Os bons pais querem que seus filhos fiquem longe de
problemas e estudem, para mais tarde conquistar coisas incríveis enquanto
adultos.
Embora não haja uma receita certa para a educação de
crianças bem-sucedidas, pesquisas feitas por psicólogos apontaram alguns
fatores que podem prever o sucesso – muitos deles dependendo dos pais.
Confira os traços que pais de filhos prósperos
compartilham em comum:
1. Eles têm altas expectativas
Usando dados de uma pesquisa nacional com 6.600
crianças nascidas em 2001, o professor Neal Halfon, da Universidade da
Califórnia em Los Angeles, e seus colegas descobriram que as expectativas dos
pais têm um enorme efeito sobre as realizações de seus filhos.
“Os pais que viam a faculdade no futuro de seus
filhos pareciam administrá-los em direção a esse objetivo, independentemente de
seus rendimentos e outros bens”, disse Halfon.
No estudo, as crianças fizeram um teste. Apenas 57%
das que se saíram pior tinham pais que esperavam que elas frequentassem a
faculdade, enquanto 96% das crianças que se saíram melhor tinham pais que
esperavam que elas fizessem faculdade.
Parece que os filhos vivem de acordo com as
esperanças dos seus pais.
2. Eles têm um status socioeconômico mais alto
Não há como negar que a pobreza é uma situação que
limita severamente o potencial das crianças. Em muitos países, não ter dinheiro
é o mesmo que não ter uma educação eficaz.
E o problema parece estar aumentando. De acordo com
Sean Reardon, pesquisador da Universidade de Stanford, nos Estados Unidos, o
hiato entre as famílias de alto e baixo rendimento é “aproximadamente 30% a 40%
maior entre as crianças nascidas em 2001 do que entre as nascidas 25 anos
antes”.
No caso americano, quanto maior a renda para os
pais, maior a pontuação no SAT (uma espécie de “vestibular”) das crianças.
O mesmo acontece em diversos outros lugares, onde o
status socioeconômico inegavelmente gera oportunidades que impulsionam grande
parte da realização e desempenho educacionais.
3. Eles alcançaram níveis educacionais mais altos
Uma pesquisa conduzida pela psicóloga Sandra Tang,
da Universidade de Michigan, revelou que as mães que terminaram o ensino médio
ou a faculdade tinham maior probabilidade de criar filhos que também fizessem
isso.
Em um grupo de mais de 14.000 crianças acompanhadas
de 1998 a 2007, o estudo descobriu que as nascidas de mães adolescentes (18
anos ou menos) eram menos propensas a terminar o ensino médio ou ir para a
faculdade.
A aspiração é pelo menos parcialmente responsável.
Em um estudo longitudinal de 2009 com 856 pessoas em uma zona parcialmente
rural de Nova York, o psicólogo da Universidade Bowling Green, Eric Dubow,
descobriu que “o nível educacional dos pais quando a criança tinha 8 anos
predisse significativamente o sucesso educacional e ocupacional da criança 40
anos depois”.
4. Eles desenvolvem um relacionamento sensível com
seus filhos
Um estudo de 2014 com 243 pessoas nascidas na
pobreza descobriu que as crianças que receberam “cuidados sensíveis” nos
primeiros três anos não só se saíram melhor em testes acadêmicos na infância,
como tiveram relacionamentos mais saudáveis e maior realização acadêmica em
seus 30 anos.
Pais que são cuidadores sensíveis são aqueles que
respondem às necessidades do seu filho prontamente e adequadamente, fornecendo
uma base segura para as crianças explorarem o mundo.
“Isso sugere que os investimentos em relações
precoces entre pais e filhos podem resultar em retornos de longo prazo que se
acumulam nas vidas dos indivíduos”, disse o coautor do estudo e psicólogo da
Universidade de Minnesota, Lee Raby.
5. Eles ensinam matemática cedo para seus filhos
Uma metanálise de 2007 com 35 mil crianças em idade
pré-escolar nos Estados Unidos, Canadá e Inglaterra descobriu que desenvolver
habilidades matemáticas precocemente pode ser uma enorme vantagem.
“A importância primordial das habilidades iniciais
de matemática – de começar a escola com um conhecimento de números, ordens de
número e outros conceitos matemáticos rudimentares – é uma das conclusões do
estudo”, disse Greg Duncan, pesquisador da Universidade Northwestern. “O domínio
precoce das habilidades matemáticas prediz não só a realização futura em
matemática, como também prevê a realização futura em leitura”.
6. Eles são menos estressados
Qualidade, e não quantidade, é o que parece importar
no que diz respeito ao tempo que você passa com seus filhos.
De acordo com uma pesquisa, o número de horas que as
mães gastam com crianças entre 3 e 11 anos não prevê seu comportamento,
bem-estar ou realizações no futuro. Além disso, a abordagem “mãe intensiva”
(aquela que está sempre atrás da criança) pode ser contraproducente.
“O estresse das mães, especialmente quando elas
estão assim por causa do malabarismo que fazem com o trabalho e cuidado com as
crianças, pode afetar negativamente seus filhos”, disse o coautor do estudo Kei
Nomaguchi, sociólogo da Universidade Bowling Green State.
O contágio emocional – ou o fenômeno psicológico
onde as pessoas “pegam” os sentimentos um do outro como se fosse um resfriado –
ajuda a explicar por quê. A pesquisa mostra que, se o seu amigo está feliz,
essa alegria vai infectá-lo; se está triste, essa melancolia irá se transferir
para você também. O mesmo pode ocorrer com filhos de pais nervosos ou
estressados.
7. Eles valorizam o esforço ao invés de evitar o
fracasso
De onde vem o sucesso? O que as crianças aprendem
sobre isso também prediz sua realização futura.
A psicóloga da Universidade de Stanford, Carol
Dweck, passou anos estudando o assunto e descobriu que as crianças (e os
adultos) pensam sobre o sucesso em uma de duas maneiras:
Uma “mentalidade fixa” pressupõe que nosso caráter,
inteligência e habilidade criativa são dados estáticos que não podemos mudar de
maneira significativa, e o sucesso é a afirmação dessa inteligência inerente.
Esforçar-se para o sucesso e evitar o fracasso a todo o custo tornam-se uma
maneira de manter o senso de ser inteligente ou qualificado.
Uma “mentalidade de crescimento”, por outro lado,
prospera no desafio e vê o fracasso não como evidência de falta de
inteligência, mas como um trampolim para o crescimento e uma forma de estimular
nossas habilidades existentes.
A diferença entre as duas mentalidades é
principalmente em como você pensa que sua força de vontade afeta sua
habilidade, e isso tem um efeito poderoso em crianças. Se os pais dizem aos
seus filhos que eles tiraram 10 em um teste porque são inteligentes, isso cria
uma mentalidade “fixa”. Se, ao contrário, eles parabenizam seus filhos por
conta de seu esforço, isso ensina uma mentalidade “de crescimento”.
[BusinessInsider]
Fonte: http://hypescience.com/7-tracos-comuns-que-pais-de-filhos-bem-sucedidos-compartilham/
- por Natasha Romanzoti