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sexta-feira, 23 de novembro de 2012

Atividade física pode prevenir encolhimento do cérebro

Exercício físico, não mental

A atividade física regular na terceira idade pode ajudar a evitar o encolhimento do cérebro e outros sinais associados à demência, revela um novo estudo.

A pesquisa foi feita pela Universidade de Edimburgo, na Escócia, e analisou dados de 638 pessoas com 70 anos que foram submetidas a exames cerebrais.

Os resultados mostraram que aqueles que eram fisicamente mais ativos tiveram menor retração do cérebro do que os que não se exercitavam.

Por outro lado, os que realizavam atividades de estimulação mental e intelectual, como fazer palavras cruzadas, ler um livro ou socializar com os amigos, não tiveram efeitos benéficos em relação ao tamanho do cérebro, constatou o estudo, publicado na revista Neurology.

Deterioração do cérebro

Existem vários estudos que detectaram uma espécie de encolhimento do cérebro com o envelhecimento.

Esse encolhimento está associado com uma perda da memória e das capacidades cerebrais, embora os estudos não sejam conclusivos sobre quem causa o quê.

Mas os estudos também têm mostrado uma correlação inversa entre esse encolhimento e as atividades sociais, físicas e mentais.

Neste novo estudo, que levou três anos para ser concluído, o médico Alan Gow e sua equipe pediram aos participantes que levassem um registro de suas atividades diárias.
No final desse período, quando completaram 73 anos, os participantes passaram por scanners de ressonância magnética para analisar as mudanças no cérebro.

Depois de levar em conta fatores como idade, sexo, saúde e inteligência, os resultados mostraram que a atividade física estava "significativamente associada" com a menor atrofia do tecido cerebral.

Massa cinzenta

"As pessoas de 70 anos que fizeram mais exercício físico, incluindo uma caminhada, várias vezes por semana, apresentaram uma retração menor do cérebro e outros sinais de envelhecimento da massa cerebral do que aqueles que eram menos ativos fisicamente", explicou Grow.

"Além disso, nosso estudo não mostrou nenhum benefício real no tamanho do cérebro com a participação em atividades mental e socialmente estimulantes durante os três anos de estudo", acrescentou.

Segundo o pesquisador, a atividade física foi também associada a um aumento no volume de massa cinzenta. Esta região tem-se mostrado relacionada com a memória de curto prazo.

Quando os cientistas analisaram o volume de substância branca, responsáveis pela transmissão de mensagens no cérebro, descobriram que as pessoas fisicamente ativas tinham menos lesões nessa área do que as que se exercitavam menos.

Causas indeterminadas

Embora estudos anteriores já tenham mostrado os benefícios do exercício para prevenir ou retardar a demência, ainda não está claro os motivos por que isso acontece.

"Embora não possamos dizer que a atividade física é o fator causal deste estudo, nós sabemos que o exercício na meia-idade pode reduzir o risco de demência futura", comentou Simon Ridley, da entidade Alzheimer's Research no Reino Unido.

"Vai ser importante acompanhar tais voluntários para ver se essas características estruturais estão associadas com maior declínio cognitivo nos próximos anos", disse.
"Também será necessário mais pesquisas para saber detalhadamente sobre por que a atividade física está tendo esse efeito benéfico", afirmou.

Com informações da BBC

Fonte: http://www.diariodasaude.com.br/news.php?article=atividade-fisica-prevenir-encolhimento-cerebro&id=8320&nl=nlds

quinta-feira, 24 de maio de 2012

Estresse pode encolher o seu cérebro?

Você leu corretamente. Segundo pesquisa recente da Universidade de Tóquio, no Japão, o estresse pode causar encolhimento do córtex orbito-frontal, região do cérebro responsável pela tomada de decisões e pela regulação das emoções.

Pelo menos, foi o que se observou em 42 sobreviventes do tsunami – causado por um terremoto de magnitude 9 –, que varreu parte do nordeste do Japão no último ano.

Para melhor compreender o transtorno de estresse pós-traumático – uma forma de depressão causada por uma experiência geralmente ruim e traumatizante –, os cientistas japoneses compararam tomografias cerebrais de 42 adolescentes saudáveis, feitas dois anos antes do tsunami, com imageamentos feitos em até quatro meses depois do incidente, com os mesmos jovens.

Como escreveram os cientistas no periódico Molecular Psychiatry, aqueles que desenvolveram estresse pós-traumático tiveram uma diminuição do córtex orbito-frontal.

O médico Atsushi Sekiguchi, principal responsável pelo estudo, afirma que as mudanças de volume na região estão relacionadas ao grau de severidade da doença, mas não são permanentes. O cérebro parece voltar ao normal depois de algum tempo.

Contudo, as implicações dessa descoberta ainda não são claras para os especialistas. Por enquanto, só se sabe que essas mudanças no volume cerebral podem ajudar a diagnosticar mais facilmente o estresse pós-traumático.

“O que causou estresse nesses pacientes não foi apenas o terremoto, mas também os posteriores tremores frequentes, o tsunami, o vazamento radioativo, entre outras razões”, conta Sekiguchi. Cerca de 19 mil pessoas morreram no terremoto de 2011, que atingiu as ilhas japonesas. [MedicalExpress, Telegraph, Foto]

Fonte: http://hypescience.com/estresse-pode-encolher-o-seu-cerebro/ - por Luan Galani em