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quarta-feira, 5 de julho de 2023

As pessoas gastam 1/6 do seu tempo de vida tentando melhorar a aparência


Tempo para aumentar a beleza

 

Uma equipe internacional, congregando 188 pesquisadores de todo o mundo, conduziu o maior estudo intercultural já feito até hoje sobre comportamentos voltados para melhorar a própria aparência.

 

Eles entrevistaram mais de 93.000 pessoas em 93 países, questionando sobre a quantidade de tempo que gastam todos os dias melhorando sua aparência física.

 

Os resultados mostram que as pessoas gastam uma média de quatro horas por dia para realçar sua beleza.

 

E não aponte seus olhos acusadores para as mulheres: Cuidar da aparência não depende do gênero, e as pessoas mais velhas se preocupam tanto em ter uma boa aparência quanto as jovens.

 

De modo um tanto inesperado, o preditor mais forte de comportamentos de aumento de atratividade parece ser o uso das mídias sociais, que envolve justamente "encontros virtuais", ou seja, sem encontros cara a cara.

 

Por que as pessoas querem parecer mais bonitas?

 

Os pesquisadores estavam tentando validar várias teorias que tentam explicar porque as pessoas querem parecer mais bonitas. Essas explicações vão desde a teoria evolucionária, que diz que as pessoas querem ficar mais bonitas para tentar "acasalar" com parceiros mais saudáveis, até a hipótese patogênica, que diz que pessoas com histórico de doenças querem disfarçar seus sintomas.

 

Os dados não validaram nenhuma das teorias.

 

Mas o tempo gasto para tentar aumentar a atratividade física impressionou: 4 horas é um sexto do dia, e cerca de metade do tempo que uma pessoa normalmente passa dormindo.

 

Além de maquiar-se, pentear-se e escolher roupas, esses comportamentos incluem cuidar da higiene corporal, praticar exercícios ou seguir uma dieta específica com o objetivo de melhorar a aparência - em vez de cuidar da saúde, por exemplo.

 

Pessoas em relacionamentos românticos iniciais tendem a gastar mais tempo melhorando sua aparência em comparação com aqueles que são casados ou namoram há algum tempo. E as pessoas mais velhas gastam tanto tempo quanto as mais jovens buscando aumentar sua atratividade física.

 

O inesperado foi que o uso de mídias sociais parece ser o preditor mais forte de comportamentos de autoembelezamento. Os usuários mais ativos de mídia social - em particular, aqueles que ficam preocupados quando suas fotos recebem menos curtidas - investem mais tempo em melhorar sua aparência do que aqueles que passam menos ou nenhum tempo nas redes sociais.

 

Checagem com artigo científico:

 

Artigo: Predictors of enhancing human physical attractiveness: Data from 93 countries

Autores: Marta Kowal et al.

Publicação: Evolution and Human Behavior

Vol.: 43, Issue 6, Pages 455-474

DOI: 10.1016/j.evolhumbehav.2022.08.003

 

Fonte: https://www.diariodasaude.com.br/news.php?article=as-pessoas-gastam-1-6-seu-tempo-vida-tentando-melhorar-aparencia&id=15817 - Redação do Diário da Saúde - Imagem: kinkates/Pixabay

quarta-feira, 5 de abril de 2023

Dormir bem acrescenta vários anos à sua vida - principalmente dos homens


A "idade do seu sono" também pode prever seu tempo de vida.

 

Dormir bem para viver mais

 

Dormir bem tem um efeito sobre o coração e a saúde geral maior do que se pensava, influenciando até mesmo quanto tempo você viverá.

 

E os benefícios começam cedo: Jovens que têm hábitos de sono mais saudáveis são incrementalmente menos propensos a morrer cedo. Além disso, os dados sugerem que cerca de 8% das mortes por qualquer causa podem ser atribuídas a padrões de sono ruins.

