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quarta-feira, 8 de agosto de 2012

DNA pode explicar porque mulheres vivem mais que homens

Longevidade feminina

Cientistas acreditam ter encontrado nas mitocôndrias uma explicação para a maior longevidade feminina.

Em média, as mulheres vivem seis anos mais do que os homens. Por volta dos 85 anos, há cerca de 6 mulheres para cada 4 homens, uma proporção que vai para 2 mulheres para 1 homem ao redor dos 100 anos.

Exatamente por que é uma pergunta que os cientistas vêm-se fazendo há muito tempo.
Damian Dowling e Florencia Camus, da Universidade Monash, na Austrália, acreditam ter encontrado uma pista.

DNA mitocondrial

Os pesquisadores acreditam que a resposta está no DNA mitocondrial, um subconjunto do DNA que é herdado apenas das mães, nunca dos pais.

O estudo indicou que várias mutações no DNA mitocondrial afetam a longevidade dos homens e o ritmo com que eles envelhecem.

"O que é intrigante é que as mesmas mutações não têm efeitos sobre os padrões de envelhecimento das fêmeas. Elas só afetam os machos," disse o Dr. Dowling.

"Nós mostramos que a 'Maldição da Mãe' é muito mais ampla em seus efeitos sobre a história de vida masculina do que anteriormente previsto, resultando na acumulação de mutações que fazem os machos envelheceram mais rápido, e viver vidas mais curtas do que as fêmeas," completou.

Maldição da Mãe

O termo "Maldição da Mãe" usado pelo pesquisador refere-se justamente à herança materna do DNA mitocondrial, o que coloca os homens em um beco sem saída evolucionário quanto ao genoma das mitocôndrias.

No lado feminino, qualquer mutação danosa que afete apenas os machos não terá impacto sobre as fêmeas, que continuarão passando apenas seu próprio DNA mitocondrial - sem as mutações - para os seus filhos.

O que os cientistas estão defendendo agora é que as mutações danosas para os homens podem ser inteiramente atribuídas à forma como os genes mitocondriais são passados da mãe para os filhos.

Eles vão-se acumulando nos machos ao longo de gerações, fazendo com que eles envelheçam mais rapidamente e vivam menos.

As mitocôndrias, encontradas em todas as células do corpo humano, exceto nos glóbulos vermelhos, convertem as moléculas dos alimentos em energia, o que mostra sua importância para o envelhecimento e a longevidade.

Fonte: http://www.diariodasaude.com.br/news.php?article=porque-mulheres-vivem-mais-que-homens&id=8030&nl=nlds

sábado, 17 de março de 2012

Exercícios físicos alteram o DNA


Mutabilidade do DNA

Que os exercícios físicos ajudam a manter o corpo saudável já se sabe desde a Antiguidade.

Mas foi necessário um pouco mais de estudos para descobrir como os exercícios ativam o corpo para gerar esses benefícios.

E tudo parece começar em um lugar aparentemente insuspeito, normalmente tido como um código que nos torna o que somos, ao menos fisiologicamente - no DNA.

O fato é que fazer exercícios altera o DNA em poucos minutos.

Mutação instantânea

Embora o código genético básico permaneça o mesmo em reação às atividades físicas - você não sofrerá mutações anômalas por se exercitar -, as moléculas de DNA no interior das células musculares sofrem alterações não apenas químicas, mas também estruturais, de formas muito específicas.

Elas ganham ou perdem marcadores de grupos metil em sequências específicas e bem conhecidas do DNA.

As mutações no DNA induzidas pelos exercícios acontecem por meio das chamadas alterações epigenéticas.

E, segundo os pesquisadores, elas parecem estar na base de uma cadeia de eventos que responde pelos benefícios fisiológicos dos exercícios.

Metilação

Os experimentos mostraram que o DNA nas células musculares tem menos grupos metil - ou metilas - após os exercícios do que antes.

As alterações também envolvem áreas na superfície do DNA que funcionam como pontos de ancoragem para várias enzimas, os chamados fatores de transcrição.

"Já se sabia que os exercícios induzem alterações nos músculos, incluindo um incremento no metabolismo do açúcar e das gorduras. O que descobrimos é que a mudança na metilação vem primeiro," diz a Dra. Juleen Zierath, do Instituto Karolinska, na Suécia.

A metilação é um dos mecanismos da herança genética. As metilas funcionam como uma espécie de chave que ativa e desativa os genes.

As descobertas foram publicadas na revista Cell Metabolism.

Fonte: http://www.diariodasaude.com.br/news.php?article=exercicios-fisicos-alteram-dna&id=7540&nl=nlds