo papa Francisco.

Com o tema “Fraternidade e vida: dom e compromisso”, será lançada no Brasil, nesta quarta-feira de Cinzas (26), a Campanha da Fraternidade 2020. O cartaz da campanha, além de fazer referência a uma parábola bíblica do bom samaritano, homenageia Irmã Dulce, canonizada no dia 13 de outubro de 2019, e que agora é chamada de Santa Dulce dos Pobres.

A campanha deste ano incentiva todos os cidadãos a exercitarem a empatia e desenvolverem a capacidade de cuidar do próximo. Segundo o padre Fabiano Roberto, pároco da igreja São Geraldo Majela, em Uberaba, a campanha resgata a preocupação do cuidado com a vida, assim como Irmã Dulce fez.

Santa Dulce dos Pobres, conhecida popularmente como Anjo Bom da Bahia, foi uma das religiosas mais populares do Brasil graças ao trabalho social prestado aos mais pobres e necessitados, principalmente na Bahia.

"A imagem de Irmã Dulce no cartaz da CF revela uma mulher que, na simplicidade de seu coração, quebrou as regras de seu tempo e não abriu mão de ser diferente e fazer a diferença. As obras sociais dela ajudam, e muito, o nosso povo. Ela se tornou referência na campanha deste ano como uma boa samaritana do nosso tempo. Uma referência sólida, já que recentemente ela foi canonizada, sendo um grande orgulho para o nosso país", comentou o padre.


terça-feira, 5 de março de 2019

Campanha da Fraternidade 2019: Fraternidade e políticas públicas


A Igreja no Brasil, mais uma vez, propõe a Campanha da Fraternidade a ser vivenciada no tempo quaresmal. A cada ano um tema e um lema são escolhidos para ajudar as comunidades eclesiais e toda a sociedade a refletir sobre os apelos de conversão a serem vivenciados. Em 2019 o convite é refletir sobre FRATERNIDADE E POLÍTICAS PÚBLICAS.

A proposta é bastante desafiadora, principalmente nesses tempos em que a palavra POLÍTICA anda bastante desgastada. Mas a proposta da CNBB é abordar a questão das POLÍTICAS PÚBLICAS. E este é um assunto que ainda não foi suficientemente debatido e apropriado pelas comunidades eclesiais. Muitas vezes, a política pública, que é direito de cada cidadão e cidadã, chega à população como uma benesse ou um “favor” prestado pelos gestores públicos.

O texto base vai nos chamar a atenção que:

“Políticas Públicas são ações discutidas, aprovadas e programadas para que todos os cidadãos possam ter vida digna. São soluções específicas para a necessidades e problemas da sociedade. É a ação do Estado que busca garantir a segurança, a ordem, o bem-estar, a dignidade, por meio de ações baseadas no direito e na justiça”

E esta campanha tem como objetivo principal:

“Estimular a participação em Políticas Públicas, à luz da Palavra de Deus e da Doutrina Social da Igreja para fortalecer a cidadania e o bem comum, sinais de fraternidade.”

Os objetivos específicos apontam caminhos concretos para que se consolide a maior participação dos cristãos e cristãs em Políticas Públicas. Entre eles, destaco:

– Conhecer como são formuladas e aplicadas as Políticas Públicas estabelecidas pelo Estado Brasileiro

– Despertar a consciência e incentivar a participação de todo cidadão e cidadã na construção de Políticas Públicas em âmbito nacional, estadual e municipal.

– Promover a formação política dos membros de nossa igreja, especialmente dos jovens, em vista do exercício da cidadania.

Com o método VER-JULGAR-AGIR, cristãos e cristãs são estimulados a fazer uma análise da trajetória das Políticas Públicas no Brasil, com seus avanços e retrocessos. A iluminação da Palavra de Deus e da Doutrina Social da Igreja ajuda as comunidades a estabelecer uma conexão entre os desafios da realidade, a trajetória do Povo de Deus, o Projeto de Jesus e a longa tradição da Igreja Católica. As pistas de ação apontam os rumos e as possibilidades de engajamento a que a Igreja no Brasil nos conclama.