 

"Acho que essas descobertas enfatizam que apenas dormir horas suficientes não é o bastante: Você realmente precisa ter um sono reparador e não ter muitos problemas para adormecer e permanecer dormindo," disse Frank Qian, da Escola Médica de Harvard (EUA). "Vimos uma clara relação dose-resposta, então quanto mais fatores benéficos alguém tem em termos de qualidade de sono, também têm uma redução gradual de todas as causas e mortalidade cardiovascular."

 

Para sua análise, Qian e sua equipe incluíram dados de 172.321 pessoas (idade média de 50 anos e 54% mulheres). Cerca de dois terços se declararam brancos, 14,5% hispânicos, 12,6% negros e 5,5% asiáticos. Os participantes foram acompanhados por uma média de 4,3 anos, tendo sido possível rastrear as causas de morte dos 8.681 indivíduos que faleceram durante o estudo.

 

Fatores de qualidade do sono

 

Os pesquisadores avaliaram cinco fatores de qualidade do sono usando uma pontuação que eles criaram com base nas respostas coletadas como parte da pesquisa.

 

Os fatores são:

 

Duração ideal do sono de sete a oito horas por noite;

dificuldade em adormecer no máximo duas vezes por semana;

dificuldade em manter o sono não mais do que duas vezes por semana;

não fazer uso de nenhum medicamento para dormir; e

sentir-se bem descansado após acordar pelo menos cinco dias por semana.

A cada fator foi atribuído de zero até um máximo de cinco pontos, que indica a melhor qualidade do sono.

 

"Se as pessoas têm todos esses comportamentos ideais de sono, é maior sua probabilidade de viver mais," disse Qian. "Portanto, se pudermos melhorar o sono em geral, e identificar os distúrbios do sono é especialmente importante, poderemos evitar parte dessa mortalidade prematura".

 

Dormir bem acrescenta vários anos à sua vida - principalmente dos homens

Parece que sete horas de sono são ideais, ao menos quando se tem em vista manter sua capacidade cognitiva.

 

Nunca é cedo demais para começar a dormir bem

 

Entre homens e mulheres que relataram ter todas as cinco medidas de qualidade do sono (uma pontuação de cinco), a expectativa de vida foi 4,7 anos maior para os homens e 2,4 anos maior para as mulheres, em comparação com aqueles que não tinham nenhum ou apenas um dos cinco elementos favoráveis de qualidade do sono.

 

A equipe afirma que será necessário fazer novos estudos para descobrir por que os homens com todos os cinco fatores de qualidade de sono tiveram o dobro do aumento na expectativa de vida em comparação com as mulheres que tiveram a mesma qualidade de sono.

 

"Mesmo desde tenra idade, se as pessoas puderem desenvolver esses bons hábitos de sono, dormindo o suficiente, garantindo que estejam dormindo sem muitas distrações e tenham uma boa higiene geral do sono, isso pode beneficiar muito sua saúde geral a longo prazo," disse Qian, acrescentando que, para a presente análise foram estimados ganhos na expectativa de vida aos 30 anos, mas o modelo também pode ser usado para prever ganhos em idades mais avançadas.

 

"É importante que os mais jovens entendam que muitos comportamentos de saúde são cumulativos ao longo do tempo. Assim como gostamos de dizer 'Nunca é tarde para se exercitar ou parar de fumar', também 'Nunca é cedo demais para começar a dormir bem'," concluiu o pesquisador.

 

Checagem com artigo científico:

 

Artigo: Low-risk Sleep Patterns, Mortality, and Life Expectancy at Age 30 Years: A Prospective Study of 172,321 U.S. Adults

Autores: Frank Qian

Publicação: Proceedings of the ACC.23/WCC

 

Fonte: https://www.diariodasaude.com.br/news.php?article=dormir-bem-acrescenta-varios-anos-sua-vida-principalmente-homens&id=15818 - Redação do Diário da Saúde - Imagem: PublicDomainPictures/Pixabay


Ele enxugará toda lágrima de seus olhos. Não haverá mais morte, nem luto, nem choro, nem dor, pois a velha ordem das coisas já passou. (Apocalipse 21: 4)


segunda-feira, 28 de fevereiro de 2022

Nossos olhos poderão um dia revelar o tempo de vida e doenças futuras, diz estudo


Um exame rápido e indolor ao globo ocular humano pode um dia ajudar os médicos a identificar o envelhecimento precoce, tempo de vida e doenças cardiovasculares e neurológicas, afirma um novo estudo.

