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sexta-feira, 1 de julho de 2022

Identificados 3 medicamentos que podem reduzir mortalidade na covid grave


Tratamentos para quem adoece seriamente com o SARS-CoV-2 são essenciais porque as vacinas contra a covid-19 têm proteção muito curta.

 

Lacuna terapêutica

 

Pesquisadores identificaram três medicamentos que podem reduzir a mortalidade em pacientes acometidos pela covid-19 grave, que exige que o paciente seja hospitalizado.

 

Apesar da disponibilidade de vacinas, o SARS-CoV-2 ainda causa sérias complicações médicas em um número significativo de pacientes. A falta de um tratamento medicamentoso eficaz para os pacientes hospitalizados contribuiu para as mais de seis milhões de mortes em todo o mundo desde o início da pandemia.

 

Para tentar fechar essa lacuna terapêutica, os pesquisadores estudaram as respostas biológicas de pacientes hospitalizados com covid-19 grave, procurando diferenças entre pacientes que se recuperaram e aqueles que sucumbiram à doença.

 

Eles descobriram que certas vias celulares estavam superativadas no momento da admissão na unidade de terapia intensiva (UTI) nos pacientes falecidos. Os pesquisadores partiram então para procurar medicamentos já existentes e aprovados que visam essas vias.

 

Medicamentos contra covid grave

 

A abordagem inicial resultou em mais de 1.500 medicamentos candidatos, que foram reduzidos a 53 medicamentos/compostos anteriormente usados para tratar câncer e/ou condições inflamatórias. Usando bancos de dados de interação droga-proteína e proteína-proteína, a equipe finalmente conseguiu identificar três medicamentos como candidatos promissores para ajudar os pacientes com covid-19 grave.

 

São eles: tacrolimo (imunossupressor), zotatifina (antineoplásico) e nintedanibe (tratamento da fibrose pulmonar idiopática).

 

"Nós identificamos a superativação do metabolismo do RNA mensageiro, divisão de RNA e vias de sinalização do interferon em pacientes que não sobreviveriam," disse o professor Vinicius Fava, da Universidade McGill (Canadá). "A identificação por diferentes ensaios dessas vias ativadas diferencialmente nas células de sobreviventes de covid-19 e pacientes falecidos sugere que elas são determinantes do prognóstico e as tornam alvos promissores para intervenção farmacológica no ponto mais inicial da hospitalização de pacientes graves."

 

Estes resultados servem como base para o próximo passo, o teste desses medicamentos em estudos clínicos controlados.

 

"Estamos ansiosos por ensaios clínicos que, esperamos, confirmarão a eficácia dos três medicamentos para reduzir a mortalidade de pacientes gravemente doentes com covid-19," disse o professor Erwin Schurr, coautor do trabalho.

 

Checagem com artigo científico:

 

Artigo: A systems biology approach identifies candidate drugs to reduce mortality in severely ill patients with COVID-19

Autores: Vinicius M. Fava, Mathieu Bourgey, Pubudu M. Nawarathna, Marianna Orlova, Pauline Cassart, Donald C. Vinh, Matthew Pellan Cheng, Guillaume Bourque, Erwin Schurr, David Langlais

Publicação: Science Advances

Vol.: 8, Issue 22

DOI: 10.1126/sciadv.abm2510

 

Fonte: https://www.diariodasaude.com.br/news.php?article=identificados-3-medicamentos-reduzir-mortalidade-covid-grave&id=15383 - Redação do Diário da Saúde - Imagem: Arek Socha/Pixabay


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Efésios 6:11


domingo, 8 de agosto de 2021

Pacientes com histórico de desnutrição têm maior risco de covid-19 grave


Desnutrição e covid-19

 

Adultos e crianças com covid-19 com histórico de desnutrição apresentam maior probabilidade de óbito e maior necessidade de ventilação mecânica.

 

A desnutrição prejudica o funcionamento adequado do sistema imunológico e é conhecida por aumentar o risco de infecções graves por outros vírus. Isso chamou a atenção dos pesquisadores para os potenciais efeitos a longo prazo da desnutrição sobre os resultados da covid-19, que apresenta uma manifestação de longo prazo conhecida como "covid longa".

 

Louis Ehwerhemuepha e seus colegas investigaram associações entre diagnósticos de desnutrição e a subsequente gravidade da covid-19 usando registros médicos de 8.604 crianças e 94.495 adultos (maiores de 18 anos) que foram hospitalizados com covid-19 nos Estados Unidos entre março e junho de 2020. Os pacientes com um diagnóstico de desnutrição foram então comparados com os pacientes sem problemas nutricionais.

 

De 520 (6%) crianças com covid-19 grave, 39 (7,5%) tinham diagnóstico prévio de desnutrição, em comparação com 125 (1,5%) de 7.959 (98,45%) crianças com covid-19 leve.

 

Dentre os 11.423 (11%) adultos com covid-19 grave, 453 (4%) tinham diagnóstico prévio de desnutrição, em comparação com 1.557 (1,8%) adultos com covid-19 leve.

 

As crianças maiores de cinco anos e os adultos de 18 a 78 anos com diagnóstico prévio de desnutrição apresentaram maior chance de chegar ao estágio grave da covid-19 do que aqueles sem histórico de desnutrição nas mesmas faixas etárias.

 

Fator não explicado

 

Curiosamente, os dados mostraram ainda que as crianças menores de cinco anos e os adultos com 79 anos ou mais tinham maior chance de ter covid-19 grave se não estivessem desnutridos - em comparação com aqueles da mesma idade que estavam desnutridos. Os pesquisadores não sabem explicar a razão desse efeito invertido, mas teorizam que, ao menos nas crianças, isso pode ser devido ao fato de haver menos dados médicos para menores de cinco anos.

 

O risco de covid-19 grave em adultos com e sem desnutrição aumenta continuamente acima dos 79 anos. Os pesquisadores sugerem que as intervenções de saúde pública para aqueles com maior risco de desnutrição podem ajudar a mitigar a maior probabilidade de covid-19 grave neste grupo.

 

Checagem com artigo científico:

 

Artigo: Long-term effects of malnutrition on severity of covid-19

Autores: Alec Kurtz, Kenneth Grant, Rachel Marano, Antonio Arrieta, Kenneth Grant Jr, William Feaster, Caroline Steele, Louis Ehwerhemuepha

Publicação: Nature Scientific Reports

Vol.: 11, Article number: 14974

DOI: 10.1038/s41598-021-94138-z

 

Fonte: https://www.diariodasaude.com.br/news.php?article=pacientes-historico-desnutricao-tem-maior-risco-covid-19-grave&id=14848&nl=nlds - Redação do Diário da Saúde - Imagem: Juraj Varga/Pixabay