A CNBB traz algumas questões práticas muito importantes para a dinamização da Campanha da Fraternidade:

– Cada Diocese e Paróquia organize sua equipe de Campanhas, de modo que haja uma boa articulação entre elas: Fraternidade, Missionária e Evangelização. Certamente cada Igreja Particular tem outras campanhas específicas que também deveriam ser animadas por essa equipe.

– É muito importante divulgar a Coleta da Solidariedade – feita no Domingo de Ramos. As comunidades precisam estar conscientes da sua finalidade, como também receber a prestação de contas anual sobre a arrecadação e os projetos apoiados com os Fundos Nacional e Diocesano de Solidariedade.

– A partir de 2019 a JORNADA MUNDIAL DOS POBRES é incorporada como uma ação concreta da Campanha da Fraternidade de cada ano. Todas as Igrejas Particulares devem incluir essa ação em seu plano pastoral.

Nesse período que antecede a Quaresma, é muito importante que sejam organizados eventos formativos sobre o tema da CF-2019. Animadores e animadoras devem estar bem preparados para evitar equívocos na abordagem do tema. O texto-base é bastante didático, esclarecedor e dever estudado com bastante empenho.

Quaresma é caminho de transformação em Cristo. A Igreja, através da Campanha da Fraternidade, nos chama a participar da transformação da sociedade de modo ativo, ajudando na proposição, discussão e execução de Políticas Públicas para que as pessoas sejam libertadas pelo direito e pela justiça.


terça-feira, 13 de fevereiro de 2018

Campanha da Fraternidade 2018: “Fraternidade e superação da violência”

Um grupo de pessoas com as mãos dadas, de diferentes idades e etnias, representando a multiplicidade da sociedade brasileira é a mensagem exposta no cartaz da Campanha da Fraternidade 2018. Especialmente no Ano do Laicato, a Igreja no Brasil convida a todos, por meio da CF 2018, a refletir sobre a problemática da violência, particularmente em como superá-la.

No cartaz, segundo o secretário-executivo das Campanhas da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), padre Luís Fernando, as pessoas que nele formam um círculo e unem as mãos indicam que a superação da violência só será possível a partir da união de todos. “A violência atinge toda a sociedade brasileira em suas múltiplas esferas, o caminho para superar a violência é a fraternidade entre as pessoas que se unem para implementar a cultura da paz”, explica.

A escolha do Cartaz, de acordo com o padre Luís Fernando, foi feita com base em duas etapas. A primeira foi aberta a participação da população que pôde enviar sugestões de arte por meio de um edital aberto ao público e a segunda passou pela avaliação do Conselho Permanente da CNBB. “A partir dessa escuta é que chegou a atual configuração do Cartaz”, sublinhou.

Com o tema “Fraternidade e superação da violência”, a CF 2018 além de mapear a violência, colocará também em evidência as iniciativas que existem para superá-la, bem como despertar novas propostas com esse objetivo.  “A Igreja no Brasil escolheu o tema da superação da violência devido ao crescimento dos índices de violência no Brasil. Esse tema já foi discutido na década de 80, num contexto em que o país vivia a recessão militar e dentro desse contexto foi possível mapear diversas formas de violência”, afirma padre Luís.

Ele explica ainda que o lema da CF “Vós sois todos irmãos” foi extraído do capítulo 23 do Evangelho de São Mateus, no qual Jesus repreende os fariseus e mestres da lei, por suas práticas não serem coerentes com os seus discursos: “Os fariseus e mestres da lei valorizavam a sociedade hierarquizada. Jesus propõe-lhes então um novo modelo mais comunitário e fraterno “Vós sois todos irmãos”.

“O lema da Campanha da Fraternidade 2018 é um convite para a superação da violência por meio do reconhecimento de que cada pessoa humana é irmão, é irmão e se assim o é então não se pode deferir contra ele (a) atos de violência”, finaliza padre Luís.


sábado, 2 de setembro de 2017

CNBB divulga mensagem aos brasileiros para as celebrações do dia 7 de setembro

A conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) divulgou nesta sexta-feira (01), mensagem para o dia 7 de setembro, data que marca a Independência do Brasil. No documento, a entidade encoraja as pessoas de boa vontade a se mobilizarem pacificamente na defesa da dignidade e dos direitos do povo brasileiro, propondo “a vida em primeiro lugar”. A instituição convida as comunidades a se unirem ao movimento O “Grito dos Excluídos” e, nesta data também, o Conselho Permanente da CNBB sugere as comunidades rezem juntos pela realidade brasileira no O Dia de Oração e Jejum pelo Brasil.