 

A idade tem, obviamente, um impacto no nosso corpo, mas só porque duas pessoas têm o mesmo número de anos, não significa que estejam envelhecendo fisicamente no mesmo ritmo.

 

Observar os olhos de uma pessoa pode ser uma forma bastante eficaz de medir a sua verdadeira idade biológica, e proporcionar um vislumbre da sua saúde futura. Um modelo eletrônico foi criado para prever os anos de vida de uma pessoa através da análise da retina — o tecido na parte de trás do olho.

 

O algoritmo é tão preciso que conseguiu prever a idade de quase 47.000 adultos e idosos no Reino Unido. O estudo sobre a nova tecnologia foi publicado na revista científica British Journal of Ophthalmology.

 

Pouco mais de uma década depois destas retinas terem sido digitalizadas, 1.871 indivíduos tinham morrido, e aqueles que tinham retinas com um aspeto mais envelhecido tinham maior probabilidade de estar neste grupo.

 

Por exemplo, se o algoritmo previa que a retina de uma pessoa fosse um ano mais velha do que a sua idade real, o risco de morte por qualquer causa nos 11 anos seguintes aumentou 2%. Ao mesmo tempo, o seu risco de morte por uma causa que não fosse doença cardiovascular ou câncer subiu 3%.

 

Os resultados forneceram provas de que a retina é altamente sensível aos danos do envelhecimento. Como este tecido possui tanto vasos sanguíneos como nervos, ele pode fornecer informações importantes sobre a saúde vascular e cerebral de um indivíduo.

 

Estudos anteriores sugeriram que as células na parte de trás do olho humano podem nos ajudar a prever o aparecimento de doenças cardiovasculares, doenças renais, e outros sinais de envelhecimento. Mas este é o primeiro estudo a apresentar a “diferença de idade da retina” como um forte indicador da mortalidade.

 

“A associação significativa entre a diferença de idade da retina e a mortalidade não cardiovascular/não-cancerígena, juntamente com a crescente evidência da ligação entre olho e cérebro, pode suportar a ideia de que a retina é a “janela” das doenças neurológicas”, escreveram os autores do estudo.

 

Como apenas 20 pessoas no estudo morreram devido a demência, os investigadores não foram capazes de ligar esta doença cerebral específica à saúde da retina.

 

Os autores realçam também que as mortes relacionadas com a doença cardiovascular diminuíram nos últimos anos, uma vez que a medicina continua a prevenir com medicamentos o que antigamente poderia ser fatal.

 

A saúde da retina pode ser um fator importante no que diz respeito à saúde cardiovascular. Estudos anteriores, por exemplo, mostraram que fotografias da retina podem ajudar a prever os fatores de risco de doença do coração e vascular.

 

“Este conjunto de trabalhos apoia a hipótese de que a retina desempenha um papel importante no processo de envelhecimento e é sensível aos danos do envelhecimento que aumentam o risco de mortalidade”, concluem os autores.

 

A retina pode ser facilmente digitalizada em menos de 5 minutos. Se pudermos aprender mais sobre como esta camada de tecido está ligada ao resto do corpo, os especialistas poderão ter uma nova ferramenta excelente de perspectiva de vida e prevenção de doenças em um futuro breve.

 

Science Alert Imagens: Reprodução / FreePik

 

Fonte: https://www.jornalciencia.com/nossos-olhos-poderao-um-dia-revelar-o-tempo-de-vida-e-doencas-futuras-diz-estudo/ - de Redação Jornal Ciência


Porque dele, e por ele, e para ele são todas as coisas; glória, pois, a ele eternamente. Amém!

