Pesquisa do Ibope aponta que 52% dos brasileiros não conseguem ficar um dia inteiro longe do celular; entenda os impactos deste comportamento para a saúde
Sentir que uma experiência está ‘incompleta’ porque
ainda não foi publicada nas redes, ter a necessidade de usar o celular em todas
as refeições e em qualquer tempo livre e achar que se ficar desconectado por um
tempo vai “perder muita coisa” são características do vício.
Sentir que uma experiência está ‘incompleta’ porque
ainda não foi publicada nas redes, ter a necessidade de usar o celular em todas
as refeições e em qualquer tempo livre e achar que se ficar desconectado por um
tempo vai “perder muita coisa” são características do vício.
Uma pesquisa realizada pelo Ibope em fevereiro de 2022
revelou que 52% dos brasileiros não conseguem ficar um dia inteiro longe do
celular. O número reflete um cenário de um país pós-pandemia, período em que as
conexões e a comunicação se restringiram ao on-line.
Mas como o uso do celular e das redes sociais,
enquanto um meio de socialização e aproximação com o outro, pode se tornar
prejudicial? Além dos 52% que relatam o vício, a pesquisa também apontou que
outros 16% dizem que o uso traz prejuízo ao relacionamento com a família; 16%
afirmam que atrapalha no âmbito profissional; 12% se distraem com o celular
enquanto dirigem; 9% dizem que o vício afeta a saúde; 8% pensam que o uso do
celular trouxe impactos para o ambiente escolar e 6% revelam que o telefone
celular prejudica a vida sexual.
As situações acima, bem como sentir que uma experiência
está ‘incompleta’ porque ainda não foi publicada nas redes, ter a necessidade
de usar o celular em todas as refeições e em qualquer tempo livre e achar que
se ficar desconectado por um tempo vai “perder muita coisa”, são
características do vício.
E, como qualquer outro vício, apresenta consequências
angustiantes: sintomas de abstinência ou até ansiedade ao ficar algumas horas
sem uso, queda na produtividade, qualidade do sono prejudicada …
Por que vicia?
O vício nos smartphones tem relação com a criação das
‘curtidas’, tanto é que elas estão presentes no Instagram, X (antigo Twitter),
Facebook, Tiktok e até mesmo no LinkedIn — mesmo que ganhe uma nova roupagem em
cada uma dessas redes.
A curtida tem efeito imediato no nosso cérebro, assim
como o álcool e a nicotina, que são substâncias aditivas. O ‘like’ nada mais é
do que um reforço positivo, estímulo que faz o cérebro liberar endorfina, o
“hormônio da felicidade”.
Como faço para me desconectar?
Sair da condição de vício é um processo difícil,
principalmente no momento em que até o trabalho e os estudos exigem que as
pessoas estejam on-line. No entanto, algumas estratégias podem ajudar nessa
missão:
Determine horário de uso: os próprios smartphones hoje
em dia possuem aplicativos que controlam o uso de tela. Dessa forma, você tem
um limite de tempo diário para checar as redes sociais e os apps de mensagem
instantânea.
Desative as notificações: se permita esquecer do que
está acontecendo dentro das telas. A notificação serve para que você sempre lembre-se
do que foi publicado e de quem interagiu. Mas qual é a necessidade de checá-las
a cada instante? Para pessoas com filhos ou que dependem de ferramentas de
mensagem no trabalho, por exemplo, a notificação pode ser um grande auxílio,
mas nesses casos é possível controlar. Você pode ativar as notificações para
contatos específicos, por exemplo, ou regular o horário em que as notificações
podem aparecer para você.
Procure atividades tão recompensadoras quanto as redes
sociais: comece uma nova leitura, desenhe, faça uma pintura, troque as duas
horas de TikTok e Instagram quando chegar do trabalho por um filme de duas
horas. Todas as atividades citadas são formas de entretenimento, e podem
ajudá-lo a sentir menos falta do celular.
Fonte: https://saude.ig.com.br/2023-10-09/o-que-configura-vicio-em-redes-sociais-como-se-livrar.html
- Por iG Saúde - Reprodução/Twitter