Leia a mensagem na íntegra:

MENSAGEM DA CNBB

VIDA EM PRIMEIRO LUGAR

O “Grito dos Excluídos” nasceu com o objetivo de responder aos desafios levantados por ocasião da 2ª Semana Social Brasileira, realizada em 1994, cujo tema era “Brasil, alternativas e protagonistas”, e aprofundar o tema da Campanha da Fraternidade em 1995, que tinha como lema “Eras tu, Senhor”.

O Grito, realizado no dia 7 de setembro, com suas várias modalidades, é construído com a participação das comunidades cristãs, movimentos, pastorais sociais e organizações da sociedade civil, tem, em 2017, como tema: “Vida em primeiro lugar”, e como lema: “Por direito e democracia, a luta é de todo dia”.

A sociedade brasileira está cada vez mais perplexa, diante da profunda crise ética que tem levado a decisões políticas e econômicas que, tomadas sem a participação da sociedade, implicam em perda de direitos, agravam situações de exclusão e penalizam o povo brasileiro pobre.

O Conselho Permanente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil – CNBB, diante do grave e prolongado momento triste vivido no país, sugere às comunidades que, nesta data, sejam acrescentados dois elementos importantes da espiritualidade cristã, para acompanhar as reflexões e as ações sobre a realidade brasileira: UM DIA DE JEJUM E DE ORAÇÃO PELO BRASIL.

Encorajamos, mais uma vez, as pessoas de boa vontade, particularmente em nossas comunidades, a se mobilizarem pacificamente na defesa da dignidade e dos direitos do povo brasileiro, propondo “a vida em primeiro lugar”.

Nossa Senhora Aparecida, Padroeira do Brasil, acompanhe o povo brasileiro com sua materna intercessão!

Brasília, 31 de agosto de 2017

Cardeal Sergio da Rocha Arcebispo de Brasília Presidente da CNBB - Dom Murilo S. R. Krieger Arcebispo de São Salvador Vice-Presidente da CNBB -Dom Leonardo Steiner Bispo Auxiliar de Brasília Secretário-Geral da CNBB


quarta-feira, 1 de março de 2017

Cuidado com os biomas brasileiros é tema da Campanha da Fraternidade 2017

Com o tema Fraternidade: biomas brasileiros e a defesa da vida, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) abriu hoje (1º) a Campanha da Fraternidade 2017. Segundo a CNBB, o objetivo da ação é dar ênfase à diversidade de cada bioma, promover relações respeitosas com a vida, o meio ambiente e a cultura dos povos que vivem nesses biomas. “Este é, precisamente, um dos maiores desafios em todas as partes da terra, até porque as degradações do ambiente são sempre acompanhadas pelas injustiças sociais”, disse o papa Francisco, em mensagem ao Brasil.

O papa destacou que o desafio global pela preservação, “pelo qual toda a humanidade passa”, exige o envolvimento de cada pessoa junto com a atuação da comunidade local. Para ele, os povos originários de cada bioma ou que tradicionalmente neles vivem oferecem um exemplo claro de como a convivência com a criação pode ser respeitosa.

“É necessário conhecer e aprender com esses povos e suas relações com a natureza. Assim, será possível encontrar um modelo de sustentabilidade que possa ser uma alternativa ao afã desenfreado pelo lucro que exaure os recursos naturais e agride a dignidade dos pobres”, argumentou o papa.

Para o arcebispo de Brasília e presidente da CNBB, cardeal Sergio da Rocha, ninguém pode assistir passivamente à destruição de um bioma, por isso, o assunto não pode ser deixado de lado pela Igreja. “Há muito a ser feito por cada um espontaneamente, como mudança no padrão de consumo, cuidados com a água e com o lixo doméstico, mas necessitamos de iniciativas comunitárias, que exigem a participação do Poder Público e ações efetivas dos governos”, disse. “Precisamos de um modelo econômico que não destrua os recursos naturais.”