Romanos 11:36


sexta-feira, 10 de janeiro de 2020

Beber chá para viver mais — e melhor


Consumir a bebida pelo menos três vezes por semana aumenta o tempo de vida e ainda protege o coração e o cérebro, indica um estudo

Um novo estudo publicado no periódico científico da Sociedade Europeia de Cardiologia mostrou que quem bebe chá no mínimo três vezes durante a semana ganha anos extras de vida e um coração mais saudável.

Para chegar a essa conclusão, cientistas da Academia Chinesa de Ciências Médicas acompanharam 100 902 pessoas sem histórico de infarto, acidente vascular cerebral (AVC) e câncer. Os participantes foram classificados em dois grupos: o de consumidores habituais de chás (três ou mais vezes na semana) e não habituais (menos de três vezes na semana) ou não consumidores.

Após cerca de sete anos, os pesquisadores constataram que os fãs da bebida viviam mais. Entre quem tinha 50 anos, por exemplo, a expectativa de vida aumentava 1,26 ano em comparação às pessoas sem o hábito de degustar chás.

Além disso, a presença da bebida na rotina derrubava em 20% o risco de desenvolver doenças cardiovasculares. E a possibilidade de morrer também foi menor, tanto por causa de infarto ou AVC (22%) como por qualquer enfermidade (15%).

Os especialistas ainda checaram as repercussões em longo prazo. Para isso, eles esperaram oito anos e, então, analisaram um subconjunto de 14 081 voluntários. Nessa fase, os participantes foram acompanhados por mais cinco anos.

Aqueles que mantiveram o costume de tomar chá tinham 39% menos risco de sofrer doenças cardiovasculares e 56% menor probabilidade de ir a óbito por esse motivo. A possibilidade de falecer por problemas de saúde em geral baixou 29%.

De acordo com o epidemiologista Dongfeng Gu, que participou da pesquisa, os prováveis responsáveis por essa ação protetora são os polifenóis. Eles são componentes bioativos de ação antioxidante, ou seja, têm o poder de blindar nossas células.

O especialista contou que estudos anteriores já haviam indicado que os polifenóis não ficam armazenados no corpo por muito tempo. “Assim, a ingestão frequente por um período prolongado pode ser necessária para alcançar o efeito protetor”, completou Gu, em comunicado à imprensa.

O tipo de chá faz diferença?
Na análise, o chá verde foi associado a uma possibilidade 25% menor de piripaques do coração e morte. Por outro lado, quem dava preferência ao chá preto não apresentou vantagens significativas.

Isso seria explicado pelo fato de que essa variedade passa por uma fermentação mais intensa, o que levaria os polifenóis a perderem parte de sua propriedade antioxidante. Também se especula que o costume de oferecer chá preto misturado ao leite pode neutralizar o seu efeito favorável nas funções vasculares.

No entanto, Gu lembra que o chá verde é bastante popular na região da Ásia estudada: 49% o bebiam frequentemente, enquanto apenas 8% preferiam a versão escura.

“A pequena proporção de consumidores de chá preto torna mais difícil observar associações robustas, mas nossos resultados sugerem um desfecho diferente entre os dois tipos”, aponta o epidemiologista.

Menor eficácia em mulheres
O trabalho mostrou que o líquido teve um impacto positivo nos homens, mas modesto na população feminina. Porém, isso não significa que a bebida é mais potente no sexo masculino.

A epidemiologista Xinyan Wang, líder da investigação, lembra que as mulheres mais velhas são naturalmente mais suscetíveis a problemas cardiovasculares e, no grupo avaliado, engoliam menos xícaras.

“Essas diferenças aumentaram a chance de encontrar resultados estatisticamente significativos entre os homens”, ensina a profissional.

Os autores concluem que são necessárias mais pesquisas para bater o martelo sobre os achados antes de indicar mudanças oficiais na alimentação. Mas ninguém precisar esperar para colocar na rotina uma bebida bacana como essa, certo?

Fonte: https://saude.abril.com.br/alimentacao/beber-cha-para-viver-mais-e-melhor/ - Por Maria Tereza Santos - Foto: Alex Silva/SAÚDE é Vital