Venda de terras a estrangeiros

O lançamento da campanha, hoje em Brasília, contou com a presença do deputado federal Alessandro Molon (Rede-RJ), presidente da Frente Parlamentar Ambientalista. Ele pediu o apoio da CNBB à Frente em projetos em tramitação no Congresso Nacional, destacando o que pretende liberar a venda de terras a estrangeiros. “Essa compra não será para proteger a biodiversidade, mas para estimular a exploração predatória e a serviço do dinheiro”, disse o parlamentar.

Para Molon, o desmatamento já é um problema no país e, se houver a facilitação da venda de terras a estrangeiros, tende a se agravar. Segundo o deputado, se o projeto passar pela aprovação do Congresso será preciso criar o máximo de barreiras possível. "Sabemos que a venda de terras será usada para expandir a fronteira agrícola, para levar a agropecuária a lugares que hoje ainda tem biomas naturais.”

Para o secretário de Articulação Institucional e Cidadania do Ministério do Meio Ambiente, Edson Duarte, a preocupação é que a possibilidade de venda a estrangeiros exerça uma pressão maior sobre os biomas brasileiros, já que a terra teria grande valorização. “É preciso fortalecer o setor, mas, talvez não necessariamente, com a abertura para venda ao exterior. O agronegócio é importante para a economia brasileira, e é possível conviver com a proteção dos remanescentes florestais que temos no Brasil”, afirmou.

Segundo Duarte, caso o projeto saia do papel, o trabalho do ministério seria no sentido de garantir que as leis brasileiras, como o Código Florestal, sejam respeitadas, que o comércio não venha a exercer pressão sobre as florestas brasileiras.

De acordo com o cardeal Sérgio da Rocha, as terras devem ser valorizadas e respeitadas, considerando as pessoas que vivem e sobrevivem delas. “Elas não podem perder o direto às terras e à sua vida, e sua cultura deve ser valorizada nessas diferentes circunstâncias.”

Ações da campanha

O texto-base da Campanha da Fraternidade 2017, que tem como lema Cultivar e guardar a criação, aborda cada um dos seis biomas brasileiros, suas características e significados, desafios e as principais iniciativas já existentes na defesa da biodiversidade e da cultura dos povos originários.

Entre as ações propostas estão o aprofundamento de estudos e debates nas escolas públicas e privadas sobre o tema abordado pela campanha. Segundo a CNBB, o fortalecimento das redes e articulações, em todos os níveis, também é proposto com o objetivo de suscitar nova consciência e novas práticas na defesa dos ambientes essenciais à vida. Além disso, o texto chama a atenção para a necessidade de a população defender o desmatamento zero para todos os biomas e sua composição florestal.

No campo político, o texto-base da campanha incentiva a criação de um projeto de lei que impeça o uso de agrotóxicos. “Ele indica ainda que combater a corrupção é um modo especial para se evitar processos licitatórios fraudulentos, especialmente em relação às enchentes e secas que acabam sendo mecanismos de exploração e desvio de recursos públicos”, informou a CNBB.

No Brasil, a Campanha da Fraternidade existe há mais de 50 anos, e sua abertura oficial sempre ocorre na Quarta-feira de Cinzas, quando tem início a Quaresma, época na qual a Igreja convida os fiéis a experimentar três práticas de penitência: a oração, o jejum e a caridade.


quarta-feira, 5 de março de 2014

CNBB abre Campanha da Fraternidade de 2014

A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) abre hoje (5) a Campanha da Fraternidade de 2014, com o tema Fraternidade e Tráfico Humano e o lema É para a liberdade que Cristo nos libertou.  A solenidade será às 14h, na sede da CNBB, em Brasília.

O bispo auxiliar de Brasília e secretário-geral da CNBB, dom Leonardo Ulrich Steiner, presidirá a cerimônia, na qual será divulgada mensagem do papa Francisco para a Campanha da Fraternidade. O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, o ex-presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) Marcello Lavenère e a secretária executiva do Conselho Nacional de Igrejas Cristãs (Conic), pastora Romi Márcia Bencke, confirmaram presença na solenidade.

Primeiro dia da Quaresma (período do ano litúrgico que antecede a Páscoa), a Quarta-feira de Cinzas simboliza, para os cristãos, o dever da conversão e da mudança de vida, para recordar a fragilidade da vida humana, sujeita à morte, explica o arcebispo metropolitano do Rio de Janeiro, dom Orani Tempesta. A data coincide com o dia seguinte à terça-feira de carnaval e é o primeiro dos 40 dias do período da Quaresma.

De acordo com dom Orani, nesse período recomendam-se os grandes exercícios quaresmais: a prática da caridade e as obras de misericórdia. O jejum, a esmola e a oração são exercícios bíblicos até hoje praticados pelos cristãos. No Brasil, a CNBB promove todos os anos a Campanha da Fraternidade, que focaliza sempre um tema da vida social, tem o objetivo de ajudar as pessoas e é considerada um instrumento de evangelização.

Segundo dom Orani, a origem do nome Quarta-Feira de Cinzas é puramente religiosa. Neste dia, celebra-se a Missa das Cinzas – as cinzas usadas no ritual provêm da queima dos ramos abençoados no Domingo de Ramos do ano anterior. A essas cinzas, mistura-se água benta. Conforme a tradição, o celebrante da missa usa as cinzas úmidas para sinalizar uma cruz na testa de cada fiel, proferindo uma dessas duas frases: "Lembra-te que és pó e que ao pó voltarás" ou "Convertei-vos e crede no Evangelho".

Na Quarta-feira de Cinzas, assim como na Sexta-Feira Santa, a Igreja Católica recomenda o jejum, para os que têm de 18 a 59 anos, e a abstinência de carne, a partir dos 14 anos. Além disso, incentiva-se a prática de dar esmolas. O tema da pobreza é a mensagem do papa Francisco para esta Quaresma: "Fez-se pobre para nos enriquecer", lembra dom Orani.

Com informações da CNBB e da Rádio Vaticano

terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

Campanha da Fraternidade 2012

Este ano, a campanha tem como tema “Fraternidade e Saúde Pública” e lema: “Que a saúde se difunda sobre a terra” (cf.Eclo 38,8). O objetivo geral da Campanha da Fraternidade de 2012 é “Refletir sobre a realidade da saúde no Brasil em vista de uma vida saudável, suscitando o espírito fraterno e comunitário das pessoas na atenção dos enfermos, e mobilizar por melhoria no sistema público de saúde” (p. 12 do Texto-Base).

A Campanha da Fraternidade 2012 ainda apresenta seis objetivos específicos:

- Disseminar o conceito de bem viver e sensibilizar para a prática de hábitos de vida saudável.
- Sensibilizar as pessoas para o serviço aos enfermos, o suprimento de suas necessidades e a integração na comunidade.
- Alertar para a importância da organização da pastoral da Saúde nas comunidades: criar onde não existe, fortalecer onde está incipiente e dinamizá-la onde ela já existe.
- Difundir dados sobre a realidade da saúde no Brasil e seus desafios, como sua estreita relação com os aspectos socioculturais de nossa sociedade.
- Despertar nas comunidades a discussão sobre a realidade da saúde pública, visando à defesa do SUS e à reivindicação do seu justo financiamento.
- Qualificar a comunidade para acompanhar as ações da gestão pública e exigir a aplicação dos recursos públicos com transparência, especialmente na saúde” (cf. p. 12 do Texto-Base da CF).

Oração da Campanha da Fraternidade 2012

Senhor Deus de amor,
Pai de bondade,
nós vos louvamos e agradecemos
pelo dom da vida,
pelo amor com que cuidais de toda a criação.
Vosso Filho Jesus Cristo,
em sua misericórdia, assumiu a cruz dos enfermos
e de todos os sofredores,
sobre eles derramou a esperança de vida em plenitude.
Enviai-nos, Senhor, o Vosso Espírito.
Guiai a vossa Igreja, para que ela, pela conversão
se faça sempre mais, solidária às dores e enfermidades do povo,
e que a saúde se difunda sobre a terra.
Amém.

Fonte: http://www.arquidiocesebh.org.br/site/noticias.php?id_noticia=3148